A carta



Mais alguns dias se passam, Hermione e Gina (Hermione muito mais, é claro) mergulharam nos livros de Minerva e neles descobriram coisas que jamais imaginavam sobre a magia da sétima filha.


Elas descobriram que a magia da sétima filha passa por três fases que se sobrepõem. A primeira fase logo no nascimento tem a ver com o dia a hora e o local do nascimento, a segunda fase é marcada pelas influências externas. Família... Escola... Amigos... Enfim as experiências que a sétima filha vai acumulando ao longo de sua vida e finalmente a terceira fase. Bem, essa é muito mais complicada. O livro grosso e antigo que Hermione folheia fala que essa última fase é desencadeada por um acontecimento, um acontecimento marcante na vida da sétima filha, um acontecimento que as duas meninas não sabem dizer se já ocorreu ou não.


Bem... (Hermione fala olhando para a amiga) temos muito a fazer. Primeiro temos que descobrir qual é a sua magia de nascimento, depois a sua magia de vivência e depois...


Depois o que? - A ruiva pergunta curiosa


Sinceramente eu não sei... (Hermione fala) acho que teríamos que saber se a terceira fase já se manifestou


Como nós vamos saber? - Gina questiona. Não há muito sobre isso em nenhum dos inúmeros livros da diretora


Boa pergunta... – Hermione fala. Ela está tão curiosa quanto a amiga. A morena sabe que a forma como a terceira fase se manifesta é mais do que crucial para definir que tipo de poderes Gina terá...


XXXXX


Enquanto isso, Harry está na sala de Remo Lupin realizando um treinamento. Sua oclumência melhorou consideravelmente e Harry tem consciência que o fato se deve a sua interação positiva com o professor. Lobisomem ou não, Lupin é, na opinião de Harry Potter, o melhor professor de dcat que ele já teve.


Harry progride a olhos vistos, não apenas no que se refere à oclumência. Ele está cada vez melhor nos duelos, além de conseguir executar feitiços sem o uso da varinha, o feitiço do patrono entre eles. E não é pra menos, Harry vem treinando de uma forma quase insana. É como se a sua própria vida dependesse disso e ele sabe que na prática isso realmente pode ser verdade


Após mais uma sessão de treinamento o menino que sobreviveu está cansado, suado e louco por alguns momentos com a sua ruiva, Lupin olha satisfeito para o aluno – Você se supera a cada dia Harry. Isso é bom!


Harry olha para o lobisomem e não fala nada, mas seu olhar mostra que ele ficou satisfeito com o elogio. Lupin continua – Creio que já é hora de começarmos o treinamento com os outros alunos.


Harry olha para o professor com cara de quem não gostou muito da idéia. Lupin olha pra ele – Não faça essa cara Harry. Todo mundo sabe que quem deve enfrentar Voldemort é você, mas você não acha realmente que os comensais estarão na platéia apenas assistindo, acha? Além disso, não há apenas os comensais, temos que esperar também os demendadores, os lobisomens, os gigantes, os inferis...


Harry continua calado. Ele sabe que o professor tem razão, mas é duro pra ele pensar que muitos morrerão por sua causa.


Não é preciso nem ler a sua mente para saber o que você pensou agora (Lupin fala sorrindo, mas fica sério logo em seguida) ninguém vai morrer por sua causa Harry. As mortes acontecerão, eu não vou tentar te iludir e dizer que todos irão sobreviver. As mortes acontecerão sim, mas não por sua causa. Você é apenas um instrumento, a causa maior é a liberdade, é a certeza que alunos como Hermione Granger terão a sua vaga garantida, é o direito de um bruxo sangue puro se apaixonar por uma trouxa... É por isso que nós lutamos Harry


Harry olha meio envergonhado para o professor, por um momento ele se sente um idiota prepotente achando que todos estariam prontos para lutar unicamente por causa dele. Remo lança a ele um olhar de compreensão


Então Harry? (o lobisomem fala ao ver que seu pupilo parece aceitar melhor a idéia) Que tal todas as terças e quintas duas horas antes do jantar? Um grupo pequeno pra começar, apenas os antigos componentes da armada e uns poucos escolhidos pelos diretores das casas. Tudo bem?


Harry balança a cabeça afirmativamente, antes que qualquer um dos dois fale mais alguma coisa Filch chega dizendo que McGonagall está chamando Harry em sua sala.


XXXXX


Harry entra na sala da diretora. Ele ainda não se acostumou a chegar nela e não encontrar a figura bondosa de óculos meia lua e barba branca. Essa sempre vai ser a sala de Dumbledore... Ele pensa com um suspiro. Ele não pode evitar que a imagem do diretor na última vez que o viu com vida venha a sua mente. Ele não pode evitar ouvir Dumbledore implorando a Severo Snape. Um ódio imenso aperta seu coração e pulmões e ele puxa o ar com força tentando apagar a cena


Felizmente Minerva o espera e o tira do devaneio – Sente-se Harry (a diretora fala apontando uma cadeira)


Harry se acomoda. Minerva toma a palavra – É hora de você tomar posse de alguns pertences, eu não esqueci que você deve procurar as horcruxes.


