Aparecendo



No dia seguinte


Snape acorda depois de uma noite dolorosa. Como era de se esperar, o ex-professor foi severamente castigado por seu mestre sem sequer ter a oportunidade de se explicar. O Lorde das Trevas não admite este tipo de coisa, nada deve ser mais importante que o seu chamado. Mas o que Voldemort não sabe é que de certa forma para Severo Snape foi um alívio que Voldemort não o tenha deixado falar, afinal a oclumência acaba ficando mais fraca depois de uma cruciatus


Ele se levanta com dificuldade e vai preparar uma poção que embora ele saiba que curará as suas dores físicas nunca fará o mesmo por seu coração


XXXXX


Em Hogwarts, na ala em que nenhum aluno vai


Sirius espera que a sua medibruxa ou a sua carcereira particular, como ele a chama intimamente apareça para lhe dizer que finalmente pode deixar o quarto e quem o visse naquele momento iria achar que o homem preso aquele leito se parece muito com um menino à espera de poder abrir seus presentes de natal


Ele não se lembra muito do tempo que passou no véu, apenas alguns borrões como se estivesse em um pesadelo. Sirius tem a ligeira impressão que deve ter ficado muito tempo em sua forma animaga, como ele mesmo disse para Harry é meio instintivo pra ele se transformar quando se sente em perigo


Sirius tenta não pensar muito nisso, afinal o que importa? Ele está fora do véu da morte, vivo sabe se lá como e bem, mas nestes dias em que ele ficou convalescendo sabe-se lá porque, ele não pode evitar pensar no assunto evidentemente sem chegar à conclusão alguma


Como se não bastasse, a breve conversa que teve com Aletheia na noite anterior também toma conta de seus pensamentos. Embora ela tenha sido vaga, Sirius não é tolo e ele percebeu que seu irmão e ela não eram apenas meros conhecidos


Ele força a sua memória tentando lembrar algo que seu irmão pudesse ter dito que transparecesse que havia se envolvido com alguém, em vão. Na verdade Sirius podia contar nos dedos as vezes que tivera uma conversa civilizada com Régulos nos últimos tempos. Pra ele seu irmão era apenas um jovem metido com ideias preconceituosas, assim como toda a sua família. Mas agora vendo aquela mulher tão doce e prestativa, ele se pega pensando se as coisas eram realmente como ele pensava


Uma batida na porta interrompe seus pensamentos. Sirius vê Aletheia entrar sorrindo – e aí, senhor Black... Desculpe, Sirius – ela se corrige ao ver a careta que ele faz – pronto para deixar seu cárcere?


Mais pronto que nunca – ele diz se levantando – quer dizer que eu posso sair?


Não ainda – ela diz e logo completa ao ver o semblante decepcionado do homem a sua frente – antes a diretora quer dar uma palavrinha com você


Neste momento alguém bate na porta e Minerva entra junto com Lupin e Harry Potter – bom dia, senhor Black – a diretora o cumprimenta – pelo que eu estou vendo, já está pronto para deixar este quarto


Estou pronto desde que saí daquele véu – Sirius diz sorrindo – só o que eu quero é poder esticar um pouco as pernas e ajudar


Os presentes se entreolham meio sem jeito e Sirius logo percebe – o que foi? – ele diz tentando não parecer muito afoito – vocês não vieram aqui me dizer que eu vou ter que ficar neste quarto mais tempo – ele olha para Aletheia – ela disse que eu já estou bem, eu me sinto bem


Não é isso, senhor Black, acalme-se – Minerva fala, mas qualquer um que a conheça bem pode notar que ela não parece totalmente à vontade – o senhor vai poder sair, mas nós achamos que não é interessante que todos saibam ainda que está vivo, quer dizer talvez você possa ser uma carta na manga, não sei ainda como, mas isso talvez possa ser usado como uma vantagem pra nós


Tirando que você tecnicamente ainda é um fugitivo, ou seria se alguém soubesse que está vivo – Remo completa – nós não podemos garantir que o ministério não esteja tomado


Pra falar a verdade temos quase certeza que ele está – Minerva diz – e eu tenho certeza que esta também será a sua opinião quando se inteirar dos fatos completamente


