O Conturbado Dezessete



Capítulo 1
"O Conturbado Dezessete"



Em um verão extremamente diferente de todos já registrados, o Sol não aparecia, e, ao invés de calor, dias escuros e nublados levavam consigo o mês de julho, ápice das férias escolares e mês de descanso dos muitos estudantes do país. Os noticiários e metereologistas diziam não saber o motivo de tamanha mudança climática naquele período do ano, e nem sabiam explicar a origem da neblina espessa e consistente que dominava as ruas durante dias e noites há quase um ano, impedindo a todos de enxergar pouco mais de um metro à frente do nariz.

Na casa de número 4 da rua dos Alfeneiros, tudo parecia estranhamente silencioso, e os vizinhos estranhavam a quietude do lugar, já que fora sempre tão agitado, com pessoas gritando e aquele “estranho garoto” sempre perambulando pelo jardim ou descendo rua abaixo, hora com uma mala enorme, hora com uma gaiola contendo o que parecia ser uma alva coruja-da-neve. Este ano, no entanto, tudo estava quieto. As janelas estavam sempre fechadas, os moradores da casa saíam mui raramente, e o que mais saía, um homem alto, corpulento e com as bochechas muito vermelhas, parecia apenas ir de casa para o trabalho e de lá para casa. Sua mulher, magra e com os ossos do rosto bem visíveis, tirava o lixo para fora de casa de tempos em tempos, e era só. Até mesmo o seu jardim de entrada, que por tantas vezes fora tratado como um animal de estimação raro e amado, tinha agora a grama alta e má cortada, e as flores e arbustos claramente precisando de uma boa regada.

Eram quase onze e meia da noite do dia trinta de julho, mais uma daquelas noites frias e escuras que haviam marcado o mês. Um casal estava sentado ao sofá da sala de estar, aparentemente satisfeitos e, ao mesmo tempo, ansiosos.

– Tenho medo que ele desista de partir, e resolva ficar aqui de uma vez por todas. - disse o homem grande e gordo, que se aquecia ao pé da lareira.

– Não seja tolo, Walter. Você sabe que ele odeia essa casa mais do que a nós todos. – respondeu a mulher de rosto ossudo, com o olhar distante, como se esperando que brotassem flores dos nós dos dedos, enquanto brincava com eles compulsivamente.

– Não há como saber, há Petúnia? Eu digo, já que houveram tantas mortes nesse mundo estranho onde vive esse povo esquisito, e com esse maníaco de quem todos tem tanto medo à solta, é bem provável que até mesmo ele queira ficar aqui, já que nossa casa é uma espécie de proteção para ele, como aquele velho biruta mesmo disse.

– Não fale assim, Walter! Aquele homem era Alvo Dumbledore, o maior... errr... mago que existia no mundo deles. – disse Petúnia, com um certo receio de ser ouvida por alguém mais que seu marido. Como ele mesmo disse, se é que você não se lembra, essa proteção acabará no momento em que Harry completar dezessete anos.

– Defendendo esse povinho, Petúnia? – ameaçou Walter Dursley.

– Claro que não, é só que, bem, ele está morto... Acho que sua pobre alma merece um certo respeito, por precaução, não é mesmo? Nunca se sabe se eles tomam alguma, é, “precaução” para que não os insultem...

– Bem pensado querida, bem pensado.

– Mas isso é amanhã, não é? – indagou um garoto corpulento e forte, que mais parecia um leitão grande e com músculos. Amanhã ele completa dezessete anos, certo?

– É sim, Duda. Mas acho que ele está assustado demais para ir embora, agora que o próprio velho – ok, ok, “mago” está morto. – apressou-se em corrigir, ao ver a cara de descontentamento de sua mulher. Não sei porquê você defende essa gente, Petúnia. São todos uma cambada de malucos.

– Bom, pelo menos posso ter o meu segundo quarto de volta, pra guardar meus sacos de areia, certo pai? – questionou Duda, agora com uma incontrolável excitação em sua voz.

