Dor e Solidão - IV



[IV]


Ron chegou ao Caldeirão Furado exatamente na hora marcada. Parou assim que deu dois passos dentro do estabelecimento: quem era o pai de Olívio afinal? Olhando de um lado para o outro ele não viu ninguém que talvez estivesse esperando por outra pessoa. Será que ficar em pé onde estava seria uma má escolha? Bom, talvez ficassem intrigados e viessem a lhe perguntar alguma coisa, esclarecendo suas dúvidas do motivo que estaria fazendo um homem entrar num bar-hospedaria e não fazer absolutamente nada além de ficar parado. Mas, antes que pudesse ao menos pensar no que faria exatamente, Tom, o dono do bar, se aproximou dele e perguntou:

- Sr. Weasley?

- Sim! – ele disse mais empolgado do que deveria.

- Me acompanhe, por favor. O Sr. Wood já o espera. – disse num tom visivelmente intrigado pela empolgação do ruivo.

Com as mãos dentro dos bolsos da capa, Ron seguiu o homem. Sentia o seu coração bater mais rápido em excitação, suas mãos tremiam com o nervosismo. O que faria? Seria aceito? Valeria a pena?

Pararam em uma mesa mais para o canto e ele se viu a frente de um senhor queimado pelo sol, com o rosto vermelho e um sorriso jovial. Teve de assumir para si mesmo que, se não estivesse tão nervoso, seria fácil associar este homem ao pai de Olívio.

- Sr. Wood, este é o Sr. Weasley. Desejam fazer seu pedido agora?

- Traga para mim um suco de abóbora. Weasley?

- Dois então. – ele disse sorrindo.

- Certo. “Do-is s-su-c-cos de ab-bó-bo-ra”. – ele ia dizendo enquanto escrevia no caderninho em sua mão. – Volto logo com as bebidas. – e saiu.

- E então... – começou o Sr. Wood.

Ron não disse nada. Ainda sorria de um modo meio bobo e tentava controlar suas mãos dentro da capa. Phillip Wood riu e falou:

- Não precisa ficar nervoso. Já acho que o cargo é seu. É só você realmente querê-lo. Muitos dos homens que entrevistei, ao saber que se tratava de um cargo para os Cannons, diziam que isso não era para eles. Não estavam preparados para encarar um time que não fosse da primeira divisão e essas besteiras que os loucos por dinheiro falam.

Ron ouvia atentamente. Mesmo que o cargo já fosse seu, como Wood dissera, era bom saber porque ele estava sendo contratado.

- Mas você, pelo contrário. Sua paixão por quadribol e, principalmente, pelo Chudley Cannons fizeram com que meu filho viesse falar comigo, e hoje, eu também estou vendo que você é perfeito para o cargo em questão.

- Obrigado senhor, eu não tenho o que dizer. – ele disse, suas orelhas ganhando o conhecido tom avermelhado.

- Não há muito o que dizer rapaz, eu sei. Já fui jovem e já ganhei a oferta de trabalho que tanto ansiava. Eu não parava de suar frio.

Ron riu.

- Bom, o que não sei muito é sobre seu histórico com o quadribol. Olívio se formou antes mesmo de saber se você tinha talento para o jogo.

- Na verdade... Eu entrei como goleiro da Grifinória quando ele se formou.

- Pelas barbas de Merlin! – Phillip deu um sorriso de empolgação e subindo alguns centímetros da cadeira. – Isso é muito, muito bom, Weasley. Poderia até ser... É, seria... – e parou de falar, olhando para Ron.

Ficaram se encarando por um momento, Phillip encarando-o e Ron esperando uma conclusão do que ele estaria pensando. Mas parecia que o homem se perdera em seus próprios pensamentos.

- Sr. Wood?

- Phillip. Phillip, meu jovem. – ele disse sorrindo. – Eu... Me desculpe, estou impressionado. Vim até aqui achando que resolveria um problema e posso resolver dois. Hipogrifos saltitantes! – ele dizia mais uma vez empolgado olhando para Ron.

