Seguindo os passos



––––CAPITULO ONZE––––

Como voar

As aulas prosseguiram normalmente, já haviam se passado três semanas desde que haviam começado, Kyo agora quase nunca pegava o Mapa do Maroto, já que sabia de cor o caminho para as casas, mas de vez em quando dava uma olhada para saber onde os outros estavam. A poção que Neville lhe dissera para fazer estava indo de mal a pior, os ingredientes ele pegara com Neville e o livro Madame Pince lhe entregou, como Neville dissera que faria, mas ela era muito complicada, haviam muitos cálculos a se fazer e Kyo detestava matemática.

Um fato que o estava incomodando era que todo o professor, ao fazer a chamada, parava e pedia para que ele se levantasse e fazia um pequeno comercial do garoto, Kyo estava ficando cheio disso tudo, mas não podia reclamar. Flitwick era um belo exemplo:

–Kyo Hunter... –disse ele. –Kyo Hunter?!?

O professor caiu de sua pilha de livro. As outras aulas estavam sendo melhores do que Kyo esperava, principalmente as de feitiços, Flitwick, o baixinho barbudo que dava aulas de feitiços era a criatura mais cômica de toda Hogwarts, apesar de dominar o assunto, os alunos sempre o faziam errar o feitiço e destruir alguma coisa da sala, alem do fato de eles ser tão baixo que precisava dar aulas em cima de uma pilha de livros.

As outras aulas também eram ótimas, defesa contra as artes das trevas era bem interessante, Adamastor Pitaco era um ótimo professor, alem do fato de as garotas o acharem um gato, Kyo não entendia o porque, ele tinha o cabelo estranhíssimo, metade liso, metade crespo. As aulas de herbologia também eram incríveis, principalmente as plantas humanóides que haviam na estufa do professor Lennon .

As aulas de astronomia também eram ótimas, Kyo as adorava. Mas o que quebrava as pernas era ruínas antigas, onde os garotos aprendiam, ou pelo menos tentavam aprender, como traduzir as runas para o inglês, Sarah era a única pessoa da sala que conseguia entender o que a professora Vectra falava.

–O que ela quis dizer quando estava falando sobre a língua élfica? –perguntava Tiago, após uma manha inteira de runas.

–Sei lá! –disse Kyo. –Sarah o que quer dizer A’vontad?

–Sente-se, –respondeu a garota fatigada –vocês podiam prestar mais atenção na aula, a professora Vectra ensina muito bem.

–Pode até ser, –argumentou Kyo –mas você já reparou como a voz dela da sono?

–Ah, meu Deus... –Sarah balançou a cabeça.

Desde a segunda semana de aula Kyo, Tiago e Sarah não se separavam, sentavam-se sempre perto um do outro, Tiago era quem sempre se sentava com Sarah, por isso Kyo revezava se sentando com Ananda ou Uandalini, esta relutava em sentar com ele, pois o achava uma pessoa muito prepotente e já admitira isso para ele.

Quando chegaram ao salão principal foram abordados por Ciro, este usava vestes diferentes das de Hogwarts, eram vermelhas e douradas alem de possuírem o símbolo da Grifinória bem grande estampado nas costas.

–Ei, que aulas você tem hoje à tarde? –perguntou ele.

–Defesa contra as artes das trevas, por que? –disse Sarah.

–Esqueçam, –disse ele –vocês tem que ir para a área atrás da sala de historia da magia.

–Pra que? –perguntou Tiago.

–Aula de vôo em vassoura, –disse Ciro –vocês só vão ter uma, então é melhor não perder.

–Legal! –exclamou Tiago. –Eu tava mesmo querendo uma chance de entrar no time!

–Esquece, –disse Ciro dando um tapa na cabeça de Tiago –ninguém do primeiro ano entra no time.

–E o Harry? –perguntou Tiago, massageando o lugar onde Ciro batera.

–Você tem a mesma habilidade dele? –perguntou cirro, com um sorriso. –Não, alem do fato de nós só precisarmos de um apanhador e você não pegaria o pomo mesmo que ele tivesse parado.

