O Teste dos Fundadores, 2ª P



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Segunda Temporada, Capítulo Oito – O Teste dos Fundadores, Parte Dois


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Harry havia aparatado novamente, mas desta vez não era dentro do grande salão que estivera anteriormente.


Estava em algo que lhe parecia um bosque. E mais espantosamente ainda: ali, na sua frente, a dez metros, estava o altar com o terceiro pedaço de vaso.


Ah, ta. Não seria tão fácil... Aonde está a armadilha?


Harry estava muito atento, mas nada estava acontecendo. Esperou por vários minutos, mas nada aconteceu.


Então decidiu caminhar até o altar para testar a armadilha, já com sua aura pré-acionada.


Chegou no altar e nada aconteceu. Esperou alguns minutos e resolveu pegar logo o pedaço de vaso.


Porém ao estender a mão, ouviu dois gritos pedindo por socorro. Eram duas vozes femininas, e ele as conhecia. Mary e Joanne.


Ah, claro.


Harry saiu correndo em direção aos gritos, e quando finalmente encontrou Mary e Joanne ficou assustado: elas estavam cercadas por cerca de dez lobisomens.


E o pior de tudo é que era em pleno dia, o que significava que os lobisomens não eram os meros escravos que as pessoas conheciam, estes eram dos verdadeiros lobisomens, dos originais.


Apenas com cura e transfiguração elas não podem matar dez Lobisomens Reais.


Os Lobisomens Reais são raros tipos de lobisomem, pois são a raça pura. São os únicos que tem controle sobre sua transformação, ou seja, eles não viram animais quando se transformam, eles mantêm sua consciência normal, muito parecido com o que acontece com os vampiros. Mas, infelizmente, eles mantém a mesma crueldade dos lobisomens animais, o que os torna seres muito piores, pois eles optam por isso.


Os lobisomens então avançaram de uma só vez contra as duas mulheres, e Harry sentiu que se não fizesse algo logo, elas seriam destroçadas.


Então ele logo projetou sua aura em formato de escudo, para deter nem que fosse temporariamente os lobisomens.


Os lobisomens bateram na barreira e foram repelidos, mas logo começaram a atacá-la, e Harry sentiu que ela não resistira muito tempo.


Então se concentrou e induziu a aparatação de Mary e Joanne para longe dos lobisomens, para dez metros atrás de si.


Um dos lobisomens se destransformou e fez sinal para os outros não avançarem, e depois disse:


-Quem é você, rapaz? – Sua voz soou cordial, nem parecendo conter toda a crueldade de um lobisomem. Essa era a principal diferença entre os lobisomens escravos e os da realeza: embora sejam totalmente cruéis e odiáveis, são perigosamente cordiais, educados, mesmo com seus maiores inimigos.


-Eu sou o anjo da guarda destas mulheres, e eu sugiro que vocês partam e as deixem em paz. – Respondeu Harry tão cordial quanto o lobisomem.


-Ah, impossível. – Disse ele como se isso fosse uma grande pena. – Elas estão em nosso território, e isso não é permitido a ninguém.


-Entendo. Mas você poderia abrir uma exceção e as deixarem ir, pois tenho certeza de que elas não tinham o intento de entrarem em território proibido. – Argumentou Harry.


-Realmente, eu poderia. Mas isso me faz lembrar que você também está em nosso território. – Disse ele com ar pensativo. – Façamos o seguinte: você poderá escolher, você sai ileso, e elas ficam. Ou elas vão e você fica, e bem... Nós o matamos.


-Essas são as duas únicas opção.


-De fato, são. E então, o que você escolhe?


-Eu fico, e elas vão. – E então Harry se virou para as duas. – Vocês devem ir, e nunca mais voltar. Foi bom ver vocês, agora eu devo matar estes lobisomens.


-É a segunda vez que você nos salva, como poderemos agradecer? – Indagou Mary.


-Vocês saberão como fazer isso. – As palavras saíram da boca de Harry com uma convicção sobrenatural. – Agora vão logo, corram o máximo que puderem e não parem nem olhem para trás. Nós nos vemos por aí.


Elas foram. E os lobisomens vieram, todos ao mesmo tempo.


