A mentira de Creevey

 

 

PS: Se estiver com pressa, pule a nota da autora e leia o capítulo, mas eu gostaria que você lesse nem que seja daqui a dois anos.

(n/a: Bem, para começar este capítulo eu queria dar a minha explicação da demora. Primeiramente, eu escrevi lentamente porque estava esperando meus comentários, tais que eu recebi em menos de dois dias. Depois, a existência da minha vida social afetou a criação do capítulo. Eu postei o primeiro capítulo da primeira fic em outro site, mas continuei sem escrever. Mas então, quando tudo se acalmou, em um belo dia em que eu estava alegre e pronta para escrever, eu vi que eu tinha recebido outro comentário, este, na primeira fic no outro site. O comentário insultava a fanfiction de todas as formas o possível: disse que era mal escrita, a Giucci era perfeita demais, eu era muito sem imaginação, etc, etc, etc. Eu não vou dizer exatamente como eu reagi, porque a chance de vocês me julgarem errado é muito grande, mas eu não reagi nada bem. Eu fiquei com muito medo de voltar a escrever. Até que, nesta manhã eu recebi outro comentário, nesta atual fic, que foi tão adoravelmente fofo que eu desisti de ficar deprimida. Agora é a parte onde eu dou minha declaração de amor: Vocês todas que leem são muito maravilhosas. É maravilhosos receber seus comentários, mesmo que eles demorem. Isso pode parecer falso (LOL eu conheço pessoalmente só uma de vocês), mas todas são muito especiais para essa criança deslocada que não tem nada para fazer e resolveu criar uma fic. Agora vá logo ler a droga do capítulo!)

POV Sirius Black

 Você alguma vez já despertou, abriu os olhos e disse:
- Eu preciso sair deste lugar.
?

