História de uma vida_parte I



Coments da autora: Oiê! Estou escrevendo aqui para avisar que eu me esforcei muito para fazer Tatyanna revelar um segredo BEM diferente. Sei que não posso agradar a todos, talvez não seja tudo o que vocês, leitores, esperavam, mas eu fiz o que pude. Se vocês não gostarem, mil perdões. Porém saibam que eu fiz o possível. Bjus da autora e boa leitura.




Harry dirigiu-se a uma pequena pedra em forma de lajota e sentou-se. Aquele lugar não era muito confortável, mas era melhor do que sujar as roupas com o pó que o chão da torre possuía. Fitou Tatyanna com ar de tristeza, sentindo o quanto aquele projeto de mulher sofria por dentro. Ela, sentada na sua frente, estava com o olhar parado para o chão. Retornou os olhos para Harry, e os dois se fitaram em silêncio. Por fim, ela começou a falar com ele. Suas mãos tremiam, suas pernas bambeavam, estava tonta, com uma vontade imensa de chorar, abraçada com seu amor, Harry Potter, o garoto de olhos verdes misteriosos.

- Eu lhe pedi para falar a sós com você, porque o assunto é extremamente sério.

- Você não sabe o quanto me atormenta, fazendo esse suspense. Poderia começar logo a falar, não é, antes que eu exploda de agonia e aflição. - Harry sabia que o assunto era realmente sério, pois em nenhum momento, Tatyanna sorriu para ele, daquele jeito que ele adorava.

- Mas antes de lhe contar a minha história, desde a adolescência de minha mãe, peço-te que faça segredo, e não conte para ninguém. Ninguém MESMO, OK?

- Você então vai me contar sua história, aquela que me falou ser pavorosa? Pois se é, juro fazer segredo, e não contar até me permitires a palavra. - Os olhos verdes estavam confusos.

- Obrigada...bem, então irei começar. Se tiverdes alguma dúvida, queira me falar, sim, e as tirarei. - Ela deu um suspiro e iniciou. - Minha mãe se chamava Alexandra Bridge, e nasceu no Brasil. Aos onze anos, veio estudar aqui em Hogwarts. Ela estudou no mesmo tempo em que o Lorde das Trevas estudou aqui.

- Antes de tudo, gostaria de saber uma coisa: em que você se baseia para me contar a história de sua mãe? - Quando Harry ouviu o nome Lorde das trevas, ficou preocupado. Era algo relacionado à profecia mencionada pelo Comensal da Morte em Hogsmead.

- Minha querida mãe nunca me escondeu nada...ou quase nada...mas isso ficará para mais tarde. O que ela me escondeu foi muito grave. Contarei-lhe seguindo a ordem dos fatos. Mas continuando...

Ela percebeu que Harry estava cheio de dúvidas, e faria muitas perguntas durante sua narrativa arrastada, tentando deixar não fugir nenhuma informação que lhe pudesse ser importante.

- Mamãe conheceu Voldemort nas mesmas circunstâncias em que Gina conheceu Draco: Voldemort era praticamente igual a ele, quando pequeno, e minha mãe era tímida como Gina, porém, rodeada de amigas. Estava a chorar, contava-me minha mãe, quando Voldemort veio fazer piadinhas em cima dela. Porém ela não estava com cabeça para aturar desaforos, e falou "Você nunca amou na vida, não?"

Flashback - 1º dia de aula em Hogwarts - 3º ano de Alexandra como aprendiz

Alexandra estava a chorar embaixo de uma árvore, quando Voldemort chegou até ela:

- O que foi, Bridgezinha nojenta? Brigou com o namoradinho?

- Você nunca amou na vida, não? Desculpe-me, esqueci que você não é capaz de amar!

- Ora essa! Sou um soserino, e não preciso de amor! Eu vivo muito bem sozinho!

- Veremos se um dia não precisará! Um dia vai precisar de alguém para lhe preencher seus dias tristonhos e vazios!

Voldemort virou as costas a Alexandra e foi-se. Chegou ao castelo e sentou-se na sala comunal de Soserina. "Será que ela está certa? Ora Voldemort deixe de ser insano! Uma Bridge nunca estará certa!"

Fim do Flashback

- Corajosa, ela, hein? - Harry não acreditava que alguém pudesse contradizer Voldemort com tanta convicção.

- Essa era uma das virtudes de minha falecida mãe. Adorava ela, por ser corajosa, e nunca ter mentido para ninguém. Apenas omitia fatos que pudessem magoar alguém, como fez comigo...

- Continue, continue.

- OK. Depois daquele dia, Voldemort nunca mais ofendeu minha mãe. E minha mãe, eu nunca acreditaria se não fosse ela quem tivesse me contado, apaixonou-se por ele. Dá pra acreditar? É meio difícil, eu sei.

- Interessante...surpreendente! Aquele Voldemort é uma pessoa muito má! Como que ela, como você diz, uma pessoa tão boa, foi apaixonar-se por aquele Lorde?

