War Machine [BIG cap ;)]




 -AVADA KEDAVRA!
 Observei o corpo ereto de Dolohov cair do chão pouco depois do feixe verde atingi-lo no peito. Remo se virou na minha direção e arregalou os olhos para minha varinha ainda apontada para o corpo do ex comensal. Então ele pôs-se a procurar sua varinha.
 Foi tudo muito rápido. Eu vi todos os momentos que eu passei com Remo num piscar de olhos quando Dolohov apontou a varinha para ele. A chance de perdê-lo foi algo tão insuportável que foi como se meu braço se erguesse sozinho e a maldição saísse por entre meus lábios por vontade própria. Como eu me sinto tendo matado uma pessoa? Eu não sinto. Simplesmente isso. O mundo parou assim que a maldição atingiu o comensal. Eu só tentava digerir as informações. Eu estava duelando, Remo iria morrer, eu matei quem iria matar Remo, Remo está vivo, Dolohov não. Merlin, meu jantar quer ver a luz do dia novamente.
 Eu queria gritar mas eu parecia não ter voz. Queria chorar mas não existiam lágrimas para sair. Eu estava em choque. Não sentia o mínimo por Dolohov estar morto. Eu sentia pelo fato de eu ser uma assassina. Eu simplesmente queria deitar no chão, ter uma convulsão e morrer. Mas antes que eu pudesse por minha ideia em prática, Remo entrou no meu campo de visão.
 Ele andou até mim. Foi bem estranho vê-lo caminhando na minha direção enquanto um pandemônio ocorria atrás dele. Remo fez um movimento com a varinha em volta de nós e segurou meus ombros. Foi ai que eu percebi que eu estava tremendo. Remo encostou sua testa na minha.
- Respira. - Ele disse - Calma. Está tudo bem. Eu to bem. Você está bem.
 Eu não estava bem, só para deixar bem claro.
- Olha para mim. - Ele disse forçando sua testa contra a minha. Olhei em seus olhos. Neles havia um brilho que eu não via há muito tempo. Remo estava com medo. Mas continuava a tentar parecer confiante para mim. - Nós vamos conversar sobre isso depois. Quando tudo isso acabar nós conversaremos sobre isso por que nós estaremos vivos no final de tudo, entendeu?
 Balancei a cabeça afirmativamente. Eu abri a boca para falar algo (que eu ainda nem tinha pensado no que seria ainda), mas ele me beijou antes que eu tivesse essa chance. Foi tão rápido que quase não senti seus lábios sobre os meus. Mas pareceu anestesiar toda aquela angústia que eu estava sentindo poucos momentos antes.
- Fique perto de mim. - Minha voz saiu quase como um sussurro
 Ele sorriu, mas seus olhos não mudaram de expressão.
- Até meu último suspiro.
 Eu ia beijá-lo, mas um feitiço passou a dois milímetros de mim, me obrigando a deixar isso para depois. Viramos-nos praticamente na mesma hora e eu puxei duelo com um comensal que estava quase derrubando um de meus ex-alunos - Simas Finnigan. Mas não se fazem mais comensais como antigamente - derrubei o carinha poucos feitiços depois. Virei-me para localizar onde Remo estava e fiquei satisfeita ao ver que ele tinha acabado de derrubar um outro comensal. Um pouco atrás dele vi o vulto cor de rosa de Tonks duelando com alguém que, pela risada maníaca, deveria ser Bellatrix. Mas atrás ainda vi Kingsley duelando com três comensais de uma vez (guarde minhas palavras, Kingsley é foda) e mais atrás ainda localizei, no meio da confusão, Sirius derrubando um comensal com uma expressão quase de tédio no rosto (guarde minhas palavras, Sirius Black é foda no mau sentido).
 Então minha visão foi bloqueada pelo corpo de um gigante que caiu poucos metros na minha frente. Não, eu também não sei de onde ele veio, mas o tremor causado pela sua queda me vez cair no chão, perto de onde uma poça de sangue de gigante começava a se espalhar. Levantei-me rapidamente, de forma que só sujei a barra da minha calça. Joguei os fios de cabelo que bloqueavam a minha visão para trás e saí de perto do ser enorme, caído e sangrando. Então eu vi.
 Eu vi o ser mais odiável de todos. Ali, há menos de vinte metros de mim, artomentando uma menina ruiva com roupas da Lufa-Lufa. Lancei um Estupefaça a poucos centímetros dele, só para chamar sua atenção. Isso deu tempo de confundi-lo, da menina correr para os amigos e dele notar minha presença.
- Você não estava morta, amante de monstros?
- Por acaso você esqueceu que eu escapei da morte uma vez, Avery? - Rugi 
 Ele soltou uma risada bizonhenta enquanto se aproximava.
- Ah sim... Foi por pouco não? Se seu lobisomem de estimação não tivesse pedido para não te enterrassem tudo daria perfeitamente certo. - Ele disse pouco tempo antes de me lançar uma maldição, que escapei por pouco - É claro que não se pode esperar que algo dê certo quando se escolhe o Diggory como meio.
 Ok, eu não entendi porra nenhuma. Mas eu odeio quando ele se refere a Remo como se ele fosse um animal então lancei alguns feitiços nele.
- Como sobreviveu? - Ele perguntou entre suas maldições
- Eu conversei com uma doninha. - Respondi com os dentes cerrados - Elas são bem mais simpáticas que vocês, sabia?
 Ele riu.
- Onde está seu namoradinho? Eu adoraria matá-la na frente dele. Assim como eu fiz com seu pai e você. - Avery disse 
 Isso foi o suficiente para eu lançar três Estupefaças, dois Conjunctivitus e uns quatro Verdimillious (não que esse feitiço sirva para muita coisa). Ele infelizmente desviou de todos.
