O encontro às escuras



Capítulo 9
“O encontro às escuras”


A cara de espanto de Harry só não se comparava à excitação que o menino sentia pelo que estava contemplando. Hermione e Gina também pareciam estar em choque. A voz rude que soou uma vez mais do espelho na mão de Harry trouxe-os de volta à realidade.

– Quem é você? – berrou o homem do reflexo. – Responda agora!

– Eu sou Harry Potter! E acredito que você seja Regulus Alphard Black, certo? Ou devo chamá-lo de RAB?

– Potter? Você disse... Potter? – a voz do rapaz parecia ter perdido o ímpeto de fúria inicial, e ele agora parecia surpreso – Harry... Potter... o filho do Thiago?

O estômago de Harry pareceu congelar, e ele respondeu:

– Sim, eu mesmo. Você conheceu meu pai?

– É claro que conheci Thiago Potter! O melhor amigo de Sirius... Sirius gostava mais de seu pai de que de mim, seu próprio irmão... – a voz de Regulus parecia estar cheia de ressentimento e tristeza, e ele não se importava em demonstrar seus sentimentos. – Bom, não fiz por merecer muito mais que isso...

– Então você está mesmo vivo! – disse Harry, não conseguindo conter a sua excitação e curiosidade. – Como você conseguiu... como você...

– Acho que você tem que me responder algumas perguntas primeiro, rapaz. – interrompeu-o Regulus. – Onde conseguiu esse espelho? Como sabia do meu codinome?

– Ganhei esse espelho do meu padrinho... do Sirius! Codi-o-que?

– Sim, claro, deveria ter imaginado que Thiago sagraria a Sirius como seu padrinho quando você nasceu... Um pequeno detalhe que me passou desapercebido.

Regulus parecia, agora, estar mais falando consigo mesmo do que com o garoto, que olhava confuso de Hermione para Gina, que também não pareciam estar muito páreas para as divagações de Regulus.

– Eu disse “codinome”. Minha sigla, meu apelido – meu nome-código. RAB. A essa altura você deve ter percebido o que significa, não?

– Sim! Por isso soubemos que foi você quem roubou o Horcrux da caverna! Quando vi seu nome na tapeçaria eu deduzi que...

– O que você disse? – Regulus interrompeu-o novamente.

– Que já sabíamos sobre a abreviação de seu nome! – respondeu Harry.

– Não... O que você disse sobre... a caverna?

– O Horcrux que você retirou da caverna! O bilhete...

– Como você saberia sobre isso, garoto? Um mero bruxo adolescente não poderia saber do segredo mais escuro do Lord das Trevas, poderia?

– Não sou um mero bruxo! – irritou-se Harry, sentindo uma ponta de desapontamento ao pensar quão diferente de Sirius era Regulus. Sirius jamais o trataria como um “mero bruxo”.

– Hahaha... Tão insolente quanto o pai! – riu Regulus.

– Não ouse ofender meu pai...

– Não garoto, não o estou ofendendo. Estou elogiando. Vejo que você é esquentado como ele, também! Conheci seu pai muito bem. Um bruxo brilhante, e por saber de suas próprias capacidades e dons excepcionais, não perdia a chance de vangloriar-se.

Harry sentiu raiva do que ouviu, mas lembrou-se que não era a primeira vez que ouvira isso do pai. Snape vivia dizendo a mesma coisa sempre que encontrava Harry em alguma situação adversa. Ele próprio vira um pensamento de Snape na penseira onde o pai enfeitiçava Snape nos jardins de Hogwarts e ria feliz da vida por achar que estava fazendo sucesso com a atitude. Harry sentiu-se triste.

– Mas ele realmente era um grande bruxo, e quando amadureceu, tornou-se um homem de grande caráter. Talvez tenha sido a convivência com sua mãe... Um exemplo de mulher, uma bruxa tão talentosa que poucos ousariam enfrentá-la em um duelo.

Harry pegou-se sorrindo de repente, o elogio à mãe sempre o fazia sentir-se nas nuvens.

– Aliás, se você me permite ressaltar, – Regulus parecia ter grudado o nariz em seu próprio espelho, pois a imagem aumentara de tamanho como se o homem quisesse chegar mais perto de Harry – você tem os olhos de sua mãe...

Gina e Hermione se olharam e sorriram. Não seria a primeira nem a última vez que alguém faria tal comentário a Harry.