– Claro que pode, Duda! Assim que nos livrarmos desse moleque.
Petúnia olhou como quem quisesse partir em defesa de um inimigo mortal, e, ao perceber isso, respirou fundo e fingiu que jamais tivera o desejo de interagir e defender aquele garoto que era, de fato, seu sangue, filho de sua falecida irmã.

Em um quarto muito bagunçado no andar de cima, haviam livros abertos e esparramados por todo o chão. A cama, desarrumada, abrigava um cobertor muito velho e remendado que cobria algo que parecia um corpo desacordado. Havia lixo e também várias aranhas mortas por todo o quarto: em cima de uma velha mesinha de madeira, aos pés da cama, na sobreira da janela e ao lado do guarda roupa com uma porta só. Algumas delas eram estranhamente grandes, e tinham seus corpos contorcidos, cortados ou muito pálidos.

No chão, ao lado da cama, havia um pequeno relógio indicando que faltavam dez minutos para a meia-noite. Ao lado do pequeno e desengonçado relógio, havia um mapa muito velho e com vários pedaços rasgados, e um bilhete anexado:


Harry,

Sei que não vai adiantar muito lhe pedir que não faça isso, mas por favor, reconsidere o pedido de todos nós, e não saia por aí desprotegido, se oferecendo como presa fácil para os Comensais da Morte! Seja razoável, deixe pelo menos um de nós o acompanhar, pois você sabe que Rony e Hermione o seguirão onde quer que você vá, e Molly já está chorando de preocupação há quase um mês. De qualquer forma, estou lhe enviando o mapa de Godric’s Hollow que você pediu. Não é difícil de se chegar até lá, claro, desde que você siga os passos corretamente, conforme descrito no mapa. Alastor e eu iremos apanhá-lo amanhã pela manhã, mesmo que você não queira Harry. Ao completar dezessete, o encantamento de Dumbledore lançado sobre a casa de seus tios acabará, e imaginamos que é bem provável que os Comensais da Morte possuam essa informação, já que, bem, Snape a conhecia... Hermione e eu continuamos pesquisando sobre o tal R.A.B. Não tivemos sucesso ainda, mas teremos. Se cuide até amanhã, ok?

Lupin

P.S: Molly pede para lembrá-lo de que a cerimônia de casamento de Gui e Fleur será domingo, dia primeiro de agosto.


A carta parecia ter sido largada mui displicentemente, pois mal havia sido desdobrada de sua forma inicial. O estado do quarto só não era mais lastimável do que o tempo fora dele: quando o pequeno relógio ao lado da cama de Harry marcou meia noite, a neblina forte e espessa que dominava a rua dos Alfeneiros se dissipou por um instante, e um forte crack cortou o vento, espantando um dos gatos que revirava o lixo da casa de número 4.

– Não seria a McGonagall, Goyle? – questionou um sujeito alto e gordo, de vestes negras e encapuzado.

– Não seja estúpido, Crabbe. – respondeu o outro homem, quase do mesmo tamanho que o outro, e também de vestes escuras e de capuz. –McGonagall jamais estaria revirando o lixo desses trouxas sendo que poderia estar dentro da casa, confortável e esperando para atacar aos que servem o Lorde das Trevas.

O gato então partiu, atravessando a rua e sumindo no jardim da casa em frente à dos Dursleys.

– Viu? Era só um gato mesmo!

– De qualquer forma, acho melhor prevenir do que remediar. Vamos, temos um trabalho a fazer.

Com passos largos, ambos se dirigiram à porta de entrada da casa de número 4, derrubando-a com um leve aceno de suas varinhas.

– Boa noite trouxas! – gritou Goyle, assustando aos Dursleys, que pareciam ainda muito concentrados em discutir o futuro trágico de Harry.

– Quem são vocês? O que fizeram na minha porta? Quem permitiu sua entrada aqui? Já passa de meia noite! – questionou de uma só vez o Sr. Dursley, muito apavorado e evitando demonstrar seu medo.

