O velório.



Capítulo 89 (ou 38).
O velório.

Horas mais tarde, Harry sentiu-se pesado demais sequer conseguia erguer os seus membros. Era como se estivesse prensado em um caixão de madeira. Peraí, estava morto? Começou a entrar em desespero, tentando se mexer, então...

- Harry?

Ele abriu os olhos e além do clarão de cegar ele pode ver que os Grangers estavam rodeando em volta da maca.

- Onde estão os outros?- perguntou antes de tentar levantar.

Os pais de Hermione pediram silêncio, e disseram que estavam todos muito bem, ele teve que confiar e acabou se enfiando nas cobertas emburrado, ia passar a noite rezando.

~~

Em todas capas de jornais, revistas, estavam as naves espaciais como objetos não identificados, estavam sendo investigada por vários cientistas, mas logo em destaque, eles viram que o assunto foi abafado, provavelmente Dumbledore havia interferido, e com isso gastara muito tempo, porque nem chegou visitar Harry na enfermaria.

~~

No dia seguinte eles retornaram à Hogwarts, ainda que o Sr. Granger queria de qualquer forma entrar em contato com Dumbledore para adiar a viagem do quinteto. Hermione sabia que o diretor ia fazer uma visita com a Ordem completa na enfermaria, e implorou para que seu pai deixasse eles embarcarem, ficando assim, combinado de quando chegarem em Hogwarts, mandarem cartas de volta.

~~

Na plataforma cruzaram com Luna se despedindo do pai às lágrimas, fingiram não ver, tentando evitar uma discussão entre o Sr. Lovegood e Harry, e entraram escondidos pelas últimas portas do trem, com as varinhas na cintura.

- Aqui, o trem está lotado - indicou Hermione com a cabeça, deixando visível um curativo em seu rosto, e muitos arranhões espalhados pelo corpo, assim estavam os demais também.

Draco que era o mais próximo, concordou e entrou, seguido por Gina e Rony todo enfaixado.

- E Krum, quando volta?- perguntou Hermione para Rony assim que sentou e começou encaixar seu malão embaixo do banco no espaço vago.

- Essa semana ele vai pegar aula extra em Durmstrang - informou Rony enquanto Draco e Gina abriam um pacotinho de doce para comer - É professor de Quadribol lá.

Hermione agora passava o dedo no corte em seu rosto, fabricado na explosão.

- Tantas guerras - disse ela com a voz bem baixinha, como se estivesse lamentando.

- Muitas ainda virão!- disse Harry fingindo distraído.

Hermione tentou não concordar, mesmo sabendo que era verdade, tinha ainda a Guerra Final, e outras que podiam surgir.

A viagem foi uma das piores que ele fizera, o silêncio e pensamentos predominaram praticamente quase todo o tempo. Hermione e Gina várias vezes tentaram erguer o astral lembrando das diversões e dos bailes, ele teria ficado bem se Luna não aparecesse, com a cabeça baixa, deixando a expressão sonhadora de lado e perseguiu o restante da viagem com o quinteto, muito quieta.

~~

Chegando nos portões de ferro de Hogwarts, eles viram vários professores reunidos em volta, esperando os alunos com as varinhas em punhos. Para o espanto de todos, a ex-diretora, Minerva, com um lenço preto na mão, enxugando lágrimas.

- Ai, que frio - tremeu Hermione agarrando Bichento com tanta força que seus olhos estavam esbugalhados.

- Vem cá - disse Harry jogando seu casaco em Hermione.

- Obrigada - agradeceu gemendo e se encaixando nos ombros largos do paletó.

Luna vinha logo atrás, escondida entre o casal, achando muito comum eles unidos, como se ela não tivesse nenhum sentimento de ciúmes por Harry.

- Vamos - disse Harry pegando Bichento das mãos de Hermione e carregando.

Eles foram subindo, sem trocar uma palavra, apenas observando que dessa vez havia mais tochas de fogo, talvez pelo fato de estar muito frio, ou para que nenhum aluno se perdesse pelo castelo, e as luzes os guiavam até o Salão Principal.

Os bancos aguardavam os alunos de um modo gentil, os pratos também Luna se despediu do trio durante a virada para a mesa da Corvinal, Harry e Hermione se acomodaram bem no fundo, e viram Draco e Gina indo até a Sonserina, Pansy fazia caretas ao lado de Crabbe e Goyle que gesticulavam gestos obscenos à Gina.

