Capítulo Um



Capítulo Um
ou The One Where She Sees Him For The First Time


 - Chegamos, senhorita. – Will me disse, logo depois de passarmos pelo grande portão da mansão.

Suspirei. Afinal, fazem pouco mais de dois anos que não venho para casa. Will parou o carro um pouco antes da escadaria da porta de entrada. Ri. Ele ainda se lembrava que eu preferia andar um pouco até a entrada.

Sei que é ridículo, mas sempre gostei disso. De andar até a entrada da casa, quero dizer. Me faz me sentir uma pessoa normal por um momento. Não que eu não seja, mas me faz esquecer que eu sou rica. Não que eu não goste, claro. (y)


Will abriu a porta para mim, como sempre. Saí do carro com pesar, suspirando. Não queria voltar para casa. Voltei só por James mesmo. Sei que ele não consegue se virar sem mim, então, não quero nem ver o tanto de confusão que ele arranjou nos últimos dois anos!


Subi as escadas correndo, sem cair nem tropeçar, por causa do meu salto. O que foi realmente foi um milagre. Não tropeçar, quero dizer. Abri as portas pesadas de madeira, entrei no hall de entrada (?).


Por incrível nada mudara desde a última vez que eu estivera ali. Nada mesmo. As paredes estavam da mesma cor, e os móveis estavam todos no mesmo lugar. E como sempre, tudo estava impecavelmente limpo. Vovó tinha uma mania de limpeza que me irritava. Profundamente. E tenho certeza que irrita o vovô também, mas ele nunca reclama de na da que ela fala.


- Lene? – uma voz me chamou. Uma voz de homem. Me virei. OMFG! :O É o James! Meu primo James, aquele que quando o vi pela última vez, era todo magrelo, usava óculos e tinha uma voz fina e horrível. Agora ele estava alto, sem óculos, com uma voz masculina e forte. Não muito, mas dava pra perceber que ele tinha músculos.


- James? – eu perguntei, praticamente não o reconhecendo. Ele sorriu, e desceu a escada correndo e me pegou no colo me abraçando enquanto me girava no ar. – Meu Deus é você mesmo! – eu disse rindo.


Ele riu mais ainda, e me colocou de volta no chão, me dando um beijo na testa.


- Você ‘tá mais alta. – Ele me olhou. – Mesmo sem o salto. E mais bonita também. – eu corei. Ele podia ser meu primo, mas eu sempre corava quando as pessoas me elogiavam. – Parece que eu vou ter que afastar todos aqueles caras da escola que vão ficar babando por você.


Dei um tapa no seu braço:


- Pára, James. Você sabe que isso não é verdade. – ele me olhou com cara de quem não acredita, mas logo mudei de assunto: - E você e a Lily? Ainda não se entenderam?


- Não. E a cada dia chego a conclusão de que ela me odeia ainda mais. – ele disse suspirando.


- Ah Jay, - ele fez uma careta. Ele odiava quando eu o chamava de Jay – você sabe que ela sempre foi assim. E além do mais, eu sei que você não andou facilitando muito as coisas, sendo o garoto mais popular da escola, e ficando com todas as garotas que apareciam na sua frente.


- Não foram todas. – ele fez uma pausa - Eu selecionava antes. – como assim? Então era verdade tudo que a Lily me dizia?


- James, mas porquê?


- Por que o quê?


Levantei a sobrancelha esquerda, algo que sempre irritou muito James.


- Porque ela me ignora o tempo todo. Você sabe como eu me sinto com isso, Lene? Eu sempre gostei muito dela, e ela sempre me tratou mal. E eu nem sei o porquê!


Eu suspirei. Ele ainda gostava da Lily.


- Você já pensou em falar com ela?