– Não te interessa, trouxa. A única coisa que interessa é o que viemos fazer. – respondeu ameaçadoramente Crabbe.

– E... o que... vocês... querem? – questionou Tia Petúnia, começando a choramingar de medo.

– Harry Potter. – respondeu Goyle, levantando sua varinha contra o rosto de Tia Petúnia. – Onde ele está?

– Ele está lá ... – começou a falar desesperadamente Tio Walter, mas foi interrompido pelo berro de Tia Petúnia.

– Não diga a eles, Walter! Vão matar o garoto! – gritou ela.

– Antes ele que você mulher, deixe-os pegá-lo e sumir logo daqui! – vociferou Tio Walter.

– NÃO ! Não... posso...

– Não tenho tempo pra discussões idiotas, mulher! Imperio! - gritou Crabbe, apontando a varinha para Tia Petúnia.

– Agora me diga, sua trouxa inútil, onde ele está?

– Está no andar de cima Senhor... – respondeu prontamente Tia Petúnia, com o olhar fixo e distante.

– O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELA, SEUS MONSTROS? – desesperou-se Tio Walter, agora abraçando Tia Petúnia como se aquilo fosse algo que a ajudaria a libertar-se do feitiço.

– Muito menos do que faremos com você e esse moleque imbecil de boca aberta no sofá – disse, apontando para Duda, que estava imóvel, como que em choque – se não sair da minha frente! – respondeu Goyle, apressando-se para a escada, e com a varinha apontada para Tio Walter.

– Vá, vá! Eu não me importo com esse moleque, mas deixe-nos em paz!

Apressados, os Comensais da Morte subiram as escadas, e ao parar em frente a uma porta muito gasta e velha, Goyle apontou sua varinha para a porta, que como a porta da frente da casa dos Dursleys, se arrebentou em vários pedaços, revelando o quarto sujo e bagunçado do garoto.

– Que lindo, ele está na cama, tendo ótimos sonhos! Hahahaha... Isso vai ser muito divertido! Não achei que seria tão fácil!

– Você sabe que temos que levá-lo sem muitos ferimentos, Crabbe. Contenha-se, ou seremos punidos pelo Lorde das Trevas. – respondeu Goyle, avançando em direção à cama onde o cobertor cobria algo que parecia um corpo desacordado.

Expeliarmus! – gritou uma voz de dentro do armário, fazendo a varinha de Crabbe voar de seu alcance pela janela. Petrificus Totalus! – gritou novamente, agora apontando para Goyle, que caiu duro como pedra no chão, mexendo apenas os olhos.

– Travesseiros na cama, Potter! Muito engenhoso, mas não vai te ajudar em nada, somos dois e você é apenas um. Vamos levá-lo conosco essa noite! O Lorde das Trevas requer sua presença! – argumentou Crabbe.

– Não acho que você esteja em posição de negociar nada, idiota. – respondeu Harry, com sua própria varinha empunhada diretamente para o peito de Crabbe. Na verdade, você é só um, já que seu amiguinho está meio, bem, “paralisado” – enfatizou ironicamente Harry. – Agora, saia da minha casa!

– Não seja idiota, moleque! Esta não é sua casa! Nunca foi! Nem mesmo seus tios o protegeram! Eles o entregaram em uma bandeja, sem nenhuma resistência! A própria Ordem da Fênix não está aqui para protegê-lo! Agora que seu querido Dumbledore está morto, não há ninguém que pode protegê-lo do Lorde das Trevas!

– Não preciso de proteção. Ele é quem precisará em breve.

– Você só pode estar brincando ! Hahaha – Crabbe ria feito uma hiena . O bruxo das trevas mais poderoso de todos os tempos precisa de proteção contra um moleque que só sabe meia dúzia de feitiços e azarações inúteis? Bem que Snape disse que você era um metido e insolente!