- O clima não está muito bom, não acha?

Harry não concordou mesmo achando que ela estava certa, logo atrás, vieram os professores empurrando os alunos e em seguida fizeram uma coisa jamais feita antes, fecharam a imensa porta e lacraram com um feitiço, atraindo olhares assustados e curiosos.

Em fila, eles foram para a única mesa que ficava virada para os alunos, uma só cadeira que se encontrava ausente, era ao lado de Flitiwinck, ou melhor, Alvo Dumbledore, o diretor.

Flitiwinck se encaixou na cadeira do meio, pulando a cadeira vazia do ex-professor, havia a de Leonardo que não estava nada feliz, Snape, do lado oposto Sprout e Hagrid, com os olhos vermelhos em lágrimas.

- Senhoras e Senhores, peço um minuto da atenção de vocês, me desculpem se estão famintos, mas, precisamos dizer o que está ocorrendo - ele trocou olhares com o restante dos professores - Alvo Dumbledore foi assassinado!

Gritos e expressões de terror, começaram a surgir, alguns alunos não tiveram tempo de absorver a informação e já debulharam em lágrimas. Harry olhou para Hermione pedindo apoio. Rony que brincava de lutinha com os talheres, parou, voltando à realidade de um modo estranho e sombrio, engoliu em seco, deixando os talheres de lado, tentando prestar atenção no discurso.

- Dumbledore se foi... - ele tornou a repetir - Na guerra de ontem, acredito eu, que todos já estejam sabendo o que aconteceu na Cidade de Londres.

Os alunos começaram a assoar os narizes, tristonhos. Hermione agarrou o braço de Harry e afundou sua cara em seu músculo, chorando.

- Acalme-se - disse Harry acariciando seu cabelo.

- Ainda que tenha partido, ele está entre nós, bem aqui - e colocou sua pequena mãozinha no peito - Ele se foi, como muitas pessoas ainda irão nessa Guerra, mas ainda assim, sua alma continua firme entre nós, por favor, vamos fazer um brinde ao nosso ex-diretor, que batalhou bravamente contra Comensais até chegar sua hora.

As taças de vinho se ergueram no ar e quase em um som inaudível disseram "Alvo Dumbledore". O Salão repentinamente ganhou paredes negras e os professores tornaram a se debulhar em lágrimas.

- As aulas essa semana foram suspensas e quem quiser visitar o nosso grandioso falecido diretor, ele se encontra em Hogsmeade, seu corpo será velado até quinta-feira.

Eles concordaram e em seguida os pratos se encheram de comida, mas pela triste notícia, essa fora uma das noites que mais sobrara comida em Hogwarts, pois os estômagos famintos ficaram embrulhados.

Terminado o jantar, as portas automaticamente se abriram e os alunos saíram sem ficar ninguém no Salão Principal, sempre, acompanhados por professores que ainda soluçavam com os lencinhos nas mãos.

- Honestamente, quem teve coragem...

Pela primeira vez na vida, os boatos em Hogwarts pareciam ser verdadeiros, de acordo com Simas, fora assim.

