Jogo de Segredos



Capítulo IX – Jogo de Segredos


 


Eva Mendes estava na sala comunal de sua nova casa, Sonserina. Era evidente que ela iria parar ali, dadas as suas “características”, por assim dizer. Ela sonhava em ir para a Grifinória, mas agora isso já não fazia tanta diferença. Harry Potter estava diferente do que ela imaginava, do que mostraram a ela. Ele parecia muito seguro de si, era imponente, sem falar que tinha um corpo de arrasar.


Talvez, no fim das contas, sua missão não fosse tão difícil assim. Mas ela quase falhara. Aquele maldito Chapéu Seletor quase estragou tudo! E pensar que tivera que inventar zilhões de desculpas para ele ficar quieto. E se ele abrisse a boca para o diretor? Só lhe restava esperar que não.


Quando Harry Potter lutou contra Severo Snape, bruxo que segundo seu próprio pai era conhecido por ter traído tanto os dois lados da guerra como por ser um grande bruxo, ela achou que poderia ter uma idéia melhor do que era este “novo” Harry Potter.


Ta qual foi a sua surpresa quando o moleque utilizou o feitiço do Guardião. O feitiço do guardião era algo inatingível para os seus, mesmo os mais fortes, e Harry Potter utilizou ele. Um lobo negro! O garoto com certeza tem estilo. A forma do Guardião dizia muito sobre as pessoas, e muitas pessoas até se envergonham de seu guardião, e assim não o usam.


O que poderia extrair da informação da forma do Guardião de Harry Potter? Naturalmente, significava poder, pois o lobo é definitivamente um animal que os seus aprenderam a respeitar, como inimigos. Além disso, significa que ele é solitário, pois um lobo de tal imponência só poderia significar um lobo solitário. Gosta de andar em alcatéias, mas na hora do “vamos ver” prefere seguir sozinho.


Mas o pior ainda era a cor. Segundo o que seu pai lhe dissera, os Guardiões assumem a cor da aura dos bruxos, o que, se for verdade, só iria piorar a situação. Ou seria melhorar? De acordo com seu conhecimento, a Aura (coisa que os seus também não podem usar) só é adquirida por um Mago. Somente os Magos tem Aura. Eles podem usar ela como energia espiritual, é muito útil em combates, mas requer muita energia. Dizem que os Guardiões são a própria personalidade de seu dono, ou seja, os Guardiões são feitos da Aura.


É verdade que, de acordo com o que sabia, para se invocar um Guardião não era necessário ser um Mago. Mas voltando ao assunto da Aura, ela sabia que quanto mais clara a cor da Aura do bruxo, mais inocente ele era. Uma Aura branca representaria um puritano, alguém quase Santo, e já uma Aura negra... Harry Potter deve ter cometido muitas atrocidades para ficar com a Aura assim. Mas, onde ele teve espaço para fazer isso sem ser descoberto?


De todas as formas, ainda existia um segunda opção, o que justificaria o poder impressionante dele: segundo seu pai, existe um feitiço (do qual os seus estão livres, por não possuírem Aura), que pode absorver o Guardião de uma pessoa, mesmo ela ainda não sabendo usar o seu. Este é um dos feitiços mais malignos que os bruxos já usaram contra si mesmos, e até mesmo os seus achavam a utilização dele em inocentes uma covardia sem tamanho. Era possível que Harry Potter tivesse aprendido este feitiço, mas como seria ele capaz de fazer isso com inocentes? Ele era um herói!


Ela teria de descobrir mais sobre isso, antes de enviar alguma resposta para seu pai.


 


 


Harry acordou cedo na manhã do seu segundo dia de aula. No primeiro dia, havia colocado Severo Snape para dormir em um duelo. Sem dúvida, este seria um ano daqueles!


Estava com um pouco de ressaca, pois a festa foi grande na Grifinória, uma vez que ninguém gostava do professor Snape de um todo. Mas, será que ele agora manteria sua promessa? Só lhe restava esperar.