Ao ouvir o nome de Snape, o estômago de Harry se contorceu, e ódio surgiu marcado em todos os traços de seu rosto.

– O que foi Potter, com medo de Snape? A surra que levou dele foi muito dura? Ou talvez... esteja com raiva, será isso? Por ele ter aniquilado o imbecil Dumbledore, que confiou nele erroneamente durante tantos anos? Que estúpido!

– Não ouse... insultá-lo... na minha presença... – disse Harry ameaçadoramente, levantando a varinha contra o rosto de Crabbe.

– Ah, e o que você fará, dirá “Crabbe, por favor, por favor”?

Com uma voz doentia, Crabbe parecia estar imitando Dumbledore, na noite em que foi morto por Snape, implorando ao Professor por ajuda. Harry não conseguira dormir desde então uma noite sequer sem pensar no que havia acontecido naquela noite, na Torre de Astronomia de Hogwarts.

– Não, mas você dirá, seu imbecil! Vai implorar por sua vida, e implorar pra nunca ter insultado Alvo Dumbledore na minha frente!

– E o que você fará? Vai lançar um feitiço em mim para grudar minha língua no céu da boca, talvez? – gozou Crabbe, agora rindo mui ardentemente.

De repente, Harry sorriu de uma maneira sinistra, e abaixou a varinha, que pressionava o rosto de Crabbe, dando alguns passos para trás, e fazendo questão de pisar no corpo de Goyle, que estava estatelado no chão.

– Talvez sim...

– Sabia que você era um fraco, Potter! Assim como seu pai, que jamais teve fibra ou coragem o suficiente para enfrentar ninguém!

– Ou talvez não... CRUCIO! – berrou Harry com firmeza.

No segundo seguinte, Crabbe estava se contorcendo no chão, como se tivesse sendo eletrocutado e pisoteado por muitas pessoas ao mesmo tempo. Agonizava, gritava, urrava, desejando ardentemente que a dor parasse.

– É o suficiente pra você, Crabbe? Agora me escute: não sou imbecil, e tão pouco um fraco! Quero que saiba que precisarão de muito mais que isso se quiserem me capturar. E jamais insulte meu pai de novo, pois você nunca será metade do bruxo que ele foi! – gritou enfurecido Harry.

Levantando-se com muita dificuldade, Crabbe, que parecia ainda sofrer de tanta dor que demonstrava, disse com a voz muito baixa:

– Sua mãe... implorou ao Lorde das Trevas! Implorou, assim como Dumbledore implorou a Snape, e como você implorará ao Senhor Escuro, muito em bre...

Sectumsempra!

Antes de poder terminar a frase, o corpulento e enorme Comensal da Morte foi atacado por espécies de lâminas invisíveis, que fizeram jorrar sangue no rosto de Harry, que assistia Crabbe sendo mutilado com um enorme ar de prazer. Ao cair no chão ferido, ensangüentado e quase desacordado, Crabbe olhou para Harry, como quem quisesse entender o que estava acontecendo, e exclamou:

– Vejo ... que as ... boas maneiras se foram, Potter... Dumbledore ficaria desapontado... se não estivesse... enterrado a sete pés sob a terra... – concluiu Goyle, com muita dificuldade, já que sua respiração era arquejante.

Harry apressou-se e retirou a varinha das mãos de Goyle, que estava ainda paralisado no chão, assistindo a tudo sem poder se mexer ou fazer nada. Sem dizer nenhuma palavra, apenas com um aceno de sua varinha, Harry assistiu Goyle se colocar em pé novamente, horrorizado com a cena, e observando Harry com um misto de horror e descrença.

– Você vai pagar por isso, Potter! – disse ele, correndo para tentar colocar o outro Comensal da Morte em pé.

– Afaste-se, Goyle! – gritou Harry – Ou vocês dois terão o mesmo destino! Agora, Crabbe, implore por sua vida. – sussurrou Harry, agachando-se próximo ao corpo retorcido e ensangüentado de Crabbe puxando sua cabeça pelos cabelos. – IMPLORE!