Dumbledore andava em passos longos e pesados, com a varinha em punhos, invadindo o local escuro do prédio de Chyito. Sabia que corria sério risco de vida, mas precisava batalhar, precisava chegar no fim, qualquer que fosse.
Atravessou o saguão iluminado pelos belos lustres, em seguida a secretária informou à Carolina que um homem de roxo estava subindo as escadarias, fora cercados por Fadas, e após uma explosão incrível, elas notaram que a presença de Dumbledore havia sumido. As Fadas estupefatas começaram a comemorar a vitória, não passando por suas cabeças louras que ele havia aparatado.
- Ela vai adorar - disseram juntas.
Dumbledore parou em frente aos guardas de Carolina, acabou com todos eles com um lampejo vermelho, mesmo se saísse vivo dali, teria prisão perpétua em Azkaban.
- Agora, Carolina, precisamos conversar - ele empurrou as portas brancas e o salão apareceu, infelizmente, vazio.
Ela chegou por trás, ele desconfiou mas não teve tempo de virar os olhos, conseguiu apenas com o braço gritar um feitiço que explodiu no ar com o "Crucio" familiar de Chyito, a fumaça tomo conta do lugar, então ele apontou com mais firmeza.
- Eu apenas quero conversar.
- Não quero conversa - ela disse fria com os olhos pequenos.
- Você pode sair bem nessa história.
- Só quero vingar o que você e o Potter fizeram com meu marido, Tom Riddle - ela respondeu com um sorriso cínico.
- Quer mesmo levar essa batalha a sério?
- Agora, mais do que nunca.
Ele mirou entre a escuridão, bem firme no peito de Carolina Chyito.
- Avada ... - suspirou e berrou em voz alta, como se lamentasse - Avada Kedavra - a voz tomou conta da sala, o feitiço atravessou o cômodo, iluminando aquele lugar sombrio, o raio verde piscou várias vezes até atingir as costas de Dumbledore que caiu de boca no chão, olhos abertos.
Carolina estava boquiaberta, a varinha reta agora estava apontado para o chão, ao lado da saia branca, olhava para o chão, sem ter o que dizer. Um vulto se aproximou bem no fundo.
- Ótimo trabalho, Narcissa! Ótimo! - e sorriu batendo palmas.


A história comoveu grande parte dos alunos de Hogwarts, tirando lágrimas de vários deles, inclusive de Pansy. A tendência da batalha, era ficar cada vez ficar pior, Minerva afastada do poder. Dumbledore, inacreditavelmente, morto.

Isso seria o começo do fim?

Durante a noite, não houve uma criatura sequer que conseguiu dormir.

~~

Harry, Rony, Hermione, automaticamente, acordaram vestidos de preto, e sem trocar uma palavra desceram até a Sala Comunal onde foram direto à Hogsmeade, já que não teriam aulas (estavam de luto), assim, sem precisarem combinar, prometeram uma visita ao velório.

Encontraram, Draco e Gina nos portões do castelo, e em seguida Luna os alcançou, agitando seus cabelos longos, usava um vestido preto do mesmo tom e longo, com um chapéu caído de lado que Harry pessoalmente só não riu porque a situação não era uma das melhores.

Ao depararem com as ruas de Hogsmeade, sentiram burros ao não imaginarem que o comércio estava fechado, tendo assim um espanto. As ruas pareciam mais lotadas do que nunca, no meio de tanta gente, viram pessoas importantes, conhecidas, ou até mesmo, desaparecidas.

Pessoas famosas, puderam ver a Banda Esquisitona em um canto, ao invés das roupas coloridas usavam roupas pretas, o Futuro Ministro da Magia, sendo fotografado por ninguém menos que a conhecida e desaparecida, Rita Skeeter.

Eles aprofundaram no tumulto, Luna reencontrou seu pai, em um canto, mas não ficou muito tempo com ele, entre empurrões e tentando chegar ao local, Rony pode enxergar que havia uma meia esfera em volta do caixão, para que ninguém se aproximasse muito, como a faixa etária do Torneio Tribruxo, mas essa, ninguém conseguia passar.

O restante da turma, preferiu desse jeito, só Rony mesmo vendo o que estava guardado dentro do caixão, ficaram escondidos atrás dos ombros largos das pessoas e saíram após muita choradeira, Harry abraçou Hermione de lado e ficou acariciando seus cabelos, enquanto Draco abraçava Gina por trás, tentando limpar suas lágrimas que insistiam em cair cada vez mais. Luna estava em um canto, conversando - não tão animadamente - com, o Ministro da Magia, talvez tivesse muita liberdade pelo fato de seu pai trabalhar no Pasquim, do outro lado, estava Rony, conversando com o Sr. Weasley e Carlinhos, que também, por um acaso, estavam lá.

O tempo também estava escuro, Harry notou isso quando pisara novamente nos jardins de Hogwarts, sem vontade alguma de jantar, e viu entre a escuridão, Hagrid saindo de preto, de mãos dadas com Madame Maxime, -também de preto - e com a barriga um tanto maior do que o comum.

Harry, Rony, Hermione foram diretos para Sala Comunal, enquanto Draco e Gina ficaram de 'namorico' ao lado da biblioteca, e Luna desamparada no Saguão de Entrada.