Precisava fazer seus planos para o dia. Teria que falar com Hermione, pedir-lhe um favor. Depois, ainda pela manhã, iria até a biblioteca ver o que estava disponível a ele para a parte da tarde, e o que ele teria que mandar Zook enviar-lhe por coruja. Aliás, tinha que mandar Zook investigar o que pudesse sobre o diretor. O que será que teria ele de tão ruim no seu passado a ponto de concordar com as exigêngias dele?


Como não podia sair da escola para mandar uma carta a Zook, tomou banho após praticar alguns exercícios matinais e foi para a biblioteca. Lá deu uma boa olhada nos livros e se decepcionou com o que vira: nenhum livro “de verdade” estava ali. Talvez na seção restrita... E então foi ao corujal. Ele notou alguém que o seguia, mas não se importou, pois poderia ser alguém querendo mandar uma carta também. Mas só por via das dúvidas, ficou de olho. Seu senso de soldado nunca deixava ele descançar.


Ao entrar no corujal, se dirigiu a uma escrivaninha e escreveu a seguinte mensagem a Zook, escrita numa linguagem especial que só ele entenderia (criptografado):


 


“Caro Zook,


Quero que me mande os seguintes exemplares, a serem retirados da minha biblioteca particular o Largo Grimmauld (você tem a chave da casa): Artes das Trevas, Volume Completo, Edição de Luxo; Um Guia de Mortes Rápidas; Aprenda a Defender-se Atacando; A Arte da Guerra (do General Trouxa Sun Tzu); Magias Gerais de Defesa. Por enquanto são esses, se eu precisar, depois mando pegar mais.


Quero também que investigue tudo o que puder sobre o diretor Alvo Dumbledore, e o que mais conseguir sobre os Fundadores de Hogwarts. Sobre ambos, quero todas as informações que conseguir juntar em uma semana. Compre, suborne, ameace, faça o necessário mas me arranje essas informações.


“Do seu “querido chefinho”, Harry Potter.”


 


Ao fechar a carta, viu que a estranha aluna da Sonserina Eva Mendes estava à sua frente, o fitando sorridente.


-Bom dia, Harry Potter.


-Bom dia, Senhorita Mendes. Em que posso ajudá-la?


-Em nada do que você me diria ou daria por pura vontade. Então, devo dizer, que em nada.


Harry imaginou o que ela estava realmente querendo dizer com aquilo.


-Boa luta, contra o Professor Snape. – Disse ela distraída.


-Obrigado, mas na verdade não foi bem uma luta, e sim um duelo. – Corrigiu ele, sistematicamente.


-Oh, então numa luta você agiria diferente? – Perguntou ela fingindo estar espantada.


-Evidente que sim, você não? – Questionou ele.


-Não sei. Deveria? – Perguntou ela sorrindo.


-Cada um cada um. Se bem que você não deve ter muitos inimigos. – Disse ele avaliando-a. Ela era linda, de fato.


-Tenho muitos, mais do que você possa imaginar. – A convicção dela o espantou. – Mas eu percebi algo em você ontem, Harry Potter.


-E o que seria? – Perguntou ele curioso.


-Sua Aura é negra. – Disse ela séria, fitando-o.


-Ah é? E o que você sabe sobre Auras? – Perguntou ele um pouco assustado com a garota. Com certeza ela era diferente.


-O suficiente para saber que seus métodos não devem ser... Ortodoxos. – Afirmou ela. – E também para dizer que você é muito mais poderoso do que você demonstra ser.


As afirmações o abalaram. Como ela poderia saber tanto sobre ele? Era tão evidente assim? Ela tinha muito mais conhecimento do que uma simples garota bruxa do Sexto Ano.


-E baseado nestas suas afirmações, Senhorita Mendes, eu presumo que você saiba muito mais do que uma simples garota do Sexto Ano. – Disse ele.


-Por favor, me chame de Eva. – Disse ela sorrindo. – De qualquer forma, Harry Potter, eu sei muito mais sobre o que me interessa do que uma garota comum, sim.


-E o que mais você sabe? – Quis saber ele.


-Que você está entrando em campo perigoso com suas perguntas. – Disse ela séria.


-Então somos dois! – Retrucou ele também sério.


