Aula secreta com Medusa Sphynx



Hagrid, Tonks e os garotos voltam a Hogwarts.

Entristecido, Harry se envolve ainda mais com Madelleine, da Sonserina, e visita Hogsmeade com ela. Os dois passam por escombros de casas destruídas.

- Foi aí, não foi? – pede Harry – Que você perdeu seus pais?

- É – diz ela, com ar triste – Nós temos muito em comum, Harry. Órfãos de pais assassinados por Voldemort. Excelentes alunos. Acho que você deveria me contar mais sobre você. Qual é a coisa mais importante sobre você, que você ainda não me contou? Qual é o seu segredo?

Harry sentia tanta vontade de contar à Madellaine tudo sobre a profecia, encarando aqueles olhos penetrantes, que, quando desviou seu olhar, quase deu um salto. Na verdade, ela havia desviado o olhar primeiro. Seus olhos estavam baixos. E só então Harry percebeu o porquê. A barra das vestes da garota estava em chamas, as mesmas chamas azuis que eram a especialidade de Hermione. O garoto olhou para trás, mas a rua estava apinhada de alunos, e ele não distinguiu quem praticara o feitiço. Quando voltou a olhar para Madellaine, a viu correndo para junto dos alunos e não conseguiu mais encontrá-la. Por isso, passou o resto do dia em Hogsmeade com Rony, Hermione, Neville, Luna, Gina, Dino e Simas no Três Vassouras.

Foi lá que ficou sabendo de uma grande novidade. A Casa dos Gritos seria palco para uma aula experimental da Profa. Sphynx, que andava pelas redondezas e queria dar sua primeira e última aula para os alunos de Hogwarts. Harry achou uma boa idéia, embora ainda desconfiasse um pouco de Madame Sphynx. Naquela noite, Harry, Rony, Hermione, Dino, Simas, Luna, Gina, Neville, Lilá e Parvati e outros membros da antiga Armada de Dumbledore, exceto Cho e Marieta, foram até o Salgueiro Lutador. Bichento apertou o botão no galho e todos passaram até o buraco na raiz. Chegaram à Casa dos Gritos, onde foram bem recepcionados por Madame Sphynx, que os levou a um quarto no térreo, iluminado por velas, onde todos se sentaram em banquinhos estofados.

- Muito bem, garotos e garotas, que bom que vieram. Não achei seguro convidar um número muito grande de pessoas, até porque não terei tempo de ensinar muita gente na arte da hipnose. A hipnose é considerada uma Arte das Trevas, e foi utilizada em muitas situações até hoje. Neste ano, com a guerra se formando, se tornou uma atividade ilegal, mas parece que o Partido das Trevas, que, como eu já disse, tentou me colocar em seus exércitos e...

- Como? – pediu Hermione, depois de erguer a mão.

- Meu pai tentou me aliar. – respondeu a professora – Foi com ele que aprendi a hipnose. Ele é bem famoso, talvez vocês o conheçam. Meu pai é Igor Karkaroff, antigo diretor de Durmstrang.

Harry, Rony e Hermione se chocaram ao saber que Sphynx era filha dele, mas os alunos, que mal sabiam que Karkaroff era um Comensal da Morte, ficaram ainda mais surpresos.

- Bom, - continuou a professora – tive que deixar Hogwarts antes mesmo de poder dar minha primeira aula, por isso convoquei vocês aqui ilegalmente para que, pelo menos, vocês tenham uma boa noção da matéria. Como disse na minha apresentação, fatores genéticos influenciam na hipnose. Isso porque é necessário o contato visual, olho no olho. Assim, a hipnose afetará mais quem tiver os olhos claros, como você, Potter. Já me disseram que você tem os olhos da sua mãe, ela teria se dado muito bem nessa área, até porque era mulher. Ah, sim, o outro fator é: mulheres se saem melhor em hipnose. Mas não se preocupem, rapazes. É que mulheres conseguem ser mais sedutoras e ardilosas, chamam mais a atenção entendem? Conseguem disfarçar bem. Então, quem tem uma dessas duas características já tem uma boa chance de se dar bem logo depois de uns simples treinos.

- Essa não, até assim eu me dou mal – resmungou Neville.

- Quer dizer – perguntou Harry – que eu tenho mais chances de ser facilmente hipnotizado?

- É, mas tem mais chances de hipnotizar também. Os olhos claros permitem um melhor contato visual. É mais difícil penetrar em olhos escuros, e é mais difícil as ondas hipnóticas partirem de olhos escuros.

Sentados um de frente para o outro, os garotos praticaram noite adentro. Harry achou fácil hipnotizar, fazendo Neville imitar uma hiena e tentar escalar as paredes, mas achou extremamente difícil resistir à hipnose lançada por Parvati, e acabou acordando de quatro no chão, provavelmente fazendo imitações ridículas de alguma coisa.

- Lembrem-se, evitem o contato olho no olho com um bom hipnotizador, crianças. – dizia Madame Sphynx, caminhando entre os alunos. – Os efeitos da hipnose são temporários. Mas podem ser anulados com uma hipnose reversiva. Consiste no mesmo método que a hipnose, sendo que a pessoa hipnotizada deve ter uma distração fixa, ela precisa esquecer as ordens dadas quando foi hipnotizada.

Quando já estavam cansados o bastante, todos voltaram ao castelo pela passagem. Antes de entrar no túnel, depois de todos os outros, Harry foi puxado para o lado pela professora.

- Olha, Harry. As cobras foram as primeiras criaturas a hipnotizar e a serem hipnotizadas no mundo. Por isso, características ofídicas podem ser um dom...ou uma maldição. Você se daria bem se as deixasse se manifestar.

- Eu não quero ter nenhuma característica em comum com Lord Voldemort. – disse Harry, entrando correndo na passagem.

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