Capítulo XVI



Oi, oi Povo!!!


Eis mas um capítulo e lembrando que estamos chegando ao fim... Nesse episódio Pansy dará mais uma vez o ar da sua graça...


Nana!! Valeu pelo apoio flor!! É muito importante para mim!!! ^^


Lindo o pedido né?!?!?! Já disse que sou super fã do Draco nessa história e que queria ter um desses pra mim??rs


Sobre a Karkaroff... guarde por enquanto essa opinião, isso será revelado logo, logo.


Aninha!! Saudades de você menina, nunca mais te vi no msn. Como vão as coisas?


Sobre a fic... Bem, Draco realmente não gosta muito de segredos, ele é integro demais e talvez isso cause alguns problemas, mas... Só lendo pra saber!!rsrs


Sim, na adaptação já incluí os dois volumes, mas vai ser difícil mesmo de encontrar na net, darei uma pesquisada e se encontrar deixo o link aqui ^^


Carla! Seja muito bem vinda!! Fico muito contente por você ter gostado da minha adaptação, fique a vontade e comente bastante!! ^^


Sim, já li Jane Eyre e gosto muito de romances históricos. O autor dessa história que estou adaptando tem uma escrita muito bonita e a história é linda e uma das minhas preferidas, foi por esse motivo que resolvi trazê-la para o mundo do HP. Fico feliz por ver que está sendo bem recebida.


Bjs. E boa leitura!!!!


 


*****


 


Os noivos tomaram o caminho de Nunsthel, esquecidos do tempo, a conversar sob a fresca sombra das árvores majestosas. Somente o vôo dos pássaros ou a corrida de uma lebre por entre as ervas cortavam, de vez em vez, a imponência do silêncio.


Draco pediu notícias de todos e Hermione falou-lhe do velho Filch, muito doente, de Grindelwald, encarregado de um lugar de confiança na exploração vinícola e que se desobrigava da sua tarefa a contento geral, e principalmente do bom Dr. Slughorn, que continuava a celebrar em prosa e verso o seu nobre aluno.


Logo chegaram. Os cavalos encilhados à frente da entrada do castelo e a criadagem em volta indicavam a presença, no interior, do arquiduque e sua comitiva.


— Vamos entrar pela porta dos fundos — disse Hermione.


Contornaram o muro guarnecido de hera e entraram no jardim. Sob uma trepadeira de madressilvas, encontravam-se o professor, Alexis e Nimue. Alexis lia em voz alta. Sua bela fisionomia nada demonstrava da antiga enfermidade. Seu corpo se desenvolvera, se bem que fosse ainda um pouco frágil. Nimue parecia ouvi-lo com atenção quase fervorosa. Era o retrato vivo da mãe e essa notável beleza mais se realçava pela angelical simplicidade e encanto cândido e profundo de seus olhos azuis, sobre os quais caía uma sedosa franja ruiva.


Hermione e Draco pararam a alguns passos da trepadeira, sem que o leitor e seus ouvintes os tivessem percebidos. O conde disse a meia voz:


— Será que vamos realizar, de um só golpe, três casamentos? Eis duas crianças que me parecem destinadas uma à outra.


Hermione sorriu, emocionada.


— Diz muito bem, são apenas duas crianças. Muito jovens para criar uma família. Dentro de dois ou três anos, certamente, essa bela Nimue se tornará minha cunhada muito querida.


Alexis, levantando subitamente a cabeça, viu os recém-chegados e exclamou num tom jovial:


— O Conde Malfoy!


Depois de alegres efusões, Draco se voltou para Hermione, que se apoiava, sorridente, em um dos galhos da trepadeira. Tomou-lhe a mão e, voltando-se para Adrian, disse num tom vibrante de felicidade:


— Meu Caro professor, há pouco fiz um pedido à Srta. Hermione, pedido que ela, felizmente, acolheu bem. Desde que fosse também bem aceito pelo senhor... Diga-me, pois, se aceitará por genro o Dr. Malfoy!


