Epílogo



- EPÍLOGO -


- Mamãe, será que o papai vai conseguir? – perguntou Luísa, ansiosa, sentada na cama, enquanto Scorpius tentava prender parte do cabelo dela, agora bem grandinho, com uma presilha de borboleta.


- Se não ficar bom, a mamãe arruma para você depois. – respondi, com um sorriso no rosto, sentada na poltrona, certa de que ele não conseguiria.      


Scorpius me lançou um olhar divertido.


- Ah, é, Sra. Malfoy? Quer ver como eu vou conseguir? – disse, em tom de desafio. Mesmo depois de três anos de casados, ele nunca perde a oportunidade de me chamar de “Sra. Malfoy”. Se levássemos em conta o passado de nossas famílias, ele tem razões de sobra para se admirar que hoje eu seja Rose Weasley Malfoy.


- Quero. – respondi, desafiando-o também.


- Espere e verá. – disse Scorpius, agora prestando atenção apenas nos cabelos loiros de Luísa.


Depois que o cabelinho dela cresceu, levei-a a um cabeleireiro e pedi que cortasse uma franjinha reta. Dava super certo, porque o cabelo dela era lisíssimo feito o de Scorpius – se não soubessem que a havíamos adotado, poderiam pensar que ela é nossa filha biológica, com cabelos loiros lisos e olhos azuis, um pouco mais claros que os meus. Mas nunca deixei o cabelo dela ficar grande demais, porque a acho muito novinha para ter aqueles cabelos que batem na cintura. Portanto, Luísa tem que se contentar em tê-lo com o comprimento passando dos ombros só um pouquinho.


Enquanto eu observava Scorpius continuar as tentativas dele de prender o cabelo da nossa filha, voltei os pensamentos para o livro que ele e eu – eu mais do que ele – tínhamos quase acabado de escrever. Faltava o epílogo ainda e, por uma razão que só ele entendia, dizia sempre que era minha função escrevê-lo. Vai entender, né?


Bem, o livro conta parte da nossa história – a minha e a de Scorpius. Foi ideia dele. Que também deu nome para o livro: “Entre nós dois – Rose&Scorpius”. E não me pergunte o porquê do nome. Scorpius disse que era porque é nossa história. Algo único, só de nós dois. Mas o livro foi escrito em terceira pessoa. Por sugestão dele, também. Sob o meu ponto de vista e, no último capítulo, sob o dele e o meu. E embora eu tenha feito boa parte da escrita, ele tinha me ajudado bastante a relembrar detalhes, diálogos e essas coisas. E apesar de parecer que eu estou reclamando, no fundo me apaixonei, de verdade, pela ideia.


Mas até agora não consegui achar nem uma situaçãozinha sequer digna de virar o epílogo. E o meu tempo está se esgotando. Scorpius assinou contrato com uma editora e o livro tem que estar pronto para o lançamento daqui a dois meses. O que significa que temos que entregar a versão definitiva dele até a próxima semana. E estou praticamente surtando aqui.


Respira, Rose. Inspira. Expira. Inspira. Expira...


De duas, uma: ou Scorpius vai acabar tendo que escrever esse epílogo ou quando eu for escrevê-lo, vou escrever exatamente as coisas que estou pensando agora. Como é difícil escolher uma situação para epílogo etc. etc.   


- Pronto, consegui! – falou Scorpius, triunfante, enquanto Luísa corria para a penteadeira.


- Finalmente o papai conseguiu! – confirmou ela, visivelmente animada.


- E então, Sra. Malfoy, o que achou? – quis saber meu loiro (leitoras, SÓ MEU). Definitivamente, isso vai para o epílogo.


- Luísa, vem cá para a mamãe ver. – chamei, ao que ela acatou o pedido na mesma hora.


De fato, Scorpius tinha feito um ótimo trabalho. Principalmente se considerássemos os resultados patéticos que ele vinha obtendo nos últimos dois anos quando tentava arrumar os cabelos de Luísa.


- Nada mal. – falei, olhando para Scorpius, evitando, a todo custo, elogiá-lo. Se eu o fizesse, ele com certeza ficaria se gabando sobre isso pelo resto do ano. – Acho que agora podemos ir. – acrescentei, levantando-me da poltrona.


Ele não pôde conter um sorrisinho. Segurou a mão de Luísa e disse:


- Filha, hoje nós vamos ao médico com a mamãe para conhecer seu irmãozinho.


- Ou irmãzinha – apontei, segurando a outra mão da loirinha para ajudá-la a descer as escadas.


- Como nós vamos ver meu irmãozinho se ele ainda está na barriga da mamãe? – perguntou Luísa, olhando para a minha barriga – ainda – não muito grande. Era só o quinto mês de gravidez do meu primeiro filho. Ou filha.


