Efeitos de um dementador



Capítulo 13 – Efeitos de um dementador


 


         Tiago lembrava-se vivamente da conversa que tivera com Fugde, a alguns instantes. As palavras do Ministro o intrigaram, é claro.


“ Não seria melhor dar uma varinha à Harry? Para controlar a magia? Afinal, é para isso que varinhas servem, canalizar a magia”


         E o como respondera: “Não acho uma boa idéia, Cornélio. A magia dele ainda está se expandindo, e muito rapidamente. Pode causar problemas a ele se tentar canalizá-la”


         Mas, o que era certo? Usar ou não uma varinha? Talvez, só talvez, ela diminuísse o poder de Harry.


         Bom, ele não iria gostar disso, mas seria para seu próprio bem. Seria mais fácil de controlá-la e praticá-la, certamente. Ah, lembrou-se de repente, da época em que odiava ouvir que “seria para seu próprio bem”.


         É, Harry, definitivamente, não ia gostar disso.  Entretanto, o que era certo? O que poderia fazer a magia dele ser controlada?


         Sentiu, num mísero segundo, que queria arrancar parte da aura de seu filho, mas essa ideai sumiu tão rápido quanto veio.


         Deu um rápido ‘tchau’ a Sirius em frente a calçada, enquanto o mesmo, ia meio dormindo para casa, tinha trabalhado demais hoje, aparentemente. E ficar trabalhando até as onze da noite também, aparentemente, não fizera bem.


         Aparatou em cima do sofá da sala da Mansão Potter.


         A sala era bem grande. Tinha aquelas clássicas lareiras, onde tinha uma enorme porta retrato com uma foto recentemente tirada.


         Tiago estava numa ponta com um braço em volta da cintura de Lílian, que sorria feliz e largamente. Sirius parecia gargalhar no retrato, enquanto Marlene dava um tapa de brincadeira nele. Remo estava logo próximo deles, rindo do amigo. Harry e Alicia sorriam, no centro do retrato, brincando um com o outro.


- Ti? – perguntou uma voz doce, para logo em seguida aparecer Lílian, que sentou-se no tapete de linho vermelho ao lado do marido.


- Oi, meu anjo ruivo – respondeu sonolento.


- Por que está deitado aqui no sofá? Vai pro quarto. Eu já estava indo dormir – comentou ela vagamente olhando o relógio da parede.


         Tiago sentou-se no sofá, e Lílian logo sentou ao seu lado para não ficar no chão.


- Isso é um convite de ir para cama com você? – ele arqueou uma sobrancelha, e seu tom tinha uma nota maliciosa.


         Ela corou um pouco, mas sorriu, antes de dar um beijo brincalhão nele.


         Se beijavam suavemente no inicio, mas logo se tornou mais caloroso.


         Até ouvirem uma voz:


- Quero ver isso não.


         Os dois separaram-se de súbito e viram Harry ali. De pijamas azuis escuros, uma mão esfregando os olhos por baixo dos óculos e a outra mão segurando um pomo de ouro de pelúcia que Alicia dera no seu aniversário passado. Ele parecia exausto.


- Ei, campeão – disse Tiago sorrindo. Estava aliviado de ver o filho melhor.


- Não tente mudar de assunto. Vou repetir, quero ver isso não – disse, dando um bocejo enorme.


         Lílian, um pouco corada por ter sido flagrada pelo filho, disse sorrindo:


- Acho que está na hora da criança dormir.


- E saber que vocês dois estão aqui em baixo, assim? – indicou a proximidade dos pais – Vou ter pesadelos desse jeito!


         Tiago gargalhou no silencio, mas Lilian disse severa: - Igual a você, não perde a marotagem nem com sono prestes a cair no chão. Mas afinal, querido, por que está aqui embaixo? Não te pus na cama?


         O moreno sorriu amarelo.


- Quis pegar alguns biscoitos de chocolate. E... Bom... Se você brigasse comigo eu podia dizer estar me recuperando do dementador – e sorriu mais para a cara chocada da mãe.