Houve um minuto de silêncio e hesitação entre ambos, e então Eva falou:


-Por favor, não sejamos tão agressivos um com o outro.


-Sonserinos são agressivos com Grifinórios por natureza, e vice-versa. Além do mais, os Sonserinos tem o Dom de me odiar... – Disse ele suspirando.


-Eu não. Eu vejo em você um guerreiro, e não um aluno. Estou começando a lhe admirar, Harry Potter. – Disse ela, se aproximando.


-A que se refere, Srta Mendes, digo, Eva? – Perguntou ele notando a aproximação.


-Você é mais do que um aluno. Seu olhar, sua postura, sua determinação! Você é um guerreiro, e não um simples e fraco aluno. Você é como eu. – Disse ela convicta.


-Talvez. – Disse ele. – Mas eu ainda tenho namorada, se é que me entende.


Ela olhou a situação e suspirou.


-Não pense errado de mim, Harry Potter. Você é muito bonito, é verdade, mas nosso namoro seria, digamos, cheio de mentiras. Você é mais do que diz ser, assim como eu. – Disse ela, e completou: - Nunca daríamos certo juntos. Foi muito bom conversar com você, Harry Potter. Agente se encontra por aí. – E assim ela foi embora.


Harry ficou abismado com toda aquela conversa. Ela estava dando pistas, mas ele não sabia era do quê.


Desceu para tomar café da manhã. Ainda era cedo, e quase não tinha pessoas no Salão Principal. Tomou seu café sossegado, e esperou até que Rony, Gina e Hermione chegaram ao seu encontro.


-Estava lhe procurando, amor. – Disse Gina beijando-o.


-Pois é. Que festa ontem, hein? – Disse ele.


-Nem me fale. Minha cabeça parece que vai rachar ao meio. – Disse Rony.


Quando eles se sentaram, e começaram a tomar seu café, Harry falou:


-Mione, eu preciso de um favor seu.


-O que seria, Harry? – Perguntou ela curiosa.


-Você se lembra daquelas moedas que a gente usava para as nossas reuniões?


-Sim, lembro.


-Está na hora de usá-las de novo.


-Tão cedo? – Ela perguntou espantada.


-Podemos ser atacados a qualquer momento. – Respondeu ele vagamente.


-Você espera um ataque aqui? – Perguntou Rony assustado.


-Sempre é uma possibilidade. Este castelo é o maior marco da bruxaria inglesa: é o lugar onde agente passa adiante nossa cultura e conhecimentos. É o nosso orgulho, e também é um lugar que Tom Riddle sempre adorou. – Respondeu Harry.


-Tá certo, mas o que eu devo escrever nas moedas? – Perguntou Hermione conformada.


-Escreva: “reconvocação! Interessados, falar com Harry Potter durante o almoço ou tarde.”


-O que você pretende com isso, Harry? – Perguntou Gina.


-Eu vou selecionar quem merece estar neste grupo, pessoalmente. – Disse ele. – Agora, não será mais uma aula de DCAT, será o treinamento de um grupo para resistir à Lorde Voldemort. – Harry indignou-se. – Ah, fala sério! Vocês ainda não pronunciam este nome?


-Harry, o “Todo Poderoso” aqui é você, e não nós. – Disse Rony.


-Por favor Rony! Tom Riddle é só um criminoso. APENAS um criminoso. Ele não está nem perto de ser um semi-deus, ou algo assim. – Repreendeu Harry.


-Como você pode saber? – Perguntou Hermione duvidosa.


-Porque eu sei a razão de ele ser diferente. Seu sei a razão por ele não ter morrido quando deveria ter acontecido isso. Eu sei porque ele virou um fantasma depois de tentar me matar e ter sua Maldição REFLETIDA contra ele. – Respondeu Harry, confiante. – Sim Mione, eu sei como matar Tom Riddle.


Seus amigos e sua namorada ficaram estarrecidos. Eles aparentemente não acreditavam que Harry realmente sabia como vencer Voldemort.


-E como você ainda não o matou então? – Perguntou Rony.


