If You Never Try You'll Never

If You Never Try You'll Never



Maggie Black


 


Respirei fundo e fiquei na ponta dos pés. Coloquei a cabeça em cima das mãos, sobre a murada. Londres, em seus maravilhosos e criativos tons de puro cinza, nunca esteve tão deprimente.


Mãos fortes me puxaram para trás, e, com um grito, eu quase fui atropelada por um ônibus. Mas aqueles braços me seguraram.


Soltei um palavrão e me desvencilhei do aperto, dando dois passos para trás. E tive que piscar repetidamente para ter certeza de que meus olhos não me pregavam peças.


-Sabe – disse Draco Malfoy – Essa seria uma decisão muito idiota.


Demorei um tempo, mas encontrei minha voz em algum lugar perto do sentimento de total perplexidade.


-O quê? - perguntei.


-Pular – disse ele, simplesmente. Fiquei de boca aberta, tentando descobrir do que diabos ele estava falando – Eu sei que sou lindo, mas não precisa parecer uma retardada.


Voltei à vida ao ouvir seu comentário.


-Mas eu... Eu não ia pular! - exclamei. Draco Malfoy ergueu as sobrancelhas. - Nossa – murmurei para mim mesma – Será que eu parecia tão emo assim?


-Pois parecia – disse Malfoy, passando o peso de uma perna para a outra – Pessoas que querem simplesmente observar o Tâmisa não ficam na ponta dos pés inclinados sobre a amurada.


-E pessoas que querem pular no Tâmisa não ficam simplesmente inclinados sobre a amurada, eles sobem nela e se matam de uma vez – cruzei os braços sobre o peito – E mesmo se eu estivesse com a intenção de pular, porquê você se importaria?


Malfoy não pareceu se abalar.


-Você parece saber muito bem como se atirar de uma ponte. Porquê eu não me importaria?


-Esqueceu que você é o cara que faz da vida do meu primo um inferno? - perguntei. Ele pareceu confuso.


-Quem é o seu primo?


-Harry Potter.


Eu realmente não esperava que ele começasse a rir.


-Desculpe, desculpe – pediu ele, ao ver que eu revirava os olhos e apoiava os cotovelos na murada da ponte, de costas para o rio. - Mas aquele cara é realmente um mané. - Não respondi – Vocês não se parecem. Tem certeza que são primos?


-Não somos primos – resmunguei, quando ele parou ao meu lado – É só um modo de falar. Nossos pais são melhores amigos.


-Essa lógica não faz muito sentido – comentou Malfoy.


-Nada em minha vida faz sentido – falei, e logo depois percebi que realmente parecia emo demais.


-Seu cabelo não faz sentido – disse ele, em um tom de quem não quer nada.


-Eu quase fui expulsa por dar um soco em Matt Daniels quando ele disse algo parecido sobre meu cabelo – comentei, imitando seu tom displicente.


-Achei que foi porque você escreveu “Sonserina detona” na parede de um corredor do terceiro andar.


-E o pessoal da segunda série acha que foi porque eu vendi meu rim – falei – Como eu disse, nada faz sentido. Eu nem ao menos sei o que é Sonserina.


-E o que você faz com seus livros de história, usa de apoio para o prato? - perguntou ele, irônico.


-Na maioria das vezes – respondi, baixinho.


-Achei que você soubesse pelo o menos o básico da história da nossa escola – comentou ele – Que eu saiba, seu pai é bem preconceituoso quando se trata desses assuntos.


Me virei para ele.


-E desde quando você conhece meu pai? - perguntei. Ele ergueu as sobrancelhas.


-O ex-baterista de uma famosa banda de rock? Quem não conheceria ele?


-Ahn, todo mundo que nasceu nesse século? - ironizei. Deus, como eu sou engraçada.


-Isso é esquisito – disse ele, desviando os olhos para o Tâmisa – Então, quer uma carona para Hogsmeade?


-A única coisa que você fez foi falar mal dos meus parentes – falei. Ele deu de ombros, e se afastou lentamente. Olhei ao redor, desesperada – Hey! - chamei, e ele se virou – Não me deixe aqui sozinha.


E me apressei para acompanhá-lo.


 


Ginny Weasley


 


Eu tinha plena consciência de que meu celular vibrava em cima da cama. Mas eu não queria ouvir nada que Harry Potter tinha a me dizer.