- Aí é que está! É que Voldemort resolveu tratá-la bem, pois também se apaixonou por ela, na verdade, eu acho que foi pelo seu gênio forte que ele se apaixonou. Minha mãe estava certa: todos são capazes de amar. Até as pessoas, por mais más que possam ser, um dia amaram, amam, ou amarão alguém, como aconteceu com Voldemort. Minha mãe não soube explicar pra mim e para minha irmã mais nova, a Adryanna, como se apaixonou por ele e nem como ele se apaixonou por uma Bridge como ela.

- Nossa! Então quer dizer que Voldemort já amou alguém...muito inusitado! - Harry surpreendia-se a cada informação recebida.

- Mas antes de eles se declararem um ao outro, eles foram amigos durante muito tempo. Quando a amizade deles começou, minha mãe tinha 13 anos, ainda era seu terceiro ano em Hogwarts. Apaixonou-se por ele aos quinze, aproximadamente, como me contou ela... ela também não soube me explicar como começou essa amizade, mas confessou que foram os momentos mais felizes da sua vida.

- E o seu pai? Ela nunca foi feliz com ele? - Harry espantou-se ao ouvir de Tatyanna que sua mãe fora mais feliz com o Lorde, um ser extremamente maléfico, do que com seu próprio pai.

- Claro que foi! Porém, ela nunca amou meu pai do jeito que amou Voldemort. Diz-me ela que teria movido montanhas por ele, teria feito qualquer coisa por seu amor mais do que verdadeiro.

- Nossa! Para mim, esse romance não sairia da teoria!

- Se os dois se amavam... esse amor não era platônico. Mas dando continuidade ao que eu estava falando... - a cada coisa que Tatyanna falava, lembrava-se de um pedacinho de sua mãe, era como se ela estivesse ali com ela, contando toda aquela história a Harry. - Eles mantiveram sua amizade até o pedido de namoro de Voldemort, na sua festa de aniversário de 17 anos.

- Eles namoraram?! - Harry ficou em estado de choque.

- Sim... minha mãe, sempre que chegava seu aniversário, dizia que nunca esqueceu do dia mais feliz de sua vida.

- Você não fica triste por sua mãe nunca ter amado seu pai como amou a Voldemort? - Harry perguntou, sem rodeios.

- Não... e quem é que manda no coração? Se ela o amava, o que eu podia fazer para minha mãe amar meu pai como amou a Voldemort?

Flashback - festa de aniversário de Alexandra - 17 anos

A festa se passava normal, Alexandra rodeada de amigas, uma excelente banda tocava no palco do salão de Hogwarts. Os pais de Alexandra fizeram questão de fazer sua festa em Hogwarts. Pediram para fazê-la no salão principal.

Voldemort também estava presente em sua festa, e tentava chamar Alexandra para uma conversa a sós, mas ela estava recepcionando os convidados e não tinha tempo para lhe dar atenção. Resolveu fazer uma loucura.

Subiu ao palco onde se encontrava a banda, e roubou o microfone do vocalista, mandando-o às favas. Logo em seguida, ordenou os caras da banda a tocarem algo romântico. Sabia o quanto sua amiga adorava essas músicas e começou o discurso.

- Por favor, Alexandra, queira vir até aqui, perto do palco, por favor... - ela foi até lá. - Bom, eu não sou bom nas palavras, então eu vou tentar falar com o coração e dizer o que sinto por você, amiga Alexandra. Eu te amo demais, e quero que você fique comigo para todo o sempre. - Voldemort a puxou para o palco e a beijou na frente de todos que estavam ali presentes. - E então...você aceita namorar comigo?

- Eu aceito, claro que eu aceito! - Estava emocionada. - Te amo desde meus quinze anos de idade! - Ela aceitou o pedido, mesmo sabendo que a qualquer momento ele poderia ficar mau novamente. Sabia das conseqüências de namorá-lo.

Os dois desceram do palco abraçados, felizes da vida. Nada podia estar melhor. Voldemort descobriu que o amor era a melhor coisa do mundo e lembrou-se do dia em que xingou Alexandra e ela lhe questionou se ele nunca amou. Sim, ele amou. Amou a pessoa que o questionou se já havia amado: Alexandra.

Fim do Flashback

- E daí, o que aconteceu depois? Por que eles não se casaram? - Harry estava curioso. - Você não me disse que eles se amavam muito? Então por que não ficaram juntos?

- Calma Harry... você está muito ansioso... logo saberá o que ocorreu... é tenebroso... mas deixe-me falar da parte boa primeiro. Eles namoraram durante muito tempo, e quando eu já estava mais crescidinha e entendia de "certas coisas..." - ela fez uma cara bem significativa, e depois se ruborizou. -...me contou que sua primeira vez havia sido com ele, e que fora linda como jamais imaginara em seus sonhos.

- Eu não acredito que ela teve coragem de... você sabe. - Harry ruborizou-se um pouco.

