Juramento de Sangue



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Segunda Temporada, Capítulo Dois – Juramento de Sangue


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SALA DE SEGURANÇA, BASE DOS LOBOS DA NOTIE, ALASKA (EUA)


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Harry estava se retorcendo em dor. Ou pelo menos o corpo dele. Imediatamente Draco e Eva, que estavam na base, adentraram a sala já proferindo feitiços de segurança:


-Impedimenta! – Lançou Draco.


-Petrificus Totalus! – Tentou Eva.


-Aresto Momentum! – Tentou outro Draco.


Mas feitiço algum funcionava. Eles simplesmente batiam em um escudo invisível em volta de Harry e ricocheteavam.


-Temos que ir logo ao banco! A coisa está ficando crítica. – Desesperou-se Draco.


-Realmente. – Murmurou Eva. Ela estava ciente de qual o seu papel nesta trama, Galanodel se certificara de que assim fosse.


-Vamos deixar ele aí. Não há nada que possamos fazer além de ir ao Gringotes. Vamos agora! – Disse Draco.


E ambos foram direto para o Banco.


 


 


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BANCO GRINGOTES


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Assim que Draco e Eva aparataram no banco já foram se dirigindo à sala do presidente do banco.


-Estamos indo ver Irgim, por favor, nos anuncie. – Disse Draco a um duende que viera os recepcionar.


Eles nem esperaram para ouvir os protestos do duende.


Ao entrarem na sala do presidente, viram um confuso, porém não surpreso, Irgim sentado em usa cadeira de presidente.


-Olá, acredito que sejas o jovem Draco Malfoy, esta seria Eva Mendes Morghul, não é mesmo? – Disse Irgim cordialmente.


-Exato. – Disse Draco. – Estamos com problemas com Harry Potter, ele está indo de mal a pior.


-Como assim? – Obviamente, o duende não sabia do Espectro assassino de Harry.


-Permita-me mostrar a você toda a história? Seria mais fácil e prático. – Respondeu Draco.


-Claro. – Disse ele curioso.


Então Draco usou o feitiço para mostrar memórias, e mostrou a Irgim a conversa que tiveram com Isaac sobre Espectros, depois mostrou um pedaço da luta quando ele atacou o Zumbi e o matou, e por fim mostrou a memória de logo antes, quando Harry estava se debatendo na Sala de Segurança.


-Poxa... – Disse Irgim. Draco surpreendeu-se com a gíria trouxa.


-Presidente Irgim dos Duendes... Como vê, nós não temos tempo a perder, então permita-me falar francamente e sem rodeios. – Começou Draco. – Todos nós gostamos de Harry, ele fez muito por todos nós, principalmente para mim. Mas deixar que tal monstro se liberte e destrua todo o planeta e consigo todos que estiverem nele está fora de cogitação. Como sabe, alguns de nossos... Homens... Foram em uma busca pelos Elfos Nobres, assim como um de seus duendes e um dos vampiros. Mas esta missão não tem como principal objetivo buscar uma aliança com os Elfos, e sim pedir ajuda e orientação para salvar Harry, o nosso mais poderoso e inestimável guerreiro. Sinceramente, a nossa chave para o sucesso. – Disse Draco levantando a bola de Harry discursando de uma forma bonita e polida. – MAS, se a expedição falhar, ou seja, não conseguir tal conhecimento a tempo, nós temos que estar preparados para sacrificar Harry para não matarmos a todos os outros no planeta. Tenho certeza de que ele próprio optaria por isso.


-Até aí eu entendo, e concordo, mas o que eu tenho a ver com isto? – Exatamente como Draco, Irgim estava sendo direto.


-Como eu ia dizer, aí é que entra a parte dos duendes na cooperação: por mais que esteja bloqueado pelo feitiço de Harry, este tal Espectro ainda tem influências sobre o corpo de seu hospedeiro, e sendo assim, ele usa sua aura para defender Harry de tudo o que conseguir. – Falou Draco calmamente. – Para poder chegar até Harry, nós teríamos de usar um artefato mágico de muito poder, com poder o suficiente para penetrar esta aura defensiva e assim atingir Harry, se for o caso do sacrifício dele, que eu espero que não seja.


Agora tudo estava claro para Irgim.


