O seqüestro :O



Sábado: dia do simulado de NIEM’S. Todos aguardavam ansiosos pelo sorteio que Dombledore faria para dividir os alunos para a prova que certamente os ajudaria no futuro.

- Bem, alunos, silêncio, por favor! Fiquem calmos! Para que nada seja injusto, resolvemos dividir as turmas da seguinte maneira: por favor, Minerva.

- Alunos, decidimos que o primeiro e o quinto ano farão prova na sala de Transfiguração, o segundo e o terceiro ano farão prova na sala de Poções, nas masmorras, quarto e sexto ano farão prova na sala de DCA’T e o sétimo ano, por ter mais alunos, fará prova na sala de História da Magia.

- Então, aprendizes, podem dirigir-se às suas respectivas salas e boa prova.
Os alunos saíram do salão principal eufóricos, e alguns se encontravam nervosos, como Rony e Harry.

- E aí, cara! Preparado pra levar fumo no bimestre? - Rony deu uma risadinha nervosa.

- Tô, mas sinceramente não queria ir tão mal. E quem quer, não é mesmo? - Harry torcia para que fosse bem no simulado.

- Meninos! Relaxem! Com certeza vocês se sairão muito bem nesse simulado. Vocês têm muita capacidade! - Hermione tentava tranqüilizar os amigos, mas era em vão.

- Minha querida, nós não somos CDF’s como você, nunca se esqueça disso. - Rony fez Hermione ficar pasma.

- Olha aqui! Eu tentando animar vocês e nunca adianta! Nunca! Ach! - Hermione saiu brava, batendo os pés.

- Você viu, Harry, como Hermione anda meio esquentada? Nossa, nunca pensei que um dia ela fosse se revoltar contra nós. - Rony se espantou com a reação da amiga, que não era a primeira a ocorrer.

- Sei lá, vai ver ela tá com problemas na família, não sei... - Harry estava em outro planeta naquele momento.

- Cara, você tá “boiando”. - Rony falou.

Harry viu Tatyanna ao seu lado, esperando a fila andar, para poder chegar na sala de Transfiguração. Ele ainda não havia ido para as masmorras, então ficou ali a mirá-la. Ela estava mais contente, suas forças haviam revigorado. E olhava de vez em quando para ele, com o canto do olho, deixando Harry constrangido. Mas, ao invés de desviar o olhar, percebeu que Tatty usava uma jóia toda feita de brilhantes, e deduziu que ganhara por aqueles dias. Tinha um pingente com algo escrito em Latim. Pelo pouco que entendia daquela língua, estava escrito: “Pela memória da família Bridge”. Muito bonito.

Porém, a fila começou a andar, e Tatyanna deixou Harry para trás, e este desceu em direção às masmorras, onde se ferraria.

“Bonita jóia”. Pensou. “Deve ser herança de família”.

E então ele chegou na sua sala, e começou a fazer a prova, percebendo que os olhares de Gina e Draco, que por coincidência, caíram na mesma sala, cruzavam-se freqüentemente. Achou que ali existia mais do que uma simples amizade, mas deixou pra lá. Que Gina cuidasse de sua vida, pois ele já tinha problemas que chega para ficar se preocupando com tolices.


***

A prova estava média. Nem fácil e nem difícil. Estava na medida certa. Draco e Gina terminaram a prova e saíram. Foram passear nos jardins, desertos naquela hora da manhã. Eles foram para o Lago dos Cisnes, e encostaram-se a uma árvore que havia por lá.

- Lembra-se, Gina? Foi aqui que eu te prometi que você esqueceria o Potter. E cumpri, agora você está bem melhor. Não que eu seja a melhor das companhias, mas o Santo Potter não é um cara pra você. - Draco lembrou-se do dia mais triste do ano para Gina.

- E foi aqui também que eu te dei aquele selinho, lembra? - Gina corou violentamente, sendo acompanhada por Draco, que corou um pouquinho só.

- Le-lembro... claro que eu lembro. - Draco havia ficado um pouco constrangido.

- Não precisa ficar com vergonha. Creio eu que talvez fosse aqui que tivesse começado o meu amor por você. Pode até ter sido no meu inconsciente, mas eu aposto que foi aqui.

- Eu, desde o acidente com o Cicatriz, que eu esbarrei em você no refeitório, lembra, eu comecei a pensar em você e não consegui mais te tirar da minha cabeça. Foi quando eu descobri que te amava...