Harry se virou na direção dos lobisomens que já corriam em sua direção e lançou um feitiço de vento, para fazê-los voar longe para ganhar tempo.


Estes lobisomens eram muito fortes, ele tinha que matar todos eles rápido, e os melhores feitiços dele causavam uma enorme destruição, então ele teria de ganhar tempo para Mary e Joanne.


Os lobisomens urraram de raiva e voltaram a avançar, assim que bateram no chão.


Toda vez que eles vinham, Harry dava um jeito de os repelir, o que deixava os lobisomens muito mais irritados. Quando julgou que Mary e Joanne estavam à salvo, repeliu os lobisomens mais uma vez e se virou de costas, e os lobos entenderam isso como um ato de provocação, e ficaram extremamente irritados, cegos de ódio.


Harry então se concentrou em uma magia muito poderosa que sabia fazer, o tipo mais poderoso de expansão mágica. Virou de súbito para os lobisomens apontando sua varinha e lançando a sentença de morte dos lobisomens:


-Bombarda, Ultimatta! – Assim que um feitiço de uma cor azul escuro saiu de sua varinha Harry convocou sua aura como um escudo, pois o estrago seria feio.


Harry ouviu um grito de dor dos lobisomens e depois um barulho ensurdecedor. Logo em seguida sentiu uma poderosa pressão sobre seu escudo, e sem força o suficiente para bloquear esta pressão sem que sua barreira se quebrasse, ele apenas cuidou para que ela não fosse destruída, e assim ele foi arremessado muitos metros longe pela explosão.


A força de explosão do feitiço de Harry era inimaginável. Iria causar uma enorme cratera no chão, como se um meteoro tivesse caído ali. E é claro, nem mesmo Lobisomens Reais sobreviveriam a um golpe destes.


Depois de alguns segundos sendo arremessado Harry finalmente bateu no chão, com o impacto amortecido totalmente por sua aura.


Demorou um tanto para conseguir levantar, e ainda choviam pedaços de árvore da explosão que dizimara qualquer coisa num raio de duzentos metros.


Harry avançou, para ver o resultado da explosão, pois é claro, havia sido arremessado muito além dos duzentos metros. Sorte que sua aura o havia protegido do impacto.


O bom disso é que mesmo se a explosão não matasse os lobisomens, a velocidade com que eles sofreriam o impacto com certeza quebraria todos os ossos do maior dos gigantes.


Quando chegou na borda da cratera, se espantou. Uma cratera que era tão funda quanto era comprida se abrira no chão, e vestígio nenhum de coisa alguma havia em seu interior, exceto por...


...Uma faixa de terra que se erguia até o nível da superfície da cratera, aonde no topo estava o altar dos fundadores.


Por mais perplexo que estivesse, não tinha tempo a perder. Aparatou até o altar e lá estava o terceiro pedaço de vaso.


Ótimo, agora só falta um.


Pegou-o e ao encaixá-lo nos outros dois, sentiu que era transportado.


 


Quanto chegou ao seu quarto e penúltimo destino, viu que havia uma vila à sua frente, e ao seu lado, estava um assustado bruxo, com uniformes de Hogwarts. Mas seria ele um aluno?


-Quem é você? – Indagou ao bruxo.


-Sou... Frederick Hohenberger, aluno de Hogwarts e Capitão da Brigada de Defesa do castelo. – Disse ele hesitante.


Interessante.


Harry agora se lembrara, que nos tempo da fundação de Hogwarts, não existiam bruxos com formação em escola alguma. Por isso até aproximadamente duzentos anos após sua fundação, existiam ali alunos de todas as idades (N/A: se alguém não entendeu o porque dos duzentos anos, pergunte que eu respondo nos comentários). E também, graças às guerras com os duendes, e outras ameaças, alguns alunos eram selecionados para formar uma equipe que era a defesa do castelo, junto com os professores, que no caso da fundação, eram os Fundadores apenas. Hoje em dia estes alunos ainda existiam, só que em número muito mais reduzido e com nomes e funções diferentes: Monitores e Monitores-Chefe. Frederick, como capitão, era ao nível de um Monitor-Chefe.


-Pois bem, capitão, o que faz aqui? – Indagou Harry com voz imperativa.