–Então quem vai entrar no time? –perguntou Sarah.

–Sei lá, –respondeu Ciro –acho que vamos enfiar um cara do sexto ano, ele é bom em cima da vassoura.

–Eu podia entrar...

Ciro saiu às gargalhadas, deixando Tiago com cara de bobo. Eles se sentaram a mesa da Grifinória, Tiago ainda tava com cara de bobo.

–Legal, batata frita! –disse Kyo, enchendo um prato de batatas.

–Hum... –Tiago nem olhara para as batatas.

–Tiago? Você não vai pegar batata? –perguntou Sarah, se servindo, também.

–Ah, não tô com fome...

–Qual é? –exclamou Kyo. –Quadribol não deve ser tão bom assim!

–Não deve ser tão legal?!? –exclamou Tiago. –Você só pode ser filho de trouxas!

–Por que? –perguntou Kyo.

–Quando a temporada de quadribol começar você vai ver... –disse Tiago enchendo seu prato, para quem não estava faminto ele comia até demais, batendo três pratos de batata em meia hora.

A área a qual Ciro se referira era imensa, podia ser comparada a um campo de futebol, havia um gramado fofo e muito verde ali. Haviam vassouras deitadas no chão, muito velhas por sinal, as cerdas estavam despontadas e saiam da calda, o cabo estava velho e aparentava estar áspero e cheios de farpas.

Kyo teve uma surpresa desagradável quando viu quem estava parado no meio do gramado, Malfoy, Crabbe, Goyle e Emily Bulstrode conversavam baixinho e olhavam a volta para saber se alguém os espionava. Quando viram Kyo, Tiago e Sarah se separaram, Malfoy quando viu Kyo.

–Olá Hunter, como vai essa forca? –disse Malfoy, em tom de gozação.

–Boazinha pra quebrar sua cara! –disse Kyo, serio.

–Ah, Hunter, vai partir pra violência? –disse Malfoy, indicando disfarçadamente Crabbe e Goyle que eram bem maiores que Kyo.

–Pensa num cara que não consegue se defender sozinho... –disse Tiago, olhando para o céu.

–Quieto Weasley! –disse Emily Bulstrode. –Ninguém te chamou na conversa!

–E quem foi que te chamou? –perguntou Sarah.

Nesse momento Malfoy sacou a varinha e a enfiou na cara de Kyo.

–É melhor você ficar quieto, Hunter, –disse ele –ou vai ver...

–Ver o que? –perguntou Kyo, sorrindo. –Fagulhas?

Malfoy cerrou os dentes, não iria admitir, mas não sabia executar um único feitiço. Kyo também não sabia, então estavam empatados.

Nesse momento um homem de capa negra veio de dentro do castelo, seus cabelos brancos balançando ao vento, Kyo escutou algumas garotas dizerem “uau” ao o verem, Kyo teve que admitir, o cara realmente era incrivelmente charmoso. Ele se aproximou, Malfoy guardou a varinha o mais rápido que pode e se afastou de Kyo.

–Por favor, se posicionem ao lado das vassouras. –disse um homem, sua voz era grave e ao mesmo tempo macia.

Nem precisou dizer duas vezes, principalmente para as garotas, todos se posicionaram ao lado de uma vassoura, por algum tipo de azar Tiago e Sarah acabaram ficando exatamente na outra ponta da fila que Kyo estava, e Malfoy bem a sua frente.

–Muito bem, –disse o professor –eu sou George Clooney, professor de vôo em vassoura e juiz de quadribol de Hogwarts, eu vou ensina-los a maneira correta de se montar uma vassoura e como um verdadeiro jogador de quadribol pega uma vassoura caída no chão, isso claro para os que entrarem nos times das casas.

Todos se aprumaram, a fim de impressionar o professor. As garotas ajeitaram a saia, Kyo teve a impressão de que Bulstrode, Kyo teve a impressão de Caroline Boot e Amélia Gsire ergueram, ligeiramente as suas saias.