Ron esperou mais uma vez, visivelmente impressionado de que fosse tão capaz de exercer o cargo.

- Então, vamos falar de negócios agora. Ah, obrigado, Tom. Então, Weasley – “Ron, senhor.” – Certo, Ron. Eu precisava encontrar um técnico para os Cannons...

Ron quase se levantou, tamanho o pulo que deu em sua cadeira. Seu rosto se abriu num enorme sorriso.

- Ouça, filho. Ouça. Então, precisava de um técnico, mas também precisava de um goleiro. – Ron o olhou de boca aberta, surpreso. – Olívio não quer o cargo, diz que seu tempo para o quadribol já passou, mas você... E tendo substituído o meu filho. Veja! É perfeito! Claro que vai exigir muito mais de você, mas além de pagarmos o salário de técnico e goleiro, podemos conversar sobre um bônus pela perda do seu tempo.

- Phillip, eu não tenho o que dizer, seria perfeito. Mas temo que não possa vir a aceitar ser goleiro também. Sou responsável por uma das alas do St. Mungus e tenho que ficar a disposição do calendário festivo e burocrático.

- Entendo. Bom, como técnico agora você pode indicar qualquer pessoa para o cargo. Você é quem manda agora.

- Nunca imaginei que um dia seria técnico do Chudley Cannons. – rapidamente pensou em como seu pai estaria sabendo disso e sorriu. Ele estaria feliz, como eu estou.

- Sei que disse que ficaria para o almoço com o técnico dos canhões – Ron sorriu -, mas imprevistos surgiram essa manhã e eu tive quer marcar umas reuniões para esta tarde. Sobre a papelada para assinar, os contratos, as fichas dos jogadores, etc; avisarei a minha secretária para vir assim que aparatar no Ministério. Ela só está esperando a confirmação de que você aceitou o cargo. Bom, Ron, passar bem. – ele chegou mais perto do ruivo e falou num tom mais baixo: - Faça a figa funcionar para o nosso time. – e aparatou.

Ron sorriu. Olhou em volta e tudo parecia tão mais intenso, tão mais vivo. E laranja!

- Boa tarde!

Ele olhou para a pessoa a sua frente e reconheceu aquele rosto bonito e sorridente.

- Boa tarde, Hellene. Sente-se, por favor.

Ela sorriu e se sentou. Olhou para Ron e aproximou-se, baixando o tom de sua voz.

- Eu sei que o senhor deve estar ansioso para saber de tudo, mas eu estou ansiosa pelo almoço. – e sorriu – Importa-se de almoçarmos primeiro?

- Na verdade, não. – ele disse sorrindo e percebendo que também estava com bastante fome. – Estava tão empolgado que esqueci da fome.

Ela o olhou profundamente.

- Isso acontece às vezes. Principalmente quando estamos apaixonados.

Ele não ficou vermelho, não ficou sem graça, não se sentiu intimidado. Na verdade saber que uma mulher como Hellene o olhava de uma maneira diferente do comum era muito bom. Saber que podia impressionar outras mulheres era melhor ainda.

Ele também olhou-a nos olhos e sorriu.

- Parece que não falaremos apenas de negócios hoje.

E estendeu sua mão esquerda segurando a direita dela. Hellene sorriu e olhou para sua mão junto a dele. Seus olhos se fixaram na fina aliança de ouro branco que envolvia o dedo anelar de Ron, que fez com que sua feição mudasse na hora.

Intrigado com a mudança de estado de Hellene, ele acompanhou o olhar dela e encarou sua aliança. Pensou em Hermione e encarou Hellene.

Sorriu.

- Isso? – e puxou sua mão apontando para a aliança. – Não é nada. – e retirou do dedo guardando-a no bolso. – Não mais.

Hellene sorriu.

- Sim, não falaremos apenas de negócios hoje. Tom, dois whiskys de fogo, por favor!