Mas isso não significa que você tenha que ficar neste quarto – Harry diz ao ver que seu padrinho encara os presentes com um ar de quem teve o natal cancelado – só o que pedimos é que não se mostre para todos, apenas para aqueles em quem confiamos


Você vai poder andar pelas dependências do castelo – Minerva diz e esboça um ligeiro sorriso – eu me atrevo a dizer que poucas pessoas neste local sabem fazer isso tão bem quanto o senhor, senhor Black. Mas rogo que tome cuidado, como já disse antes é bem provável que o ministério esteja tomado e... – ela fica meio sem jeito ao dizer – isso sem falar que alguns de nossos alunos, se souberem que o senhor está aqui contariam aos seus pais antes mesmo que alguém pudesse piscar um olho


Entendo – Sirius diz aliviado por não se precisar ficar confinado o tempo todo – mas tem um problema, eu fiquei muito tempo fora, como poderei saber em quem confiar? Quer dizer, eu sei que tem vocês e os membros da ordem, mas e os outros?


Os presentes se entreolham meio sem jeito até que Minerva diz – eu mandei um aviso para todos. Nos reuniremos após o café e então você saberá a quem poderá se mostrar – ela olha para Sirius – então eu peço a você que caso queira se afastar deste quarto para dar uma voltinha, tome o máximo cuidado para não ser visto e se me permite um conselho eu diria para o senhor aproveitar enquanto os alunos não acordaram para fazer isso


Sirius abre um sorriso. Finalmente ele se sente livre, e o melhor no local onde ele foi mais feliz em sua vida


XXXXX


Enquanto isso, num lugar qualquer das masmorras


Barbara acorda. Ela vê que seu filho não está no quarto e isso a preocupa. Mesmo sabendo que ele está em segurança no castelo, ela não pode evitar um certo pânico todas as vezes que seu filho não está ao alcance de seu olhar. Fique calma. Ela diz para si mesma enquanto chama pelo filho em vão


Barbara sabe que o menino tem mania de se esconder e que nos últimos tempos isso vem acontecendo com maior frequência e é nisso que ela se apega enquanto revista cuidadosamente seus aposentos, infrutivelmente. Ela está vestindo um penhoar para ir atrás do garotinho quanto ouve alguém bater a porta


Em uma ocasião diferente ela pensaria em quem poderia ser a esta hora da manhã, mas a única coisa que ela pensa é em alguma notícia do seu filho, e neste momento suas preces foram atendidas. Draco Malfoy entra trazendo em seus braços seu filho adormecido


Ele bateu na minha porta ontem a noite – Draco diz meio sem jeito – eu ia deixá-lo ficar um pouco e trazer de volta, mas acabamos adormecendo


Barbara suspira – outro pesadelo – ela diz mais para si mesma e vê que Draco balança a cabeça em concordância – eles estão mais frequentes agora, mas ele se recusa a conversar comigo – ela olha para Draco – não sei de onde esse garoto tirou que as mulheres são frágeis e devem ser sempre poupadas e protegidas – ela diz enquanto pega o filho dos braços do loiro e entra


Draco hesita por um momento, mas acaba seguindo a mulher. Sua curiosidade faz com que ele repare em cada centímetro do quarto, como se assim conseguisse descobrir algo sobre os hóspedes misteriosos. Mas não há nada que o ajude nesta missão, nenhum quadro, nenhuma foto ou qualquer outro objeto, um quarto que seria frio e impessoal se não houvesse aqui e ali algum brinquedo de criança


Barbara coloca o filho na cama e Draco vê que ela conjura um bule e um par de xícaras, ela lhe serve o chá sem ao menos perguntar se ele gostaria – sente-se, senhor Malfoy. Acho que está na hora de esclarecer algumas coisas


XXXXX


No ministério


Se algum de seus conselheiros não gostou de ser chamado aquela hora da manhã, ninguém se manifestou, o que não deixa de ser algo esperado, afinal as coisas não estão exatamente calmas para que os chamados só aconteçam em horário comercial


O ministro encara os homens presentes e um arrepio o faz pensar até que ponto eles são fieis. O ministro não é bobo e é acima de tudo um homem extremamente desconfiado. Ele não tem a ilusão de que todos que estão reunidos lhe são fieis, afinal não seria difícil que você sabe quem conseguisse infiltrar um espião usando a maldição impérios ou até mesmo com promessas de poder


Ele sabe que seus atos o levarão ao encontro do que você sabe quem prega, mas neste momento o ministro não vê outra saída. Ele sabe que seu poder neste momento é apenas um fio tênue e ele vai se agarrar a este fio custe o que custar


Então ele pigarreia. Rufus Scrimgeour vai tomar a atitude que deve...