- E dá pra falar com ela? Todos os nossos protótipos de conversa terminam em briga. Não dá pra ter uma conversa com ela, sem que ela me tire do sério! – ele dizia um pouco alterado, e gesticulando. Eu já ia falar quando ele continuou: - É só que... toda vez que ela passa, é impossível não notar. Ela mexe comigo de alguma maneira, sabe? E eu nem sei o que é isso.


- Bom eu sei! - eu exclamei, pegando as minhas malas que William tinha trazido para mim, e entregando duas para James. Comecei a subir as escadas, enquanto James me seguia: - Isso se chama amor, James.


Ele só riu. James Potter amando? Impossível. Aposto mil libras que esse era o pensamento dele. Ele não acredita no amor. Só que algumas pessoas se gostam tanto que acabam ficando juntas, ou amor de família, mas amor não. James sempre disse que amor, é algo que sua mente cria, e que depois desaparece.


Bom, eu acredito no amor. E sou muito romântica. Fala serio, que garota já não sonhou em ser uma princesa, ter um príncipe encantado que venha salvá-la num cavalo branco? Bom, eu já. Aliás, eu continuo.


- E você? Encontrou alguém em Paris? – James perguntou, me tirando dos meus devaneios. – Você perdeu um pouco do seu sotaque.


- Jura? Nem percebi. E não, não encontrei ninguém em Paris. Apesar de ser uma cidade romântica, não tinha ninguém do meu interesse lá. - Não podia ver James, mas pelo silêncio que ele fez, podia saber que ele estava sorrindo com aquele jeito de que não acredita em mim.


Chegamos até o meu antigo quarto. Abri a porta, e percebi que tudo continuava igual. Assim como o resto da casa, não mudou desde quando eu fui embora. O quarto ainda tinha as paredes rosa-bebê, uma cama grande com dossel num canto, minhas prateleiras cheias de bichos de pelúcia, e meu closet, no outro canto do quarto. Atravessei o quarto e fui até a varanda, abrindo as grandes portas de vidro para sentir o vento da noite. Já eram quase sete horas, e as primeiras estrelas já apareciam no céu.


- Hey – James chegou e se apoiou no meu ombro direito – vamos descer? Já ‘tá quase na hora do jantar.


Suspirei. Parece que certas coisas não mudaram nem um pouco desde que eu fui embora.


xxx


Enquanto descia as escadas com James, me sentia mais a caminho da forca do que indo jantar.


- Eles ainda continuam jantando às seis horas em ponto? – perguntei entediada.


- Sim. Todos os dias. – James disse enfatizando a última parte. Revirei os olhos.


James abriu a porta da sala de jantar para mim e entrei. Meus avós já me esperavam em pé ao lado da mesa, como se fossem robôs.


- Marlene querida! – meu avô foi o primeiro a falar, vindo até mim para me abraçar. – Você está linda!


- Obrigada, vovô. – disse sorrindo.


Olhei minha avó. Ela estava com aquela mesma cara meio, digamos, azeda, com algumas rugas a smais/s menos. Como se eu tivesse feito algo errado. Desde que eu e James éramos crianças ela tem essa cara, mas não sei o porquê.


- Arrume a sua postura, Marlene. – ela disse indo em direção à mesa para se sentar no seu lugar de sempre. Eu não acredito nisso. Eu fiquei longe de casa por dois anos e é isso que ela me fala? “Arrume a sua postura” ? Eu simplesmente a encarei, enquanto sentia meus olhos arderem enquanto se enchiam de lágrimas.


Vovó era seca comigo, mas não desse jeito. Talvez ela tenha feito isso porque ela nunca aceitou que eu fosse para França. Se ela queria ser assim, tudo bem. Mas eu não iria ficar aqui para vê-la me alfinetar a cada oportunidade.


- Com licença – eu comecei, tentando engolir o meu choro. – Mas acho que perdi a fome.