- Nossa, faz tanto tempo assim? - Gina estava surpresa.

- Faz. Faz muito tempo, minha ruivinha linda! - Ele deu um selinho nela.

- Seu bobo! - Ela deu outro selinho nele, e então, voltaram para o castelo, afinal, havia começado a nevar forte.

Enquanto isso, Tatyanna concentrava-se na tarefa de DCA’T quando Hermione a pregou um susto.

- Ai, guria! Quer me matar do coração? E aí, como é que tu fostes na prova?

- Fui bem... e você? - Tatyanna olhou de modo reprovador à amiga.

- Xiiiiii! Não senti firmeza, hein, Mione!

- É que eu tô achando que gosto de uma pessoa... e isso tá me desviando a atenção em tudo.

- Hum... então a menina CDF, que vive com a cara nos livros, abriu os olhos para o mundo à sua volta? Interessante... - Tatyanna brincou com a amiga, que gargalhou ruidosamente.

- Ai, ai, ai... realmente você não nega sua origem... você solta cada sarcasmo... - Hermione disse essa frase bem baixo, para que ninguém a ouvisse.

- Ach, Mione! Nem me lembre que eu sou herdeira daquele crápula! - Tatyanna ficou brava.

- Desculpe... é que eu tô muito fora do ar hoje! - Hermione colocou a mão sobre a boca, e depois afastou uma mecha de cabelos dos olhos.

- Mas me diga quem é o sortudo! Com certeza, se esse garoto gostar de você, será mais fácil pra mim.

- Como assim? Mais fácil pra você?! Não entendi.

- Ora! Eu posso te ajudar a ficar com ele, e se duvidar, vocês terminam casados.

- Tá louca?! Nem tô pensando em casamento! Você não acha que estamos muito novas para pensar nisso?

- Claro que sim! Mas você não sabe o que é brincadeira? Ah! Deixa pra lá. Diz-me quem é o sujeito.

- Quando eu tiver certeza, eu te conto, OK? Ainda tô na dúvida...

- Ah... vai me deixar na curiosidade, é? Tudo bem... eu não ligo. Pensa que eu ligo?

- Tá, tá. Eu digo de quem eu acho que eu tô gostando.

Hermione contou, e Tatyanna abriu a boca. Depois caiu na risada.

- O que foi? Qual é a graça?

- Você tem certeza que é ele? Hihihi... - Tatyanna ria muito.

- Eu não devia ter te contado. Agora você tá rindo da minha cara... é tão ruim assim?

- Claro que não, Mione! Você é uma sortuda!

- Eu? Sortuda? Por quê?

- Ora... logo, logo saberás. Vou te ajudar. Vocês vão ficar juntos, você vai ver.

- Como é que você tem tanta certeza?

- Coisa minha. Agora vamos almoçar que eu tô morrendo de fome.

- Vamos. Aí você aproveita e já fala com o Harry. Essa briga de vocês tem que acabar algum dia.

- Eu não vou falar com ele. Eu andei pensando: os garotos que devem chegar nas garotas e dizerem o que sentem. Eu não vou mais tratar ele mal, vou apenas esperar uma atitude.

- Tudo bem. Mas vamos almoçar, afinal você não é a única que tá com fome aqui.

- Vamos.


***

O sábado estava calmo. O Sol brilhava, tímido, entre as nuvens que teimavam em diminuir sua luz. Eram umas três da tarde. Alunos de todas as casas passeavam pela escola. Afinal, os compromissos escolares voltariam apenas na segunda-feira. O frio de inverno ultrapassava a fibra dos casacos. Os alunos agasalhavam-se cada vez mais... o frio estava ficando cada vez mais intenso. Cachecóis, gorros e luvas eram muito familiares naquela época. A neve caía sem cessar, às vezes com maior intensidade, causando fortes nevascas, e o Natal estava próximo. Mas nada abatia alunos que queriam sair do tédio de inverno, e isso era comprovado por eles próprios, que não se deixavam abater pelo dia tristonho e saíam para espairecer.

Tatyanna caminhava sem rumo pelos jardins. Olhava os alunos brincarem, se divertirem, notava os namorados, que com o frio, ficavam mais juntinhos para se esquentarem, via as amigas que conversavam animadamente, contando suas peripécias e grandes aventuras.