~*~

Hermione sentia falta do ambiente d’A Toca. Aquele em que ela crescera e não o que visitava ultimamente, não com um Ron tão diferente do que costumava ser. A casa, mesmo desarrumada e torta, fazia com que cada um se sentisse à vontade, feliz.

Depois do café da manhã com Ron, ela foi para sua casa e por lá ficou. Entediada, cansada da vida monótona e sem rumo que estava levando. Queria mudar. Mudar com Ron. Queria ser feliz com ele como costumavam ser, queria fazer loucuras por ele, queria que ele também as fizesse por ela, queria fazer nada com ele, porque com ele isso já era o bastante. Já fazia valer a pena.

Levantou-se de um salto.

Os Weasley não haviam deixado de ser sua família. Poderia visitá-los. Ainda mais sendo tão perto da hora do almoço. Ele não estaria lá, não se sentiria incomodado ou o que quer que fosse. Sentia saudades das conversas engraçadas com Ginny, de rir dos meninos. Haviam crescido tanto em tão pouco tempo... Ela precisava reviver os bons momentos de sua vida. Fazer biscoitos com a Molly, discutir com os gêmeos apenas para irritá-los sobre a falta de segurança das Gemialidades, fazer testes bobos de revista com Ginny... Queria reconquistar o que ela havia perdido numa fase que queria superar. Então, sem pensar mais, aparatou n’A Toca.

~*~

- Eu não acredito! – gritou Ginny, não contendo o riso ao olhar pela janela da cozinha, vendo Hermione se aproximar. Deixou, mais que depressa, a travessa com as batatas assadas em cima da mesa e foi ao encontro da amiga o mais rápido que sua barriga permitia.

- Oi. – começou Hermione com a voz um tanto falhada. Deveria mesmo estar lá?

- “Oi.”? É assim que você me recebe agora? Ah, eu estava com tantas saudades! Não que eu não tenha te visto ultimamente, mas... Ai, Gina, cale a boca! – ela disse a si mesma revirando os olhos e rindo. – Anda, cadê nosso abraço?

Hermione abraçou a amiga, aliviada de que ainda fosse tão bem vinda àquela casa. Sorriu e, ainda de olhos fechados e abraçada a Ginny, desejou que fosse assim todos os dias daquele em diante. Com uma única diferença: Ron também abraçaria sua irmã e, logo depois, daria sua mão a ela para que, juntos, entrassem na casa que também era considerada a deles.

- As duas não vão dividir esse abraço com mais ninguém, é? – gritava Molly da porta dos fundos. – Andem logo, mocinhas! Ou a comida vai esfriar.

As duas se olharam sorrindo, relembrando os tempos de adolescência onde ouviam o mesmo discurso. Iam caladas em direção à casa, até que Ginny disse:

- Certo. Olha... Eu prometi a mim mesma que não ia tocar no assunto, mas eu estou louca para saber como as coisas andam entre você e o tapado do meu irmão!

- Não fale dele assim... – ela sorriu. – Eu gosto dele.

- Eu também gosto! Mas estou sendo sincera ao chamá-lo de tapado...

- Ginevra!

Elas riram.

- Vão... não sei como. – disse Hermione, para logo depois rir.

- Você está rindo? – Ginny ia abrindo a porta que dava diretamente na cozinha. – Mione, não saber como vão as coisas é ruim! Logo você! Sem saber de algo??

- Sem saber de quê? - interveio Molly colocando a jarra com o suco de abóbora na mesa.

- Da minha situação com o Ron. – ela abaixou a cabeça. Não era mais engraçado se poderia vir a escutar Molly ralhando com ela.

- Há mais o que saber? – ela perguntou simplesmente.

- Como assim, mãe? – Ginny ia servindo os sucos, mas logo parou quando o cheiro a deixou enjoada e ela correu para abrir a porta novamente para que o ar entrasse no aposento.

- Vocês estão passando por uma crise. Todos os casais têm as suas... São elas que mostram a cada um desse relacionamento o que de mais importante eles pertencem. O que realmente vale a pena. Se a relação é forte o bastante para encarar o problema e superar.