–Muito bem, –disse prof º Clooney, largando sua vassoura– todo bom jogador sabe que nunca deve se abaixar para pegar sua vassoura, ele ergueu sua mão sobre a vassoura e diz: em pé!

A vassoura rolou duas vezes e pulou para sua mão, ele a mostrou para os alunos, que estavam espantados.

–A vassoura responde a confiança das pessoas que ordena que ela se erga, –dizia ele – mas alguns têm a sorte de vassoura responder a sua habilidade, isto é, a vassoura percebe quando a pessoa possui um potencial em manuseá-la. Agora tentem, ponham a mão direita sobre a vassoura e digam com vontade: Em pé!

Todos puseram suas mãos sobre a vassoura e disseram o que o professor disse, ninguém conseguira, alguns até tentavam dizer compulsivamente, mas não adiantava.

–Em pé! –gritava Tiago. –Em pé! Em pé, droga!

A vassoura de Tiago pulou, mas não em sua mão, mas em sua testa, Kyo pode ouvir o garoto dizer um palavrão e viu a marca vermelha em sua testa. Do outro lado Malfoy tentava repetir varias vezes para a vassoura erguer de um modo que só ele mesmo pudesse ouvir. Parecia que Kyo era o único que não tinha coragem de tentar.

–Por que o senhor ainda não tentou, Sr. Hunter? –perguntou o professor Clooney.

–Acho que é falta de coragem... –disse Kyo, timidamente.

–Então larga a mão de ser covarde, você não tem medo de altura, tem?

–Não, acho que não.

–Então vai logo.

O professor ficou encarando Kyo, que, com o máximo de confiança que conseguiu juntar, exclamou:

–Em pé!

A vassoura pulou direto em sua mão, Kyo teve um pouco de dificuldade para segurar a vassoura, que parecia querer leva-lo, o professor o olhava, impressionado.

–De primeira, isso é muito bom, realmente muito bom. –disse ele.

–Obrigado. –disse Kyo, envergonhado.
>p>Ninguém poderia saber a satisfação que o garoto sentiu ao ver a cara de Malfoy, ao ver que ele conseguira erguer a vassoura em sua primeira tentativa. Sarah lhe deu um sorriso e Tiago lhe fez um sinal positivo.

O professor ainda os fez ficar fazendo aquilo até que todos conseguissem erguer a vassoura toda vez que a chamassem, para a vergonha de Malfoy que fora o ultimo a dominar a confiança da vassoura.

–Alguém aqui sabe como montar numa vassoura? –perguntou o professor.

Somente Malfoy ergueu a mão, sorrindo presunçoso, Kyo sentiu vontade de vê-lo cair de uma altura de pelo menos dez metros e se estatelar no chão.

–Bem, Sr. Malfoy, o senhor pode nos dar uma pequena demonstração de como é a sua técnica?

Malfoy, com sua vassoura debaixo do braço, se aprontou no meio de todos e montou a vassoura.

–Agora suba alguns centímetros, Sr. Malfoy. –pediu o professor. –Será que o senhor consegue ficar cinco minutos montado?

Malfoy deu um leve impulso e a vassoura subiu alguns centímetros no ar, Malfoy sorria se achando o máximo, Kyo sentia vontade de ir lá e derruba-lo. Depois de mais ou menos dois minutos o sorriso dele se amarelou, ele parecia estar fazendo uma forca imensa para ficar montado, depois de mais ou menos trinta segundos ele escorregou e caiu no chão, esparramado, todos riram, o deixando muito vermelho.

–Típico dos Malfoy. –disse o professor. –Você nunca montam uma vassoura da maneira correta.

–Como assim? –perguntou Malfoy, se levantando e sacudindo a poeira.

–Você não montam na vassoura, vocês se penduram nela. –explicou o professor. –Você está vendo hastes de apoio aqui?

Ele mostrou para Malfoy duas hastes de metal pouco acima da cauda da vassoura.