Harry olha pra ela enquanto Minerva lhe entrega um grande pacote – Eu encontrei isso nos aposentos de Dumbledore depois que... (ela suspira) Bem, depois que tudo aconteceu. Abra... (ela fala) são coisas que podem vir a ser úteis pra você. Parece que Alvo já tinha planejado algo...


Harry abre o pacote, dentro dele alguns objetos já conhecidos; entre eles a espada de grifindor, a penseira de Dumbledore e o vira tempo. Mas o que chama atenção de Harry são os objetos que ele não conhece. Um deles é uma pena com aparência de usada


Harry olha para Minerva, a diretora explica – É uma chave de portal, Harry. Para o caso de você precisar sair da escola (ela olha para Harry que agora examina a pena cuidadosamente) ela só funciona em alguns locais e em cada local levará a um destino diferente. No campo de quadribol levará você até a sede da ordem, na torre de astronomia você vai além da floresta proibida e assim sucessivamente (ela passa a Harry um pergaminho que contém as várias possibilidades da chave de portal) só funciona com você Harry, ou com quem estiver com você. E esse espelho...


Harry olha para o pequeno espelho coberto com um veludo vermelho. Ele vai abri-lo, mas Minerva o impede – Não Harry. Ele só deve ser aberto uma vez, apenas em uma situação de emergência.


Por último, Minerva tira um pergaminho e entrega a Harry – Eu achei esta carta também, está endereçada a você, pela data Dumbledore a escreveu algumas semanas antes de... (ela limpa uma lágrima discretamente). Perdoe por não haver entregado antes, mas havia também um bilhete pra mim onde ele falava que você só deveria recebê-la quando estivesse pronto.


Harry murmura um feitiço redutor, coloca os objetos no bolso e aperta a carta em suas mãos – Posso ir agora?


Pode Harry (A diretora responde e o garoto se prepara para sair, mas antes que ele cruze a porta Minerva fala) antes que me esqueça, parabéns pelos progressos


Harry murmura um obrigado e sai ainda meio entorpecido com o que aconteceu. Ele olha na direção de sua sala comunal e olha para a carta que queima em suas mãos. Harry sabe que a esta hora a sala estará lotada e vai ser difícil conseguir qualquer tipo de privacidade, então ele se dirige a sala precisa.


XXXXX


Na sala comunal


Gina, Rony e Hermione aguardam o menino que sobreviveu, são quase nove horas da noite e ele ainda não voltou. Harry perdeu o jantar também


Eles sabem que Harry foi chamado à sala da diretora após a aula e eles sabem também que alguma coisa deve ter acontecido, caso contrário ele já teria voltado. Gina sente uma coisa estranha, é como se alguém apertasse seu peito, uma angústia que ela não sabe explicar. A ruiva sabe que esta sensação tem algo a ver com seu amado


Eles permanecem esperando por quase uma hora até que Gina levanta-se num rompante e se prepara para sair


Aonde você vai? – Rony pergunta


Gina suspira – Atrás do Harry, é claro!


Hermione lança seu melhor olhar recriminador – Já passou da hora de recolher. E se você for pega?


Gina olha para a amiga e sorri – Ser pega por quem? Pelos monitores da minha casa?


Tome cuidado – Ela ouve a amiga dizer antes que saia


XXXXX


A ruiva caminha cuidadosamente até a sala precisa. Ela sabe que Harry provavelmente estará lá, mas nada a preparou para o estado em que ele se encontraria.


A sala está escura. Mesmo assim Gina percebe alguns objetos quebrados e vê que Harry está com um grande corte na mão e os olhos fixos no nada


Gina vai até ele apressadamente – O que aconteceu Harry? (ela fala e pega a mão do moreno com cuidado) você precisa ir à enfermaria


Não (ele fala) eu não quero... Não posso explicar como isso aconteceu. Eu não sei como eu fiz isso


Gina pega a sua varinha e murmura um feitiço curativo que fecha o corte, mas infelizmente ele não tira e expressão de dor dos olhos do seu amado. Ela beija suavemente seus lábios e o abraça.


O casal permanece abraçado por algum tempo, então o moreno dá a ela um pergaminho. A ruiva olha pra ele, Harry faz um aceno com a cabeça autorizando e Gina abre o pergaminho.