-E quem diabos é você? – Indagou o bruxo recuperando-se do choque e apontando sua varinha para Harry.


-Eu sou quem vai resolver o seu problema. – Respondeu de forma simples. – E afinal, qual é o seu problema?


-Você é... um anjo? – Perguntou ele confuso.


-É, exatamente isso. – Respondeu percebendo a confusão do bruxo.


-Bem, por incrível que pareça, tenho este pergaminho para você? – Disse o bruxo o entregando um pergaminho a Harry.


No pergaminho, dizia:


 


“Anjo,


Você está próximo de chegar ao desafio final. Sua missão agora será efetuar a retomada de Hogsmeade, com a assistência da Brigada de Defesa.


Sim, os duendes a tomaram, pois eles pareceram não levar a sério sua ameaça.


Mas, por mais que, já que chegou até aqui, você tenha provado que tem poder o suficiente para fazer isso sozinho, o desafio está em liderar este grupo na missão.


Se você agir sozinho, de nada adiantará o quarto e último pedaço de vaso que está de posse do líder dos duendes.


Boa sorte, Godric Griffyndor.”


 


Agora que Harry parara de ler, notou que haviam mais alguns bruxos ali. Doze, no total, e mais ele.


-Muito bem, nós iremos tomar aquela vila de volta. – Disse ele confiante.


-Mas, como? – Indagou Frederick.


-Nos dividiremos em três equipes com quatro membros cada uma. Uma equipe irá pelo norte, outra pelo leste, e a terceira pelo oeste. Eu vou sozinho pelo sul. – Explicou. – Sua missão é dar combate aos duendes, da forma que acharem melhor. Matem ou incapacitem, mas não morram.


-Mas, você vai sozinho? – Indagou um deles.


-Claro. Preocupem-se com suas ordens, e não comigo. Agora vão.


 


Cinco minutos depois, eles investiram.


Harry foi atacando com maldições a esmo. Sua estratégia era atacar tanto que os duendes mal podiam se defender, e muito menos podiam atacar, e estava funcionando. Assim que venceu seus opositores, foi em direção ao centro da vila, para dar suporte aos seus comandados, atacando os inimigos pelas costas.


Logo eles haviam dominado a vila, exceto pelo exato centro dela, onde os duendes remanescentes estavam defendendo muito bem sua posição.


Nenhuma das magias que eles tentavam passava pelo poderoso escudo erguido por todos os duendes juntos. Eles não atacavam, mas também não eram atacados, o que dava tempo para seu líder bolar uma estratégia.


-O que faremos, Anjo? – indagou Frederick.


-Nossa Magia é inútil contra seu escudo, como pudemos ver. Mas eu posso tentar fazer um encantamento para usar seu próprio escudo contra eles. – Disse.


-Como assim?


-O que eu vou fazer é usar um ataque não-direto. Vou usar minha magia para manipular a natureza, e com o poder da natureza, vou atacá-los, e também colocar um “extra”, só para garantir.


-E o que seria este seu “extra”?


-Espere e verá.


Nisso Harry fechou os olhos e começou a formular um encantamento. Ele nunca pensou que precisaria usar isso algum dia, pois não havia escudo que pudesse defender do poder que ele tinha, e assim, ele não precisava “dar um jeito” de contornar as defesas inimigas. Ele simplesmente investia de frente. Mas agora as coisas não eram mais assim.


A arte de encantar é uma forma aprofundada de magia. Quem estuda Feitiços, tem uma breve noção disso, mas um Encantador não se prende a nenhum tipo de “palavra mágica”, ele cria suas próprias. Quando se tem um objetivo específico e que não possa sair errado, usa-se um encantamento, e nele, usando uma língua antiga, conhecida como Idioma Primordial, você coloca todos os dados relevantes na fórmula.


Os feitiços de hoje em dia estão em linguagens variadas, mas sua grande maioria está no latim. Mas isso não passa de uma mera tradução. Os feitiços, quando usados no Idioma Primordial, tem um enorme poder, mesmo para os usuários mais inaptos.