E saí da sala de jantar, correndo em direção ao jardim dos fundos. Mas antes, pude ouvir minha avó falar alguma coisa com o meu avô, e posso jurar que não era um assunto muito agradável para ela. Me escondi em baixo duma árvore, perto da piscina. Sentei, e comecei a chorar. Eu nunca chorava. Mas talvez Paris tenha me amolecido. Ou como minha avó diria, acabado com as minhas maneiras. Já estou até vendo, que amanhã, se não hoje, ela vai dizer isso.


- Você sabe que ela só está fazendo isso porque você viajou contra a vontade dela. – James falou enquanto se sentava ao meu lado, me abraçando pelos ombros. – Além do mais, acredite ou não, ela ficou mais azeda do que já era depois que você foi embora.


Eu não disse nada, só continuei chorando no ombro de James, pensando sobre tudo isso. Talvez eu devesse ter ficado em Paris mesmo. Minha avó me odeia e meus pais quase não ligam para mim, porque estão sempre viajando. Talvez eu devesse seqüestrar Lily e James e levá-los para França, para ficarem comigo lá.


xxx


Acordei do nada, no meio da madrugada. Ainda estava escuro, mas eu não conseguia mais dormir. Levantei e percebi que ainda estava com as mesmas roupas de ontem, e meus sapatos de salto, jogados ao lado da cama.


E aí me lembrei: estava chorando ontem no jardim, e provavelmente James me carregou até meu quarto depois que eu adormeci. Fui até o banheiro para tomar um banho quente. Enquanto sentia a água quente do chuveiro molhar os meus cabelos, fiquei pensando sobre a noite anterior, sobre como as coisas iriam ser agora que eu voltei. Sabia que minha avó não facilitaria as coisas nem um pouco, mas não achava que iria ser tão difícil assim.


Suspirei e saí do banho. Me enrolei numa toalha, e fui em direção ao meu closet enquanto penteava os meus cabelos. Estava sentindo uma enorme vontade de fazer compras. Encarei o meu closet e ele definitivamente precisava de roupas novas.


Coloquei uma calça jeans azul, uma bata florida e colorida e minha sapatilha vermelha, e peguei minha bolsa cáqui, e joguei minha carteira (com os cartões de crédito dentro, hoho), peguei meus óculos de sol, e desci com muito cuidado as escadas para não acordar ninguém, já que ainda estava escuro lá fora (realmente, eu acordei cedo demais).


Fui até a cozinha, e encontrei lá Stella, a melhor cozinheira que eu já conheci, e que trabalhava lá em casa desde que eu era criança. Não sabia que ela acordava tão cedo assim.


- Menina Marlene! – ela disse surpresa, enquanto me abraçava. Ela sempre me chamava assim. – Como você está linda! Mas muito magra! Esses franceses não te alimentaram, não?


Eu ri: - Obrigada Stella, e você não mudou nada desde a última vez que te vi!


- Ah, menina Marlene, exceto por algumas rugas a mais! Mas o que a senhorita faz acordada tão cedo?


- Não consigo mais dormir, Stella. Por isso, resolvi tomar um café-da-manhã, e sair! Ouvi dizer que ultimamente o tempo está bom, não é?


- Sim, sim. Mas então, sente-se aí, que vou lhe preparar algo.


- Não, - eu a impedi. Ela iria fazer um prato delicioso, mas demorado. E eu não queria estar aqui quando ela acordasse. – Que tal só uma salada de frutas?


Ela suspirou. Sempre dizia que às vezes eu comia de menos, às vezes eu comia de mais. Nesse caso, seria de menos.


- Tudo bem. Você, menina Marlene, irá comer a melhor salada de frutas do mundo! – eu sorri, e me sentei à mesa, esperando. Não demorou mais que dez minutos e ela me trouxe a salada de frutas.


- Aqui está. – ela disse sorrindo, e voltando para o fogão, terminando de preparar o café-da-manhã, mas logo completou: - E a senhorita não irá levantar desta mesa até terminar o todo café.


Realmente não havia como não terminar aquela salada, como sempre, Stella se superava toda vez que preparava alguma comida, e em cinco minutos já havia terminado o café-da-manhã.