         Isso despertou uma dúvida pontuda em Tiago.


- Isso me lembra... Aquele dementador era estranho, não? Não foi afetado pelo feitiço do Patrono, era para funcionar – disse.


         Harry parou de sorrir, lembrando-se, de repente, da sensação que o “monstro-idiota-encapuzado” – como carinhosamente apelidara – causava em si mesmo.


- Eu... – hesitou. Deveria contar? Em todo caso... – Eu não gostei do que o dementador me mostra. Ouvi dizer que nos mostravam nossas piores lembranças, mas aquela era ruim de ouvir.


         E caminhou até o sofá, sentando-se no colo da mãe, enquanto recostava a cabeça em seu ombro, não mais tão sonolento quanto antes.


- O que você ouviu? – perguntou Lílian, temerosa.


- Você. Só você gritando para Voldemort não me matar, e ele pedindo para você sair – respondeu simplesmente.


         A boca pareceu ficar seca.


 


POV’s Harry:


 


         Olhei meus pais. Pareciam preocupados, assustados e amorosos, tudo ao mesmo tempo. Mas acho que pais e padrinhos eram assim, ao menos, os meus eram. Até Tio Aluado, meu tio postiço.


         Um silêncio desconfortável abateu a sala. Mas minha mãe logo quebrou ele dizendo que eu tinha quer ir para cama. Meu pai, estranhamente se ofereceu para ir me por nela.


         Ergui uma sobrancelha quando ele me pegou no colo e me segurou em um de seus braços. O que ele queria?


         Caminhou silencioso pela grande casa, até chegar ao meu quarto, espantou algumas mini-vassouras que voavam perto de seu rosto, antes de me colocar sentado na cama e se ajoelhar ficando de minha altura.


- Olha, Harry – ele estava anormalmente sério – não sei que dementador foi aquele. Mas peço que, por favor, tome cuidado. Em qualquer lugar que você for, tome cuidado.


- Por quê? – perguntei mais risonho do que seria necessário – Não vai pular nenhum bicho em mim.


         Meu pai suspirou, deu um sorrisinho reprimido e disse: - É, não vai. Só tome cuidado. Você e sua mãe são meus bens mais preciosos.


- Tá – meio em choque, né? Ele tava sério...


         Deu um beijo em minha testa, apagou a luz e saiu.


         Virei para o lado da parede, enquanto ouvia passos pelo corredor. Minha mãe e meu pai indo dormir, provavelmente.


- Psiu – falei baixinho para não assustá-la – Quem é você?


         Era só o que eu vinha perguntando mesmo a essa estrela maluca, mas ela nunca era direta.


         A estrela virou-se para mim, pelo que parecia, sorrindo. Tomou rapidamente a forma de um gato laranja de listras azuis. Nem perguntei.


- Olá. Vejo que dessa vez decidiu falar comigo. Faz algum tempo que você não faz isso – disse ela.


- Eu esqueci o que tinha que fazer para chamar a sua atenção – era verdade.


- Não é muito difícil. Só precisa falar, vou sempre responder a você, meu amigo querido – ela disse gentilmente.


         Amigo? Querido?


- Mas nem nos conhecemos! – exasperei.


- Você é que pensa – disse tranquilamente, numa voz divertida. E ainda parecia a de uma menininha travessa – Conheço você a mais tempo e mais do que possa imaginar.


         Arqueei uma sobrancelha.


         Mas de repente acordei em meu quarto, como sempre.


         Suspirei cansado e olhei para o relógio, sete e quinze. Deitei de novo e virei para a porta.


         Não dormi novamente.


         Usei um pouco de tempo para refletir, o que me fez dar uma pequena risada, parecia filosofia, e isso era Aristóteles demais.


         Quanto a vida de uma pessoa pode mudar em cinco anos? Primeiro era só eu, meu pai, minha mãe, Sirius e Remo. Aí veio Lene. Veio Alicia. Aí os Weasleys. Aí Tio Dumby, Tia Minie e mais uma porção enorme de pessoas!