Mas este enorme poder não podia cair em mãos erradas, e então os antigos magos usaram um meio de traduzir as palavras para a língua mais usada na época (o latim) e o Idioma Primordial foi caindo ao esquecimento geral, salvo pelas Escolas de Magia (N/A: entendam “escola de magia” não algo como Hogwarts, mas algo como as antigas escolas de filosofia grega), onde o conhecimento era passado secretamente e apenas para os mais merecedores.


Devido a estes e a outros motivos, são muito poucos os que sabem do Idioma Primordial e muito menos ainda os que sabem o usar, como Encantadores.


 


Quando terminou o encantamento, sobre os olhares atônitos de todos os bruxos presentes, uma enorme tempestade se formou sobre Hogsmeade. E acima de onde estava o impenetrável escudo dos duendes, um enorme furacão quase negro começou a descer.


-Meu Deus! Corram todos, salvem-se! – Começaram a gritar os bruxos apavorados.


-Não, fiquem! – Ordenou Harry com voz alta, e todos ficaram estacados. – Este furacão não irá nos pegar. Tenham . – Harry sabia que estava pegando no ponto fraco daqueles homens da Idade Média.


E quando o furacão tocou o escudo dos duendes, todos puderam perceber que algo estava acontecendo. O furacão estava mudando de cor. Estava assumindo a cor violeta perolada do escudo dos duendes, pois o estava absorvendo.


Puderam-se ouvir gritos dos duendes, que agora estavam dentro do furacão furioso, e em seguida, os duendes se juntaram ao furacão.


E então de súbito o furacão parou, arremessando os duendes a centenas de metros de distância, todos mortos.


Harry sorriu, pois fora ele quem iniciara o furacão, e fora ele quem o parara.


-Alguém ache o líder destes duendes e o traga para mim.


E assim eles foram.


Alguns minutos mais tarde alguém veio, trazendo um corpo de um duende. No pescoço, estava o quarto e último pedaço de vaso.


Harry o pegou, e disse:


-Até mais. – E logo encaixou o último pedaço do vaso e logo foi transportado.


Finalmente, o último.


 


Quando abriu os olhos, viu que estava num enorme salão, parecido com o primeiro, só que com a diferença de que este era quadrado, e Harry desconfiava que fosse cúbico também. E é claro, em cada uma das quatro pontas, havia um trono.


-Muito bem, Anjo. Chegaste até aqui, mas será que passarás? – Indagou a voz de Salazar Slytherin.


-Fundadores, cheguei até aqui, exigo que me dêem o que preciso.


-Que pressa é essa, Anjo. Você ainda não passou no teste. – Disse Godric.


-Exatamente. – Concordou Rowena. – Agora vem a melhor parte do teste. O “Gran Finale”.


-E o que seria isso? – Indagou Harry preocupado.


-Veja bem, Anjo. – Começou Helga. – Você foi capaz de nos derrotar separadamente. Se você realmente é alguém que vai salvar o a humanidade, pois é isto que diz nas profecias, você não terá dificuldade nenhuma em nos derrotar todos ao mesmo tempo, não achas?


Pu** que pariu! Todos juntos? Me ferrei.


-Vocês não podem estar falando sério...


-Estamos sim, acredite. – Disse Godric descendo de seu trono vermelho, acompanhado por seus colegas fundadores. – Agora, Soldado do Senhor, em guarda!


E ao Godric dizer isso, todos os quatro Fundadores sacaram suas varinhas e ficaram em posição de duelo.


Este é o fim. Esses caras vão me matar.


A batalha mais difícil e perigosa da vida de Harry estava para ser travada, este seria o verdadeiro teste de sua vida. Será que todo o treino com a ARCI valeu a pena, ou será que ele fora apenas um mero casulo para Apocalypse e agora morreria nas mãos dos quatro maiores bruxos da história conhecida?


Estas eram as indagações que Harry fazia a si mesmo enquanto sacava sua varinha e ficava em posição de combate.


 


 


OFF: Autor mau, muito mau.


Sim, o combate fica pro next cap, que só sai com comentários, muitos deles. A velocidade de atualização da fic agora não depende mais de mim, e sim, de vocês, meus amados leitores.


Comentem, e então preparem-se pata a batalha mais épica de todo o acervo da FeB, cujo o destino agora está em suas mãos.


 


Aguardo os reviews, então. Até mais.

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