- Eu... Eu só não queria que fosse assim... – Hermione disse num suspiro. – Não dessa maneira tão difícil. Nós nos afastamos muito... E às vezes eu chego a pensar que podemos até voltar, mas não porque realmente queremos, mas sim porque nos acostumamos a nossa vida a dois.

- Você realmente pensa assim? Que está apenas acostumada? – Molly perguntou encarando-a ao seu lado.

- Não! – ela respondeu rapidamente. – Eu o amo!

- Então pare de pensar besteiras, ele te ama e você também sabe disso. Não fique pensando no que pode ou não separá-los, apenas faça o possível para tê-lo de volta ao seu lado. É o que ele também deseja... Vocês apenas não tiveram uma boa chance de conversar...

Depois disso Hermione não teve coragem de falar mais nada, mas sorriu. No fundo sabia que eles dois realmente se amavam. Tudo terminaria bem.

Depois de um almoço entre garotas, Molly, Ginny e Hermione foram para a sala. Ginny não deixou que ninguém falasse de outra coisa que não fosse seu bebê. Ela dizia que tinha certeza do sexo da criança, que seria uma menina, ruivinha, com os olhos do Harry. Molly apenas apreciava a empolgação da filha na sua primeira gravidez.

- Ah, Ginny, você não pode ter tanta certeza. – dizia Hermione, mais para provocar a amiga.

- O QUÊ? É claro que eu posso ter certeza! Estou falando: é uma menina, com o cabelinho ruivo, olhinhos do Harry, e, por Merlin, que não saia com meu cotovelo!

- Hum? O que tem demais no seu cotovelo?- perguntou Hermione rindo.

- Pergunte ao tapado do seu marido! – Ah, mamãe, não o defenda, ele é tapado mesmo. – Enfim, Mione... Ele sempre disse que eu tenho um cotovelo torto. – ela dizia com um biquinho. – Eu não quero uma filha com o cotovelo torto!

- Mas minha filha, você não tem...

- Ah, tenho sim mãe! Se não tivesse o tapado do seu filho não me perturbaria minha infância e adolescência toda!

Hermione se segurava para não rir da amiga. Ginny sempre fora um tanto quanto estourada e, estando grávida, rir de um assuntotão delicado como este seria o mesmo que mexer com uma manticora.

- Mãe! – as três viraram a cabeça em direção à cozinha. – Mãe!!

- É o Ron? – perguntou Hermione logo se levantando.

- Acho que sim. – Molly também se levantou e caminhou em direção a cozinha, com Ginny e Hermione logo atrás.

Molly pareceu respirar com um pouco mais de dificuldade quando se deparou com a cena: Ron estava entrando em casa, às gargalhadas de mãos dadas com outra mulher que Hermione logo reconheceu.

Cabelos negros, olhos vivamente negros, óculos, dentes bonitos, lábios bonitos, sorriso bonito... Bonita. Bonita!!!

- O... O que... Ron, o que está acontecendo aqui? – Molly perguntou tentando parecer normal, mas seu tom de voz – ligeiramente mais agudo – denunciava que ela estava nervosa.

- Ah, mãe! Desculpe... – ele continuava rindo. – Não apresentei vocês. Mãe, esta é a Lenne, e Lenne, esta é a melhor mãe do mundo, a minha. – e então a abraçou.

- Prazer, Sra. Weasley... – começou Hellene com o mesmo tom de voz que Ron.

Molly tentou sorrir, o que foi pior. Se desvencilhou de Ron e olhou Hermione com um quê de pena. Ron e Hellene, que até então não tinham notado a presença das outras duas, as encararam.

- Lenne, e essa aqui é minha irmã. – e foi abraçá-la.

- Sai pra lá, seu tapado! Você está bêbado. – disse Ginny se afastando com as mãos na barriga, como que para proteger o bebê.