Hermione se ofereceu para lhe fazer companhia, enquanto estavam almoçando, mas Tatty não quis. Sentiu a necessidade de ficar sozinha, de pensar sobre sua vida. Sentou-se em um banquinho que havia por perto e tirou um pequeno livro do bolso. Era um álbum de fotografias de sua infância. Começou a folheá-lo, e a cada página que via, mergulhava em lembranças. Foi quando uma menina da Lufa-Lufa parou em sua frente e abriu um largo sorriso.

- Oi, Tatty! Tudo bem? O que você tá fazendo? - A garota colocou uma mecha de cabelos para trás da orelha.

- Oi, Luna! Que prazer em vê-la! Senta aqui comigo! - Tatyanna indicou o banco para Luna sentar.

- Que lindo esse seu álbum! Esses aí são seus pais? - Luna estava curiosa.

- Sim, são eles. Essa aqui no meio sou eu, e no colo de mamãe está minha maninha, Adryanna.

- Que linda a sua família! - Ela olhou para Tatty e percebeu os olhos marejados de lágrimas da companheira de escola. - O que foi, querida? O que foi que aconteceu?

- Eu não tenho mais essa família, Luna. Eles morreram. Todos. E agora, só tenho meus padrinhos para cuidarem de mim... - Luna tirou um lencinho da bolsa a tiracolo que possuía e estendeu a ela.

- Toma. Seca suas lágrimas. Não chora... que eu também choro junto! Eu sei o que é perder alguém que a gente gosta. É muito triste. Mas eu não me deixei abater. Afinal, ainda somos jovens, e temos muito a viver!

- Creio que eu não... mas deixa pra lá. E aí, como andam os amores dentro desse coraçãozinho, hein?

- Eu gosto do Rony, Tatyanna. - Tatty ficou chocada. - Mas eu sei que ele gosta da Hermione. Por isso, eu vou esquecê-lo. Sabe o Neville? O Longbotton?

- Se-sei... o que é que tem ele? - Tatty estava pasma.

- Ele pediu pra ficar comigo, e sinceramente, estou pensando em aceitar.

- Luna! Não faça isso! Será pior para você esquecer o Rony! E sinceramente, você deve esquecê-lo. Não queria te desanimar, mas ele realmente gosta da Mione.

- Isso dói muito. Saber que a pessoa que eu gosto ama outra. Mas fazer o quê? A vida segue, querida.

- O que você acha de encontrar um novo amor? - Tatyanna sugeriu a Luna.

- Como? Se toda vez que eu vejo o... - Ela olhou para o Lago dos Cisnes e viu Rony conversando com Hermione e Harry. -... Rony, eu me derreto?

- Conheça uma pessoa legal, que te dê valor, que goste de você. É assim que a gente faz pra esquecer alguém que não gosta da gente.

- Tá bom. Eu vou seguir seu conselho. Quando conseguir esquecer o Rony, te aviso, tá? Tchau. Tô indo. Vou começar a esquecê-lo evitando ir a lugares aonde ele vai.

- OK. Boa sorte, querida!

Luna seguiu para o castelo, dando uma última olhada no garoto que ia tentar esquecer.


***

Draco e Gina estavam na sala descoberta por Draco e decorada por ele mesmo, onde as lembranças de amor eram evidentes. Fora ali que os dois se entregaram ao amor que possuíam um pelo outro e se tornaram namorados. A lareira estava acesa, e o casal espalhava-se em cima de uma bicama que Draco conseguira recentemente para os dois ficarem juntinhos um do outro. Gina resolvera mandar uma carta para seus pais, para contar o que estava acontecendo em Hogwarts, e que estava namorando Draco.

- Draco... - Gina começou, timidamente.

- Fala, amor. - Ele deu um beijinho nos cabelos da namorada.

- Eu estava pensando em escrever uma carta pra minha mãe... pra contar de nós dois...

- E?

- E aí que eu queria saber se você me ajuda a escrevê-la. É que minha mãe tem de aceitar esse namoro, para que meu pai também aceite, entende?

- Entendo. Pega o pergaminho e a pena. Lá naquela gaveta perto do seu quadro.

- Você vai me ajudar, Draco? Pensei que você não suportasse a idéia de escrever para um Weasley...

- Minha querida, esqueceu que você, minha namorada, é uma Weasley? Tenho que me acostumar à idéia, e fazendo isso, já é um bom começo.

- Que bom, amor! - Ela deu um selinho em Draco e abriu a tal gaveta que Draco indicara. Pegou pena, tinteiro e pergaminho e trouxe para perto dos dois.

- Como iniciamos? - Draco pegou a pena e escreveu a data.