– Pena eu ter escolhido caminhos mais sombrios e não ter tido a chance que Sirius teve de ter amigos tão especiais como seus pais...

– Por que você decidiu seguir Voldemort, então? Por que se tornou um Comensal da Morte?

– Você tem coragem de dizer o nome daquele-que-não-deve-ser-nomeado? – Regulus parecia admirar Harry mais e mais a cada segundo.

– O medo de um nome só aumenta o medo...

– Da própria coisa em si. Sim, Dumbledore sempre foi um homem muitíssimo sábio, embora esperançoso demais quanto a casos irrecuperáveis. É uma pena ele não ter ouvido a todos que diziam que tipo de pessoa Severo Snape era.

– Então você sabe? E sabia que Snape era um... – perguntou Harry, confuso.

– Sei de muitas coisas, Potter... Coisas que muitos nem imaginam...

– Então por que é que você se esconde? Por que fingiu a própria morte?

– Há uma série de coisas que você ainda precisa entender, Potter. Quando você estiver pronto a seguir o que seu coração e seus instintos lhe disserem, e não apenas prestar atenção aos seus sentidos, aí você estará pronto. Preciso ir agora. Peço que não me chame novamente, eu o chamarei.

E com essas palavras a face bizarra do irmão mais novo de Sirius desapareceu do pequeno espelho, deixando Harry ainda mais confuso do que quando a conversa começara.

– Alguma de vocês entendeu alguma coisa?

– Nada de nada. – respondeu Gina.

– Será que vocês não vêem? Está óbvio! Ele é totalmente maluco! – sorriu Hermione.

– Bom, ele não é de todo mal, ou então não teria nos dado um segundo sequer de atenção, não é mesmo? Acho melhor fazer como ele disse... Talvez ele me chame em breve.

– É, esperar não fará mal algum, Harry. E além do mais, não temos opção. Se você o chamar no espelho, ele provavelmente não atenderá seu chamado. – observou Gina.

– Concordo com você Gina. Acho que o melhor que temos a fazer agora é voltar à Toca e descansar um pouco. Principalmente você, Harry! Você terá um dia difícil amanhã, quando Rony acordar...

Harry concordou, e os três saíram em direção à porta da velha casa dos Black, e aparataram em seguida, Gina agarrada em Harry. O que Hermione havia sugerido ser uma boa noite de sono não foi exatamente o que Harry esperava que fosse. O garoto não conseguiu descansar no pouco tempo que dormiu, e quando acordou, sentiu como se tivesse sido pisoteado por uma manada de testrálios. Nem o café da manhã que Tonks preparara (já que a Sra. Weasley, cozinheira oficial da Ordem, estava no hospital com o filho) lhe despertou entusiasmo.

A noite realmente tinha sido péssima: Harry tivera pesadelos em que ele via a si próprio torturando o amigo, depois a cabeça desengonçada de Regulus aparecia dizendo que ele era apenas um bruxo comum, sem nada que pudesse destacá-lo como o “escolhido” para derrotar Voldemort. Harry acordou suando frio, com medo de que a cabeça flutuante de seu sonho tivesse razão. Pra piorar as coisas, ele ainda teria que encarar Rony, que a essa hora já estaria acordado e já saberia de tudo que acontecera. Como ele se desculparia com o amigo por ter usado nele uma Maldição Imperdoável?

Com os pensamentos longe da Toca, Harry não viu quando Gina se sentou ao seu lado e o observou por um instante, antes de lhe dar um doce beijo e começar a falar em seu ouvido, numa voz que pareceu acalmar qualquer fúria ou angústia interior que ele estivesse sentindo:

– Vai dar tudo certo, Harry. Você vai ver. Não se preocupe, tudo isso acabará em breve. Eu confio em você!

Harry sorriu, e sentiu-se amparado ao receber o abraço da namorada. O calor do corpo da menina e a maciez de seus cabelos pareciam ter-lhe dado uma injeção de ânimo. O Sr. Weasley então apareceu, convocando a todos para se apressarem, pois partiriam para o Hospital St. Mungus em cinco minutos.

– Rony já acordou, Harry. Está com uma tremenda dor-de-cabeça, mas a medi-bruxa disse que provavelmente ele terá alta hoje! Não é maravilhoso? Um legítimo Weasley: forte e resistente! – disse o Sr. Weasley empolgado.