- Magoou; docinho? - Perguntou maliciosamente
 Ah meu bem, você mexeu com a mulher errada...
- ESTUPEFAÇA!
 Essa ai pegou Avery despreparado. Ele voou para trás, ao encontro de um pedaço de ferro que em poucos milésimos se materializou em seu peito. Ele olhou para a coisa, confuso. Andei para perto dele.
- Olhe para mim. - Eu disse. Ele o fez enquanto a sua blusa começava a criar uma mancha em volta da barra de ferro - Quero que morra sabendo que quem te matou foi uma mestiça da Grifinória, Avery. Belos pesadelos, docinho.
 Então sua cabeça tombou para frente. Ótimo. Duas vítimas em menos de quinze minutos. Ele insultou o amor da sua vida e o seu pai. Ele merecia ter sido torturado que nem os Longbottom e não morto perfurado por uma barra de metal. Você foi quase misericordiosa, então bola para frente!
 Ok, você tem quase razão. P-pera ai... Isso ai são acromântulas?
 Não pensei duas vezes antes de sair correndo. Eu não tenho medo de aranhas, é só o simples fato de elas terem vários olhinhos e mais de quatro pernas e terem mais pelos do que deveriam e de elas serem GIGANTES! Ok, talvez elas me assustem um pouquinho, mas eu sinto medo de coisas muito piores... Como fantoches? ELES SÃO SINISTROS! LOL Argh, eu não vou discutir com você, tem uma guerra ocorrendo aqui, sabia?
 Quando vi eu estava bem no meio da linha de fogo. Boa, Giucci. Boa. Comecei a recuar enquanto desviava dos diversos feitiços e lançava alguns. Depois de algum tempo consegui recuar para dentro do castelo. Consegui ver os vultos ruivinhos dos Weasleys com o canto do olho, pouco antes de algo explodir perto deles e uma pedra bater na minha cabeça.
 Meu caro ser humano, uma pedra já caiu na sua cabeça? Pois é. Não é legal. Dói para caralho.
 Fiquei meio tonta por um momento. Então senti minha testa ficando quente. Quando a toquei, além de uma enorme dor, meus dedos ficaram sujos de sangue. Francamente, o destino parece determinado a acabar com a minha beleza. Limpei a mão na minha jaqueta (já percebi que as roupas que eu estou usando não vão sobreviver, então foda-se) e me voltei para a batalha.
 Sim, eu estava tonta. Sim, eu estava sangrando. Sim, eu era uma assassina. Sim, eu não faço a menor ideia do que está acontecendo. Sim, eu vou continuar lutando. 
 Para falar a verdade, eu cheguei a perder a noção de tempo. Eu avançava, duelava, derrubava, avançava, duelava... Isso ai num ciclo infinito. Ok, eu fui atingida por alguns feitiços, sendo um deles uma maldição Cruciatus, mas eu botei pelo menos um centésimo dos comensais para dormir (não, eu não matei todos), e, contando que tem dezenas de milhares de comensais no castelo hoje, eu poderia ser considerada uma predadora de comensais. Tirando a parte de comê-los, é óbvio. Posso ser uma assassina agora, mas ainda não sou uma canibal. Ainda.
 O fato é que de repente aquela voz apavorante de Voldemort voltou. Meus olhos se fecharam contra a minha vontade e a minha vontade era de fugir, mas continuei ouvindo.
 "Vocês lutaram", disse a voz, "valorosamente. Lord Voldemort sabe valorizar bravura.
 "Vocês sofreram pesadas baixas. Se continuarem a resistir a mim, todos morrerão, um a um. Não quero que isso aconteça. Cada gota de sangue mágico derramado é uma perda e desperdício. "
 "Lord Voldemort é misericordioso. Ordeno que as minhas força se retirem imediatamente"
 "Vocês tem uma hora. Deem um destino digno aos seus mortos. Cuidem dos seus feridos. "
 "Eu me dirijo diretamente a você, Harry Potter. Você permitiu que os seus amigos morressem por vocês em lugar de me enfrentar pessoalmente. Esperarei uma hora na Floresta Proibida. Se ao fim desse prazo, você não tiver vindo ao meu encontro, não tiver se entregado, então a batalha recomeçará. Desta vez eu participarei da luta, Harry Potter, e o encontrarei, e castigarei até o último homem, mulher e criança que tentou escondê-lo de mim. Uma hora “
 Quando abri os olhos, todos os comensais haviam desaparecido. Olhei confusa para os lados para me certificar que eles realmente haviam ido embora, então simplesmente me sentei no chão, fechei os olhos e  respirei fundo.
 Então voltei a me levantar e fui andando, ou melhor, mancando (não, eu não me lembro de quando machuquei minha perna, mas ela dói) até onde todos iam - o Salão Principal. Ao me deparar com uma janela, percebi que o dia começava a amanhecer. E tudo estava pegando fogo. Não tudo, mas uma grande parte.
 O Salão Principal estava cheio de gente. Feridos, mortos, saudáveis, feridos carregando mortos, saudáveis carregando feridos, saudáveis carregando mortos... Muita gente. E todas tinham algo em comum: a fuligem no rosto, os machucados, o olhar vazio e em alguns a mania de mexer os dedos compulsivamente. Foi então que a imagem de Remo quase sendo morto voltou a minha mente. Eu precisava encontrá-lo. Eu precisava confirmar que ele estava vivo e bem.