-Eu disse que sabia como, e não que seria fácil. – Disse ele. – Ele está escondido. E também está a sua alma.


-Qual é o segredo, então? – Perguntou Hermione.


-Só compartilharei com aqueles que se juntarem a mim no nosso novo Grupo. – Disse Harry, duramente. – A partir de agora, este tipo de informação está restrita aos membros do Grupo. Sinto muito.


-Não confia na gente? – Perguntou Hermione com um grito.


-Se acalme, Hermione. Mas é uma lógica: por mais que eu confie em vocês, vocês não são soldados. Vocês não saberiam como proceder com tal informação, e infelizmente, vocês não sabem resistir a torturas. – Disse ele resignado, mas calmo. – Não podemos confundir as coisas. A partir de agora, quem cuidará da guerra, são os soldados, e quem não for soldado deverá confiar neles. De qualquer forma, vocês ainda tem sua chance no grupo.


-Ainda não gosto desta história. – Disse Hermione.


-Muito bem, Mione. Veja da seguinte maneira: se eu agora lhe contar o segredo de Voldemort, o que você faria? Iria sair correndo e gritando por aí para todo mundo saber? Iria tentar você mesma matá-lo? Me diga, Hermione, o que você faria?


-Não sei, mas eu... – Começou ela, mas foi cortada por Harry.


-Este é o grande problema, Mione. Você não sabe. Mas o grupo que eu vou treinar, vai saber. Não se enganem: eu não quero um bando de assassinos com uma “playlist” de duzentas Maldições para Matar, eu quero pessoas inteligentes! Quero curandeiros, quero estrategistas, quero pessoas na qual eu possa confiar minha vida! Não que eu não confie a vocês, mas vocês tem que entender a diferença. – Ele estava calmo, pelo menos por fora. – Eu vou ser sincero com vocês: eu preciso de ajuda. Enquanto eu estiver aqui, ninguém poderá fazer nada a Hogwarts, mas e se eu não estiver aqui? Eu não posso sair da escola para resolver assuntos pessoais sabendo que os meus melhores amigos E a minha namorada estão em perigo! Além do mais, alguém deve defender as outras pessoas quando a guerra começar, e acreditem, ela vai! Alguém deve lutar para que possamos ter uma chance de vencer.


-Temos os Aurores, e a Ordem da Fênix. – Disse Gina.


-Amor, os Aurores são tão bons em combate quanto qualquer um de vocês. E a Ordem da Fênix jamais vai vencer nada! Eles são muito poucos, e também mal treinados. Eu já vi essa história, e eu sei: Mais cedo ou mais tarde Voldemort vai atacar, e se nós não nos prepararmos, vamos todos perder. Além do mais, isso não é conversa para agora. Venham para a reunião, que eu vou explicar tudo, tudo mesmo.


-Está bem, até a tarde, fica. Mas aonde será a reunião? – Perguntou Gina.


-No único lugar de Hogwarts que só eu posso entrar sozinho. – Disse Harry, e os três logo se ligaram.


-Então “ela” será reaberta, pela terceira vez? – Perguntou Rony sorridente.


-Sim, mas de uma forma mais sofisticada. Eu vou tornar “ela” o nosso segundo dormitório. Um verdadeiro QG, enquanto estivermos aqui em Hogwarts. – Disse ele. – Vejam como eu confio em vocês: mesmo sem saber se vocês estarão comigo nessa, estou lhes confiando informações que seriam mais do que valiosas para o inimigo.


-É mesmo, desculpe a gente, Harry. É que ainda não nos acostumamos com este “novo Harry”. – Disse Hermione.


-Tudo bem, vocês ainda são minha família. – Disse ele, e recebeu um abraço emocionado das meninas, e um “é isso aí” de Rony.


-Mas agora temos que nos preocupar, Rony e Hermione. Quem será que nos ensinará DCAT? – Perguntou Harry mudando o assunto.


-Pois é, é a nossa próxima aula e Dumbledore nem anunciou quem seria o professor no banquete de boas vindas. – Disse Hermione.


-Agora só nos resta esperar. – Disse Harry sorrindo.