– Que ótimo, Sr. Weasley! – respondeu Harry.

Harry estava realmente feliz de saber que o amigo estava bem. O que tinha medo era da reação que este teria ao vê-lo. Talvez um belo soco no estômago satisfizesse o desejo de vingança do amigo, ou talvez não... Rony era imprevisível quando estava com raiva.

Ao chegar na ala onde ficava o quarto de Rony, Harry deixou Gina e Hermione entrarem primeiro no quarto, com a desculpa que esperaria um pouco do lado de fora para não superlotar o quarto. A verdade era que Harry queria um momento a sós com o amigo. Ele pediria desculpas e deixaria o amigo fazer o que quisesse, mas não gostaria que os outros presenciassem nada. Quando acabara de se sentar na mesma cadeira fria em que esperara angustiado por notícias na noite anterior, Rony passou pela porta do quarto, andando pesado, encarando Harry que estava sozinho no corredor e encolhido em sua cadeira. Harry fitou-o por um instante, mas Rony não disse nada, apenas o observava.

– E aí, vêm até aqui e não presta nem pra entrar e dar um oi pro teu amigo? – disse Rony, caindo na cadeira do lado da de Harry.

Harry pensou em falar alguma coisa, mas não conseguia dizer nada. Rony percebeu.

– Não se preocupe, ok? Minha mãe já me contou tudo que aconteceu. Você não teve culpa, cara. Mas se eu fosse você, começaria a praticar Oclumência rapidinho! – sorriu Rony, dando um leve soco no ombro de Harry, que sorriu de volta.

– Prometo que vou praticar... E desculpe...

– Você pedindo desculpas é hilário! Devia fotografar sua cara! Hahaha...

A reação de Rony não podia ter sido melhor, e Harry sentia-se tão grato que poderia até sentir o sangue voltar a circular em seu corpo. Quando Hermione e Gina passaram pelos dois, limpando as lágrimas dos rostos e choramingando, os garotos não se agüentaram e explodiram em gargalhadas antes de irem abraçar cada qual sua cara-metade.

Não demorou nada até Harry, Hermione e Gina contarem a Rony tudo que descobriram, o novo sonho de Harry com Dumbledore, a conversa com Regulus e tudo que ele lhes dissera. Rony, como sempre, ficara espantado com a rapidez com que Hermione e Harry eram capazes de entender e resolver enigmas.

– Eu jamais teria entendido que Dumbledore queria me mostrar alguma coisa, se eu tivesse sonhado o que você sonhou, cara. Na verdade, eu não costumo sonhar, prefiro aproveitar bem minhas noites de sono...

Harry sorriu concordando, e acrescentando ao depoimento do amigo que ele gostava mais de roncar do que de sonhar.

– O que faremos agora, Harry? Vamos para Godric’s Hollow? – perguntou Rony.

– Vamos esperar você se recuperar totalmente, depois resolveremos. Caso contrário, sua mãe acaba me azarando pra ficar com as pernas coladas na Toca.

Os garotos riram, e todos concordaram que esperar um tempo seria melhor. Os dias que se passaram foram novamente prazerosos e agradáveis. Harry não se deixou abalar com o que acontecera, passara a borracha no passado e tomara uma atitude que agradara a todos: praticava Oclumência religiosamente todas as noites. Os pesadelos acabaram, e Harry conseguia ter noites de sono que o faziam acordar com a energia revigorada. A penseira realmente era um precioso item, e ele se sentia grato por Dumbledore tê-la deixado como herança.

Harry não queria, pela segunda vez, ser o estraga-prazeres a dizer que já era tempo para que partissem, e sentiu-se aliviado por não ter sido ele a puxar o assunto, num dos almoços coletivos da Ordem.

– Sabe, já estou me sentindo cem por cento. Não seria a hora de partirmos, cara? – perguntou-lhe Rony, enquanto Gina e Hermione trocavam um olhar significativo.

– Bem, se você se sente melhor, e se vocês – apontou para Gina e Hermione – também acharem que estão prontas, podemos partir quando quiserem. Quanto antes, quanto melhor... – concluiu Harry.

O olhar de reprovação da Sra. Weasley perfurou Harry, mas ele sabia que ela não diria nada, embora soubesse que ela tinha pavor só de pensar em seus filhos seguindo Harry onde quer que fosse, sozinhos, desprotegidos.