–Esta hastes são para você pisar, não para encostar o peito pé, se você pisar nela não precisará ficar se segurar com as mãos e assim ficara mais fácil manobrar e até menos cansativo pilotar.

O rosto de Malfoy se contorceu de raiva.

–Muito bem, –continuou o professor, Kyo se perguntou por que todo professor falava aquele “muito bem” – vamos ver como vocês se saem em cima de uma vassoura, vamos, todos montados. Eu vou contar até três, então vocês dão um pequeno impulso, ficam no ar por alguns minutos e depois inclinam a vassoura pra frente e pousam.

Todos montaram as vassouras, Kyo sentiu vontade de desistir e sair correndo, nunca montara uma vassoura e poderia apostar que todos ali já o tinham feito. Olhou a volta, Ananda parecia estar tão nervosa quanto ele, Tiago tinha uma cara de excitação, Sarah parecia se perguntar se existia algum livro que ensinava a voar.

–Um... –começou o prof º Clooney. –dois...

Antes de o professor chegar no três Crabbe, num acesso de pânico, deu um impulso muito forte e sua vassoura subiu alto de mais, Kyo ergueu os olhos, viu o rosto amedrontado de Crabbe ir diminuindo com a altura. No pavor ele inclinou a vassoura jogando-a para baixo, fazendo-a descer a uma velocidade incrível.

–O que você está fazendo?!? –gritou o professor.

Crabbe não teve tempo de desviar a vassoura, que bateu com forca no chão, quebrando no meio e jogando ele com tudo no chão.

–Tsk, tsk, como você conseguiu fazer isso? –perguntou o professor. –Antebraço quebrado, Madame Pomfrey provavelmente conserta isso rapidinho, vamos.

Ele ergueu Crabbe, seus joelhos cederam sob o peso do garoto enorme, depois de dar alguns passos ele se virou, dizendo:

–Se alguém montar numa vassoura será expulso antes de dizer quadribol!
Todos os alunos recuaram um passo. O professor entrou no castelo pelo mesmo lugar pelo qual saiu, Malfoy deu uma risada.

–Eu nunca imaginei que o Crabbe pudesse ser tão estúpido! –exclamou ele. –Acho que ele superou seu pai, Longbotton.

–Fica quieto Malfoy! –exclamou Uandalini.

–Ah, não mesmo, e eu não me mandaria calar a boca se fosse você... –Malfoy mostrou uma bolinha de vidro, que tinha no bolso das vestes.

–Meu lembrol! –gritou Uandalini –Me da!

–Ah, eu não quero te dar, é tão bonitinho... –Malfoy lançou a bolinha para o alto e a pegou de novo.

–Devolve Malfoy! –disse Kyo, se aproximando de Malfoy.

–Ah, só se você vir pegar... –Malfoy montou a vassoura e, com um forte impulso, subiu.

Kyo montou a vassoura também, não sabia se para pegar o lembrol, se para poder derrubar Malfoy ou para impressionar Uandalini. Ananda o segurou pelo braço, seus olhos pedintes quase lacrimejantes.

–Não vai! Não faz isso!–exclamou a garota.

–Eu vou pegar o Malfoy! –disse Kyo.

–E se você cair?

–Eu não vou.

O garoto deu um impulso e subiu tão alto quanto Malfoy, ele pode ouvir Ananda e Sarah gritarem, para ele voltar. Nunca se sentira tão bem, o vento lhe bateu no rosto, sentiu a liberdade do vôo, sabia que aquele era o seu lugar...

–Ah, você sabe montar, Hunter. –caçoou Malfoy, lhe fazendo despertar.

–Melhor que você! –respondeu Kyo, muito serio.

–Ah, sim, um piloto profissional na primeira tentativa.

–Sem essa, me da isso logo Malfoy!

–Vem pegar.

Kyo disparou com a vassoura na direção de Malfoy, que girou com a vassoura, agora ele estava montado corretamente. Kyo teve que admitir que ele sabia montar.

–Nossa Hunter, como você está fraco, não conseguiu me pegar. –zombou Malfoy.