- Pode ser assim...

Inverno, sábado.

Querida mamãe,

Estou morrendo de saudades suas. E de papai também. Estou escrevendo para contar as novidades daqui de Hogwarts. Eu estou indo muito bem nas matérias e minhas notas estão ótimas. Mas em poções estão péssimas. Tenho de ser sincera. Mamãe sabe que não gosto dessa matéria. Rony está bem, mas sempre mal educado à mesa. Hermione já tentou de tudo pra ver se ele aprende a ter modos, mas não tem jeito. Fred e Jorge continuam a aprontar. Já foram ter com Dombledore umas vinte mil vezes, mas mesmo assim não aprendem. Percy está se saindo muito bem como monitor. Muito competente. Tá tudo bem.

Mas mãe, eu escrevi também para lhe contar uma coisa... eu estou namorando, e estou muito feliz, como nunca fui antes. Eu estou namorando Draco Malfoy. Você deve estar em estado de choque, mas saiba que ele mudou, mamãe, mudou muito. E eu queria a bênção de vocês para seguir com Draco. Entenda mamãe. Não posso me separar dele, não posso me separar de minha felicidade. Convença papai.

Um beijo e um abraço de sua filha Ginny.

- Ficou boa, não ficou? Espero que minha mãe nos apóie. Aí depois nós podemos contar a Rony.

- Claro que sua mãe vai nos apoiar. Afinal, ela não quer te ver feliz? Não é isso que importa pra ela?

- Sim, é. O que importa é eu ser feliz. E te fazer feliz, Draco.

- Eu sou o cara mais feliz do mundo, por ter um tesouro desses do meu lado!!!!!!! - Ele a beijou, o coração sorria.

- Ach, Draco! Nós aqui perdendo tempo! A gente tem que mandar a carta para mamãe! Mas eu não trouxe minha coruja pra cá...

- Deixa que eu chamo a minha. - Draco foi para a janela do cômodo, e deu um assovio. A coruja apareceu um minuto depois.

- Posso botar a carta na pata dela? - Gina se dirigiu para a janela, ficando ao lado de Draco.

- Pode... mas diz pra quem é, que a minha coruja é bonita, bem cuidada, mas é meio tança. Especifica pra onde você quer que a carta vá.

- Molly Weasley, para a Toca.

A coruja saiu voando em direção à Toca, onde sua mãe recebera a carta uma hora depois. A coruja demorou a achar a tal Toca, mas achou, e apareceu na janela dos Weasley.

- Olhe, Arthur! Coruja para nós! - Molly abriu o vidro da cozinha, e esta entrou triunfalmente, pousando em cima da mesa. - Mas eu nunca vi essa coruja passar por aqui... mas que é bonita é, não é, amor?

- É sim. Tem uma carta endereçada a você, querida. - Arthur levantou-se da cadeira, onde se encontrava até aquele momento e já estava subindo as escadas quando ouviu Molly chamar.

- Onde você pensa que vai, Sr Weasley?

- Vou tomar um banho, Sra Weasley. Posso? - Arthur brincou com a esposa, e Molly fez o mesmo com o marido.

- Vai, vai. Depois eu te digo de quem era a carta.

Molly abriu a carta e leu o remetente antes de ler o conteúdo. E ficou contente ao saber que era de sua filha Gina. Quando começou a ler, ficou feliz pelos filhos, até um pouco brava, mas mãe perdoa tudo, não é mesmo? Depois, no final da carta, quase caiu sentada quando leu que sua filhinha estava namorando um Malfoy. Mas como ela disse que ele havia mudado, resolveu dar uma chance, e aceitou. Depois falaria com Arthur.

“Que ela seja feliz”. Pensou.

- Será que mamãe recebeu a carta? - Gina já estava ficando aflita, pois a coruja não retornava fazia duas horas.

- Deve ter recebido. Ah, Ginny! Olha a janela! - A coruja batia no vidro, impaciente, com a resposta de Molly nas patas dela.

- Que bom! Mamãe já mandou a resposta! Pensei que fosse esperar para responder até amanhã. - Gina abriu o vidro, fez um carinho na cabeça da bela coruja e pegou a carta.

- Será que ela concordou com o nosso namoro? - Draco estava ansioso.

- É o que veremos agora. Reze para que ela tenha aceitado, pois quando chega a uma conclusão costuma não voltar atrás. - Gina abriu a carta e iniciou a leitura.