– As malas de vocês continuam feitas? – perguntou Harry, e todos acenaram que sim com a cabeça. – Ótimo, então acho que podemos partir amanhã.

Com a aprovação de Rony, Hermione e Gina, Harry sentiu que era chegado o momento, enfim, de partir. Nada os atrapalharia agora. Pelo menos ele esperava que não. Já haviam adiado por tempo demais os planos de começar a busca pelos horcruxes. Harry decidiu se ausentar da sala de jantar da Toca antes de todos, por motivos de segurança. Não queria ser abordado pela Sra. Weasley, nem por ninguém que talvez pudesse perguntar o que eles estariam planejando fazer.

Ele sabia que se comprometera com Dumbledore a contar sobre os Horcruxes de Voldemort apenas aos amigos Rony e Hermione, mas é claro, Gina era sua namorada, tinha que confiar nela também. Mas ninguém mais deveria saber sobre o assunto, até mesmo por questões de segurança. Voldemort não podia desconfiar que as pessoas sabiam sobre seu maior segredo, e que confabulavam às escuras para tentar destruir sua imortalidade.

Como já de costume, antes de dormir todas as noites, Harry retirou de sua mochila enfeitiçada a Penseira, e começou a praticar o feitiço que a professora McGonagal lhe ensinara para esvaziar sua mente. Estava sentindo que voltara a fazer progresso na Oclumência. Com a mente fechada, e certo de uma última noite tranqüila na Toca, Harry tirou dos olhos o óculos redondo, depositou-o no criado-mudo ao lado de sua cama, e deitou-se, adormecendo instantaneamente.


***


– O que você quer dizer com isso?

– Exatamente o que você entendeu. Ele sabe.

– Não é possível... Quem teria contado a ele?

– Não faço idéia! Como é que eu vou saber, isolado aqui nessa espelunca? Mas só tem uma pessoa que poderia ter contado a ele. Só não acho que ele faria isso agora, ou faria?

– Talvez... Não posso ter certeza, já faz algum tempo que não nos falamos. Ele prefere esperar mais um tempo até mostrar suas reais intenções para todos. Nesse meio tempo, ficamos todos à mercê das nossas próprias sortes.

– Você se envolveu demais, velho amigo. É óbvio que eles desconfiam de você. Até eu desconfiaria, se não o conhecesse tão bem. O fogo que lhe persegue vem de ambos os lados, realmente não gostaria de estar na sua pele!

– Preferiria que você não me lembrasse dos problemas que já tenho que enfrentar sozinho, se você não se importa! – o homem agora se levantava do canto escuro e sujo em que se encontrava.

– Já vai?

– Preciso. Não posso me dar ao luxo de desafiar a todos quanto às minhas ausências constantes. Você anda ocupando demais o meu tempo...

O tom de voz do homem que se pusera de pé era de alguém que brincava com um velho amigo, mesmo embora não houvesse traço algum de sorriso ou felicidade em seu rosto.

– Não se preocupe, em breve retribuirei seus favores. – o segundo homem, menor e mais debilitado, também se levantara. – E o que faremos com relação ao Potter?

– Nada. Nem que quiséssemos não poderíamos fazer nada. Tenho ordens a seguir, e enquanto não tiver uma resposta, nada faremos. Não se preocupe, aja conforme o combinado, mas procure não entregar muito.

– Sim senhor, comandante! – sorriu o segundo homem.

Não havia sorriso no rosto frio e envolto pelas sombras, e o segundo homem percebeu que seu sorriso não era bem vindo.

– Você brinca demais. Sempre foi assim. Inconseqüente. O momento não é propício para piadas, brincadeiras ou falhas. Estamos na reta final de nossa missão. Não seja tolo. Voltarei assim que possível.

E girando nos calcanhares, dando as costas para o homem que ficava para trás, tudo que se podia ver de sua silhueta eram suas vestes e seu capuz, que ele agora colocava na cabeça, negros como a noite.

– Até breve.

– Espero que sim.

O homem desaparatou com um forte crack, deixando o outro e menor homem sozinho na sala escura, velha e putrefata, observando o nada, antes de entrar por uma pequena porta e desaparecer de vista.


***


– Rabicho, Rabicho... Como você ousa me dizer que não foi sua culpa? Você tem a infame coragem de mentir para mim?

– Mestre!!! Eu... eu... devia, mestre! Me perdoe! – Rabicho agora se prostrava, com os braços e pernas sangrando, possível resultado de uma tortura que já durava dias.