- O médico tem um aparelho que chama ultrassom e ele deixa a gente ver dentro da barriga das mulheres. – explicou Scorpius para ela, pacientemente.


Era até bom Scorpius ser médico. Eu odiaria ter que fazer pré-natal com um Curandeiro.


- Vocês já vão? – quis saber Mary Hopkins, aparecendo à porta da cozinha. Ela agora não era mais babá da Luísa. Era nossa cozinheira. Porque, como a minha mãe, sou um fiasco na cozinha, ao contrário de todas as minhas primas e tias, se não contássemos os cookies que sabíamos fazer. E, obviamente, ninguém vive só deles. Mas, aos poucos, tenho tentado melhorar. Se bem que arroz queimado não deve contar para nada. E Luísa agora frequentava a escolinha trouxa até que tivesse a idade para ir para Hogwarts, algo com que Scorpius e eu concordamos assim que ela completou cinco anos.  


- Já, Mary, e hoje vamos jantar n’A Toca. Pode ir embora, se quiser. – avisei, enquanto Scorpius saía para acomodar Luísa na cadeirinha do carro.


- Ok, então. E, Rose... eu acho que é um menino. – disse Mary, sorrindo.


Um pouco irritada, entrei no carro e Scorpius deu a partida.


- Tudo bem, amor? – perguntou, um sorrisinho irônico no canto da boca.


- Tudo ótimo. – respondi, aos arrancos.


- Não está irritada com o que combinamos, não é? Não está pensando em desistir, está? – quis saber, visivelmente divertido.


- Nem um pouquinho. – menti, olhando as casas pelas quais passávamos para chegar ao consultório.


- Papai, que nome você escolheu para o meu irmão? – quis saber Luísa, do banco de trás.


- Que tal se você tentasse adivinhar, filha? – sugeriu Scorpius.


Enquanto Luísa começava com um desfile de nomes bonitos e outros nem tanto, suspirei e me recostei no bando do carro, arrependida do combinado que tinha feito com Scorpius assim que descobrimos a gravidez: se fosse uma menina, eu escolheria o nome; se fosse um menino, a incumbência era dele. E nenhum poderia recusar o nome escolhido pelo outro. Na época, apegada a ideia de que minha bisavó, minha avó e minha mãe tinham tido uma filha na primeira gravidez, combinei isso com Scorpius convicta de que a escolha do nome seria minha. Depois, de tanto ouvi-lo falar com convicção que seria um menino, comecei a achar que ele pudesse ter razão. Principalmente porque minha teoria era meio furada. Veja bem, tia Gina não precisou engravidar seis vezes para ter uma filha. Tia Audrey tivera duas meninas, mas a Molly ficou grávida de um menino na primeira vez. Mas não na segunda. Da mesma forma, Victoire não teve duas filhas antes de ter um menino, como a tia Fleur, mas o teve logo na segunda gravidez. Igualmente, Astoria era de uma família de duas filhas. Mas ela tivera Scorpius.


Apesar disso, o que me irritava um pouco não era o fato de que Scorpius pudesse estar certo e eu, não. Era que talvez ele escolhesse um nome maluco para o pobrezinho. Vivia me pirraçando com a possibilidade de chamá-lo de Scorpius Malfoy Júnior – um disparate. Se era meu filho, também teria que ter meu sobrenome. E Scorpius que me desculpe, eu o amo muito, mas o nome dele não é um dos mais bonitos. Também não gosto nadinha da ideia de meu filho se chamar Chuck, por causa de um filme de terror que James usava para me assustar quando éramos crianças. Enfim. Veremos. E Luísa ainda não tinha acertado o nome. Parecia frustrada.


Ao entrarmos na sala de espera, demos de cara com Molly, Hugo e Lily – aliás, dá para acreditar que Lily e Hugo se casaram? Voltando, eu tinha escolhido Molly e Hugo para serem os padrinhos do bebê. O que era muito justo, já que Scorpius tinha escolhido os padrinhos de Luísa – Teddy e Astoria.


- Olha só, os padrinhos já chegaram! – disse Scorpius, à guisa de cumprimento, voltando-se para falar com a recepcionista.


- E aí, Rose, como você está? – quis saber Hugo, enquanto eu colocava Luísa sentada em uma cadeira.


- Estou bem. – respondi, voltando-me para Molly: – E a Ashley e o Daniel?


- Ficaram com o Ian. – respondeu ela, serenamente. – Ele não para de ficar babando na filha. E o Daniel tem ajudado, também. Sempre pega fraldas, sabonete ou xampu para nos ajudar com a irmãzinha.


- E quando será nossa vez, Hugo? – quis saber Lily, sentando-se ao lado de Luísa para brincar com ela.


- Calma aí, Lils. Nos casamos há três meses! Temos que passar um tempo só nosso. – explicou, com cuidado.