-Fora de cogitação. Vocês não vão procurar em meu banco por aquela maldita espada. Imagine a reputação do banco e aonde ficaria nossa dignidade e credibilidade se a comunidade bruxa soubesse que há gente arrombando os cofres de nossos clientes. – Disse Irgim seco e frio.


-Veja bem, senhor Irgim: vale mesmo a destruição do mundo esta sua moralidade e honra. Se o mundo for destruído, não haverá quem valorizar estas suas qualidades. – Disse Draco áspero e prático, como todo sonserino. – Mas, nós podemos lhe afirmar que da nossa parte nada será dito.


Irgim refletiu, e percebeu que as palavras de Draco faziam sentido.


-Mesmo que eu concordasse com vocês, em um humano ou um vampiro não se pode confiar... Nunca. – Disse Irgim com desgosto. – Olha este tal Voldemort, um maldito humano que se acha dono do mundo. E não é só ele! Quanto tempo nós, os duendes, viemos nos humilhando para vocês bruxos, e vocês vivem pisando em nós e nos tratando como LIXO! Podemos morrer, mas vocês morrem conosco!


Draco viu velhos preconceitos e velhas mágoas na expressão do duende. E ele estava certo, infelizmente.


-Não posso mudar nada quanto ao passado, senhor Irgim, mas posso lhe assegurar o futuro. Se os duendes colaborarem com a Aliança e mostrarem seu valor, nós podemos interferir junto aos Ministérios Bruxos para libertar vocês de qualquer trato ou acordo firmado conosco, e que vocês sejam tratados como nossos iguais. – Disse Draco. – Eva aqui ao meu lado é uma prova. Nós oferecemos aos vampiros a chance de serem considerados alguém, e não somente lixo, perante a sociedade. Nós oferecemos a eles a chance de serem tratados como nossos iguais, e eles aceitaram, e estão sempre nos ajudando, quando precisamos. Esta é a prova de que a convivência pacífica entre as demais raças é possível e palpável.


Irgim ficou sem palavras.


-Se isso ainda não lhe serve como garantia, um Juramento de Sangue bastaria? – Disse Draco já cheio do corpo mole do duende. Se mesmo assim ele não aceitasse, ele teria de partir para outra tática.


-O que? – Gritou Eva. – Não seja idiota, Draco! Você sabe as implicações de tal juramento! Eu não vou...


-Eu sei do que se trata Eva. A missão é mais importante do que eu. – Cortou-a Draco.


-Bem... – Começou Irgim com olhos gananciosos. – Isso muda tudo. Quais seriam os termos do juramento?


-Em troca de sua liberação e total colaboração para que encontremos tal espada, nós lhe damos nosso sigilo. Como garantia, minha alma e a minha fortuna como herdeiro Malfoy ficam à sua disposição, caso descumpramos nossa parte do trato. A minha única exigência é que a espada pertença aos Lobos da Noite independente de suas procedências. – Falou Draco. – Você teria algo a adicionar no trato?


-Caso precisemos fazer uso da garantia, eu exigo o tempo de servidão como eterna, passando de geração em geração, de presidente à presidente, o direito de sua alma. – Exigiu Irgim.


-Mas isso é um absurdo! – Gritou Eva.


-Aceito. – Disse Draco tranquilamente.


-Como é? Isso é loucura! Você sabe no que isso implica? – Ela estava apavorada com a idéia. Ela não desejaria isso ao seu pior inimigo.


-Então espero que você não me traia, Eva. Minha alma depende de você, agora. – Disse Draco misterioso e frio.


E então Draco arregaçou a manga de seu robe bruxo do braço direito e deixou à mostra seu pulso. Pegou uma faca que Irgim o ofereceu e proferiu o Juramento, e Irgim repetiu o mesmo processo.


Quando saíram, Eva disse a Draco:


-Não se engane, ele fará de tudo para que você descumpra o acordo. – Disse Eva.


-Eu sei. – Falou Draco calmamente e sorriu.


-Mas que duende filho de uma p***! – Eclamou Eva.


-Não Eva, ele só está agindo da melhor forma para a sua raça. Ele não é um humano ou um vampiro, ele é um duende. E duendes tem uma visa de mundo diferente da nossa. Apenas isso. – Explicou serenamente Draco.