 Pois bem, eu já tive essa experiência mais vezes do que eu gostaria de admitir. A parte boa de crescer é que sempre que eu sinto essa sensação, eu posso muito bem sair da porra do lugar e ir embora. Levantei-me, vesti a primeira coisa que encontrei e saí de meu quarto. Segui até a cozinha, parando no meio do caminho para apagar a luz da sala de visitas, que, por algum motivo, estava acesa. 
 Como sempre, eu havia sido um dos últimos a acordar. A cozinha estava cheia de adolescentes. Eu odeio adolescentes. Mas eu amo eles. Não tente entender. Harry olhou na minha direção. Fiz um gesto com a mão para ele vir até mim. Ele se levantou e andou até mim.
- Você planejou algo para hoje? - Perguntei
- Não, por quê? - Harry respondeu
- Acho que já está na hora de você passar um tempo digno com seu padrinho. - Sorri - O que acha de uma volta no Beco Diagonal?
 Harry sorriu.
- Vou pegar meu casaco.
  Eu preferi comer alguma coisa antes de sair. Estranhei o fato de o Aluado ainda estar dormindo, mas, das duas uma: ou ele encontrou a Giucci no meio da noite, ou está dormindo graças a lua-cheia hoje a noite. Então eu e Harry saímos. 
 Passamos a manhã inteira andando pelo Beco. Comprei uma vassoura nova para ele(Firebolt 2.0, dá para acreditar?), um kit de quadribol (está na hora de finalmente voltar a jogar), arranjei uma coruja, consegui arrecadar sorrisinhos tímidos de várias mulheres no meio do caminho, um velho maluco começou a gritar "SIRIUS BLACK! O ASSASSINO! AURORES, AURORES!" assim que me viu. Francamente,  esse velho está com muito pó de fada na mente. Eu, de forma mais discreta o possível, perguntei com quantas garotas ele já havia ficado além de Gina. E devo admitir que duvidei da lealdade de Lily no matrimônio quando Harry respondeu "uma". Na boa, que moleque lerdo. 
 Mas mesmo com o "fim" da guerra, muitos vendedores ainda estavam com medo de reabrir suas lojas. O Beco Diagonal normalmente movimentado como um jogo de quadribol e hoje parecia um cemitério. Porém algumas lojas estavam abertas, entre elas as que eu planejava ir. Entretanto, as lojas com maravilhosas jovens vendedoras continuavam fechadas. Pelo visto não é o meu dia de sorte.
 Depois de eu e Harry termos uma longa conversa sobre como não há nenhuma parte boa em torcer pelo Chudley Cannons, resolvemos ir tomar alguma coisa no Caldeirão Furado. Fomos recebidos pelo barman Tom, que é um cara muito legal, mesmo pelo olhar maníaco que sempre me assustou um pouco. Enquanto esperávamos pelas nossas bebidas, percebi um pequeno vulto loiro escondido num canto. Era um garoto de cerca de quatorze anos, cabelos loiros, pele pálida, profundas olheiras embaixo dos olhos, encarando sombriamente para um sapo de chocolate que ele desmembrava. Por um momento eu pensei que os Malfoy tinham um caçula, mas então percebi que ele se parecia extremamente com uma pessoa que eu conheço. Anne.
- Harry. - Chamei e apontei discretamente para o menino - Aquele ali não é o... 
- Dennis. - Harry disse tristemente 
 Eu conhecia o tom dele: Harry tem a maldita mania de se culpar por todas as perdas na guerra. Isso me irrita. Como se a Giucci não me irritasse o suficiente com o caso de Colin, Harry também. 
- Não.é.a.sua.culpa. - Eu disse entre os dentes, encarando meu afilhado - Você não é culpado por nada, certo? Só me pergunto o porquê de um garoto estar neste lugar, sozinho, quando ele tem pais para cuidarem dele e nem sequer estamos na época de compra de material...