 


 


Ao entrarem na sala de DCAT, se espantaram. Ela estava completamente sem carteiras dentro. Apenas havia a mesa do professor, que estava aparentemente desocupada. Se não houvessem outros alunos ali, teriam dito que estavam na sala errada.


-Bom dia, meus alunos. – Disse Dumbledore da porta, fazendo todos se calarem.


-Você é que será nosso professor de DCAT, diretor? – Perguntou alguém da Sonserina.


-Sim, eu serei. – Disse ele. – Agora se não se importam, começaremos.


-Mas, e as carteiras, professor? – Perguntou o mesmo aluno.


-Não precisaremos delas. Em DCAT, só teremos aulas práticas. – Disse Dumbledore. – Harry, você viria até o centro da sala comigo, por favor?


-Pois não, diretor.


-Muito bem, agora, a primeira coisa que eu quero que aprendam é a fazer um Feitiço Escudo. – Disse Dumbledore. – Vou demonstrar a vocês como funciona. Prestem atenção. Harry, lance algum feitiço contra mim que eu o bloquearei, certo?


-Como quiser, diretor.


-Ótimo, agora pode ir.


Harry pensou, primeiramente pensou em Crucio, mas poderia assustar seus colegas, então pensou em uma Maldição de sua própria autoria:


-Ecço! (Ék-ssou, Maldição de Câimbras Torturantes)


-Protego!


A Maldição de Harry bateu no escudo criado por Dumbledore, rachando-o. Quando isso aconteceu, houve uma explosão de luz e fumaça. Quando todos conseguiram visualizar o que estava acontecendo, viram que Dumbledore estava todo sujo por causa da foligem resultante da explosão. Ele estava irritado.


-Que diabos foi isso, Potter? – Perguntou ele meio gritando.


-Ora diretor, você me pediu um feitiço, e eu usei um.


-Isso me pareceu mais uma maldição. Aliás, que diacho de maldição foi isso?


-Professor Dumbledore, ao meu ponto de vista, qualquer feitiço poder ser uma maldição, e qualquer maldição pode ser um feitiço: um Bombarda, que pode ser tanto usado para abrir objetos e portas emperrados pode ser usado como uma bomba para machucar as outras pessoas. O feitiço Lumos, se for ampliado, pode cegar. Eu acredito que só depende da intenção de cada um determinar o que o feitiço fará ao ser usado. A Magia, na minha opinião, não é um brinquedo! As pessoas devem saber usá-la corretamente. – Disse Harry, alto, para que seus colegas ouvissem.


Todos aplaudiram-no, e até Dumbledore teve de dar o braço a torcer.


-Muito bem, Harry, suas palavras foram muito sábias. Mas persiste minha pergunta: que maldição ou feitiço foi essa?


-É uma de minha autoria. Mas não faz diferença, ela foi inútil contra seu escudo, não é mesmo? – Disse Harry.


-De fato. Mas tentemos de novo, e agora quero que todos prestem atenção no que vou fazer. Vá em frente, Harry.


-Ecço!


-Protego Máxima!


Desta vez o escudo de Dumbledore defendeu contra o feitiço, e o feitiço se desfez logo ao tocar o escudo.


E assim eles passaram o resto da manhã estudando os feitiços escudo. Naturalmente, os ex-membros da AD tiveram mais facilidade com isso.


 


 


Na hora do almoço, Harry teve uma grande surpresa, enquanto almoçava ao lado de sua namorada.


-Harry Potter. Gostaria de falar com você, a sós. – Disse Draco Malfoy as suas costas.


-Sai daqui, Malfoy! – Gritou Rony.


-Eu não falei com você, Weasley.


Todos estranharam o fato de Draco dirigir-se a Rony sem insultá-lo.


-Está tudo bem Rony. – Disse Harry. – Estou indo Malfoy. Te encontro nos jardins em dois minutos.


-Está bem. – Disse Draco e saiu.


-Eu explico depois. – Disse Harry e saiu para os jardins.


Encontrou Draco perto do lago, se aproximou e disse:


-E então, Malfoy, já tem a sua resposta?