 


 


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BIBLIOTECA NACIONAL DE MUNIQUE, ALEMANHA


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-Isso é uma total perda de tempo! – Resmungou Ken, após mais uma tarde de pesquisas inúteis.


-Pois é. – Concordou Neville. – Eu acho que os humanos não possuem nada concreto à seu respeito.


-Pera aí! – Sorriu Hermione. – Eu acho que tenho uma idéia.


-Compartilhe-a conosco. – Falou Dino.


-Como Neville disse, os HUMANOS não tem nada, e como já vimos nem mesmo os vampiros. Os duendes são ainda mais obtusos. Mas existem outras raças mágicas que são capazes de pensar, não é? – Disse Hermione.


-Você está pensando em que raça, exatamente? – Questionou Neville.


-Existem dois povos, os centauros e os sereianos, ambos são de Hogwarts, mas os centauros são melhores pois falam nossa língua e estão muito ligados à clarividência graças à astronomia. Acho que seria bom tentar eles.


-Bem... – Refletiu Neville. – Como aqui nós não temos nada melhor, eu acho que deveríamos falar com os centauros. Estão todos de acordo?


Todos concordaram.


-Então vamos. Mas lembrem-se: ninguém pode saber que estamos lá. Nós não ficaremos muito tempo. – Advertiu Neville e todos aparataram em Hogsmeade.


 


 


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HOGSMEADE, BAR TRÊS VASSOURAS


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Eles acabaram decidindo que ir falar com os centauros durante a noite seria muita grosseria, então passariam a noite no Três Vassouras. Sob o efeito de muita Transfiguração, é claro. Estavam sentados todos numa mesa bebendo cervejas e conversando quando uma figura estranha adentrou o bar.


 


Severo Snape adentrou o bar Três Vassouras e informou à madame Rosmerta que já o esperavam numa cabine particular. O que ele não faria em nome de Dumbledore?


 


Hermione olhou a cena e disse para os outros:


-Há algo errado ali. – Falou ela. – Snape nunca vem aqui.


-Muito estranho. – Concordou Dino. – Ainda mais se está indo para uma cabine privada.


-O que será que estará fazendo? – Retorquiu Neville. – Não se pode confiar nesta cobra...


-Você acha que eu deveria espionar? – Questionou o disfarçado Ullez.


-Você consegue? – Indagou Neville.


-Sim, na verdade, esta é minha especialidade. – Respondeu ele, e Neville não quis perguntar que tipo de humano ele andava espionando.


-Então vá, por favor. – Pediu Neville.


E assim ele foi. Mas ninguém esperava pelo que estava acontecendo dentro da cabine.


 


Ullez usara uma magia ilusória para ninguém o ver à porta, do lado de fora. Usou mais umas magias para ver ouvir através da porta. Como previsto, as magias de silêncio só funcionavam com humanos. Sempre era assim, ninguém se dava ao trabalho de se proteger de qualquer duende que pudesse querer ouvir sua conversa. Resolveu acompanhar a conversa:


-... e eu já disse que nós não temos nada a ver com eles! – Disse o homem que deveria ser Snape.


-E é bom mesmo. – Ameaçou o outro. – E qual é o objetivo deste encontro?


-Dumbledore me mandou para discutirmos uma proposta de paz... – Falou Snape. – Digam o que vocês querem para terminar esta guerra.


-Simples assim? – Indagou o outro. – Você acha que o meu mestre vai simplesmente desistir de seus planos?


-Você sabe, Sigfried, que a humanidade não precisa sofrer para que Tom Riddle tenha o que quer. Não há necessidade de envolver os inocentes nisso. Dumbledore está disposto a negociar o preço de uma guerra somente nos bastidores.


-Ora, Severo! – Repreendeu o outro. – Qual graça teria se a humanidade não soubesse de tudo? Por mais que eles estejam sofrendo em nossas mãos, acho que eles vão preferir a nós do que os outros... Do que eles...


-Se vocês vencerem a guerra não terá problema em contar a eles. Tudo o que Dumbledore pede é que vocês parem de trucidar os bruxos e os trouxas inocentes. Nós somos os seus inimigos, não eles. – Falou gravemente Severo. – Pelo menos mande a mensagem a Tom Riddle para que se marque um encontro cordial entre ele e Dumbledore.