XXXXX


De volta a Hogwarts


Draco ainda tenta processar o que a mãe do garotinho lhe contou, em vão diga-se de passagem. A ele parece surreal demais, é como se ele estivesse em um universo paralelo. Mas o olhar da mulher a sua frente deixa claro que isso não é uma brincadeira


Ele tem perguntas a fazer, muitas perguntas, mas isso vai ter que ficar pra depois. Um recado da diretora diz que eles estão sendo esperados em sua sala após o café da manhã


A sua curiosidade então é substituída por outra. Ele sabe que os chamados de Minerva McGonagall não são por amenidades, o loiro então se prepara para ver o que a diretora quer


XXXXX


Enquanto isso, na sala da diretora


Minerva aguarda que atendam seu chamado. Está mais do que na hora daqueles que são confiáveis saberem que Sirius Black está vivo. Ela pensa e não pode deixar de sorrir. Quem diria que ele conseguiu sobreviver ao véu e, o mais impressionante de tudo, voltar para os seus?


Isso não dá à diretora apenas alegria, lhe dá também algo que há muito tempo ela não sentia, esperança. Esperança de que as coisas acabem bem


Neste momento Sirius chega acompanhado de Lupin com um sorriso que faz a diretora lembrar-se dos garotos que eles foram no passado. Minerva só espera que ele se lembre que agora é um homem feito e não um menino afoito por brincadeiras – vejo que você saiu para explorar o castelo – ela não consegue deixar de falar


Relembrar os velhos tempos é sempre bom – Sirius diz – não se preocupe que eu ainda estou em forma, ninguém me viu


Minerva não pode conter um sorriso. Neste momento Sirius Black se parece muito com o adolescente que foi. É bom saber que todo o sofrimento pelo qual este homem passou não esmoreceu seu espírito jovial e animado – fico feliz, senhor Black, assim que os outros chegarem faremos uma breve explanação sobre o que está acontecendo lá fora


Neste momento a porta se abre e algumas pessoas entram, entre elas Harry e os amigos, a família Weasley e alguns membros do ministério. Nem é preciso dizer que ver a figura de Sirus Black na sala da diretora causa comoção imediata


Como é possível? – uma Molly Weasley muito pálida murmura enquanto sorve avidamente o copo com água que Minerva lhe conjurou


Acalme-se, meu bem – Arthur diz de forma carinhosa – eu tenho certeza que teremos uma explicação plausível – ele olha para o homem que julgara morto até alguns minutos atrás – se bem que eu não consigo imaginar nenhuma


Assim que os outros chegarem eu garanto que tudo será explicado – Minerva diz – embora eu possa afirmar que nem tudo vai ter explicação


Neste momento a porta se abre novamente Sirius vê algumas pessoas entrarem e seu olhar para imediatamente em uma delas – o que ele está fazendo aqui?


Draco olha para Sirius de modo emperdigado, após passar o espanto de ver Sirius Black mais vivo que nunca. Lá vamos nós outra vez... O loiro pensa


Ele está com a gente agora – é Harry quem diz – eu explico melhor depois – ele fala torcendo para que seu padrinho aceite esta fraca explicação por hora – eu sei que é difícil acreditar, mas o Malfoy já deu provas que está do nosso lado – e neste momento a fênix de Dumbledore aparece voando pela janela e como aconteceu outras vezes pousa no ombro de Draco que faz um carinho em sua cabeça


Talvez pela sensação de segurança que a presença da fênix lhe dá, o loiro se permite falar – como o Potter disse, eu já dei provas do meu arrependimento e estou fazendo o que posso para ajudar. Agora se me permite perguntar, você não deveria estar, como direi, um pouco morto?