 Comecei a mancar entre os corpos, observando o rosto de cada um. Passei pelo corpo de Tonks. Passei pelo corpo de Fred. Passei pelo corpo de uma menina, que, pelo sinal tinha esbarrado com Greyback. Passei pelo corpo de Greyback. Aquela sensação que eu sentia quando matei Dolohov estava ampliada agora. E aumentava a cada segundo. Pois eu não achava Remo. Nem deitado no chão nem andando pelo Salão. E como ainda estavam trazendo os corpos para cá- quero dizer, Remo pode estar morto em qualquer parte do castelo, só esperando para alguém achá-lo e trazê-lo para cá- eu queria cavar um buraco no chão, entrar nele e esperar que a terra me engolisse. 
 Desisti de procurá-lo. Andei para onde tinham empilhado as mesas das casas e me sentei em uma delas, de forma que eu fiquei bem afastada de todos. Meu olhar se perdia no chão. Minhas mãos brincavam com a borda de minha jaqueta de forma quase compulsiva. Era uma angústia gigantesca. Eu tinha um baita de um nó na garganta, mas não conseguia chorar. Então a pouca luz que iluminava foi bloqueada por alguém. Ao levantar a cabeça para ver vi Lupin andando na minha direção. Levantei-me e andei até ele. Ele sorriu de forma cansada ao me ver aproximando. Então eu bati em seu braço com toda a força que consegui encontrar.
- Você quer me matar de susto?! - Bronqueei com lágrimas começando a sair.
 Então o abracei e comecei a soluçar em seu peito. Remo estava completamente despreparado para isso, mas me abraçou de volta e começou a dizer palavras tranquilizadoras, as quais eu não me dei o luxo de escutar. 
- Eu fiz coisas ruins, Remo. - Eu disse após alguns minutos de choro
- Você salvou minha vida. - Ele disse
- Eu sou uma assassina. 
- Todos nós somos. Estamos em guerra, Julieta.
- Eu tenho vergonha de mim mesma, Remo.
 Nesse momento ele parou de me abraçar. Ele segurou meus ombros e olhou nos meus olhos.
- Por ter me salvado? - Ele perguntou de forma quase... Magoada - Ei, todos aqui mataram pelo menos um comensal, então por que isso?
- Eu... Eu não sei. - Eu disse 
- Não se culpe por nada. Eu só sei que se você não tivesse impedido Dolohov, eu estaria deitado nesse chão de mármore, morto e você só poderia olhar. 
- E me culpar por não ter te salvado. 
- Exato. - Ele disse com um sorriso leve - Me desculpe por não ter ficado ao seu lado. Eu estava duelando com Rookwood então um gigante caiu ao meu lado e ai eu perdi você de vista.
- Eu vi Avery duelando com uma aluna. - Eu murmurei - Eu não ia permitir ele fazer mais ninguém sofrer. Eu... Eu...
 Remo ficou calado. Ele soltou meus ombros e eu me sentei-me à mesa mais próxima, lágrimas voltando.
- Eu não queria. Ok, eu queria, mas não ali. Não daquela forma. Eu...
- Julieta. O que você fez? - Remo perguntou
 Olhei para ele enquanto as palavras saiam de forma quase fria:
- Eu matei Avery.
 Sua reação foi quase desapontadora: ele somente ergueu levemente as sobrancelhas. E então percebi que em seus lábios a sombra de um sorriso estava começando a se formar.
- Remo, você ouviu o que eu disse? 
 Ele sorriu mais abertamente dessa vez.
- Sim, eu ouvi. E devo admitir que esteja até que satisfeito com o que ouvi. - E abri a boca para protestar, mas ele foi mais rápido - Aquele homem te fez sofrer muito. Quase bati nele umas cem vezes, mas nunca estive em uma situação favorável para fazê-lo. Francamente, Julieta. Se você não tivesse o prazer de matá-lo, eu o faria.
 Se eu arregalasse mais os olhos eles sairiam rolando pelo chão (eca).
- Remo, você tem alguma noção do que está dizendo? - Perguntei assustada
- Não. - Ele respondeu - Eu não tenho noção de absolutamente nada, além do fato de você estar segura, ok? Nada mais importa. 
 Senti meu rosto corar ao ele dizer isso. Então Remo encostou delicadamente na minha testa, de tal forma que uma dor quase insuportável se seguiu de seu toque.
- O que foi isso? - Ele perguntou preocupado
- Uma pedra. - Eu disse me afastando de sua mão - Não se preocupe, eu dou um jeito nisso
 Remo revirou os olhos, tirou a varinha do bolso e começou a dizer alguns feitiços. A dor sumiu rapidamente e logo uma expressão de satisfação se espalhou por seu rosto cansado.
- Acho que isso serve - Ele disse
 Nos encaramos por um longo momento.
- Onde está Sirius? - Perguntei
- Foi procurar Harry. - Remo respondeu - Deixar bem claro que ele não iria para a Floresta de jeito nenhum.
- Se aquele moleque ousar ir para a Floresta eu transformo ele numa galinha. - Eu disse
- Da mesma forma que eu fiz com James? - Ele perguntou divertidamente - Não vai ter graça, nós já sabemos como ele ficará.
- Eu não vi o James-galinha. - Respondi
- Então o transforme. - Ele respondeu 
 Balancei a cabeça algumas vezes, com as lembranças felizes se esvaindo de mim rapidamente.
- Greyback está morto. - Remo disse de repente.
- Foi você? - Perguntei
- Profª Trelawney - Ele respondeu
- Aquela charlatã que me deu um T nas NOM's? - Eu perguntei chocada.
- Você tirou um T em Adivinhação?! - Ele perguntou incrédulo
- Não interessa. - Cortei. - Bem, que bom que ele está morto. Que pena que você não o matou. Poderia ser completamente humano agora.
- Já estava praticamente escrito que eu seria lobisomem pelo resto da vida. - Ele disse sem se importar 
 Revirei os olhos sem nenhum motivo aparente Exato. Algum problema? Nenhum não. Bom.