Três exclamações de alegre surpresa lhe responderam. O professor, transportado de alegria, tomou as mãos de Draco, apertou-as, balbuciando:


— Senhor conde! Será possível? Oh! Sim, dou-lhe de todo o coração a nossa Hermione, o nosso tesouro. Sei que ela será feliz junto do senhor.


— Como estou contente! — exclamou Alexis — O senhor, a quem estimo tanto, será meu cunhado! E Mione bem mereceu esta alegria!


Nimue, radiante de contentamento, saltou ao pescoço de Hermione, enchendo-a de beijos e felicitações. Depois, com a sua vivacidade habitual, correu para Luna e Ginevra, que vira saindo da casa com Maia e Ariadne, dando-lhes a grande nova. Alguns instantes mais tarde, os noivos se viam rodeados, abraçados e felicitados calorosamente.


— Logo chegará a sua vez, querida Luna — disse Hermione ao ouvido da amiga.


A jovem condessa enrubesceu e fitou o irmão, que a observava com alegre sorriso; o olhar melancólico de Luna se transformou de súbito e uma intensa alegria se refletiu em seu semblante.


— Eis a razão por que eu não via chegarem as minhas uvas! — disse Ginevra, rindo — Felizmente Sua Alteza só chegou há pouco. Dê-me o cesto, querida Mione; vou levá-lo assim ao arquiduque, que gosta de ser servido rusticamente quando vem aqui.


— Se nos permitir, acompanhá-la-emos — disse Draco.


Hermione fitou-o, assustada.


— Acompanhar Ginny? Ir até o arquiduque? E por quê?


— Conceda-me, desde hoje, a obediência que deve ao seu senhor e dono e deixe-se conduzir cegamente — respondeu ele com um sorriso malicioso — Nada receie, não exigirei nada de terrível.


Falando, Draco estendeu o braço e nele Hermione apoiou a mão. Logo afastaram-se precedidos por Ginevra, que levava as uvas.


Hermione parou subitamente. Perto da casa, junto às janelas do salão, viam-se grupos de caçadores e de amazonas.


— Mas, enfim, por que me leva até lá? — maquinalmente ela retirou a mão, que Draco tomou de novo, pousando-a sobre o seu braço.


— Isto é da etiqueta, Hermione. Mas é assim tão tímida? — disse ele rindo — O arquiduque é tão bom, tão acolhedor, e a senhorita já lhe foi apresentada uma vez. Quanto àqueles que o rodeiam, só terão homenagens e adulações para com a noiva do Conde Malfoy. Aliás, é muito tarde para recuar, porque já nos viram.


Todos os olhares estavam, efetivamente, voltados para o casal de noivos. Todos mostravam viva surpresa e curiosidade. Os olhos negros de um rosto fino de mulher se fixavam com ansiedade e cheios de ódio, de cólera apaixonada, sobre a bela jovem que se apoiava ao braço do Conde Malfoy.


No limiar da porta apareceram o arquiduque, um velho alto extremamente grisalho e de aparência simpática, e Arthur Weasley, em traje de cerimônia. Atrás deles destacava-se o rosto já envelhecido do Barão de Parkinson.


Os caçadores e as amazonas se afastaram, formando assim uma ala pelo meio da qual Draco e Hermione passaram. O arquiduque exclamou com jovialidade:


— Ah! Meu caro conde, que boa surpresa! Ninguém contava vê-lo aqui antes de dois meses! — e estendeu a mão a Draco, que se inclinava profundamente.


— Tive a possibilidade de vir mais cedo, Excelência. Eu estava ansioso por tornar a ver Runsdorf. Sua Alteza me permitirá que lhe apresente minha noiva, a Srta. Hermione Granger.


Grande surpresa se estampou na fisionomia do arquiduque. Quanto a Arthur, sorriu como quem recebe uma notícia já esperada.


Logo, porém, arquiduque dominou-se. Felicitou de maneira muito cordial os noivos, teve um elogio delicado para a beleza de Hermione e se mostrou encantado pela graça das suas maneiras distintas.