Naquela noite, eu não tinha forças nem para chorar. Um turbilhão de sentimentos me confundiam. Eu estava com raiva daquele idiota. Queria mais do que tudo destroçar sua cara com um prego. Mas então porquê essa vontade de rir?


Segurei com mais força o CD em minhas mãos. Não tinha coragem de quebrá-lo. Mas também não conseguia dar play. Tinha ouvido meio minuto antes de Harry entrar abruptamente em meu quarto. Adorei o som, mas fiquei apavorada com a voz do cantor. O cantor, que era Harry Potter, meu amigo, o garoto que não fala nada, que tem vergonha até de existir. Cantando uma música de rock. Fui colocar uma roupa para ir até a casa dele e pedir para que por favor, Harry, me explique o que diabos você está fazendo em um CD de rock. Mas o que aconteceu foi puro desastre.


Tentei reprimir o sorriso que surgiu em meus lábios, mas foi mais forte do que eu. Cobri a boca com a manga do blusão e olhei ao redor, para me certificar que ninguém presenciou meu crime.


-Meus vizinhos são astros do rock – falei baixinho, para o vazio do meu quarto – Meus vizinhos são ex-integrantes da School Of Rock. Harry é filho deles.


Como se tivesse levado um choque elétrico, me ergui de um salto e atravessei o quarto, indo em direção à janela. Após me certificar de que a luz do quarto vizinho estava apagada, fechei o vidro e as cortinas. Abri a tampa do rádio.


-Vamos ver que segredos você esconde, Harry Potter.


E antes que eu pudesse me arrepender, dei play. Os três segundos de espera foram agonizantes. Uma bateria começou, e minha respiração parou.


 


I can't get my feet up off the edge


(Eu não posso colocar meus pés para fora do limite)


I kinda like the little rush you get


(Eu meio que gosto da adrenalina que você fica)


When you're stanting close to death


(Quando você está perto da morte)


Like when you're driving me crazy


(Como quando você me enlouquece)


 


Ofeguei. Definitivamente era Harry. Pisquei várias vezes para me acalmar e apertei com força minhas próprias mangas


 


Hold on as we crash into the earth


(Segure-se enquanto caímos na Terra)


A bit of pain you suffer when you're hurt, for real


(Você sofre uma dorzinha quando está machucada, é sério)


Cause you were driving me crazy


(Porque você estava me deixando louco)


 


Tão bem. Harry cantava tão bem. Fechei os olhos e dessa vez não reprimi o sorriso. Ele não tinha me contado, mas quem se importa? O fato é que a verdade é fantástica.


 


By your lips, your words a robbery


(Dos seus lábios, as palavras são um roubo)


Do you grin insede? You're killing me


(Você sorri por dentro? Está me matando)


All long we talked about forever


(O tempo todo, falamos de “eternamente”)


I kinda think that we won't get better


(Eu meio que penso que não vamos melhorar)


It's the longest start but the end's not too far away


(É um longo começo mas o fim não está muito distante)


Did you know? I'm here to stay


(Você sabia? Eu estou aqui para ficar)


 


We'll stagger home after midnight


(Vamos cambalear em casa depois da meia-noite)


Sleep arm and arm in the stairwell


(Dormir abraçados na escadaria)


We'll fall apart on the weekend


(Vamos desmoronar no fim de semana)


These nights go on and on and on


(Estas noites continuam e continuam e continuam)


 


Abri os olhos e encarei o aparelho, como se ele estivesse me pregando uma peça.


-O quê...? - murmurei, e dediquei toda minha atenção à letra – Harry? - chamei, como se a gravação pudesse me ouvir – O que você quer dizer com isso?


 


I can't keep your voice out of my head


(Eu não consigo manter sua voz fora da minha cabeça)


All I hear are many echoes of


(Tudo o que ouço são muitos ecos das)


The darkest words you said


(Mais escuras palavras que você disse)


And it's driving me crazy


(E está me deixando louco)


 


I can't find the best in all of this


(Eu não consigo encontrar o melhor nisso tudo)


But I'm always looking out for you


(Mas eu estou sempre procurando por você)


Cause you're the one I miss


(Porque você é o que eu sinto falta)


And it's driving me crazy


(E isso está me deixando louco)


 


Silêncio. A música tinha acabado.