Inverno, sábado.

Querida filha,

Eu e seu pai estamos muito contentes por você ter mandado uma carta a nós. Estamos morrendo de saudades suas, minha queridinha. Diga para Hermione desistir de Rony, porque ele não tem mais jeito. Eu também já tentei ensinar Rony, mas não adianta. Você sabe como seu irmão é teimoso, não sabe? Avise a Fred e Jorge que se eu receber alguma reclamação de Dombledore, eles arrumam as malas e voltam IMEDIATAMENTE para a Toca. Parabenize Percy por mim.

Quanto ao que você me contou sobre estar namorando, não pense que eu concordo com essa história. Você é muito novinha, minha filha. Mas como você disse que está feliz, eu permito que você namore, mesmo achando sua idade desapropriada para envolvimentos sentimentais dessa magnitude. Além de o moço ser um Malfoy. Mas como você disse que ele está mudado, pode continuar seu namoro com ele. Conversei com seu pai, e ele concordou também. Seja feliz, querida.

Beijos de quem te adora...

Molly Weasley e Arthur Weasley.

- Ah! Draco! Eu sabia que meus pais compreenderiam! Você está feliz? - Gina sorria muito, estava muito feliz.

- Estou sim, Gina! Estou muito feliz! - Draco abraçou Gina e a rodopiou na sala. - Agora só falta meus pais saberem da gente, e depois a gente pode namorar na frente de todos!!!!!!!

- Sim! Sim! Sim! Sonho com esse dia todas as noites, o dia em que poderemos nos amar sem medos ou censuras, meu amor!

Eles se beijaram longamente, Gina sentiu um arrepio correr pelo corpo, o mesmo Draco sentiu. Eles se soltaram depois, pois poderia acontecer alguma coisa a mais, o que a idade não permitia. Olharam a janela e perceberam que já estava escuro.

- Draco! A gente passou a tarde toda aqui! Meu irmão já deve estar preocupado comigo! E além do mais, seus amigos podem te encher de perguntas.

- Amigos? Que amigos? - Draco olhou surpreso para a namorada.

- Crabbe e Goyle, ora!

- Eles não são meus amigos. Apenas meus capangas.

- E pra quê você precisa de capangas? Alguém quer te pegar, por acaso?

- Eles são algo como meus defensores, não chega nem a ser isso. Servem para me apoiar em tudo o que eu digo ou faço.

- Ah, sim... mas vamos! Você sai na frente, depois de uns cinco minutos eu vou atrás.

- OK. Mas me dá mais um beijo.

Ele deu um selinho nela e saiu da sala, indo em direção ao refeitório. Já devia ser hora da janta. Gina saiu logo em seguida, indo para seu dormitório trocar de roupa. Era um dia muito feliz para ela. Tudo estava dando certo.


***

Depois de passar toda a tarde mergulhando em lembranças, Tatyanna retornou ao castelo, com uma tosse muito forte. Certamente iria ficar doente. Já estava com dores no corpo, e sentia-se um pouco mais quente do que o normal. Devia ser febre. Chegou ao refeitório com o aspecto cansado e sentou ao lado de Luna, na mesa da Lufa-Lufa.

- Ih, Tatyanna! Acho que você pegou um resfriado... está com uma cara de doente... - Luna falou para a amiga.

- Ach, menina, nem me fale em voltar para a enfermaria! Fiquei ontem o dia inteiro lá, e preciso de ar puro...

- Poxa, e o que aconteceu para você ficar lá?

- Tive dois desmaios, sem mais nem menos, mas já estou novinha em folha, ou quase novinha... - Luna pôs a mão na testa da colega, e constatou que esta estava com febre.

- Você está queimando em febre! É melhor você subir e se agasalhar! Não está acostumada ao inverno daqui! - Luna preocupou-se, a testa franziu.

- Você está certa. Preciso de mais uma blusa. Já estou indo. - Tatyanna levantou da mesa.

- Eu te acompanho... - Luna já estava se levantando, mas Tatyanna a impediu.

- Não precisa ter trabalho, eu posso ir sozinha.

- Eu faço questão, não dá trabalho nenhum, moça!

- Não. Eu vou sozinha. É muito incômodo para você. Obrigada, não precisa.

- Tudo bem... se queres assim... mas volte logo, para que possamos conversar mais. E trate de sua febre. Eu tenho um comprimido aqui, na bolsa... se quiseres...

- Eu aceito, Luna. Muito obrigada.