– Por ... favor ... – sussurrou Crabbe, incrédulo, aterrorizado.

Harry observou-o por um instante, então disse:

– De pé, Crabbe.

O Comensal da Morte então se apoiou com muita dificuldade no pequeno e empoeirado armário ao lado da cama de Harry, manchando cada parte dele que tocava com seu próprio sangue. Então, de pé, olhou Harry com pavor nos olhos.

– Será .... que Dumbledore ... encontrou .... seus pais ... entre os mortos? – bufou Crabbe, em um enorme esforço para completar a frase.

Mas Harry não demonstrava interesse nas palavras do homem, e, levantando a varinha mais uma vez, disse com a voz baixa, mas palavras firmes:

AVADA KEDAVRA!

Um lampejo de luz verde partiu da varinha de Harry e atingiu Crabbe no peito, derrubando-o, no que seria a última queda de sua existência. Estava morto. Goyle, aterrorizado, entrou em uma espécie de estado de choque ao contemplar a cena, desacreditado do que acabara de ver.

– Como ... você??? – indagou, sem jamais entender o que dissera.

– Agora, pegue seu amigo, e vá dizer ao seu “lorde” que quando for a hora, eu o encontrarei. E... diga a Snape... que seu feitiço é muito útil, como ele verá em Crabbe, e que certamente o encontrarei de novo, e serei o último bruxo a quem ele encontrará... VÁ! – gritou o garoto, com a mão trêmula e a voz já não tão valente.

Goyle não discutiu, e nem por um segundo pensou em fazê-lo. Agarrou a perna de Crabbe, que já não sangrava mais, e com um forte crack, ambos desapareceram do quarto de Harry. Goyle havia desaparatado, levando o cadáver de Crabbe consigo.

Harry caiu sentado na cama, por um instante, pensando sobre tudo que fizera. Sentiu-se nojento, como se jamais pudesse se recuperar do que havia acontecido. Tinha passado o verão treinando as maldições imperdoáveis em aranhas, cujos corpos jaziam por todo o quarto, mas jamais pensara que as usaria tão cedo. Agachou ao chão, para pegar a varinha que Goyle deixara para trás, quebrando-a com um forte pisão. Agarrou, então, a foto de seus pais que ficava no pequeno e sujo criado-mudo ao lado de sua cama e o mapa de Godric’s Hollow que Lupin enviara.

– Vejo você em breve, Edwiges. – disse ele, acariciando a coruja da neve muito branca que estava em uma gaiola. Ela piou docemente, mas logo se calou, observando o garoto.

Correu para a escada e foi ver o que acontecera com os Dursleys, que estavam apavorados e encolhidos no sofá da sala.

– Vocês estão bem? – perguntou o garoto

– Acho que... sim. – respondeu prontamente Tio Walter – Petúnia estava estranha, mas de repente, voltou ao normal, está desmaiada, mas parece estar bem. Você conseguiu... escapar deles? – perguntou incrédulo.

– Sim. Bom, acho que ela estava sob domínio da maldição Imperio, mas deve ter sido liberta depois que Crabbe morreu...

– Como? Maldição o que? Você... matou? – Tio Walter parecia não acreditar no que estava ouvindo.

– Não importa. Não há mais nada pra mim aqui. Tenho dezessete anos, estou indo embora para sempre. Bem, tchau ...

– Espere! Aonde você vai ... bem, a essa hora? Não é perigoso? – perguntou calmamente Tio Walter.

Harry olhou-o por um momento, como se quisesse gravar aquele momento para sempre: seu tio estava preocupado, pela primeira vez em sua vida.

– Bom, vocês nunca realmente se importaram, não é mesmo? Adeus...

E, com um outro estrondoso crack, o garoto simplesmente desapareceu da sala dos tios, enquanto Tio Walter observava o local onde ele havia desaparecido, murmurando baixinho:

– Boa sorte, então...

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