–Me da isso ou eu te derrubo!

–Tenta.

–Não se esqueça que você está sem seus amiguinhos, aqui em cima.

Na verdade não existia nada de “inho” em Crabbe e Goyle, os dois eram enormes. O sorriso desapareceu do rosto de Malfoy, Kyo conseguira atingi-lo onde ele não sabia se defender.

–Você quer, Hunter? –perguntou ele. –Então pega!

Ele jogou a bolinha para trás com muita força, Kyo disparou na direção da pequena bolinha de vidro, que era quase invisível. A bolinha ia perdendo altura muito rápido, Kyo ia inclinando a vassoura em sua direção. Ele tinha medo de não conseguir alcança-la, estava chegando perto dela, mas também do chão, ele esticou a mão na direção da bolinha, havia pegado, puxou a vassoura com toda a sua força, para retira-la do mergulho.

Kyo desmontou a vassoura, todos os alunos do primeiro ano da Grifinória vinham em sua direção, Kyo pode vislumbrar os sorrisos nos rostos de Tiago e Sarah. Uandalini não estava visível no meio deles. Logo depois deles vinha Malfoy.

–Cara! Você pegou! –perguntou Tiago.

–É... acho que dei sorte. –disse o garoto.

–Sorte nada, você é bom mesmo! –exclamou Sarah.

–Kyo Hunter!

A voz da prof ª Minerva ecoou, Kyo se virou e encarou o rosto incrivelmente serio da professora,seria expulso, voltaria para casa e viveria como um trouxa o resto de sua vida. A professora o pegou pelo braço e o levou para dentro do castelo, o garoto pode ver o sorriso de satisfação no rosto de Malfoy.

A professora o levou para o terceiro andar direto, mas sem passagens secretas, ele sabia que estava sendo levado para a sala de Dumbleodore, onde seria expulso de Hogwarts, seu coração batia acelerado, ele estava com medo.

A professora parou a frente de uma sala num corredor curto, ela pôs a cabeça para dentro e disse:

–Hunter, me de isso.

Kyo entregou o lembrol para a professora que enfiou a cabeça dentro da sala, dizendo:

–Andrew, me empresta Spinner um instante?

O professor da sala, mesmo confuso, concedeu o pedido da professora.

Mas que diabos seria Spinner? Seria alguma coisa para castiga-lo? Kyo se sentiu aliviado, porque se fosse castigado não seria expulso. A professora olhava muito serio, da sala para Kyo, e vice-versa.

Qual não foi a surpresa do garoto ao ver que Spinner era uma garota loura de olhos cor-de-mel, um pouco mais alta que ele e também da Grifinória. Kyo se perguntou se a garota iria tortura-lo. “bem, se for ela, eu não ligo...”, pensou o garoto.

–Spinner, te arrumei um novo apanhador. –disse a professora.

A garota olhou para Kyo, surpresa, medindo-o. Kyo pensou que apanhador tinha alguma coisa a ver com apanhar. De repente a garota riu, Kyo sentiu um certo nervosismo.

–O físico e tamanho dele são bons, mas não seria melhor testa-lo, professora?

–Você se lembra o que eu te disse sobre Harry Potter? –perguntou a professora Minerva.

–Lembro, por que?

–Imagine alguém que repetiu aquele feito, só que com mais habilidade e classe. –disse a professora, mostrando o lembrol.

Kyo viu que o garota da garota se iluminou num sorriso, Kyo não entendia nada, sobre o que elas estavam conversando? A prof ª Minerva olhou para Kyo.

–Hunter, você está no time de quadribol da Grifinória!

–Apanhador?!? –exclamou Tiago, quando Kyo lhe contou a novidade.

–É, a professora Minerva disse que eu fui melhor até que o Harry! –disse Kyo, contente.

–Nossa, espera até o pessoal da sala ficar sabendo. –disse Tiago, animadíssimo.

–Não! A professora disse para não contar para ninguém, estão pensando que a Grifinória não tem apanhador, essa vai ser nossa tática.