- Por que tanto interesse? - Harry perguntou desconfiado
- O que? Não posso me interessar pela vida do menino?
- Um menino que você viu uma vez na vida? Não sem alguma segunda intenção. - Harry disse com simplicidade - Vai me dizer o motivo da curiosidade ou não?
- Talvez mais tarde. - Respondi me levantando - Não saia daqui até eu voltar.
 Andei até Tom, que estava atrás do balcão, servindo um par de bruxos asiáticos.
- Tom! - Chamei - Você saberia me dizer se os Creevey estão hospedados aqui?
 Tom franziu as sombrancelhas e pareceu pensar.
- Ah sim... A srª Creevey está com o filho, mas não há sinal do marido. - Ele respondeu - Por que?
 As coisas começaram a ficar suspeitas.
- Curiosidade. - Respondi - Você sabe em que quarto ela está?
- No 17. Não! No 18. É, com certeza no 18. - Ele respondeu 
- Ok, valeu Tom. - Eu disse me virando e começando a andar na direção dos quartos.
- Sirius! - Tom chamou. Me virei para olhar para ele. Tom fez um movimento impaciente para que eu me aproximasse. Eu o fiz 
- O que é? - Perguntei impaciente
- Eu não acho que seja uma boa idéia você ir lá. - Ele disse - A srª Creevey parecia um tanto perturbada quando se hospedou. 
 Agora as coisas ficaram BEM suspeitas.
- Eu dou um jeito. - Disse
 Então eu disparei pelas escadas de forma mais possível o possível. 
 Achar o quarto 18 foi quase difícil. Mas, francamente, eu sou Sirius Black, alguém tem alguma dúvida de que eu eu não sinto dificuldade em nada? Achei o quarto de bati na porta algumas vezes. Blanchet abriu a porta depois de quase um minuto. Seus olhos estavam vermelhos e sua expressão não poderia estar mais sombria. Eu ia comprimentá-la, quando ela me cortou:
- O que demônios você está fazendo aqui, Black? - Ela perguntou agressivamente
- Eu descobri que você estava aqui e vim dar um oi. - Respondi -... Você está bem, Blanchet?
 Ela revirou os olhos, irritada.
- Eu pareço estar bem, Black? - Ela perguntou
 Eu ia responder, mas então uma voz na minha cabeça me alertou que aquilo fora uma pergunta retórica.
- Me faça um favor. - Ela disse, um pouco mais controlada agora - Vá embora. 
- Você não vai me dizer o que houve. - Observei
- Não.
- E quer que eu saia e deixe você sozinha. - Continuei
- Exato.
- Não, obrigado. - Eu disse passando por ela e entrando no quarto 
- SIRIUS BLACK, SAIA DO MEU QUARTO AGORA. - Ela vociferou
- Meu Merlin parece que eu voltei para o sexto ano. - Eu disse com meus olhos arregalados. Estão lancei para ela meu melhor sorriso - Você se lembra do que aconteceu da última vez que você tentou me tirar do seu quarto, não lembra?
 Anne não sorriu. Sua expressão mudou de raiva para tristeza.
- Sirius vai embora. - Ela disse apontando para a porta
 Acenei com a cabeça algumas vezes.
- Ok. Eu vou. - Eu disse - Mas eu quero que você saiba que pode confiar em mim para dizer qualquer coisa.
 Então eu comecei a andar em direção da porta. Eu estava quase saindo do quarto quando Blanchet segurou meu braço para me impedir de sair. Tentei não sorrir com tal fato. Virei-me e me deparei com ela me encarando.
- Fecha a porta. - Ela disse séria
 Eu o fiz e voltei a encará-la. 
- Senta. - Ela disse apontando para a cama ao lado da janela.
 Fiz o que ela disse e a encarei novamente.  
- Paul está me traindo. 