-Pelo o jeito você já sabe.


Me virei e para ver um Rony de pijamas parado à minha porta.


-Quando... - engoli em seco – Quando Harry gravou isso?


-Há umas três semanas, acho – deu de ombros – Mas ele só me mostrou antes de ontem. E pelo o visto mostrou para você também.


As datas coincidem, disse a parte sonhadora de mim mesma. A mandei calar a boca.


-Ele não me mostrou – falei – Peguei o CD achando que fosse outra coisa e o ouvi, então... Nós brigamos e... - não consegui continuar. Se Rony queria dizer algo, não demonstrou. Pigarreei. - Harry mencionou algo sobre... Criar uma banda de rock. Sabe alguma coisa sobre isso?


-É, ele tinha pensado nisso – disse Rony, se mexendo desconfortável – Eu seria o baixista.


-Você sabe tocar baixo? - perguntei, cruzando os braços sobre o peito e franzindo o cenho.


-Harry me ensinou – respondeu ele – Tipo, séculos atrás.


-Então é por isso que você não sai da casa dele? - perguntei – Achei que vocês estivessem tendo um caso.


-Ahn, engraçadinha – Rony fez uma careta enquanto eu ria.


-Mas e então? Ele não quer mais a banda?


-Dá pra ver que quer. Só... Desanimou. - respondeu meu irmão, cabisbaixo – Depois que Ted não quis – sabe quem é Ted, certo? É, depois que ele se recusou a participar, Harry começou a dizer que era uma ideia boba. Ah, e nós brigamos – completou.


O silêncio caiu entre nós. Harry me surpreendia cada vez mais. Mas ele sempre desistia na melhor parte. Tirei o CD do rádio e o observei entre meus dedos. Isso não pode ser o fim.


-A propósito – ergui a cabeça e olhei para meu irmão, ainda parado na porta – Eu ainda te odeio.


Os ombros dele caíram.


-Ainda pensando naquele dia do refeitório? - perguntou, cansado – Eu já disse, estava tentando te proteger. Sabe qual é o seu problema? Você só fica pensando na sua reputação.


-Eu não dou a mínima para minha reputação! - exclamei.


-Desculpe, mas isso foi antes ou depois de você se tornar líder de torcida?


-Cale a boca.


-É, foi depois.


A essa altura, mamãe apareceu nos mandando calar a boca e ir para a cama. O celular tinha parado de tocar.


 


Harry Potter


 


-Harry, pelo amor de Ozzy, larga esse celular.


Ergui os olhos e vi mamãe me observando.


-O que há com ele? - perguntou Dorcas, enfiando um bolo de macarrão na boca.


-Ele tá tentando... - começou papai.


-Por favor, não falem de mim como se eu não estivesse aqui – pedi, suspirando, e colocando o celular no colo. Papai me observou por alguns segundos, e depois voltou o olhar para Dorcas.


-Bem, o Harry aqui está tentando falar com uma garota, que aparentemente o odeia.


-Com uma garota? Que o odeia? - perguntou Remus, erguendo as sobrancelhas, surpreso – Essa história me parece familiar – E olhou sugestivamente para mamãe e papai, sentados lado a lado na mesa. Ela riu.


-Tô começando a achar que os Potters têm uma tara por ruivas.


-É ruiva? Vai dar casamento.


Voltei ao meu prato e tentei não dar atenção aos quatro. Jantares em família são legais. Menos quando eu sou a única pessoa normal.


-Qual é o nome da garota? - perguntou Dorcas, animada. Mamãe respondeu – Own, que bonitinho: Harry e Ginny! Qual será o nome dos filhos?


-Com certeza algo melhor do que “Harry James” - murmurei, sem olhar para eles.


-Ei! Harry James é um nome muito legal! - exclamou papai.


-Legal? - eu ri – Eu tenho a metade da família real no nome! Isso não é legal!


-Não reclama, garoto. Seu pai queria te dar o nome de Goku. - disse Remus. Papai ficou extremamente ofendido.


-EI! - exclamou – Goku é um nome muito legal!


-É nome de cachorro.


-Não é não! É nome de pessoa super ultra mega show de bola que salva o mundo!


-Ou de cachorro – murmurou mamãe.


-Harry deveria sentir orgulho por quase ter o nome de Goku. - continuou papai. Ergui a cabeça.