         E eu tenho uma Aura, super desenvolvida! Tenho poderes mágicos absurdamente absurdos. Impossíveis de serem controlados completamente e que se expandem até sabe-se lá onde.


         Eu tinha sobrevivido a Maldição da Morte – primeiro e único. E tinha sobrevivido a um Avada Kedavra lançado pelo Lord Titica Voldemort, vulgo trouxa imbecil.


         Quantas coisas bizarras podem acontecer em cinco anos? Animais saindo de você em uma luz prateada. Uma aura falante e bem sólida. Uma melhor amiga histérica, sendo que minha amizade começou na briga com ela.


         Queimar uma árvore quando estava na casa dos Weasley e dar um ataque por não saber sobre Voldemort. Aparatar em Hogsmeade e a caminhar até Hogwarts só para falar com Dumbledore.


         Um dementador “ultra-modificado” querendo atacar a mim e a mais ninguém.


         Quantas... Ah, quer saber? Esquece!


 


POV’s Alicia Melanie Black (especial):


 


         Acordei animada esta manhã. Iupi!!!


         Não sei porque estou feliz. Só estou, talvez meu pai tenha razão, aquele dementador afetou minha cabeça...


         Mas, bem, ele me deu muito, muito medo.


         Não contei a ninguém sobre o que vi – mas talvez conte a Harry. O que vi me assustou e muito...


- Como vai garotinha?


- M-me deixa e-em p-paz.


- Que gracinha, mas o que acha de ver sua mãe morrer? É isso que vai acontecer se você não fizer o que eu... O QUÊ?! Droga!


 


         Fora da vez que um homem mascarado de caveira e usando um manto preto invadiu minha casa, lá no Brasil ainda.


         Eu tinha medo dele, muito medo. Os efeitos dos dementadores não são legais, são no mínimo, um horror.


         Por esse motivo chorei compulsivamente atrás de meu – corajoso – amigo Harry. Ele é meu herói! *olhinhos brilhando*.


         Bom, espero realmente não encarar outro dementóide – HaHa.


         Acho que já chega de coisas bizarras para mim. Poxa! Só tenho cinco anos, falta uma semana para meu aniversário – 31 de outubro onde faço seis, só quero tranqüilidade. Isso me lembra, minha mãe vai me levar no Beco Diagonal amanhã! Que legal. Vamos encontrar os Weasleys lá.


         Rony mandou uma carta a mim e a Harry dizendo que ganhou uma vassoura, uma Shooting Star, mas pelo que ouvi, não é tão legal assim, pois não é realmente rápida. Eu e Harry queremos é uma Cleansweep.


         Outra coisa que tenho que descobrir é porque Gina cora e não fala nada perto de Harry. Não sei porque, mas isso me deixa espumando em raiva.


         E “Jred e Forge” (Fred e Jorge) são realmente engraçados. Mas, espero, realmente, que Percy não esteja lá. Merlin me livre daquele CDF certinho!


         Mas, bem, falando em coisas bizarras, sabe o que é realmente esquisito?


         Hoje eu sonhei com uma lua. Uma lua falante.


         Bizarro, estou dizendo, bizarro!

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


Vassouras, people! (Bom dia, tarde ou noite, ok?)

Bom, bom, aqui tamo nois de novo! Iupi du! ãhn? Rsrs.


Liga não gente. Escrevi esse capítulo a uma da manhã, e acho que esse horário me deixa birutinha.


Bom dediquei este capzinho a rosana franco, porque pelas calcinhas de renda vermelha e calçolas verdes de Merlin! Ela comenta todos os caps, e isso me deixa very very happy.


Comentários são meu combustivel! Meu imaginem como um carro (que coisa estranha! Imagino?) necessito de gasolina (votos), diesel (comentários bons e ruins) para funcionar! Meu carro é esse!

Ok, agora que já viajei legal aqui, vejo vcs na próxima.


 


Rsrs.


Mil Jreds e Forges,


                     ♥   Annie Evans Potter ♥

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.