- Bêbado? Sim, estou... – e riu. – E essa… - ele disse chegando perto de Hermione. – é o amor da minha vi...

Mas ele não terminou.

Molly o puxara pelo braço, afastando-o de Hermione, que encarava a janela da cozinha, com os olhos cheios d’água.

- Mãe!

- “Mãe” o quê? Você me diz que vai para um almoço para resolver uma proposta de emprego e volta bêbado, com outra, desrespeitando sua mulher, sua irmã e a mim em minha própria casa?

Ele a olhou incrédulo.

- Não, mãe... Não é nada dis...

- Não quero saber. Nós vamos ter uma conversa muito séria agora. Suba para o seu quarto!

Ron agora deixara o tom risonho de lado, estava sério. Ou ao menos tentando, ao se erguer ele tombou para o lado com o efeito da bebida.

- Você não pode mandar em mim assim! Não mais!

- Ah, eu posso sim! Eu ainda sou sua mãe e você está na minha casa, logo obedece as minhas regras. Suba, agora!

- Lenne, me desc...

- Cale a boca! Vá para o seu quarto, Ronald! – então Molly se virou para a mulher que olhava toda a cena chocada. – Querida, eu gostaria que você partisse agora. Meu filho é casado e isso encerra qualquer coisa entre vocês dois.

- Não, a senhora não ent... – ela começou, mas Molly estava irredutível.

- Na verdade nem quero. Por favor... – e indicou a porta.

Hellene lançou a Hermione um olhar com o mais profundo nojo e aparatou sem dizer mais nada.

- Vai! Digam agora, as duas, que ele não é tapado!

~*~

Assim que Molly entrou no quarto, viu que Ron estava deitado em sua antiga cama. Foi até ele, entregando uma xícara de chá.

- Eu não quero.

- E eu não estou perguntando se você quer.

Sem escolha, ele bebeu o chá.

- É uma poção revigorante, você vai se sentir estranho.

- Obrigada por só avisar depois. – ele disse com uma das mãos sobre a barriga.

- Você merecia. – e então encarou o filho. – Ah, Ron... – e desatou a chorar.

Ele ficou sem saber o que fazer. Não estava tão bêbado a ponto de não lembrar o que havia acontecido há pouco, a ponto de não lembrar o quão furiosa sua mãe parecia estar. E agora... Ela estava simplesmente chorando na sua frente.

- Mãe...

- Nem comece a falar. Você vai me escutar.

Ele abaixou sua cabeça. Como, no mesmo dia, conseguira ficar tão bem com sua mãe e sua irmã e decepcioná-las?

- O que você foi fazer hoje? Foi realmente sobre um emprego ou era apenas uma desculpa para se encontrar com essa mulher?

Ele a olhou surpreso. Como ela podia pensar nisso?

- Foi realmente um emprego.

- Ok... – ela tentava controlar as lágrimas. – Olha, guarde a sua explicação para a sua esposa, a qual está lá embaixo, chorando no ombro da sua irmã porque reparou que você está sem sua aliança.

- Eu...

- Já disse, não quero suas explicações. Você não deve isso a mim. Só acho que você está desperdiçando um tempo que é único. Algo que você só pode vir a perceber quando for tarde demais. A Mione está frágil, meu filho. Vulnerável demais com todos esses acontecimentos. Não se arrependa do que você faz, não dê motivos a si próprio para, um dia, olhar para trás e pensar na vida que poderia ter tido ao lado dela. Não faça como eu... Não queira dar tudo o que tem para um último dia com seu pai.

Molly saiu do quarto, deixando Ron pior do que ele se sentira quando tomou a poção.


If I could steal
(Se eu pudesse roubar)
One final glance, one final step, one final dance with him
(Um último suspiro, um último passo, uma última dança com ele)
I'd play a song that never, ever end
(Eu tocaria uma música que nunca, jamais acabaria)
'Cause I'd love, love, love
(Porque eu amaria, amaria, amaria)
To dance with my father again
(Dançar com meu pai novamente)


***

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