-Obrigado, mãe – falei – Por não me dar o nome de Goku.


-De nada, querido – respondeu ela, se esticando para alcançar a salada – Só não consegui salvá-lo do “James”.


-Tu tá zoando com a minha cara? - perguntou papai – Porque se tu tiver mesmo zoando com a minha cara, é melhor parar.


Os outros três gargalharam.


-Eu tinha mesmo que estar aqui? - perguntei – E vocês, não deviam estar falando sobre eleições, hipoteca, ou algo do tipo?


-Não somos pais normais – disse Remus – Somos pais maneiros.


-E nem ao menos fazemos hipoteca – disse mamãe.


-Lily, o que é hipoteca? - murmurou papai. Todos suspiramos.


-Termina sua batata, vai – disse Dorcas.


-Okay – ele pareceu extremamente feliz com isso.


-Pena que Sirius e Lene não puderam vir – comentou mamãe – Ela teve que ir para Miami, fazer um ensaio. E Sirius nunca sai da gravadora.


-São dois bobocas – disse Remus, agora sem sorrir – Nem ao menos conversam. E nem tem tanto trabalho assim na gravadora.


-Depois que Maggie foi suspensa essa última vez, ela me procurou chorando – contou Dorcas – Disse que tinha brigado com o pai. Sabem o que ela me disse? Que preferia...


Meu celular tocou. Olhei para ele, pasmo. Mas ao contrário do que eu pensava, dizia Hermione Granger no visor.


-Alô? - atendi, me levantando e indo a passos rápidos até a sala.


Oi, Harry. Eu queria...”


-DIGA QUE A AMA, FILHO! - berrou mamãe da cozinha – NÃO TENHA MEDO DE EXPOR SEUS SENTIMENTOS!


-É a Hermione, mãe – falei.


-ELE GOSTA DA HERMIONE TAMBÉM?


Manda um oi para sua mãe” pediu Hermione, com a voz calma.


-Ela mandou oi.


-OI, NORA!


-Mãe! Termina sua batata, vai.


-Okay – ela parecia extremamente feliz com isso.


-Desculpe por isso – falei – Ela fica animadinha quando come muita mostarda.


É, eu sei. Estive aí no Natal, lembra?” deu uma risadinha “E aí, qual é a daquele 'também'?”.


-Briguei com a Ginny – falei, me atirando no sofá – E eles acham que vai dar em casamento.


Mas todo mundo acha isso” disse ela, e eu senti meu rosto queimar “Por que brigaram?”


-Ela ouviu meu CD por acidente, e ficou brava porque eu não tinha contado. E pra completar, descobriu que meus pais formam metade de sua banda favorita. Até me deu um soco – completei, apalpando a bochecha ainda dolorida.


Ah, Harry” suspirou Hermione “Você é um mané mesmo.”


-Eu?


Se a considera importante, devia ter mostrado a música para ela.”


-Ela foi a única pessoa além de Rony que ouviu a música, e ainda foi por acidente.


Rony ouviu sua música?” perguntou Hermione, incrédula “E eu não?”


-Ah, Hermione, não comece – suspirei cansado.


A propósito, o que foi aquilo na biblioteca hoje?” perguntou ela “Vocês não são de brigar”.


Rapidamente, e antes que eu pudesse me arrepender, contei para ela. Hermione era uma excelente ouvinte.


Harry, você é um ridículo”.


-Obrigado pela parte que me toca.


É até decepcionante ver vocês dois brigarem por uma bobagem dessas. É óbvio que você quer essa banda, não sei porque você fica se fazendo.”


-Não é tão fácil assim – falei,


Você nem ao menos tentou”.


-É muita pressão.


Ninguém aqui está te obrigando a nada. E mesmo se estivesse, você é mestre na arte de não ligar para o que os outros pensam”.


-Você faz parecer tão fácil.


Mas é fácil!”


-Desde quando criar uma banda é fácil, Hermione? Eu preciso de pessoas que saibam tocar, de tempo, de inspiração, de um motivo.


Você tem tudo isso, Harry” disse ela, em um tom compreensivo “A única coisa que está no seu caminho é você mesmo” e desligou. Olhei para o celular por alguns segundos, e então me levantei.