-Sim, Potter. –Disse ele. – Estou do lado que acho que devo estar. Estou do lado vencedor, e percebi isto após o duelo contra Snape. Gosto muito de Severo, mas você esculachou ele. Eu sou Sonserino, Potter: sempre estou do lado vencedor, e você agora tem um embasamento para reunir aliados ao seu redor, você tem poder.


-Sei. Você tem razão, e está agindo corretamente desta maneira. Mas qual o nível da sua colaboração?


-Eu farei o que estiver no meu alcance para ajudar a vencer esta guerra.


-Entendo. E serviria no campo de batalha?


-Como um soldado? – Ele parecia impressionado.


-Sim, como um soldado.


-Matando inimigos?


-Exatamente.


-Potter, se você matar meu pai e salvar minha mãe, eu mato quem você quiser! – Disse Draco determinado.


-Está certo. Quero você no meu grupo de combate especial. “A Elite da Elite”. – Começou Harry. – Vou treinar dois grupos para vencer a guerra Draco: um, será a elite, quem quiser pode tentar entrar, mas só os bons entram. E também vou treinar a elite da elite, que são os escolhidos a dedo, com o treinamento mais avançado, o maior poder.


-Você vai treinar um exército? – Draco se impressionou.


-Não, Draco. Eu vou treinar o grupo especial. Estes, por sua vez, vão treinar a grande massa. – Explicou Harry.


-Entendo. Mas aonde e como você vai treinar ou mandar treinar tanta gente sem ser descoberto?


-Sempre se dá um jeito quando se quer, Draco. – A voz de Harry soou estranhamente maléfica.


-Tudo bem, mas porque está me contando tudo isso? Eu ainda posso ser seu inimigo. Posso estar espionando, posso estar mentindo. Porque confiar em mim? – Draco parecia desafiador.


-Por dois motivos: primeiro, porque o único jeito de ganhar confiança é confiando. Você jamais confiará em mim se eu não confiar em você. E segundo, se você me trair, eu vou arrancar sua pele com uma colher de chá, e isso depois de muitas sessões de tortura. – A voz de Harry soou gélida e fria na última frase. – Eu não estou brincando, Draco. Se eu digo que vou fazer uma coisa, eu faço mesmo. Mas fica a pergunta, está bom para você estar na linha de frente contra Lord Voldemort, ser treinado para ser um soldado tão temível e poder quanto eu?


-Está. Muito bom.


-Então, Draco, Hoje a noite, começaremos os treinos da equipe. O que antes era a Armada de Dumbledore, agora são os Lobos da Noite. Você é o primeiro a conhecer o nome. O que achou?


-No mínimo, interessante. É por causa daquela sua magia esquisita que você usou contra Snape?


-É por muita coisa. Mas certas coisas só serão ditas aos membros do grupo. Mas lembre-se, uma vez dentro, jamais haverá volta.


-Certo...


Harry já estava indo embora quando Draco disse:


-E Potter...?


-Sim?


-Mate aquele desgraçado! E cumpra sua promessa! Eu posso ser pior do que você pensa se tratando de vingança. Sou tão leal quanto um Grifinório, mas não perdoarei traições.


-Vou lembrar disso, Draco. Não esqueça: Duas horas depois do final da última aula. Me espere na porta da masmorra da Sonserina, que eu vou te levar em segurança ao lugar certo.


-Tudo bem, te espero lá então.


E assim Harry foi e ficou selado o início do que poderia ser uma longa amizade, ou uma eterna inimizade.


 


 


 


OFF: Sei que agora seria o Capítulo Especial, mas eu acabei perdendo grande parte do que havia escrito, e então terei de adiar ele um pouquinho. Enquanto não tenho inspiração para os Cap. Especiais, vou ir escrevendo a história original.


 


Obrigado pelos coments, eles são mto importantes. NÃO PAREM DE COMENTAR NUNCA! ^^


 


Votos também são bem-vindos.


 


E a propósito, consegui hospedar a capa novamente! ^^


 


PS: O Cap. está imenso: o dobro dos caps normais, e assim todos serão conforme pedido pelo meu amigo leitor. xD

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Comentários (1)

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