Harry


Quando você receber esta carta eu estarei morto a algum tempo. Eu instruí Minerva para que só a entregasse quando você estivesse suficientemente forte para recebê-la


Eu sei o que se passa na sua mente Harry, e antes que se pergunte se usei legitimência eu digo que não usei. Eu sei o que se passa na sua mente porque eu conheço você desde os onze anos e mesmo antes disso eu me preocupava com você. Eu sei que o seu coração generoso vai se culpar pela minha morte. Eu sei que você tentou afastar a tudo e a todos, mas se você está lendo essa carta é porque você superou isso


Você não está sozinho Harry, ninguém vive sozinho. Eu pensei que conseguiria uma vez e o destino mostrou da forma mais cruel possível o quanto eu estava errado. E você também não é culpado, tenha certeza disso. Voldemort é o único culpado da minha morte e de todas as outras. Lembre-se que, se você se considera culpado de qualquer coisa que tenha acontecido comigo, eu também sou culpado. Eu sou culpado de ter te deixado sozinho e cheio de dúvidas por tanto tempo, eu me sinto culpado por tudo que você passou, por tudo que eu poderia ter evitado e ,se não pudesse, por tudo que deveria ter ao menos tentado fazer


Gina para e seca uma lágrima. Ela olha para Harry, não é difícil adivinhar por que ela o encontrou naquele estado. Gina respira fundo e concentra-se na carta


Eu desejo de coração que você não fique remoendo estas coisas. Não olhe para o passado com tristeza, olhe para ele como uma forma de tirar lições importantes para vencer o mal. O que importa agora é o futuro, o seu futuro e de todos aqueles que lutam. Por isso estou lhe passando a minha penseira e o vira tempo, eles poderão ser úteis. Esse não é um vira tempo como o que a senhorita Granger usou, ele é muito mais poderoso cada volta nele equivale a um ano. Como você pode ter deduzido, este vira-tempo não estava no ministério. Você pode usá-lo juntamente com a penseira para descobrir onde estão as horcruxes e como destruí-las. Não sei até que ponto isso pode ajudar, mas essa é a minha contribuição, use-os com sabedoria


Gina para e olha esperançosa para Harry, pode ser que assim eles consigam destruir as horcruxes antes que Voldemort venha. A ruiva continua a leitura


No entanto Harry, você deve ter na sua mente que o vira tempo só poderá ser usado para fazer investigações. Em hipótese alguma você poderá mudar o passado, ninguém sabe que conseqüências um ato destes acarretaria. Se você tiver isso em mente Harry talvez o vira tempo seja útil. Mas nunca esqueça estas palavras, você não pode alterar o passado seja o que for que tenha acontecido.


Boa sorte Harry e lembre-se que a morte é apenas uma longa viagem e que nunca nos separamos realmente daqueles que amamos


Alvo Dumbledore


Gina termina de ler e enxuga as lágrimas, ela olha para Harry e pode ver nos olhos do menino que sobreviveu toda a angústia que ele está sentindo nesse momento. Além das palavras de Dumbledore, que ela sabe que tocaram Harry profundamente, ele tem diante de si a chance de mudar o passado e a informação que não poderá fazer isso de forma alguma.


Ela vai até ele e o abraça como se, com este gesto, pudesse fazer com que ele divida com ela o aperto que Harry deve estar sentindo no peito.


É difícil ruiva... – Ele fala com um fiapo de voz


Eu sei... – É só o que ela consegue falar. Ela sente o coração de Harry bater descompassado no peito, no mesmo ritmo que o seu próprio


Às vezes eu acho que não vou conseguir (ele fala enquanto a aperta em seus braços) e hoje eu sei que não conseguiria sem você


Eu estou aqui... (Gina sussurra) e não vou a lugar algum. Não sem você...




NOTA DA AUTORA


...


...


...


Ahn?! Vocês estão esperando a nota da autora?


Bem, eu também estou, ou melhor estava. Agora eu estou tentando fazer a autora descer da torre de astronomia. É... Ela está lá em cima tentando descobrir onde estão seus leitores... E eu estou aqui embaixo rezando pra que ela não resolva pular.


Pois é gente, ela está muito deprimida, sem saber se estão gostando da fic, já que quase ninguém comenta... Só um minuto gente...


MICKKY TIRE ESSA PERNA DA JANELA AGORA!


Gente, eu poderia até falar alguma coisa sobre a fic, mas tenho que ficar de olho nesta maluca antes que ela faça alguma besteira. E você aí que está lendo... É, você mesmo! Que tal deixar uma review (pode ser uma pequenininha) pra animar a nossa autora?


Bjos a todos


Fui...


MICKKY! EU JÁ FALEI PRA TIRAR ESSA PERNA DA JANELA! NÃO COLOQUE A OUTRA... NÃO!!!!

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Comentários (1)

  • vitoria67

    e ai ela tirou a perna da janela...bem espero que seja uma casa .....e claro que estou lendo....que coisa.vitoria

    2013-06-21
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