Os cortesãos, depois disso, rodearam o conde e a Srta. Granger, apresentando-lhes os seus cumprimentos muito calorosos e as suas melhores lisonjas Unicamente o Barão de Parkinson e a filha se mantiveram afastados. Deviam estar apelando para todo o seu traquejo social para poder dissimular a raiva surda que os assaltara por verem assim desfeita a mais cara e tenaz de suas esperanças.


— Que uvas maravilhosas! — exclamou o arquiduque ao ver o cesto que Ginevra acabava de depositar sobre uma mesa do jardim — Srta. Granger, ficaremos encantados se a senhorita nos quiser fazer as honras da casa.


Hermione inclinou-se graciosamente e dirigiu-se para a mesa.


Pansy havia ficado rubra de cólera ao ver concedida, àquela a quem odiava, tal demonstração da benevolência principesca, notoriamente destinada a honrar a noiva do nobre e célebre médico. Contendo a custo a raiva, saiu sorrateiramente por detrás do grupo formado pelo arquiduque, o administrador e Ronald, que acabava de chegar. Aproximou-se da mesa em que Hermione estava só, porque Ginevra nesse momento se afastara para ir buscar as tesouras de prata destinadas a cortas os cachos.


— Ainda não a cumprimentei, senhorita — disse ela a meia voz.


Hermione lançou-lhe um olhar desconfiado. O lindo rosto da baronesa estava um pouco crispado, os olhos tinham um brilho maligno.


— Ei-la triunfante nos seus projetos. Foi, com efeito, muito mais hábil em esperar, porque agora está certa de ser, não somente Condessa Malfoy, como também a esposa de um homem rico e ilustre.


Forte rubor subiu às faces de Hermione. O cacho que acabava de tirar da cesta escapou-lhe dos dedos e caiu no chão. Com um movimento altivo a moça ergueu a cabeça, fixando na Sra. Goyle um olhar de desprezo.


— Na verdade, como seu pai outrora, a senhora dá provas de grande imaginação, baronesa! Aliás, tem toda a liberdade de pensar o que lhe aprouver. Os espíritos malévolos podem sempre fazer carreira em qualquer circunstância.


O tom, a atitude de Hermione exasperaram a baronesa. Com um riso baixo e zombador, respondeu:


— Entretanto, a senhorita nem ousa negá-lo, nem poderia mesmo fazê-lo na minha frente, pois viu que adivinhei as suas intrigas.


Hermione, irritada, abria a boca para uma réplica mordaz quando viu o conde aproximar-se.


— Que coisa interessante está contando à Srta. Hermione, minha senhora?


— Dirigia-lhe as minhas melhores felicitações — respondeu ela sem poder impedir que o seu rosto se tornasse rubro sob o frio olhar de zombaria do conde.


— Essas felicitações deviam ser notáveis, pois que, de espanto, minha noiva deixou cair isto...


E, falando, inclinou-se para apanhar o cacho de uvas.


— Que pena, ficou um pouco estragado, mas ainda restam muitos para contentar Sua Alteza.


Pansy, que amassava nervosamente a sua gravata, voltou-lhe as costas impulsivamente e afastou-se. Draco inclinou-se para Hermione.


— Disse-lhe alguma coisa que a ofendesse, minha querida? — perguntou o conde com ternura imperiosa.


— Sim, mas liguei-lhe pouca importância.


Draco pousou sobre a mesa o cacho de uvas que tinha ainda entre os dedos e tomou as mãos de Hermione.


— Olhe para mim! — ordenou num tom sério — Vou ler em seus olhos o que lhe disse a Baronesa Goyle, isto é, que a senhorita é uma intrigante e que vai casar-se comigo unicamente por causa do nome, da minha fortuna, de minha posição. Acertei, não é?


— Sim, foi isso exatamente. Ela me detesta e há muito tempo.