- Bem professor, vou ver se precisam de ajuda com os feridos. - Eu disse me levantando
- Até mais tarde, professora. - Remo disse
 O engraçado é que eu não consegui nem chegar na "ala dos feridos". A visão de Oliver Wood carregando um pequeno corpo me impediu. Na verdade, o que me impediu foi o fato de o corpo ter cabelinhos loiros. Corri até Wood, ignorando completamente a forte dor que eu sentia na perna. Wood depositou o pequeno morto no chão e saiu do Salão. Cheguei ao corpo pouco tempo depois disso. 
  Ao ver o rosto da criança, meus joelhos cederam e eu caí ajoelhada. Foi como um soco no estômago. Não. Foi como se meu fígado explodisse Fígado? CALA A BOCA! O corpo loirinho não era somente um aluno.
 Era Colin.
 Ele deve ter dado um jeito de voltar para Hogwarts e participar da luta. E eu não estava lá para protegê-lo. Mas ao invés de aquela vontade de morrer, ou de matar, eu só sentia nojo. Não de Colin. Mesmo ele sendo agora um corpo sem vida e entrando em processo de decomposição eu não tenho nojo dele. Eu sinto nojo de alguém que teria coragem de matar um garoto de 16 anos, com a aparência de 13. Isso sem contar que o mestre deles tentou matar uma criança de um ano.
 Eu não quero matar mais comensais. Mas francamente, eu não sinto mais culpa por ter matado dois. Eu não quero ferir ninguém. Eu quero que isso acabe sem ninguém mais sair ferido. Mas eu sei que é impossível. Eu sei que eu vou ferir muitos comensais ainda. Eu sei que muitas mortes ainda ocorrerão. Mas eu vou fazer o possível para impedi-las.
 Foi quando eu pisquei e minha visão ficou embaçada que eu percebi que tinha voltado a chorar. Desta vez de forma muito mais comportada, é claro. Eu não sentia vontade de ficar soluçando no ombro de ninguém. Enxuguei as lágrimas com as costas da mão. Então me levantei, praguejando pela minha perna ferida. 
- Hey Giucci, você viu o... Oh Merlin!
 Virei-me e vi Sirius com uma expressão indescritível. Entre o aterrorizado e... Com dor de estômago? Eu não sei, Sirius tem umas expressões faciais estranhas, mas eu sabia que ele não estava legal. E, bem... Ele olhava diretamente para o corpo de Colin.
- É o filho da Anne? - Ele perguntou
 Cocei os olhos e acenei a cabeça positivamente.
- Santo Merlin, ele é igual a ela. - Ele disse - Você está bem?
 Suspirei.
- Melhor do que eu pensei que ficaria. - Eu disse - Mas mal.
 Ele acenou a cabeça algumas vezes a mais do que deveria.
- Você viu o Harry? - Ele perguntou aflitivamente - Rony e Hermione não sabem onde ele foi. Ninguém parece tê-lo visto... Eu estou preocupado, Giucci.
 Neguei com a cabeça. Ele suspirou impaciente. 
- Vou procurá-lo. - Ele disse. Então se inclinou e beijou minha testa. 
- Vai ficar tudo bem. - Sirius disse me olhando nos olhos, então se virou e foi embora.
 Minha cara, sua aparência deve estar sinistra para todos ficarem com pena de você... COMO ASSIM TODOS??? Eu tenho contatos, amorzinho, e a maior parte acha que você está completamente acabada emocionalmente. Holy mother of god. Sério? Não, imagina. Todos estão desejando o seu corpo ferido, sangrando e sujo de ferrugem nú. Não precisa ser grosseira! Sim, precisa. Ah, droga. Você está com a expressão facial estranha de quando discute comigo novamente, vou calar a boca por enquanto. Espera... QUE EXPRESSÃO FACIAL?!
...
...
...
...
 É, ela se calou.
 Me virei e manquei até a "ala dos feridos" para ajudar em alguma coisa, mas uma das alunas que estava ajudando Madame Pomfrey me barrou e me mandou sentar, para cuidar da minha perna. Achei uma graça até o momento que começou a doer. A garota não tinha uma pronúncia muito boa então os feitiços demoravam um pouquinho para pegar.
 Quando ela finalmente terminou, dei um sorriso fraco e agradeci, mas até um macaco teria feito um trabalho melhor. Pelo visto um pedaço de metal tinha entrado (não me pergunte como) na minha batata da perna. Você provavelmente teve a sorte de nunca estar numa guerra bruxa (hahaha, trouxa). Objetos pontiagudos cravam na sua carne e você nem percebe. Só depois com a dor, é claro. E falando em dor...
 Adivinha se a voz do desgraçado sem bronzeamente voltou?
 "Harry Potter está morto. Foi abatido em plena fuga, tentando se salvar enquanto vocês ofereciam as vidas por ele. Trazemos aqui o seu cadáver como prova de que o seu herói deixou de existir."
 "A batalha está ganha. Vocês perderam metade dos seus combatentes. Os meus Comensais da Morte são mais numerosos que vocês, e O-Menino-Que-Sobreviveu está liquidado. A guerra deve cessar. Quem continuar a resistir, homem, mulher ou criança, será exterminado, bem como todos os membros de sua família. Saiam do castelo agora, ajoelhem-se diante de mim e serão poupados. Seus pais e filhos, seus irmãos e irmãs viverão e serão perdoados, e vocês se unirão ao novo mundo que construiremos juntos"
 Todos ficaram calados. Suas expressões eram indescritíveis, mas a esperança parecia ter ido dar uma volta. Sabe o fim do mundo? Imagine ele dez vezes pior. Agora adicione comensais por toda parte. Isso. Agora transforme Voldemort em ministro da magia. Agora ponha a decisão de matar a sua família ou se juntar ao sem-nariz. Esse é o meu fim do mundo agora.