Por mais que eu deteste admitir, o Malfoy tem razão – um dos gêmeos diz, desconfortável – não que nós não estejamos felizes, mas você realmente estava morto


Eu estou bem vivo – Sirius diz – posso garantir a vocês que não sou um fantasma. Eu realmente levei o avada e cai no véu, mas por algum motivo não morri. Pode ser que o avada não tenha realmente me atingido ou o fato de eu ter entrado no véu fez com que não funcionasse. Não sei dizer o que aconteceu e acho difícil que um dia tenhamos uma resposta concreta, mas o importante é que eu estou aqui e quero ajudar


E pelo jeito vai ser preciso muita ajuda, pois neste exato momento o professor Slugorn e Hagrid entram ao mesmo tempo, ambos com feições que dizem ter algo muito importante a dizer


Ambos olham para Sirius como se estivessem acabado de ver um fantasma, o que não deixa de ter as suas razões e por este motivo foram necessários alguns minutos para acalmar os ânimos e algumas explicações antes que algum deles se pronuncie


Então foi por isso que a senhora nos convocou – Slougorn diz, meio sem jeito – eu fiquei acordado até tarde e, bem – ele se ruboriza – eu costumo ter um sono muito pesado e pelo jeito seu patrono não conseguiu me acordar. Na hora que eu consegui sair da cama recebi uma coruja do ministério


Professor – Hagrid fala – com todo respeito, seja o que for pode esperar. Houve um ataque ontem a noite, um ataque dos comensais


Não, senhor Hagrid – Slougorn diz, assoberbado – por mais grave que um ataque possa ser, isso não pode esperar – ele respira fundo, talvez apreciando a atenção – o ministro da magia acaba de fazer um pronunciamento


Um pronunciamento? – Minerva diz com a respiração suspensa – como ele pôde fazer um pronunciamento sem que ficássemos sabendo?


Ele fez isso durante a madrugada – o professor de poções diz – ao que parece o ministro não quis correr o risco de que alguém o fizesse mudar de idéia


Pelo jeito ele fez isso longe dos quadros – Minerva diz – só assim para que nenhum dos antigos diretores tenha vindo avisar – ela completa enquanto pega o pronunciamento que o professor de poções lhe estende. Os presentes vêem que a sua feição muda visivelmente a medida que lê e eles vêem algo raro acontecer, a tão centrada Minerva McGonagall perdendo a compostura e falando um palavrão antes de se largar em uma cadeira


Remo pega o pergaminho que Minerva lhe estende e lê, empalidecendo logo a seguir


Sem querer interromper o momento – Draco diz de forma irônica – dá pra alguém dizer logo o que está escrito aí?


O lobisomem então respira fundo e começa a ler em voz alta


Eu, Rufus Scrimgeour, ministro da magia, venho neste momento decretar que:


1º. - É perfeitamente aceitável que um bruxo, ao sentir que a sua vida ou sua integridade física está sendo ameaçada de qualquer forma por um trouxa, use magia para se defender


2º. - É perfeitamente aceitável que esta defesa se faça de forma rígida quanto maiores forem as ameaças a que o bruxo esteja submetido


3º. - O ministério não irá mais aceitar qualquer tipo de retaliação de trouxas como a que ocorreu há meses atrás. Atacaremos com o mesmo rigor...


Isso é inadmissível! – Arthur Weasley interrompe a leitura. Dá pra ver nas feições dos presentes que eles estão tão indignados quanto o patriarca Weasley – ele está fazendo o que você sabe quem prega! – então ele para por um momento – será que o ministro está sob imperius?


Acho difícil –Tonks diz – não impossível, mas difícil. O fato é que nosso ministro da magia gosta do poder tanto quanto você sabe quem e se para mantê-lo ele tiver que declarar guerra aos trouxas, ele o fará


Então Hagrid pigarreia – desculpem interromper novamente, mas como eu disse antes houve um ataque durante a noite


Em Hogsmead? – Lupin pergunta – por que não fomos avisados?