– Você devia? Sou eu, então, quem deve pagar por suas dívidas, imprestável?

– Mestre... eu voltei! Ajudei-o quando nenhum outro o fez! Tendes misericórdia do seu humilde servo, meu amo!

Lord Voldemort voltou-se para Rabicho, e com um simples levantar de sua varinha, nenhuma palavra, Rabicho estava erguido no alto, como se puxado por um cabo de aço invisível.

– Como você ousa me chantagear, insolente? Nada fizeste além da sua obrigação de servo! CRUCIO!

A pequena e careca cabeça de Rabicho dobrou-se no ar, retorquindo e girando, seus olhos saltavam das pálpebras. Os gritos de dor cortavam o ar, até que Voldemort baixou sua varinha, e o corpo de Rabicho caiu aos pés de uma mulher que apreciava a cena com um olhar de satisfação no rosto.

– SEVERO! – chamou Voldemort, tocando a Marca Negra do braço estendido e sangrento de Rabicho.

Com um baque surdo, um corpo aparatou do lado de fora da sala circular em que se encontrava Voldemort, e segundos depois, Severo Snape entrou apressado pela sala, indo parar de fronte ao seu mestre.

– Sim, amo? – disse ele, crispando sua boca.

– Onde esteve? – perguntou Voldemort, encarando-o brevemente nos olhos.

– Buscando ervas e essências em minha casa, mestre, como milorde pediu! A poção deverá estar pronta em dois dias.

– Espero que sim. Já perdemos tempo demais. Nosso exército está debilitado, precisamos de reforço. A poção ajudará a abrir caminho para a trupe de Golgomath. Agora... Severo, tranque esse imprestável na cela de sua casa. Não se esqueça de conjurar as runas de proteção.

– Imediatamente, mestre. – respondeu Severo Snape, levantando a varinha e erguendo o corpo de um Rabicho choramingante, e saindo pela porta.

– E não se esqueça, Severo, dois dias!

– Perfeitamente, milorde.

– Agora, Bellatrix, sua tarefa será mais simples.

– E o que seria, meu Lord? – perguntou a mulher de face dura, que assistia há pouco a tortura de Rabicho. – Em que lhe posso ser útil?

– Embora não me dê nenhum prazer lhe pedir que faça isso, precisamos de uma isca para meu plano. Preciso que você reúna Mcnair, Greyback, Goyle, sua imprestável irmã Narcisa e o menino Malfoy.

– Sim mestre. E depois?

– Depois vocês partirão para Azkaban. Quero Lúcio Malfoy de volta à minha presença pela manhã.

Bellatrix levantou seu rosto por um momento, encarando seu mestre, como se quisesse dizer algo, mas ao ver o olhar de desaprovação de Lord Voldemort, abaixou-a novamente, concordando com a cabeça.

– Não é porque preciso dele, minha cara. Sim, eu posso ver através de sua mente. Você nunca foi uma boa oclumente, não é verdade? Já disse tudo que você precisa saber. Preciso de uma isca. Não ouse tentar minha paciência. Não esta noite. Agora vá.

– Sim, mestre.

– E uma última coisa, Bellatrix. – disse Lord Voldemort, quando Bellatrix já se retirava do aposento escuro e de paredes aparentemente infinitas. – Vocês não deverão ser vistos. Não matem, não torturem, tirem-no de lá sem estardalhaço.

– Ok, meu Lord.

E fazendo uma curta reverência, Bellatrix se retirou da presença de seu mestre, cobrindo seus cabelos com o seu negro capuz.

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Demorei de novo, né pessoa? Desculpem mesmo... Pra ajudar a atrapalhar, esses dias tive um problema com a rede aqui do escritório, e não consegui atualizar a FIC. Mas fui trabalhando nesse capítulo e nos outros, e na semana que vem já tem capítulo novo em folha, portanto, vou esperar os comentários de vocês e claro, os VOTOS! Pessoal, a FIC está agradando? Não gostaria de estar escrevendo "só mais uma" FIC, sabem, gostaria de saber que vocês realmente apreciam a leitura, e que as teorias vão de encontro (ou não) às que vocês acreditam! Deêm suas opiniões, ok? Não custa nada, é rapidinho! Vou ficando por aqui então.... Um forte abraço;

Israel G3

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