- Eles estão lá chegando! - Um garoto disse, aparecendo pela porta do Salão Principal
 Todos começaram a se levantar e andar naquela direção.
- Isso mesmo, vamos oferecer serviço delivery também. - Eu resmunguei me levantando e seguindo todos.
 Remo me encontrou na metade do caminho. Não nos olhamos. Eu soube que era ele, pois uma mão segurou a minha. E Remo já segurou a minha mão tantas vezes que eu a reconheço ao mínimo toque.
 Ao chegar às portas do castelo, o que vi foi toda a equipe comensal cercando a ponte que leva a Floresta. Alguns gigantes estavam espalhados entre a onda negra de comensais. Voldemort estava na frente, acariciando sua cobra com o dedo. Hagrid estava lá ao lado de Voldemort. Chorando silenciosamente e segurava... Harry.
- NÃO!
 O grito de Mcgonagall quase me ensurdeceu. Como se isso importasse.
- Não! 
Não!
- Harry! HARRY! 
Ron, Hermione e Gina acompanharam a professora. Eu vi Sirius passando por mim. Expressão de dor no rosto e lágrimas brilhando nos olhos. Não pensei antes de alcançá-lo e puxá-lo para trás. 
 Sirius resistiu, mas Remo me ajudou a impedi-lo de andar até os comensais.
- HARRY! NÃO! ME SOLTEM! - Sirius gritou
- SILÊNCIO! - exclamou Voldemort. Um brilho e todas as vozes desapareceram. - Acabou! Ponha-o no chão, Hagrid, aos meus pés, que é o lugar dele!
 Sirius começou a se remexer enfurecido, mas eu e Remo o seguramos com mais força.
- Estão vendo? - disse Voldemort andando de um lado para o outro - Harry Potter está morto! Entenderam agora, seus iludidos? Ele não era nada, jamais foi, era apenas um garoto, confiante de que os outros se sacrificariam por ele!
- Ele o derrotou! - Berrou Rony
 Logo todos voltaram a gritar. Eu não gritava, mas falava aumentando o som a cada palavra.
- Ele foi morto tentando sair escondido dos terrenos do castelo - disse Voldemort - morto tentando se salvar...
Às vezes eu queria poder ser duas pessoas, pois enquanto eu segurava Sirius, Neville avançou na frente de todos e investiu contra Voldemort, interrompendo-o. Mas Voldy é rápido. Ele bloqueou Neville com um gesto da mão e logo depois gesticulou a varinha, fazendo Neville cair no chão, sua varinha voando para o lado. Voldemort riu.
- E quem é esse? - Perguntou - Quem está se voluntariando para demonstrar o que acontece com os que insistem em lutar quando a batalha está perdida?
 Bellatrix deu uma gargalhada.
- É Neville Longbottom, milorde|! O garoto que andou dando tanto trabalho para os Carrow! O filho dos aurores, lembra?
 Minha fúria ao ver aquela mulher zombando de Neville foi tanta que quando percebi Remo e Sirius estavam ME segurando. 
- Ah, sim, lembro - disse Voldemort, baixando os olhos para Neville, que fazia forças para se por de pé, sem arma nem proteção, parado na terra de ninguém entre os sobreviventes e os comensais. - Mas você tem sangue puro, não tem, meu bravo rapaz? - Perguntou Voldemort a Neville
 Minha raiva aumentou quando percebi o que o cara de cobra estava fazendo. Neville fechou os punhos. 
- E se tiver? - Ele respondeu em voz alta
- Você demonstra vivacidade e coragem, e descende de linhagem nobre... Você fará um valioso Comensal da Morte. Precisamos de gente como você Neville Longbottom.
- Me juntarei a você quando o inferno congelar. Armada de Dumbledore! - Gritou ele, e vários vivas vieram da multidão
 Eu tenho tanto orgulho desse moleque, véi.
- Muito bem - Disse Voldemort suave e perigosamente - Se essa é a sua escolha, Longbottom, revertemos ao plano original. A culpa será toda sua - disse ele calmamente
 Ele acenou com a varinha e segundos depois uma ave estranha voou para fora de uma das janelas estilhaçadas, com o velho Chapéu Seletor no bico.
- Não haverá mais Casas. O emblema, escudo e cores do meu nobre antepassado, Salazar Slytherin será o suficiente para todos, não é mesmo, Neville Longbottom?
 Ele apontou a varinha para Neville, que ficou rígido e calado, então forçou o Chapéu Seletor em sua cabeça, tampando seus olhos. Foi automático. Todos os hogwartinos avançaram um passo quando aquilo aconteceu. Infelizmente, fomos parados pelos comensais e suas varinha apontadas.
- Neville agora vai demonstrar o que acontece com quem é suficientemente tolo para continuar a se opor a mim. - Anunciou Voldemort e, com um aceno da varinha, fez o Chapéu Seletor Pegar fogo.
 Eu soltei um berro, que foi encoberto por outros. Neville ardeu em chamas, pregado no chão. Então muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo.
 Um clamor foi ouvido das distantes divisas da escola, dando a impressão que milhares de pessoas escalavam os muros fora do campo de visão e corriam na direção do castelo. Nessa hora o menor gigante que eu já vi (sim, infelizmente já vi vários gigantes) apareceu contornando a quina do castelo e gritando "HAGGER!". Seu grito foi respondido por urros dos gigantes de Voldemort: eles avançaram contra o pequeno. Depois vieram o barulho de cascos, a vibração de arcos e a chuva de flechas e os comensais caindo, gritando surpresos. 