- Eu não sei porquê as pessoas simplesmente me detestam - disse para o espelho, agora, no dormitório feminino - Eu não sou tão diferente assim, sou?

Era comum, ver Luna Lovegood passando a maior parte do tempo conversando com espelho, era também um dos fatos, na qual, suas amigas a julgavam totalmente maluca, incluindo - não totalmente - Gina.

- Eu não posso ser tão diferente assim, posso?

Entre o vão da porta, ela pode ver as risadinhas de Padma, obviamente, ela não gostou daquilo, uma lágrima deslizou pelo seu rosto, então sentiu o seu coração murchar, como se tivesse sido pisoteado, ela mesmo sem conversar muito com a garota, a julgava uma pessoa tão legal, gostava dela... Mesmo...

-=-=-
N/A: Não foi dessa vez que o Sr. Weasley morreu, xD, mas fica pras próximas neh?

Bom, eu tenho uma big novidade mesmo pra todos vocês.

Eu já estou escrevendo a terceira continuação depois dessa fanfic, sim, de uns tempos pra cá, a menos de uma semana escrevi, fiz flechas, rabiscos, tudo no meu caderno e já está programado tudo para REVOLTA DOS SANGUES RUINS III

Aonde os nossos jovens ... Se tornam homens e mulheres e conforme aumentam suas idades, também aumentam os problemas e tudo mais.

Claro, eu não vou contar o resumo da terceira saga porque vai estragar surpresa de muita gente, porque é uma ligação total a Saga III com o fim da Saga II, mas posso postar um trechinho da fanfic pra quem se interessar:

~*~

"- Não, morreram! Por quê? – perguntou sendo um pouco estúpido e grosso, Ross apenas queria ser educado e curiosidade é comum, mas Harry não queria falar sobre isso.
- Ah! Nada, eu lamento! – desculpou-se Ross com rispidez – N-não quis dizer isso!
- Eles morreram do que? – perguntou Joey saindo com um pedaço de pizza da cozinha.
- Acidente de carro – essa foi a primeira possibilidade que veio à cabeça de Harry, já que seus tios muitas vezes falaram essa mesma situação.
- Ah! Certo, Harry James Potter – Como Ross sabia o seu nome verdadeiro? Ross tirou alguma coisa do casaco e estendeu a Harry – Pensei que tivesse morrido por algum tipo de feitiço, sabe... Afinal, você lembra muito o garotinho da foto...
- O que? F-feitiço? Do que você está fal...? – perguntou Harry arregalando os olhos, descendo os olhos pelo braço do rapaz, vendo um jornal em sua mão, e a foto principal se mexia."

~*~

"Ela passou os braços por sua cintura e afundou a cabeça em seu peito, Harry acariciou seus cabelos loiros mesclados com negros, fechou os olhos com força e sentiu o perfume da garota invadir o seu nariz.
- Eu prometo que vou voltar em Julho e a gente pode ficar junto, para sempre.
- Para sempre? – perguntou ela forçando um sorrisinho nos lábios e olhando com muita esperança em seus olhos – Para sempre mesmo?
- Mesmo – respondeu ele dando um beijo em sua testa – Eu volto e a gente se casa, tudo bem?
- Certo, eu vou ficar esperando o tempo que for necessário – disse ela ajeitando a gola da roupa do namorado – E prometo não ficar com ninguém até lá... Vou te escrever todos os dias, também!"

~*~

"Sério? – perguntou Joey pulando do sofá – Assim, você tem alguma amiga que possa nos apresentar?
- Não, Joey, eu nunca tive uma amiga de verdade! – respondeu apertando o Profeta Diário com força e tinha os olhos fixos na parede."

~*~

"- Sumindo da imprensa, não? – comentou animada, não parecia tão triste como pensava que fosse encontrar a garota."

~*~

"- Eu nunca vou perdoar Hermione pelo que fez, nunca! – comentou Gina com raiva nos olhos – E se um dia encontrá-la, eu seria capaz de arrancar o seu cabelo com as mãos!"

~*~

Bom, xD, por enquanto é isso...

E... Lembrem-se, quanto maior for o número de comentários, maior será a minha agilidade para postar os capítulos, lembrando também, que eles já estão prontos, só falta postar, então, não depende mais de mim... E sim de vocês... bjs =@

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