Tatyanna pegou o comprimido, e um copo. Luna fez o feitiço, e a água surgiu. Tomou o comprimido e se retirou da mesa. Passou na mesa de Grifindória e avisou a Hermione que estava subindo ao dormitório e depois se retirou do refeitório.

Tatty passou pelo retrato da mulher gorda e pegou o corredor que dava em seu quarto. De repente, começou a ventar forte, o vento uivava. Parou por algum tempo de andar no corredor, e apenas escutou uns ruídos estranhos. Começou então sua dor de cabeça. Estava fraquinha, mas ia aumentando gradativamente. Foi quando todas as luzes da escola se apagaram, e Tatyanna teve uma pontada na cabeça, fazendo-a ajoelhar-se, e conduzir as mãos até a cabeça.

Então, em volta dela, várias velas começaram a se acender, e ela pôde entender do que se tratava todos aqueles acontecimentos estranhos. Os Comensais da Morte a cercaram. Pensou em sacar a varinha do bolso, mas estava em desvantagem (sem dúvida!), além de estar fraca demais. A presença de seu pai ali, perto dela, a enfraquecia, não conseguia fazer nada.

Mas ela teve forças para gritar. Um grito que veio do fundo da alma.

- Malditoooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!

Depois, algum Comensal fez o feitiço ESTUPEFAÇA, e esta desmaiou. Os Comensais sumiram, levando-a junto com eles. Naquele corredor, apenas um vestígio do talvez possível leito de morte de Tatyanna, descendente e herdeira de Voldemort.

Então, a energia elétrica de Hogwarts voltou, o que fez com que todos os alunos respirassem aliviados. Ou quase todos, pois na mesa de Grifindória, havia quatro pessoas aflitas.

- Vocês ouviram um grito? - Rony perguntou aos colegas de mesa. - Parece que veio do dormitório grifinório...

- Tatyanna! - Gina e Hermione exclamaram aflitas.

- O quê?! - Harry e Rony exclamaram espantados com a informação que acabaram de ouvir minutos atrás.

- Ela foi ao dormitório pegar um casaco exatamente na hora que as luzes se apagaram e se ouviu um grito, como diz o Rony!

- Voldemort! Vamos para lá imediatamente! - Harry, Rony, Gina e Hermione levantaram-se afobados, e saíram do refeitório esbarrando nas pessoas do corredor.

Gina esbarrou em Draco, que perguntou o que estava ocorrendo.

- Não sei, mas acho que aconteceu algo de grave com Tatyanna.

- A Bridgezinha? - Draco fora sarcástico com a namorada.

- Deixa de ser insensível! Depois a gente se fala, Draco! Agora não dá. Tchau.

Gina correu para alcançar os amigos, que já estavam atravessando o retrato da mulher gorda, rumando em direção à escada.

- Oh, meu Deus! Tomara que Você-Sabe-Quem não a tenha pegado, Harry! Reze, e reze muito! - Hermione tentava animar o amigo, mas a sombra do inevitável pairava em cima dele.

- Como é que é? O Você-Sabe-Quem está atrás dela? Que história é essa? - Rony estava confuso, assim como Gina.

- Não há tempo pra explicar, Rony, vamos pegar o corredor que leva ao quarto dela!

Harry mirou o corredor, que ainda possuía um círculo de velas acesas.

- Olhem! As velas! Comensais estiveram aqui... - Harry estava entrando em desespero.

- Há algo brilhante lá no meio do círculo! Vamos ver o que é! - Hermione saiu correndo, mas foi detida por Harry.

- Deixa que eu vá. Eu quero ver com os meus próprios olhos o inevitável.

Harry entrou no círculo. A cicatriz ardeu levemente. Vasculhou o chão, com pouca visibilidade, e encontrou o objeto brilhante.

- Nãoooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!! - Harry gritou em desespero, apenas com a pulseira de brilhantes da família Bridge, sendo observado pelos amigos, que entenderam o que aquilo significava, e choravam desenfreadamente.


Coments da autora: Olá! Gostaram desse capítulo? Comentem, me respondendo a essa pergunta. Gente, eu estou fazendo uma capa pra minha fic. Num sei se vai ficar boa, mas vou tentar. Acalmem-se! Em breve, mais capítulos! Bjaum e obrigada pelos comentários! Gostaria de agradecer os coments de Jéssica, Ricardo, Biba Potter e Carol Potter. Continuem comentando, por favor!!!!!!

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