 Com um único movimento vi Neville se libertar do Feitiço Corpo Preso. O chapéu em chamas caiu de sua cabeça e, do fundo dele, o menino tirou uma espada prateada com o punho cravejado de rubis. Quando eu estava prestes a não entender porra nenhuma, Neville, com um único golpe, decapitou a cabeça de Nagini, que girou no alto, reluzindo à luz que vinha do saguão de entrada, e a boca de Voldemort se abriu em um berro de fúria assim que o corpo da cobra bateu com um baque surdo em seus pés.
- HARRY! - Gritou Hagrid do nada - HARRY... ONDE ESTÁ HARRY? 
 E não é que ele não estava mais lá? Puta que pariu, agora só falta terem sequestrado o corpo de Harry! O pobrezinho não vai ter nem um funeral digno, é isso?
 Então eu percebi que Remo e Sirius ainda me seguravam, mesmo que eu não esteja mais avançando.
- Hãã, rapazes? Já podem me soltar. - Eu disse para eles, que fizeram o que eu tinha dito sem nem darem o trabalho de me olhar.
 Enfim, um pandemônio se instalou. A investida dos centauros dispersava os Comansais da Morte, todos fugiam das pisadas dos gigantes e, cada vez mais próximos, cavalos pretos alados voavam Bicuço, o hipogrifo, rodeando as cabeças dos gigantes de Voldemort, gadunhando seus olhos, enquanto o pequeno gigante os esmurrava. E então todos os hogwartinos e comensais foram empurrados para dentro do castelo. Alguns eram pisoteados, alguns lançavam feitiços, eu só corria.
 Era incrível como logo eu ganhei um adversário. Ou melhor, uma adversária. Bellatrix investiu contra mim assim que me viu. Eu tinha a impressão que ela queria me matar, mas era só uma impressão.
 A priminha de Sirius era rápida e conhecia feitiços de magia negra que eu nunca ouvira falar (eu falo como se conhecesse muitos), mas eu não ganhei o meu diploma de auror a toa. 
Um minuto
Dois minutos
Cinco minutos
Doze minutos
Foda-se a contagem, aquele duelo tava demorado demais.
Então alguma coisa explodiu entre nós duas, nos fazendo recuar, ou melhor, voar e cair no chão. E é claro que ignoramos o fato de estarmos no meio de um duelo e puxamos duelo com outros. Francamente, eu odeio Bellatrix, mas eu amei o fato de ela ter o bom senso de desistir de duelar comigo. Temos o mesmo nível de magia. É como duelar contra uma versão maníaca de mim mesma. Nunca mataríamos uma a outra. Seria eterno.
 Os quatro comensais que resolveram tentar me matar não chegavam aos pés de Bella. Quero dizer, os quatro juntos. Derrubei um, outro, o terceiro demorou um pouquinho mais, sobrou só um. O maluco tentou me lançar um Avada mais de dez vezes. Literalmente, eu contei. Bem, o fato é que do nada, centenas de elfos domésticos saíram correndo, um particularmente feio na frente, brandindo um cutelo:
- À luta! À luta! À luta pelo meu senhor, defensor dos elfos domésticos! À luta contra o Lorde das Trevas, em nome do corajoso Régulo! À luta! 
- MONSTRO?! - Ouvi Sirius perguntar sem entender bulhufas
 Enfim, eles começaram a atacar os tornozelos  canelas dos comensais. Um deles, extremamente adorável furou a perna de meu adversário, com o rosto brilhando de malícia. Quando ele olhou para mim, sorri para ele, ele retribuiu alegre e correu para continuar infernizando os encapuzados. Eu amo elfos.
Os comensais começaram a recuar. Muitos deles estavam feridos. Bem, mas ainda haviam dezenas e dezenas dele. Voldemort duelava com Mcgonagall, Slughorn e Kim ao mesmo tempo, enquanto Bellatrix duelava com Hermione, Gina e Luna. Eu estava prestes a ir ajudar as meninas, quando uma maldição da morte passou por milímetros de Gina. O que eu ouvi fez minha voz interior gargalhar eternamente.
- A MINHA FILHA NÃO, SUA VADIA!
 Molly atirou sua capa para longe enquanto corria, deixando os braços livres. Bellatrix girou os calcanhares, às gargalhadas, ao ver quem era a sua nova desafiante.
- SAIAM DO MEU CAMINHO! - Molly gritou às três garotas e, fazendo um gesto largo com a varinha, começou a duelar. 
 Molly deveria ter enjuvenecido trinta anos. Seus movimentos com a varinha eram ágeis e logo observei o sorriso de Bellatrix vacilar e se transformar em um esgar. Jorros de luz voavam de ambas varinhas, o chão em torno dos pés das bruxas esquentou e fendeu; as duas mulheres travavam uma luta mortal.
- Não! - gritou Molly para alguns garotos correndo para ajudá-la - Para trás! Para trás! Ela é minha!
 O mundo parou. Além de Molly e Bellatrix, Voldemort e seus oponentes eram o único duelo ativo. O resto somente os observava.
- Que vai acontecer com seus filhos depois que eu matar você? - Provocou Bella - Quando a mamãe for pelo mesmo caminha que o Fredinho?
- Você... nunca.... mais... tocará... em... nossos... filhos! - Gritou Molly
 Bellatrix gargalhou. O que deve ter sido a deixa para Molly lançar um feitiço que atingiu o peito de Bellatrix, direto no coração.
 A risada dela congelou. Seus olhos quase saltaram das órbitas. Então ela meio que... Explodiu. Todos bradaram a morte da vilã, pouco tempo antes de Voldemort dar um grito. Ele apontou a varinha para Molly.
- PROTEGO! 
 É agora toda a minha vida vira uma mentira. Harry apareceu do nada. Vivo, sujo, aparência horrenda, mas vivo.
