Invasão



Mais dois meses se passaram. Eu realmente fiquei confusa com aquilo que vi na minha sala... Espíritos me perseguindo... Tudo bem... Talvez eu tenha alucinado... Mas ter visto aquilo deu medo...


- E te impediu da fazer algo estúpido! – Ô voz dos infernos? NÃO SERIA ALGO ESTÚPIDO! Eu ainda amo ele! Você é só uma voz imaginária, não sabe oque é amar! – Magoei agora... – Aew!! Calei a voz :D – Por enquanto... – O.O


- Profª Giucci?


- Hã? – Perguntei saindo da minha discução interna – Desculpem, sim?


- Há alguma utilidade para a pele de hipogrifos? – Draco Malfoy perguntou olhando maliciosamente para Harry


- Sim... Mas só se você quiser usar uma tanga de penas. – Eu disse seriamente, provocando risos – E eu já ouvi falar que elas atraem ratos então... Não são muito utilizáveis... A menos que você queira atrair ratos... E isso não é o caso, né?


- Não professora. – O menino respondeu bufando


- Bem, vocês estarão dispensados ao acabarem estes – Eu fiz uma pilha de pergaminhos flutuarem – exercícios. Boa sorte.


 Os alunos terminaram aos poucos. Eu percebi que Harry parou de escrever numa hora e ficou olhando para o amigo Rony Weasley, que escrevia rapidamente. Então eu olhei o relógio e vi que já estava na hora de dispensá-los, ou iriam se atrasar.


- Rony, Ja... Harry – O que diabos eu to pensando? Chamar o Harry de James, argh sua burra! – Podem ir


 Mas os meninos não se mexeram.


- A senhora ia me chamar de James – Harry deduziu – Conheceu meu pai?


 Eu sorri tristemente.


- Achava mesmo que seu pai só teve amigos homens? – Perguntei - Estudei com ele.


 Harry deu um sorrisinho, olhou para Rony que estava com um ar pensativo.


- Acho que o prof Snape vai tirar uns 50 pontos da Grifinória se chegarem atrasados. Acho que vocês não fariam isso com a casa dos corajosos, certo? – Perguntei a eles. Os meninos assentiram pegando suas mochilas – Vão logo


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  A primeira ida à Hogsmeade do ano foi marcada. No dia das bruxas. Eu fiquei em Hogwarts corrigindo lições de casa. Depois fui dar uma volta na orla da floresta. Passeando solitariamente, ela fica muito mais sinistra que normalmente, mas eu aguento. Bem, mas eu acho que não deveria ter andando tão adentro dela. Claro, eu não passei de três metros da orla... mas...


  Vou começar a contar a história do começo. Bem... eu estava andando lá na boa, pensando nos erros ridículos que alguns alunos cometeram... Então vi um par de olhos amarelos me encarando. Como o pôr-do-sol estava iluminando o entardecer, a imagem era menos visível, e a visão, mais sinistra. Eu chaguei perto e vi que era só um gato laranja de cara amassada. Ele miou e saiu andando. Eu o acompanhei com o olhar, ele estava entrando muito adentro da floresta. Então de trás de uma árvore um cachorro enorme, negro, extremamente magro, de aparência doente e de olhos azuis. Eu conhecia aquele cachorro. Mas... Não pode ser ele! Ele nunca chegaria a Hogwarts com os dementadores nas entradas! Mas o cachorro tinha um olhar tão humano, tão sentimental... Era como se... pedisse misericórdia. Era um olhar tão humano...  E eu, machucada pela visão, só consegui murmurar:


- Monstro.


 O cachorro me olhou magoado e saiu andando floresta adentro.


 Eu saí da floresta e fui para minha sala. Eu estava tão confusa! Será que Hogwarts está trazendo meus antigos colegas de casa a meu encontro? Não, para com isso Julieta, você está alucinando! Foi um cachorrão selvagem que estava andando pela floresta e me encontrou! Só isso! Solo isto! Just it!


 Então, para tentar esquecer a minha desastrosa visão, fui para a festa de Halloween que ocorria no Salão Principal. Uma festa muito agradável, posso dizer, então fui para minha sala dormir


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 Não demorou muito. Black atacou o castelo naquela noite. Esfaqueou o retrato da mulher gorda porque ela não deixou ele entrar.... Eu estava dormindo levemente quando a Profª Sprout bateu na porta. Eu vesti um robe e fui atender. Ela me disse sombriamente:


- Black entrou no castelo. Precisamos de sua ajuda para as buscas.


 Eu peguei minha varinha e saí em direção ao pátio de entrada. Revistei todo o primeiro andar. Nada. Os meus colegas também não obtiveram muito sucesso em suas buscas. Ele evaporou novamente. Esta noite, todos os alunos dormiram no salão principal, em sacos de dormir. Eu fiquei o máximo de tempo que pude guardando as crianças, mas eu sabia que Black não as atacaria. Era muito arriscado atacar duas vezes no mesmo lugar e na mesma noite. Mas doía. Ô se doía...


 Depois disso, o quadro da Mulher Gorda foi substituído pelo quadro Sir Cardogan, um cavaleiro doidão do sétimo andar. Eu não fiquei confortável com saber o fato de Sirius ser animago. Eu deveria contar para Dumbledore? Isso seria bem útil para ele...


Mas sempre que eu me levantava para dizer a verdade ao diretor, os olhos azuis do cachorro que vi na floresta vinham em minha mente. Eu não posso contar. Por quê? Não sei. Mas não posso, mesmo que isso me devore por dentro.


 


 

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