- Ela teve coragem, disse minha mãe, porque realmente amava Voldemort e achou que já havia chegado a hora e estava preparada para tudo aquilo. E foi nesse período que ela conheceu meu pai, no Expresso para Hogwarts. Meu pai era de Corvinal, muito inteligente. Isso era uma das coisas que eu admirava nele. Seu nome era Leonardo Schaucoski.

- Schaucoski... eu já havia ouvido esse sobrenome... muito ressaltado na Polônia.

- Acertou! Meu pai era polonês, e se apaixonou por minha mãe a primeira vista, contava-me ele. Ficaram muito amigos, mas depois descobriu que minha mãe namorava Voldemort. Escondeu seus sentimentos, até ela pedir para se casar com ele.

- Casar?! Mas ela não estava apaixonada por Voldemort? Não amava a ele mais do que tudo? E como ela sabia que seu pai era apaixonado por ela se ele havia escondido seus sentimentos? - Harry atropelava Tatyanna com perguntas.

- Queira ter calma, por favor... uma pergunta por vez! Assim confundirá minha cabeça! Logo entenderá por que minha mãe casou-se com meu pai.

- Desculpe... é porque todas essas informações, de uma vez só, me deixam confuso... e cheio de dúvidas.

- Minha mãe, depois de um certo tempo, umas duas semanas depois de ter...você sabe...com Voldemort, descobriu que estava grávida.

- Grávida?!

- Sim, com todas as letras. Quando soube, chorou muito, sua vida havia tomado o rumo errado. E também sabia que Voldemort não assumiria a paternidade da criança. Ficaria enraivecido, e se vingaria dela.

- Mas um filho é feito a dois... todo mundo sabe disso.

- Mas você sabe como Voldemort é... então, ela chegou nele e terminou o namoro. Diz minha mãe, que partiu seu coração vê-lo chorar, tão indefeso, alguém que ela não sabia que tinha capacidade de chorar. Depois, ela foi para seu quarto, sozinha, sabendo o quanto lhe doeu terminar tudo o que teve com Voldemort, todos os momentos marcantes de sua vida passara ao lado dele, e agora tinha que esquecê-lo...

- Mas ela não pensou que podia ser pior terminar com ele e despertar sua fúria por ser rejeitado, ao invés de saber que ela continuava a amá-lo, porém esperava um filho dele? - Harry hesitou, antes de falar a última frase.

- Boa pergunta, Harry. Minha mãe nunca me disse o por que dessa decisão. E não faço a mínima idéia. O que eu sei é que ela estava desesperada por estar grávida, ter um filho sem pai era um horror naquela época. Ser discriminada na rua como uma leprosa dava pavor só em pensar. Então pensou no meu pai, e uma vez o viu conversando com um amigo dele e escutou que ele a amava. Era a solução: casar-se com meu querido pai... gostava dele, muito distante do amor que possuía ainda por Voldemort, mas gostava. Seu filho teria um pai.

Flashback - pedido de casamento

- Oi, Leo... queria saber se podes conversar comigo a sós... - Alexandra olhou para o acompanhante de Leonardo.

- Claro...podem conversar a vontade. - Ernest Nienköter, o garoto de nacionalidade alemã, alto com cabelos loiríssimos, se afastou do casal de amigos.

- Pode falar... - Leonardo percebeu o semblante carregado da amiga. - Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa entre você e o Voldemort?

- Eu terminei com ele, e quero saber se casas comigo. - O rosto do amigo se iluminou. Porém sabia o quanto a amiga amava Voldemort.

- Eu... não devo...você ama a ele...

- Eu estou grávida! Preciso de um pai para o meu filho! -Ela enraiveceu. Nisso ela desatou a chorar.

- Gra...grávida? E ele não assumiu suas responsabilidades? Safado! Eu o pego!

- Eu não contei a ele. Ele iria me matar!

- Eu caso! Eu caso com você! Darei um nome ao seu filho...porque eu te amo muito!

- Você não sabe o quanto sou agradecida!

Saíram do local onde estavam abraçados, com Leonardo consolando a futura esposa, pela frustração que sua vida havia se tornado.

Fim do Flashback

- E então, Voldemort descobriu que minha mãe ia se casar e seu instinto mal aflorou! Ele voltou a ser o que era antes de conhecê-la. Prometeu a si mesmo vingança, pelo menos foi o que minha mãe acha ser o motivo pelo qual ficou naquele estado deplorável em que se encontra hoje. E uma semana antes do casamento, ela disse que perdeu a criança. E não voltou atrás, casando com o meu pai.

- Noooossssaaaaaaa!!!! Eu não acredito que Voldemort se tornou o que é agora por causa de sua mãe! - Harry estava de boca aberta.

O que uma mulher pode fazer na vida de um homem...

Continua...

Oiê! Sou eu de novo...eu achei que o capítulo ia ficar muito grande, então eu o estou dividindo em dois, ou em três, se for necessário. Comentem, eu imploro! Preciso saber se está bom! Bjus!

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