 Os gritos de surpresa foram muitos. Até eu gritei.
- Não quero que mais ninguém tente ajudar - disse Harry - Tem que ser assim. Tem que ser eu.
- Potter não está falando sério - disse Voldemort - Não é assim que ele age, é? Quem você vai usar como escudo hoje, Potter?
- Ninguém - respondeu Harry - Não há mais horcruxes. Só você e eu. Nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver, e um de nós está prestes a partir para sempre...
- Um de nós? - caçoou Voldemort - Você acha que vai ser você, não é, o garoto que sobreviveu por acaso e por que Dumbledore estava puxando os cordões?
- Acaso, foi? Quando minha mãe morreu para me salvar? - Desafiou Harry. Aquela fala me fez arfar. Ouvir Harry falando de Lily era algo novo para mim - Acaso quando decidi lutar naquele cemitério? Acaso, quando não me defendi hoje a noite e, ainda assim, sobrevivi e retornei para lutar?
Acasos! - Berrou Voldy - Acaso e sorte e o fato de você ter se escondido e choramingado atrás das saias de homens e mulheres superiores a você, e me permitifo matá-los em seu lugar!
- Você não matará mais ninguém esta noite - disse Harry - Você não será capaz de matar nenhum deles, nunca mais. Você não está me entendendo? Eu estive disposto a morrer para impedir que você ferisse essas pessoas...
- Mas você não morreu!
-... Mas tive a intenção, e isso que fez a diferença. Fiz o que minha mãe fez. Protegi-os de você. Você não reparou que nenhum dos feitiços que lançou neles são duradouros? Você não pode  atingi-los. Você não aprende com os seus erros, Riddle, não é?
- Você se atreve...
- Me atrevo, sim. Sei coisas que você ignora, Tom Riddle. Sei de muitas coisas importantes que você ignora. Quer ouvir algumas, antes de cometer outro grande erro?
 Um minuto de silêncio tenso. Harry parecia muito com James falando daquela forma. Ele estava confiante, determinado e atrevido como Pontas.
- É o amor de novo? - disse Voldemort zombeteiro - A solução favorita de Dumbledore, amor , que ele alegava conquistar a morte, embora o amor não o tivesse impedido de cair da Torre e se quebrar como uma velha estátua de cera? Amor, que não me impediu de matar a sua mãe sangue-ruim como uma barata - Olha.as.palavras.Voldy. -,Potter; e ninguém parece amá-lo o suficiente para se apresentar desta vez e receber a minha maldição. Então, o que vai impedir que você morra agora quando eu atacar?
- Só uma coisa - Respondeu Harry, enquanto ele e Voldemort continuavam a se rodear
- Se não for o amor que irá salvá-lo desta vez - retrucou o cara-de-cobra - você deve acreditar que é dotado de uma magia que eu não tenho, ou, então, de uma arma mais poderosa que a minha?
- Creio que as duas coisas - replicou Harry. Voldy começou a rir
- Você acha que conhece mais de magia do que eu? Do que eu, do que Lord Voldemort, capaz de magia com que o próprio Dumbledore jamais sonhou?
- Ah, ele sonhou, sim, mas sabia mas do que você, sabia o suficiente para não fazer o que você fez.
- Você quer dizer que ele era fraco! Fraco demais para ousar, fraco demais para se apoderar do que poderia ser dele, do que será meu! - Berrou Voldemort
- Não, ele era mais inteligente do que você, um bruxo melhor e um homem melhor.
- Eu causei a morte de Alvo Dumbledore!
- Você pensa que causou, mas se enganou.
 Todos arfaram ao ouvir essas palavras.
Dumbledore está morto! - Voldemort disse com raiva - O corpo dele está apodrecendo no túmulo de mármore nos jardins deste castelo, eu o vi, Potter, e ele não irá retornar! 
- Dumbledore está morto, sim - respondeu Harry calmamente -, mas não foi você que mandou matá-lo. Ele escolheu morrer, escolheu meses antes de morrrer, combinou tudo com o homem que você julgou que era seu servo.
- Que sonho infantil é esse? - exclamou Voldemort
- Severo Snape não era homem seu. - Ok, isso ai é novidade para mim - Snape era de Dumbledore desde o momento em que você começou a caçar minha mãe. E você nunca percebeu, por causa daquilo que não pode compreender. Você nunca viu Snape conjurar um Patrono, viu, Riddle?
- O Patrono de Snape era uma corça - disse Harry -, o mesmo que o de minha mãe, por que ele a amou quase a vida toda, desde que eram crianças. Você devia ter percebido, ele lhe pediu para poupar a vida dela, não foi?
- Ele a desejava, nada mais - desdenhou Voldemort -, mas quando ela se foi, ele concordou que havia outras mulheres, de sangue mais puro, mais dignas dele...
- Naturalmente foi o que Snape lhe disse, mas ele se tornou espião de Dumbledore a partir do momento em que você a ameaçou, e dali em diante trabalhou contra você! Dumbledore já estava morrendo quando Snape o matou!
- Não faz diferença! - guinchou Voldemort. Então o maníaco riu - Não faz diferença se Snape era meu seguidor ou de Dumbledore, ou que mesquinhos obstáculos ele tentou colocar em meu caminho! Eu os esmaguei como esmaguei sua mãe, o pretenso grande amor de Snape! Ah, mas tudo isso faz sentido, Potter, e de modos de que você não compreende!
 "Dumbledore tentou me impedir de possuir a Varinha das Varinhas! Queria que Snape fosse o verdadeiro senhor da varinha! Mas passei à sua frente, garotinho: cheguei à varinha antes que você pudesse por as mãos nela, compreendi a verdade antes que você a percebesse. Matei Severo Snape há três horas, e a Varinha das Varinhas, a Varinha da Morte, a Varinha do Destino é realmente minha! O último plano de Dumbledore falhou, Harry Potter!"