— Coisa bem compreensível, aliás. Sempre viu a senhorita uma perigosa rival, e os acontecimentos lhe deram razão. Hoje se revolta por ver as suas esperanças perdidas para sempre. Mas deixemos de falar nessa criatura que sempre desprezei; venha, minha querida Hermione, oferecer as uvas de Runsdorf a Sua Alteza.


Os dois se dirigiram para o arquiduque, que recusara sentar-se e conversava com o administrador. Vendo a jovem aproximar-se, interromperam-se; depois o arquiduque disse sorrindo:


— Parece que a senhorita não ignora o latim e o grego, como também está apta para dirigir uma casa, e isso bem acima do comum. Felicito, pois, duplamente o Conde Malfoy por ter escolhido tão bem a sua futura esposa. Aliás, a senhorita pertence a uma família de sábios. Possuo em minha biblioteca um notável estudo histórico feito por Stanislau Granger – seu avô, segundo Weasley acaba de me dizer.


— E o professor Granger não desmerece em nada o pai — acrescentou o administrador — Já que sua alteza se interessa por esse gênero de trabalhos, irá permitir-me que lhe ofereça um, pelo qual julgará a erudição e o notável estilo de meu amigo.


— Aceito-o com prazer, meu caro Weasley, porque sou apaixonado por essas leituras. Conde Malfoy, vou anunciar o seu casamento à arquiduquesa. Espere, pois, por esses dias e receberá um convite para apresentar-lhe sua noiva, assim como o pai, que eu também ficarei encantado por conhecer.


Draco inclinou-se agradecendo. Do grupo de cortesãos, alguns olhavam com inveja o feliz mortal que gozava de tais favores e a jovem sobre a qual também se estendia a benevolência principesca. Todos se apressaram a aceitar, como um privilégio, as uvas oferecidas por Hermione. Só Pansy recusou, com seca polidez, porque, agora, já não podia demonstrar nenhuma impertinência.


— Oh! Não gosta dos produtos de Runsdorf, minha senhora? — perguntou o Conde Malfoy, que conversava, não muito longe dela, com Ronald Weasley.


— Oh! Nem pense isso! São notáveis e muito apreciados por todos. Runsdorf nos reservou muitas surpresas, e a menor foi esta de nos fazer ver surgir esta grande cultura num solo até então refratário a todas as explorações.


Draco respondeu com tranqüila ironia:


— Não é realmente muito original? Sim, sucederam-se estranhas novidades neste velho Runsdorf e os Malfoy tornaram-se perfeitamente modernos!


— Mas estão perdendo o seu prestígio — disse amargamente a baronesa.


— Como, minha senhora? Poderá afirmar que o Dr. Malfoy não adquiriu uma formidável consideração?


A este argumento, sugerido num tom zombador por Ronald, Pansy mordeu os lábios, compreendendo que acabava de dizer uma refinada tolice.


— Mas é muito diferente, não se pode comparar...


Afastou-se, deixando os dois homens a rir interiormente do seu embaraço.


Pouco mais tarde, o arquiduque dava o sinal de partida, depois de ter felicitado novamente os noivos.


— Bom, estamos livres de uma obrigação, Hermione — disse Draco alegremente quando o arquiduque desapareceu com o seu séquito — A apresentação teria que ser feita um dia ou outro. Aliás, a amabilidade de Sua Alteza a tornou bem agradável para nós. Agora, deixo-a por um momento, minha querida, para falar com o Sr. Weasley.


Dirigiu-se para o administrador e, depois de trocarem algumas palavras, foram para o gabinete de Arthur. A entrevista foi longa e, ao terminar, Draco punha a mão de Luna na de Ronald, dizendo alegremente e com certa emoção.


— Como eu e Hermione, vocês bem merecem esta alegria, meus queridos. Souberam, como nós, ter também bastante paciência.


Nessa tarde, no jantar de noivado, que Ginevra improvisara, Alexis e Nimue estavam radiantes, pensando talvez noutra festa semelhante, da qual eles seriam, um dia, os heróis. E a formosa fisionomia do administrador mostrava a calma satisfação do pai de família que vê realizada a felicidade de um filho.

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