- Bom Stella, já vou indo. Se te perguntarem onde eu fui, diga apenas que eu saí, sim?


- Pode deixar, menina Marlene.


Sorri e saí correndo até a porta de entrada e vi pela janela que o sol já tinha nascido. Deveriam ser umas sete horas. Enquanto atravessava o jardim e estava chegando até o portão, ouvi Will me chamando.


- Senhorita McKinnon! A senhorita quer que eu te leve para algum lugar?


- Relaxa, Will. Vou dar umas voltas por aí. – ele acenou com a cabeça e eu saí.


xxx


Ah, agora sim. Depois de um dia inteiro torrando o cartão de crédito em várias lojas, eu me sinto bem melhor. Fazer compras é uma terapia que resolve quase todos os problemas.


Agora eu estou no Starbucks tomando um Frapuccino de chocolate com creme e comendo um Cinnamon Roll, afinal já era quase hora do almoço, e não havia comido nada desde aquela salada de frutas de Stella.


Quando terminei, saí para procurar um táxi, já que eu estava cheia de sacolas e cansada de andar. Por incrível que pareça, tinha um parado em frente ao Starbucks. Guess today is my lucky day!


Falei para o motorista do táxi o nome da rua da minha casa, e em menos de quinze minutos estava passando pelo portão, carregando as muitas sacolas de compras que eu tinha, minha bolsa e usando meu óculos de sol, afinal, estava sol (que duraria pouco, já que sol aqui em Londres não é algo que dura muito tempo.).


Enquanto atravessava o jardim, vi em seu lado esquerdo Will, que estava perto da garagem, e Stella que, provavelmente, o estava chamando para ir almoçar na cozinha, e acenei para ambos.


E foi neste momento que o vi pela primeira vez.



N/B: OOOOlá pessoas :) eu quero esse James pra mim... digo, tô tão feliz de estar betando essa fic *-*’ HEIAUHEUISAHOEUIASE. a Lene acha que nos engana, q.
HEEI! Alguém viu McFly na MTV? Foi tão lindo *-*’, mas
enfim, eu sou a Maria Izabel Mary Moony e estou indo embora chorar por não ir ao show do McFLY :T beijo, amo vocês leitores, e vamos comentar porque a Gabi mereece \õ/
BEEEijo pra você também, dona Gabriela, não fique com ciúmes dos leitores, q., eu também te amo \õ/


N/A: Antes de tudo uma salva de palmas (?) para minha querida amiga e mais nova beta Mary Moony (LLLL) que eu simplesmente amo demais, e aceitou betar essa fic doidinha aqui pra mim (?) :B
Agradecimentos a quem comentou:

- Julie Padfo̲ot. ;# (a capista mais fofa, e que escreve suuper bem), Diiine Black *-*, math e. gomez , Gabrielle •, Rєвєcca Malfoy, Sαrαh W. Vegα (:, Mαry Mo̲ony (minha beta maravilhosa (LLLLL)) (n/mary: eu sei, eu sei ;) q.), ~ Milly Lupin [^^], Lívia Viana, , ▪.(( luxúriα /! ständ b (pelas capas maravilhosas que ela fez), Srtá Alanáh Pontas Potter, • Little Potter, Nathália Krein, Juℓia (minha futura companheira no show do McFLY *-*)(n/mary: me levem? *-*’), Mandy Cullen ♥.

Comentem e votem por favor! São os comentários e os votos de vocês que me fazem continuar a fic!
N/MaryM.: Comentem e votem por favor! São os comentários e os votos de vocês que fazem a Gaby continuar a fic!

Beeijos :**
Gaby

Ps: E aí, Mari, agora você vai fazer a minha capa? *-*
Pps: Ah, achei que você não ia lembrar. era pra ser surpresa :~ HEAIUEHIUAHEIUA.

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Comentários (1)

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