 Ok, isso também é novidade. Arregalei tanto os meus olhos quando Voldemort falou que tinha matado Snape, que quase que meus globos oculares saem.
- É, falhou. Você tem razão. Mas, antes de você tentar me matar eu o aconselharia a pensar no que fez... pensar, e tentar sentir algum remorso, Riddle...
- Que é isso?
 Voldemort estava em choque. Eu estava em choque. Todos estavam em choque. 
- É a sua última chance - continuou Harry -, e é só o que lhe resta... vi em que se transformará se não aproveitá-la... seja homem... tente sentir algum remorso...
- Você ousa...
- Ouso, sim, porque o último plano de Dumbledore não saiu às avessas para mim. Saiu às avessas para você, Riddle.
- A varinha não está funcionando corretamente para você, por que você matou a pessoa errada. Severo Snape jamais foi o verdadeiro senhor da Varinha das Varinhas. Ele jamais derrotou Dumbledore.
- Ele matou...
- Você não está prestando atenção? Snape nunca derotou Dumbledore! A morte de Dumbledore foi planejada pelos dois! Dumbledore pretendia morrer sem ser derrotado, o último e verdadeiro senhor da varinha morreria com ele, porque jamais foi arrebatada de suas mãos!
- Mas, então, Potter, Dumbledore praticamente me entregou a varinha! - Voldemort disse com prazer - Roubei a varinha do túmulo do seu último senhor! Retirei-a, contrariando o desejo do seu último senhor! O poder é meu!
- Você ainda não entendeu, não é Riddle? - CARALHO HARRY, EXPLICA LOGO! - Possuir a varinha ão é o suficiente! Empunhá-la, usá-la, não a torna realmente sua. Você não escutou o que o Olivaras disse? A varinha escolhe o bruxo... A Varinha das Varinhas reconheceu um novo senhor antes de Dumbledore morrer, alguém que jamais tinha posto a mão nela. O novo senhor tirou a varinha de Dumbledore contra sua vontade, sem perceber exatamente o que tinha feito, ou que a varinha mais perigosa do mundo lhe dedicara a fidelidade...
 Voldemort dava a impressão de estar prestes a matar Harry. 
- O verdadeiro senhor da Varinha das Varinhas era Draco Malfoy.
 Um momento de silêncio...
- Que diferença faz? - perguntou ele - Mesmo que você tenha razão, Potter, não faz a menor diferença para você nem para mim. Você não possiu mais a varinha da fênix: duelaremos apenas com a perícia... e depois de tê-lo matado, posso cuidar de Draco Malfoy...
- Mas é tarde demais. Você perdeu sua chance. Cheguei primeiro. Subjulguei Draco faz semanas. Arrebatei a varinha dele.
 Harry girou a varinha que tinha na mão.
- Então a questão se resume nisso, não é? - Sussurrou o menino - Será que a varinha em sua mão sabe que seu último senhor foi desarmado? Por que se sabe... eu sou o verdadeiro senhor da Varinha das Varinhas.
O sol nascente irrompeu pelo céu encantado iluminando o rosto de ambos. Soube o que iria acontecer um segundo antes de realmente acontecer. 
- Avada Kedavra
- Expelliarmus!
 Duas chamas, uma verde e uma vermelha, sairam, uma de cada varinha, e se encontraram no meio entre os dois. Eu vi a Varinha das Varinhas coar para o alto, girar pelo céu encantado e cair exatamente na mão de Harry. Ao mesmo tempo, Voldemort caia no chão, morto atingido pelo ricochete da própria maldição.
 Finalmente, eu senti que tudo estava bem.


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ALGUNS AVISOS, SIM?
 PRIMEIRO: A FILHA DA PUTA QUE OUSAR RECLAMAR DA DEMORA... BEM, SE EU VIR UMA ÚNICA RECLAMAÇÃO DA MINHA DEMORA, EU DEMORAREI O DOBRO!
 SEGUNDA: Não, a fic não acabou. Temos mais dois anos adiante que serão tirados da minha cabeçinha problemática :P
 TERCEIRA: EU SEMPRE MORRO DE RIR QUANDO A MOLLY MATA A BELLA... Mas eu to meio que amando a Helena Bonham Carter ultimamente, entçao fiquei com pena :(
 Espero que tenham gostado do cap :) 

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Comentários (3)

  • rafinha granger-potter

    Eu nao disse que ia ser perfeito?! eu amei td de verdade!!!! desde as cenas cutes do remo e da giucci, passando pelas conversas lols dela com ele msm e a morte do collin(*snif*) até as revelaçoes do Harry no final e a morte do cara sem bronzeamento e sem nariz (kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)vc nem imagina qto me deixou feliz por saber que tem mais pela frente, to loka pra ver o que vc vai aprontar agr rsrsnem vou reclamar da demora, esses ultimos meses tem sido mto cheios pra td mundo, eu mau tive tempo de pensar, entao pra mim passou rapido, mas msm assim, tenta postar mais rapido o proximo, sim?bjss e mta criatividade!

    2012-05-01
  • Juhh Potter Black

    \o/ \o/ \o/ \o/ CAPITULO DEMAIS! Se eu ficasse falando o que achei bom,ia demorar  um século então só vou falar que ADOREI!Pensei que você ia poupar a vida do Colin, coitada da Anne,mas o Sirius vai cuidar dela,né?  Remo tão fofo com a Giucci *-------*

    2012-04-30
  • Makenna Lestrange

    Muito boom, não vou falar da demora, mas entã adorei e poste loogo !

    2012-04-30
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