Não, não em Hogsmead – Hagrid fala – o ataque foi em Godrig‘s hollow


Os presentes se entreolham, não é preciso conhecer Voldemort a fundo pra saber que isso foi uma espécie de recado. Afinal foi lá que tudo começou, ou terminou dependendo do ponto de vista, os olhares de todos caem sobre Harry Potter como se esperassem que o mesmo se pronuncie e é isso que ele faz


Foi pessoal – Harry diz como se falasse consigo mesmo – ele sabe que atacando neste lugar me atingiria mais do que em qualquer outro. É a sua maneira mórbida e doentia de me dar um aviso – então em um impulso ele diz – eu vou até lá


Se Harry esperava que alguém dissesse que ele não deveria ir, isso não aconteceu. Talvez porque soubessem que nada que dissessem iria impedi-lo, talvez porque sentissem que era algo que ele deveria fazer. Afinal o menino que sobreviveu nunca fora ao local onde tudo aconteceu, mesmo que o ataque já tenha ocorrido, ele deve isso a seus pais


Ele olha para a ruiva – você vem comigo? – ele diz e olha para Rony e Hermione que assentem com a cabeça em compreensão. Mesmo sendo os melhores amigos que alguém pode ter eles sabem que Harry também precisa de Gina neste momento


Harry – Remo diz – longe de mim impedir a sua ida – ele olha para o rapaz – eu só peço que você espere até que a gente veja como está o local. Não sabemos o que eles fizeram, pode muito bem ser uma armadilha


Antes que ele fale algo, Minerva completa – o senhor Lupin está certo. Eu sei que você vai dizer que não se importa, mas se formos racionais e precisamos ser, sabemos que você não pode confrontar Voldemort ainda


Harry encara os presentes. A sua vontade é dizer que não se importa, mas sim ele se importa. Não apenas pela sua pessoa, Harry sabe que se o confronto inevitável acontecer antes que as horcruxes estejam destruídas ele e muito outros perecerão, mas ao mesmo tempo ele sabe que se realmente houver uma armadilha ou algo parecido não será meia dúzia de pessoas que conseguirão mantê-lo seguro. Por isso ele diz


- Podemos ir após o almoço – ele vê que o lobisomem assente com a cabeça e olha para os amigos – vocês me acompanham?


Rony e Hermione assentem, eles nunca abandonariam Harry neste momento e sabem que o amigo vai precisar de todo apoio


Antes de partirmos, eu gostaria de verificar uma coisa – Hermione olha para Hagrid – eu poderia trocar duas palavrinhas com você? – a morena vê o meio gigante encará-la com curiosidade assim como os demais presentes – depois eu explico, é só uma teoria que eu gostaria de tirar a prova


E dizendo isso os dois saem


XXXXX


Na hora do almoço, Harry aguarda ansiosamente, não é preciso dizer que ele mal comeu. Já faz algum tempo que ele vem remoendo a vontade de ir ao local onde ele passou um curto período da sua vida, no entanto os acontecimentos fizeram que este plano fosse sempre protelado, foi necessário algo da natureza de um ataque para que ele se lembrasse disso


O menino que sobreviveu sabe que será difícil, por menos que ele se lembre dos acontecimentos fatídicos que levaram seus pais, esta proximidade do local onde tudo aconteceu não será fácil


A ruiva segura a sua mão em silêncio, em certos momentos palavras parecem desnecessárias, o olhar carinhoso da sua amada e o toque de sua mão é tudo que ele precisa neste momento


Pouco depois, chegam Rony e Hermione seguidos por Lupin e Sirius


Prontos? – o lobisomen diz e vê que Harry e Gina assentem. Ele olha para o menino que sobreviveu – eu sei que vai ser difícil pra você...


Ele não conclui a frase, mas Harry sabe o que ele quer dizer e ele sabe que vai ser difícil para os amigos de seus pais também


Vamos aparatar, vai ser mais prático assim – Sirius diz e vê que Harry olha para a namorada que por sua idade ainda não pode realizar este feitiço – não se preocupe, Harry, nós aparatamos a Gina – ele olha para os demais – vocês já sabem aparatar, não sabem?


Os três assentem com a cabeça – então vamos logo – Remo diz


Harry suspira sentindo o coração bater mais forte. Finalmente ele vai voltar ao local onde tudo aconteceu...




NOTA DA AUTORA


Demorando como sempre, mas sempre aparecendo! Finalmente eis o capítulo! Mil desculpas por enrolar tanto, mas se posso me redimir ao menos um pouquinho este está maior do que os anteriores.


Muito obrigada a todo mundo que está lendo, espero que estejam gostando, aos poucos vamos caminhando para a reta final.


Bjos a todos e espero que comentem mesmo com as minhas eventuais demoras

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