-Vou fazer isso, por você Severo. Em memória dos velhos tempos. – Disse Sigfried. – Mas o garoto, Potter, Voldemort acha que o Potter é o garoto da profecia... E ele não vai desistir dele, mesmo se for ele o objeto da guerra. Potter causou muito sofrimento a Voldemort, e você sabe que o mestre não perdoa isso.


-O SEU mestre, Sigfried. – Apontou Snape.


-É uma pena que tudo tenha que acabar desta forma, Severo. – Dise Sigfried dramáticamente. – Na próxima vez que nos encontrarmos, será no campo de batalha.


-Realmente uma pena. – Concordou Snape. – Bom te ver, velho amigo, e até a batalha.


Agora Ullez voltara rapidamente para a mesa dos amigos.


 


-E então? – Perguntou Dino. – O que estava acontecendo lá.


-Algo preocupante. – Respondeu Ullez. – Mas não deve ser discutido agora, é algo a discutirmos na presença de Draco, Isaac e Irgim. De qualquer forma, nós temos que focar a nossa missão agora.


-Tudo bem. Mas não nos esqueceremos disso. – Falou Neville, e logo depois todos foram dormir pois amanhã seria um longo dia.


 


 


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A FLORESTA PROIBIDA


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Todos eles haviam ido cedo para a floresta. Neville escolhera irem para o centro da Floresta e esperar pela aparição dos centauros. Seria da grosseria da parte deles ficarem indo atrás deles como se os estivessem caçando.


-E se eles não vierem? – Indagou Dino ao chegarem no local de espera.


-Então acamparemos aqui até eles aparecerem.


Mas eles não tiveram de esperar muito, na verdade. De repente Ken enrijeceu e logo depois alguns vultos foram vistos na floresta.


-O que querem aqui? Este é nosso território. – Disse uma voz muito grave detrás deles.


-Olá, amigos centauros. – Disse Neville levantando e virando-se. – Sabemos que é seu território, e por isso mesmo que viemos. Queremos falar com seu líder.


-Pois não? – Disse um centauro ao lado. – Meu nome é Stroke. Sou o líder deste bando.


-Com é? –Confundiu-se Neville. – Líder deste bando?


-Claro. Os centauros são divididos em bandos, e atualmente possuímos diversos bandos dentro dos terrenos desta imensa floresta. Na verdade, nós a dividimos. – Explicou Stroke.


-Então suponho que haja um Grande Conselho, para determinar o que é melhor para a espécie em si e para manter a paz entre os centauros? – Falou Ken.


-Sim, existe – disse ele e depois de dar uma cheirada torceu o nariz e disse -, vampiro.


-Pode nos levar ao Conselho? – Indagou Neville.


-Os centauros não se reúnem com freqüência, só em casos extremos. Trata-se de um caso extremo?


-E como... Trata-se do... Apocalipse. – Respondeu Neville receoso.


Os centauros se retorceram, como se estivessem com alguma dor. Claro que eles devem conhecer a profecia e tudo que ronda ao redor disto.


-E então, por favor? – Pediu Neville humildemente.


-Iremos levar vocês sim, mas não me responsabilizo se o conselho decidir destruir vocês depois da reunião. Este assunto é bem delicado entre os da nossa raça. Sigam-me. – Disse Stroke já andando em direção da floresta.


 


 


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ALGUM LUGAR DENTRO DA MENTE DE HARRY POTTER


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-Olá, moleque. – Disse Nemesis provocador ao se materializar na frente de Harry.


-O que você quer novamente, Nemesis? – Perguntou Harry sem dar bola para a provocação.


-Estou quase conseguindo passar por este seu feitiço medíocre. Logo estarei livre para “destruir o mundo”. – Disse Nemesis ironizando.


-Você nunca vai conseguir, meus amigos destruirão este corpo antes de você conseguir se libertar. – Afirmou Harry sério.


-Você não entende nada mesmo, moleque. – Disse Nemesis. – Minha vinda foi profetizada, não há nada que você possa fazer. E não foi um simples clarividente que fez a profecia, foi um Profeta.


-Um Profeta?


-Exato. Isso se chama destino. Eu fui destinado a vir, e não há nada que você ou ninguém possa fazer. – Comentou Nemesis feliz.


-Mas, como pode ser verdade? Isso é injusto, você fala como se já tivesse ganhado. – Disse Harry levemente preocupado. – Nós iremos lutar!