Era óbvio que Lily abriria a boca para retrucar, mas Scorpius se aproximou bem na hora – graças a Merlin, porque a Lily fala MUITO quando está a fim de defender o lado dela – e disse:


- Daqui a pouco será nossa vez.


- Sra. Malfoy, pode entrar. – anunciou a auxiliar do médico, Stephanie.


Segurei a mão de Luísa e Scorpius me puxou pela cintura. Lily disse que nos esperaria, para não entrar muita gente de uma vez, alegando que os padrinhos tinham preferência. Mas eu sabia que ela só estava meio emburrada com o Hugo. Ele e Molly nos seguiram consultório adentro.


Scorpius cumprimentou com entusiasmo o médico, Peter, antigo colega de faculdade dele. Enquanto Stephanie me ajudava a me ajeitar naquela caminha esquisita dos ultrassons, Peter perguntava, procurando minha ficha no computador:


- E então, papai, acha que será mais uma menininha ou será um garotão?


- Um garotão, com certeza. – respondeu, convicto.


- Os padrinhos concordam? – quis saber, fitando Molly e Hugo com curiosidade.


- Sem dúvida. – respondeu Hugo, na mesma hora. Ele fazia isso só para me pirraçar, Lily dissera há umas semanas.


- Veremos. – disse Molly, com cautela. Ela também achava que era um menino, mas não se atrevia a me contrariar, Ian comentou uma vez.


- E você, florzinha, quer um irmãozinho ou uma irmãzinha? – quis saber Peter, olhando para Luísa.


- Eu quero um irmãozinho. Para eu ajudar mamãe a cuidar dele. – disse a loirinha.


Depois que Stephanie passou aquele gel frio e melequento na minha barriga, avisou a Peter que já estava tudo pronto. Ele se sentou a um lado da caminha e pegou uma prancheta. Molly, Hugo e Scorpius, com Luísa no colo, sentaram-se do outro lado. Scorpius segurou minha mão e a levou aos lábios quando percebeu minha tensão.


- Rosie, pode ficar tranquila. – murmurou.


Peter colocou o aparelho por cima da minha barriga. Passou-o para um lado, para o outro, e tudo o que disse, enquanto fazia anotações na prancheta, foi o peso e o tamanho do bebê. Depois de mais alguns minutos, que pareceram uma eternidade, Peter se levantou e caminhou até uma cômoda em que eu sabia que ele guardava sapatinhos de bebê, feitos de tricô. Era meio que uma tradição dele dar de presente aos pais sapatinhos azuis se fosse um menino, e sapatinhos rosa se fosse uma menina. Meu coração estava muito acelerado. Estava ansiosa para saber, finalmente. Sentei-me na caminha, esperando.


Sem dizer palavra, ele me entregou uma caixinha branca amarrada com um lacinho vermelho. Minhas mãos estavam trêmulas, e Scorpius teve que me ajudar a desfazer o laço. Ao abrir a caixa, prendi a respiração. Luísa, Molly e Hugo nos encaravam em expectativa.


- Parabéns – disse Peter, sorrindo serenamente – É um menino.


Molly sorriu também. Com cuidado, peguei os sapatinhos de tricô entre as mãos. Cabiam nos meus dedos.


Enquanto Peter mostrava no ultrassom a Molly, Hugo e Luísa como vira que era um menino, Scorpius apenas me fitava com atenção. Instantes depois, os três saíram. Luísa estava animada por saber que era um irmãozinho, e queria ser a primeira a contar a novidade para a tia Lily. Peter anunciou, entregando a prancheta com as anotações para Stephanie:


- Steph e eu vamos deixar vocês sozinhos um pouco.


Assim que ouvimos a porta se fechando, Scorpius me perguntou, com carinho:


- Está tudo bem, Rosie?


- Está, sim. – respondi, automaticamente.


Scorpius se sentou ao meu lado, mexendo nos meus cabelos.


- E o que você está pensando? – quis saber, mirando os sapatinhos, também.


- É tão pequenino, Scorpius. Quando conheci a Luísa, ela já era grandinha. – comentei, guardando os sapatinhos na caixa de novo.


- Vai dar tudo certo, Rosie. Você vai ver. – disse, com cuidado. No minuto seguinte, me beijou, me desarmando completamente, com um daqueles beijos perfeitos que eu só conhecera com ele.


- Scorpius... isso quer dizer que você é quem vai escolher o nome do bebê. – comentei, cautelosamente, passando uma das mãos pelo rosto dele.


- Eu já escolhi.


- Qual? Não vai ser Scorpius Júnior, não é? – emendei, ansiosa.


Scorpius deu uma risadinha, aconchegando-me entre seus braços e, ao mesmo tempo, acariciando meus cabelos.


- Claro que não, Rosie. O nome do nosso filho vai ser especial. E ele será Weasley Malfoy, como você quer. Assim como a Luísa é Weasley Malfoy. O nome dele vai ser John. – contou, com simplicidade.