-Por que será que eu não escuto barulho nenhum da cozinha? - ponderei, em voz alta. Ouvi uma exclamação de surpresa vinda do cômodo e logo em seguida barulhos de talheres se movendo rápido demais. A cabeça do meu pai apareceu no vão da porta.


-Que história é essa de banda? - perguntou. Deu um meio sorriso.


-Boa noite.


 


 


Maggie Black


 


Fechei a porta com o maior cuidado possível. Atravessei o hall na ponta dos pés. O que foi desnecessário, pois ao chegar na sala, percebi que era observada por olhos azuis. Endireitei a coluna, saindo da minha posição de Agente 86, e joguei o cabelo para trás.


-Boa noite – falei, seguindo a passos largos até a escada.


-Maggie – chamou papai, com um quê de impaciência na voz. Me virei.


-Que horas são?


Olhei para o relógio em cima do console da lareira.


-Ponteiro pequeno marca as horas... Ah, nove e quarenta e dois – respondi.


-E qual a principal regra da nossa casa?


-Sem namoro antes dos trinta? - tentei.


-A outra regra, Maggie.


Pais são dez vezes mais assustadores com aquela falsa expressão de serenidade.


-Não chegar em casa depois das oito – respondi baixinho, abaixando a cabeça.


-Principalmente sem avisar – completou ele, levantando do sofá e se aproximando – Sabe como eu fiquei preocupado? Sorte que sua mãe não te viu chegar a essa hora, se não faria o maior barraco e você ia ver só. Onde é que você esteve?


-Hm, Londres – respondi, olhando ao redor, tentando achar uma saída.


-E o que você estava fazendo até essa hora em Londres? - perguntou papai, fazendo careta, como se me achasse completamente idiota.


-Assustando os turistas. - respondi. Ele riu e bagunçou meu cabelo (o que não fez muita diferença).


-Essa é a minha garota. Então, o táxi está lá fora esperando?


-Não, eu não vim de táxi – falei, sorrindo – Encontrei um colega da escola, e ele me deu carona.


-Sei – papai me olhou desconfiado – Já não gosto desse cara.


-Relaxa – eu ri – Não é como se Draco fosse me raptar, ou algo assim.


Seu sorriso sumiu, e eu congelei.


-Espera, o que você disse? - perguntou ele, mas eu tinha certeza que ele tinha ouvido perfeitamente bem – Draco?


-Não – tentei – Tenho certeza que falei Tobias.


-Maggie – exclamou ele, e eu imediatamente parei de tentar escapar. Parecia desesperado – Você... Você está andando com Draco Malfoy?


-Qual é o problema disso? - perguntei – Ele é um garoto como todos os outros.


-Você sabe o que o pai dele fez com a gente? - perguntou, quase gritando.


-Não, eu não sei! - respondi, no mesmo tom – Porque você se nega a falar sobre qualquer coisa relacionada ao seu passado comigo!


Silêncio. Ele engoliu em seco e abriu a boca, mas eu o interrompi:


-A propósito, porque você não me contou que era da Grifinória? - perguntei, em um tom ofendido – Até agora pouco eu nem ao menos sabia o que era Grifinória.


-Eu cresci aprendendo a odiar todas as casas de Hogwarts que não fosse a Sonserina – soltou ele – E quando eu fiz o teste e fui parar na Grifinória... Eu passei a ser odiado pela minha família. Não queria que você passasse pelo mesmo que eu.


-Mas você ia me criar direito, certo? - perguntei, e ele não respondeu – Todas as pessoas são iguais. Certo?


-E se eu te criasse odiando a Sonserina? - sussurrou ele. Dei as costas e subi as escadas. No terceiro degrau, parei.


-Mamãe era da Grifinória também? - perguntei, me virando para ele.


-Era.


-Então Draco estava certo. - voltei a subir – Todos os Grifinórios são idiotas.

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Vixeeeeee. Eu fico triste quando vejo que Sirius e Lene estão assim... Poxa, eles podiam tentar melhorar, pela Maggie. Adorei o encontro da Maggie com Draco \o/  Amei também o pessoal rindo com a cara de Harry. E a Mione o aconselhando... E agora acho que essa banda tem chance de seguir em frente! Amei o capitulo e espero por mais. A fanfic está maravilhosa flr, parabéns por ela *-*Beijoos! 

    2013-07-21
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