-Ah, poupe-me! – Desdenhou Nemesis. – Você e seus inúteis lobinhos? Vocês não podem comigo.


-Nemesis, há esperança. – Disse Harry. – Se existe uma ameaça como você, com certeza nós temos uma chance de vencer, por mais que seja difícil. Entende? Nenhum obstáculo é instransponível, senão não seria obstáculo.


-Olha, eu vou te dizer uma coisa. – Disse Nemesis entediado. – Eu não sou um simples Espectro, sabe? Você acha que foram seus mestres que me criaram? Há!


-Como assim? Claro que eles te criaram! Eu te criei, eu absorvi aquelas almas! – Disse Harry sério.


-Não Harry, você e seus mestres foram apenas ferramentas que eu usei. – Disse Nemesis, e Harry não gostou da sensação de verdade que aquilo implicava. – Eu sempre existi, desde a Criação. Desde antes, talvez. O que acontece é que eu sou muito poderoso, mas a verdade é que eu não posso simplesmente aparecer. Eu tenho que ter as condições corretas. Eu achei estas condições com você e seus mestres.


-Não entendo. Como você pode dizer que sempre existiu?


-Simples, quem vocês conhecem por “Deus”, é algo como... Meu irmão. Ele na verdade tem outro nome, mas enfim... Nós fomos criados juntos, ao mesmo tempo, sabe-se lá como. Meu irmão fez tudo o que vocês conhecem por mundo, universo, sistema solar, galáxia. Tudo é obra dele. A função dele é construir.


-E a sua...?


-É destruir, claramente. Mas, eu acabei decidindo que não é isso que quero.


-Não? – Espantou-se Harry.


-A verdade é que, acho eu, quem nos criou achou que seria muito injusto criar só meu irmão, para ele ser o Absoluto. Digo, como pode ser certo apenas ele governar, ele ser o senhor de tudo e inquestionável... E se ele estiver errado? – Refletiu Nemesis. – Eu acho que eu sempre interpretei minha função de modo errado. Talvez nós não fomos criados com o propósito um criar e o outro destruir. Eu acho que, nós existimos para dar uma opção. Cada um é um caminho diferente.


-O certo e o errado? – Questionou Harry.


-Humanos... – Desdenhou Nemesis. – Como você pode definir o que é certo e o que é errado? Para você, pode ser certo pagar suas contas e viver de acordo com a civilização, e seria errado quebrar as leis, matar, roubar, etc. Mas será que isso seria justo com os criminosos. Você já perguntou para algum se ele acha errado o que faz? Pode acreditar que não, eles não acham. Esta é a moral da história, nós temos que dar uma chance a todos, nós não podemos discriminar uns ou outros. É nisso que eu acredito, e também que o poder não deveria ficar unificado em um só ser.


-Como assim?


-A verdade é que meu irmão não pensa como eu. Ele condena qualquer um que não seguir as suas regras. Acredite, você não gostaria de estar contra ele no dia em que morrer. Ele simplesmente é um tirano, no Mundo Espiritual. Os que não estão com ele, estão contra ele. E eu acho que isso está errado, e eu vou lutar contra ele, vou lutar para que exista um único lugar eterno que não faça distinções entre o certo e o errado, onde todos possam viver aqui na terra tranqüilos sem se preocupar com o que vai acontecer quando morrerem.


Agora que Harry pensava, parecia uma boa idéia.


-Mas como você pretende fazer isso? – Perguntou ele.


-Ah, isso vai estourar numa guerra “celestial”. Eu vou precisar de soldados... Então eu tenho que, digamos, acelerar o processo de recrutamento, acelerar a passagem para o Mundo Espiritual de algumas pessoas.


-Você quer exterminar as criaturas daqui para elas lutarem por você no seu Mundo Espiritual! – Acusou Harry horrorizado.


-Certas mudanças requerem sacrifícios. – Disse Nemesis calmamente.


-Isso não faz você muito diferente deste seu maldito irmão. Faça o que quiser, mas eu não vou deixar você exterminar o mundo por causa que você quer um exército!


-Em uma coisa eu sou parecido com o meu irmão: ou se está comigo, ou contra mim. Lembre-se disso. Escolha seu lado com cuidado. – E dizendo isso Nemesis sumiu.

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