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- ELE ESTÁ O QUE?!
- Sirius.cala.a.boca. - Anne disse de olhos fechados enquanto pressionava com os dedos o espaço entre seus olhos. - Se alguém ouvir você gritando, eu mato você e te enterro embaixo da cama.
- Mas... O que ele tem na cabeça?! - Eu exclamei, em pé e andando pelo quarto - Ele tinha tudo que qualquer um poderia querer ter! E ele troca na maior facilidade?! Eu vou dar uma bela de uma porrada para ver se eu ajeito a cabeça daquele filho da p...
- Sirius, você não está ajudando. - Blanchet disse com voz engasgada
 Me virei para encara-la. Ela tinha lágrimas nos olhos e parecia estar tentando mantê-las ali com todas as suas forças.
 Dei um tapa na minha própria testa.
- Me desculpe. - Eu disse andando até ela - Eu só...
- Não precisa se desculpar. - Ela disse num tom frio - Não foi sua culpa.  
 Dei dois passos em sua direção e estendi meus braços. Ela hesitou, mas então me abraçou. Aliais quem resiste a um abraço de Sirius Black? Ok, essa não foi a melhor hora para tal comentário. Blanchet começou a soluçar em meu ombro. A sensação é quase familiar, contando com as vezes que eu tive que consolar a Giucci, mas desta vez foi um tanto mais abalante. 
- Ele me trocou Sirius. - Ela disse entre os soluços - 18 anos de casamento e ele me troca por uma loira oxigenada qualquer... Dois filhos maravilhosos e ele me troca... A perda de Colin... E ele me troca!
 Eu odeio isso. Consolar pessoas. No geral. Qualquer uma. Se eu abraço elas, elas choram mais; se eu fico só olhando, parece que eu tenho medo de contato humano (e eu definitivamente não tenho). Se eu tento dizer palavras tranquilizantes, elas se estressam; se eu fico calado, eu pareço um idiota que não sabe consolar. Normalmente eu me dava bem nessa tarefa, mas hoje em particular, eu estava sentindo um belo de um bloqueio criativo em falas tranquilizantes.
- Ele é um canalha. - Eu disse - Ele tinha tudo: uma família, uma esposa maravilhosa, dois filhos saudáveis e inteligentes, uma vida estável. Francamente, eu não vejo sentido em trocar uma vida de alegria por, sei lá, uma hora.
 Ela não parecia ter absorvido o que eu tinha acabado de dizer.
- Eu deveria ter percebido... Faz mais de um ano que ele está estranho... E deveria... Ter me tocado.
- Anne, para. - Eu disse parando de abraçá-la e segurando seus ombros, de forma que eu a obrigava a me olhar nos olhos - Você o ama, não é? Você não poderia imaginar que ele faria tal coisa com você. Estava fora de cogitação. O fato é que ele não te merece. É sério - Eu acrescentei quando ela revirou os olhos - Ele realmente não merece alguém maravilhosa como você.
 Seu rosto já vermelho ficou mais ainda, porém ela ficou calada.
- Somente um filho da puta retardado trocaria você por outra mulher. - Completei com um leve sorriso
 Por momento ela pareceu prestes a sorrir, mas então seu olhar ficou frio.
- Eu o vi entrando em casa aos risinhos com ela. - Ela disse séria - Eu deveria estar no Profeta, mas eu consegui sair mais cedo. Eu achei que ia ser bom que nós passássemos um tempo juntos. Sabe, depois de toda aquela história com o Colin e tudo... – Lágrimas voltaram aos seus olhos – Dennis estava no quarto dele. Ele passa um bom tempo trancado no quarto desde a guerra, sabe. Eu estava na cozinha, preparando o jantar. Então ouvi a porta abrindo e as vozes dele e de uma mulher, conversando por risinhos. Eu fui lá ver o que era... Ele nem sequer negou, Sirius. Ele disse que eu deveria ser compreensível. Que ele estava em um momento difícil e, já que eu o “abandonara”, ele foi procurar companhia. - Ela coçou os olhos, o que fez com que lágrimas corressem por seu rosto - Foi humilhante.
 Nota para o futuro: Socar Paul Creevey na cara com tanta força que eu nunca mais vai saber onde fica o próprio nariz.
- Você me permite fazê-lo pagar? - Perguntei num tom controlado
- E causar milhares de perguntas desnecessárias? Nunca. - Blanchet respondeu com um suspiro
- Bem, eu vou de qualquer forma. - Disse dando os ombros
- Sirius... - Ela disse num tom de advertência - Não ouse...
 Mas ela desistiu da bronca quando me viu rindo. Anne revirou os olhos, mas não conseguiu evitar um leve sorriso no final.
- Viu? Já está sorrindo. - Falei alegremente - Não se preocupe com o Creevey, eu dou um jeito nele. - Completei piscando
 Desta vez ela não se deu o trabalho de me dar uma bronca. O que prova que ela realmente acredita que eu vou deixar quieto com o Creevey. Tão ingênua...
- Vocês vão continuar casados? - Perguntei
 Seu sorriso desapareceu.
- Não. - Ela respondeu - Ele me traiu por dois anos seguidos e continuou mesmo com o nosso filho morto. Eu não quero ver a cara dele nunca mais.
 Acenei a cabeça algumas vezes tentando disfarçar a minha imensa alegria ao ouvir isso. 
- Obrigada. - Anne disse de repente - Falar sobre isso ajudou.
 Ela estava falando sério. Eu via isso em seu olhar. Dei um leve sorriso.
- De nada. Se quiser um ombro amigo ou companhia para falar mal do Creevey, eu estou aqui. - Respondi piscando
 Ela deu um sorriso leve. Inclinei-me de leve e dei um beijo em sua testa. Então me virei e saí do quarto, tentando formular como eu iria explicar para Harry que eu já havia dados uns amassos na mãe de seus dois maiores fans.

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n/a: ACABOU \Õ/\Õ/
 Não a fic, o capítulo ^^
 Capítulo micro hein? Bem, a explicação para o meu atraso está lá em cima ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^. Eu não sei realmente se eu consegui captar a energia do Sirius. Eu deveria ter sido mais sarcástica e mal-humorada, mas eu consigo imaginar exatamente o que se passa na cabeça do Sirius e eu acho que seria melhor eu não escrever para preservar o último vestígio de inocência que tem na fic.
 Em outras palavras: Sirius tem uma bela de uma mente poluída e, ao eu tentar suavizar um pouco(muito) eu acabei perdendo a atmosfera do personagem.
                                                               F-A-I-L
 Okay, bye ;) 

 

 

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