John. John Weasley Malfoy.


Fitei Scorpius, e não pude deixar de sentir meus olhos se encherem de lágrimas. John.


- Scorpius, eu...


- Não precisa falar nada, amor.


- Eu te amo muito, Scorpius. – declarei, sentindo uma lágrima teimosa escapar. Scorpius a limpou com um dedo.


- Não mais do que eu te amo, Rosie. – disse ele. Sem me conter, beijei-o com paixão.


Os sapatinhos azuis de tricô seriam do meu filho. Nosso filho. Nosso John.


***


N/A.: cumprindo o prometido, cá estou euzinha, mais velha, e com epílogo postado! :) Bem, primeiro, quero pedir desculpas por ter perturbado todo mundo por mais de um ano implorando por comentários capítulo atrás de capítulo. E dizer que, graças a todas vocês, leitoras lindonas, chegamos ao fim da fic com a sensação de alegria e de dever cumprido. Devo acrescentar que amei escrever esta fic. Sou apaixonada por histórias, livros e palavras desde a infância. É o único lugar em que podemos de fato, fazer absolutamente tudo o que desejamos. Realizar todos os sonhos. Consertar qualquer besteira. Porque livros, palavras, histórias são mágicos. E, com certeza, hoje não estaríamos aqui se não fosse uma saga muito especial que Jo Rowling criou.


Para finalizar com chave de ouro, quero agradecer a todas vocês, de coração. A quem comentou, quem votou, e mesmo quem marcou a fic sem nunca se manifestar. Às vezes, só de ver que mais alguém disse que “está lendo” ou dá um voto de confiança dizendo “irei ler” é suficiente para dar um empurrãozinho.


Nikki W. Malfoy e Ana Potter Weasley Malfoy, obrigada pelos primeiros comentários na fic.


Ana CR, juliana vieira, Lana Sodré, Dani_Ela, L. Oliveeira, por terem me acompanhado e se preocupado em comentar cada capítulo lido com tanto carinho desde o momento em que começaram a leitura.


Dark Moon, obrigada por ser a primeira leitora com olhar crítico. Não sei por que abandonou sua campanha. Ela simplesmente sumiu da minha lista de fics marcadas!


Saki Malfoy, Beatriz Facchin, H. Granger Malfoy, tamires wesley, slytherin rules, Olivia Mirisola, Hannah Laura Gordon, Gabriiela Malfoy, Letícia Tonks, Juliana Aparecida Chudo Marques: obrigada muito, de verdade, pelos comentários postados ao longo da fic. E lamento não tê-las encontrado em todos os capítulos.


Gente, vocês foram muito, muito importantes para que tudo isso se desenrolasse. Dá tanto orgulho entrar no F&B e ver: nossa, eu escrevi uma fic INTEIRA! E várias leitoras se dispuseram a comentar, me ajudando tanto...


E se por acaso você estiver lendo tudo isso e não tiver comentado ou votado ainda, comente. Vote. Mesmo que nunca o tenha feito, o comentário/voto será muito importante também. Muitos autores deixam de escrever porque seus leitores não comentam. Lembrem-se disso sempre que lerem uma fic e gostarem dela. E me contem o que acharem do epílogo – pedido que não podia faltar, né? mhuahuahua


                                                                                       De novo, obrigada por tudo. Beijos carinhosos,


                                                                                                                                                            Luhna  


P.S.: vou postar outra fic em breve, com o shipper Ted/Victoire. Bem curtinha. O nome dela é “Cereja”. Se se interessarem, visitem o link: http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=45586 . Aguardo vocês lá! :)

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Comentários (5)

  • L.Oliveeira

    Final perfeito. Fanfic perfetia. Dói por ter acabado. Mas valeu cada segundo que eu passei lendo - mesmo que demorasse ANOS.Parabén, hermosa. AMEI! 

    2013-05-09
  • juliana vieira

    amei, amei. gostei da homenagem que scorpius deu para o john, foi lindo, uma verdadeira prova de amor para rose. e foi bom fazer um casal, ficará lindo a  familia. bjos pra vc

    2013-05-06
  • Beatriz Facchin

    Muito lindo hahah umas das melhores fic's que ja li na minha vda e continue escrevendo outras historias hahah principalmente sobre Rose e Scorpius,admito que é meu casal preferido ahahha parabens pela fic !

    2013-05-06
  • Ana CR

    John? Nao podia ser mais perfeito!Feliz aniversario atrasado!!!!!Amei o epilogo, amei a dedicatoria, amei o aviso final...A quem estou enganando? AMEI A FIC INTEIRA.!BJSAna CR 

    2013-05-05
  • Letícia Tonks

    Eu me apaixonei por essa fic, uma das melhores, senão a melhor de R/S

    2013-05-05
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