Ouvindo



Capítulo 5 – Ouvindo


Eram 8 horas da manhã quando Harry ouviu uma grande balburdia no andar de baixo da casa. Ao acordar, Harry olhou para o relógio e se desanimou, pois dormira apenas 4 horas naquela noite.
A Balburdia no andar de baixo diminuiu um pouco, mas mesmo assim, Harry não conseguiu voltar a dormir. Se conformando, Harry se levantou, e depois de colocar uma roupa se dirigiu ao banheiro.

***

20 minutos depois, Harry foi à cozinha, mas antes que chegasse lá, ele parou. Hermione e Gina estavam com as famosas Orelhas Extensíveis, invenção de Fred e Jorge, ouvindo toda a conversa. Quando Harry se aproximou, Hermione o viu e fazendo gestos frenéticos, lhe estendeu um par de Orelhas Extensíveis, que ele com um sorriso maroto pegou.

***

-Esperem... Esperem... pessoal... Ei, SILÊNCIO!!! – berrou o Sr. Weasley.
Imediatamente a sala silenciou, obedecendo ao pedido desesperado dele.
-Arthur tem razão. – disse Dumbledore calmamente – Vamos nos acalmar.
-Você acha mesmo, Dumbledore... – disse Moody – Que pode haver um espião de Voldemort infiltrado na Ordem?
-Eu não tenho certeza, Alastor. – respondeu Dumbledore, ainda calmo – Mas pelas informações que conseguimos a respeito de Voldemort... – houve um leve tremor ao som desse nome – Tudo nos leva a crer que sim. Parece que realmente há um espião entre nós.

***

Harry, Hermione e Gina tiraram as Orelhas Extensíveis e saíram correndo escada acima segundos antes que a porta se abrisse.
Se dirigiram a toda velocidade a um corredor no andar superior da casa liderados por Hermione que corria à frente.
-Ei, Mione... Por que... nós não... vamos para o meu quarto ou para o seu e da Gina...? – perguntou Harry ofegante.
-Ah Harry... tem muitos alunos de Hogwarts hospedados aqui agora. Alguns garotos estão no seu quarto e algumas garotas estão no meu quarto com a Gina... – disse se recuperando da corrida. – Não podem nos ouvir. Por isso nos trouxe aqui.
-Ah ok. – disse entendendo – E o que vocês estavam fazendo ouvindo àquela reunião da Ordem?
-Ora, isso não é óbvio Harry? – zombou Gina – Estávamos querendo saber algumas coisas, não nos contam nada. Pelo jeito eles acharam que todos ainda dormiam e esqueceram de colocar o Feitiço de Imperturbabilidade na porta.
-E vocês acham mesmo que pode haver um espião de Voldemort aqui na Ordem? – perguntou Harry.
-Eu não sei Harry... – ia dizendo Hermione, até ser interrompida por passos subindo a escada em direção a eles. – Rápido, aqui. – disse ela puxando Harry e Gina para dentro de uma porta.
Os passos passaram por eles sem se deter, e somente quando Hermione sussurrou um “Já foi” é que Harry pôde notar onde estava.
O quarto de Sirius. Havia um grande armário negro de um lado do cômodo, uma cama de dossel encostada na parede perto da janela, e na outra janela estava encostada uma escrivaninha cheia de papéis revirados em cima.
Hermione olhou em volta, e somente naquele momento pareceu notar onde estavam.
-Hum... Gina, vem vamos ver se a reunião já acabou. – disse ela começando a arrastar Gina pela mão para fora do quarto, mas quando abriu a porta para sair, levou um susto ao ver Lupin encostado no batente da porta.
Hermione olhou de Harry, que olhava os papéis espalhados na escrivaninha, para Lupin que a olhava. Ela teve a ligeira impressão de que ele queria falar com Harry, e fazendo um leve gesto com a cabeça, saiu.
Lupin entrou e fechou a porta silenciosamente, para depois se aproximar de Harry. Este ainda fitava a escrivaninha atentamente, observando a desordem de papéis espalhados.
-Almofadinhas nunca foi muito organizado. – disse Lupin calmamente.
Só então Harry pareceu notar sua presença ali.
-Na verdade ele era um completo baderneiro. – continuou ele, sorrindo – Mas você já sabe disso.
Harry olhou para Lupin atentamente. Sentiu seus olhos lacrimejarem, por pensar em tudo o que acontecera a Sirius.
-Sirius te amava Harry. Como a um filho. Ele não se importaria de dar a própria vida para lhe salvar. Assim como ele fez. Ele sabia que ir ao Ministério era perigoso. Mas ele não se importou em estar em perigo, desde que você não estivesse em perigo. Sirius era assim. Agia impulsivamente, mas seu coração estava no lugar certo. – disse Lupin seriamente.
Lágrimas silenciosas escorreram pelo rosto de Harry enquanto ele ouvia Lupin. Pensar em Sirius doía. Doía muito.
-Não foi sua culpa Harry. – disse Lupin mais uma vez. – Não foi. Sirius iria de qualquer jeito. Mesmo se você não estivesse lá. Ele odiava regras e ordens. – disse começando a sorrir saudoso – Não ia ficar aqui em segurança, enquanto o resto da Ordem se arriscava.
Harry sentiu um peso sair de suas costas. Sabia que Lupin tinha razão. Sabia que Sirius sempre fazia o que queria. Precisava que alguém lhe dissesse aquelas palavras. Não era culpa sua, agora ele tinha certeza disso.



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N/A: Agradeço a qm esta lendo... Esse cap tah meio curto mas jah to escrevendo uns mais longos... Espero q gostem e comentem... Abraços

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