–Mas você não tem vassoura!

–Tenho uma em casa, vou pedir para os meus pais me mandarem.

–Mas como?

–O Harry disse para eles comprarem, acho que foi uma sorte...

–Ou ele já tinha planejado.

–Eu começo a treinar hoje à noite, s Spinner me disse para estar no campo as quatro.

–Então você só tem dez minutos.

Kyo olhou em seu relógio de pulso, realmente só tinha cinco minutos. Saiu correndo para sem falar nada, deixando Tiago andando sozinho pelo saguão de entrada. Kyo achou que nunca correra tanto em toda a sua vida, tudo o que sabia era que o campo ficava atrás do castelo, que era enorme, demorou cerca de vinte minutos para chegar lá, saindo pela frente.

Quando chegou no campo Spinner o esperava no meio do campo, de forma oval, dividido quase como um campo de futebol, uma linha com um circulo no meio e duas outras linhas que indicavam a área, haviam três balizas em cada ponta do campo, cada uma com um aro na ponta. Kyo correu ao encontro de Spinner que sorriu ao vê-lo.

–Acho que pontualidade não é o seu forte. –disse ela.

–Foi mal, é que eu perdi a noção do tempo... –ofegou o garoto. –Vamos começar, é... eu tenho mesmo que te chamar de Spinner?

–Ah, me chama de Julian.

–Beleza.

–Antes de tudo eu tenho que te apresentar as bolas.

Disse ela indicando uma caixa ao seus pés, onde haviam três bolas, ao lado de duas vassouras. Ela abriu e pegou uma bola de couro vermelha, mais ou menos do tamanho de uma bola de futebol.

–São quatro, a goles, com esta bola se marca os gols nos aros, –ela indicou as balizas –cada gol vale dez pontos, os goleiros, como eu, tem que defender os aros dos artilheiros, só pode entrar um artilheiro por vez na área dos aros.

Ela se abaixou, pegou um bastão e entregou para Kyo.

–Você vai precisar disso...

Ela chutou a caixa, e um das duas bolas azuis que estavam ali dentro pulou, sumindo na distancia. Kyo olhou para o céu, e viu a bola voltando com velocidade, se aprumou e, quando a bola se aproximou, bateu nela com toda a sua força. A bola voou novamente, e por alguma sorte, passou exatamente debaixo do braço de uma estatua em cima do castelo.

–É, você seria um bom batedor, também... –disse Julian.

A bola vinha voltando, com velocidade, a garota puxou sua varinha, e apontou para a bola:

Imobilus! –gritou ela.

A bola parou no ar, bem na sua frente, ela pegou a bola, que parecia relutar em se livrar do feitiço, e a colocou de novo na caixa, a prendendo com uma fivela de couro.

–Esse é o balaço. –disse ela. –É uma bola muito violenta, tenta derrubar o jogador mais próximo, é quase impossível controla-la, mas você não precisa se preocupar, a Amanda e a Silvia se livram dela rapidinho. O seu problema está aqui...

Ela se abaixou, e, abrindo um brasão de Hogwarts que estava na caixa, tirou uma bolinha dourada, era do tamanho de uma nós.

–Ela é bonita...

–Bonita agora, na hora do jogo ela é rápida e ágil, se faz impossível de encontrar. –disse Julian. –esse é o pomo de ouro, se você pegá-la, o jogo acaba, se pegá-la, o jogo está praticamente acabado, nós ganhamos cento e cinqüenta pontos.

Da bolinha irromperam asas muito pequenas, também douradas, Julian a soltou, depois de alguns segundos ela sumiu, Kyo a procurava, assim como Julian. Kyo só a encontrou após dois minutos, uns dois metros acima de suas cabeças.

Eles passaram o resto da tarde treinando com bolinhas de golfe, Julian as lançava e Kyo as pegava, no ar. O garoto não perdia uma, estava começando a se divertir com aquilo. Mais ou menos sete horas tiveram que parar, pois estava escuro demais para continuar.

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