Minha (animada) amiga



POV’s Autora:


  Depois que Harry subira pisando duro as escadas, a sala ficara muito calma.


  Tiago ainda estava olhando o lugar que Harry estivera antes de sair andando, onde estivera quando disse que queria ir para a Sonserina.


- Querido – chamou Lilian docemente. Ela também estava chocada pelo filho ter falado aquilo – Ele falou da boca para fora é claro que Harry não quer ir para a casa das cobras.


  Sirius, que também estava um pouco atordoado pelo que o afilhado falara, chegou perto de Tiago e colocou a mão no ombro dele, um gesto de solidariedade.


- É, Pontas. Conheço o Harry, ele só estava bravo e com ciúmes. Que nem você, todo estressadinho – brincou no final.


- É, deve ser isso – falou Tiago.


  Alicia levantou do sofá, e caminhou para as escadas.


- Aonde você vai Alicia? – perguntou Marlene.


- Vou ver o Harry – respondeu ela.


  Lílian segurou a mão dela preocupada.


- Não é uma boa idéia ver Harry quando ele está bravo – falou ela. Lembrou-se das vezes que Harry ficara um pouco bravo. Ainda mesmo lembrava das palavras de Dumbledore a dois anos atrás...


Como sua magia é muita, mas do que muitos, mas do que a minha, será difícil ser controlada. Pode causar algumas coisas ruins no começo, pode ser difícil de controlar até mesmo quando ele estiver em Hogwarts, coisas podem quebrar, pegar fogo ou rachar quando ele estiver com um pouco de raiva, se ele se estressar demais receio que pode haver até mesmo um terremoto, então cuidado.”


- Não – disse a garotinha teimando – Harry é meu amigo. Ele está mal, precisa que alguém vá falar com ele! Vocês podem achar que quando alguém está bravo precisa de tempo para pensar, mas ele só vai ficar mais bravo, pode pensar que vocês estão aqui, comigo! Vou vê-lo!


  E saiu escada a cima, não sem antes ter perguntado onde era o quarto de Harry.


- Ela me lembra você de certa forma Sirius – falou Lilian.


- Por quê? – perguntou curioso.


- Você falava algumas coisas assim quando Tiago estava bravo. – ela corou um pouco e continuou – Quando estava bravo por eu ter dado um fora muito grande nele, ai você falava algumas coisinhas para mim.


- A é! – falou Sirius rindo um pouco.


- Bem, gente. Depois vocês me contam como ficaram as coisas, tenho que ir – falou Remo. Despediu-se de todos, desejou boa sorte e aparatou.


  Os quatro sentaram-se no sofá e se colocaram a esperar que Alicia acalmasse Harry.


 


POV’s Harry:


  Estava olhando a vista da janela do meu quarto.


É um quarto grande. As paredes brancas, o carpete vermelho.


Minha cama ficava encostada na parede, ao lado uma mesinha de cabeceira com um abajur azul e uma foto comigo, minha mãe e meu pai, em um porta-retrato de pomo de ouro. O armário com um desenho de coruja, feito por mim mesmo, grudado na porta. As mini-vassouras que voavam pelo quarto. Uma estante cheia de livros, não li todos, é claro, mas já tinha visto alguns. Uma poltrona próxima ao armário.


  Na parede tinham alguns retratos com fotos minhas e de minha família. Era mais fácil sem a tal da Alicia Melanie Black.


  O mais estranho era que... Por mais que eu quisesse sentir raiva daquela garotinha, eu não conseguia. Sei lá, o jeito dela me encantava. Os cachos cor de bronze caindo bonitos até um pouco abaixo dos ombros. Os olhos azuis piscinas, tão bonitos. Aquele rosto angelical com a pele cor de porcelana. Mas o sorriso maroto era tão bonito.


  Por que eu estou pensando essas coisas?


- Harry – disse uma voz doce a minhas costas.


  Olhei para a pessoa que dissera meu nome. Alicia, de certa forma, parecia previsível que ela viria aqui.


  Ela sentou-se a meu lado na cama e sorriu para mim como se nada tivesse acontecido.


- Não está brava comigo? Sabe, me descontrolei, acho que fiquei com ciúmes e... – comecei, mas ela gentilmente me interrompeu.


- Ah, tudo bem. Eu realmente não gosto que eles fiquem babando em cima de mim. Tenho três anos, posso ser fofa – ela riu um pouco antes de continuar – mas detesto que fiquem me bajulando. Realmente, não foi sua culpa.


- É que eu... – hesitei. Contaria como me sinto a uma estranha? – Eu me sinto diferente. Me sinto excluído.


- Eu também me sinto assim. Eu não tinha nenhum amigo ou amiga da minha idade. Somente minha mãe e minha avó. Eu me sinto completamente excluída nesse mundo de adultos – falou ela com sinceridade.


- É. É exatamente como me sinto. Diferente – falei. Dei um sorrisinho – Precisamos urgente de amigos.


- Sim, precisamos. Que tal... Não deixa para lá – falou ela balançando a cabeça negativamente.


- Ia sugerir... Sermos amigos? – perguntei hesitante.


- É, ia sim. Somos muito parecidos. Temos pais loucos, padrinhos briguentos, e precisamos urgente de um amigo.


- Padrinhos briguentos? – perguntei intrigado.


- É. Tio Tiago e Tia Lilian são meus padrinhos agora. Espero que não se importe – acrescentou ela rapidamente.


- Não, não me importo, Alicia. Mas então, a partir de hoje, 16 de novembro de 1983, viramos amigos – falou Harry.


- Eu Alicia Melanie Black, virei oficialmente amiga de Harry Tiago Potter! – falou Alicia, para minha surpresa, ela se espichou na cama e me deu um abraço.


- É, teve toda uma cerimônia – falei sorrindo.


- Sim! Mudando de assunto! – disse feliz e riu continuando - Minha mãe me contou da escola que ela estudava Bruxaria. Existiam os Marotos, né? Imagine que legal! – falou animada.


- Pois é. Meu pai, Sirius e o Tio Aluado criaram o Mapa do Maroto.


- O que é isso? – perguntou curiosa.


- É um mapa que mostra toda Hogwarts e quem está em tal lugar. Por exemplo, se eu olhar no mapa a sala do diretor, provavelmente eu vou achar o professor Dumbledore caminhando na sua sala.


- Que legal! Me fala mais desse mapa! – pediu ela em tom de suplica.


- Mas é claro. Tem um encantamento que protege o mapa, assim não é qualquer um que pode ler. Você tem que dizer: “Juro solenemente não fazer nada de bom”. Assim, aparece o mapa. E para fazer sumir é só dizer: “Malfeito, feito.”


- Isso é incrível! Quando formos para Hogwarts, iremos ser tão geniais quanto eles! – exclamou Alicia animada.


  Comecei a levantar da cama, e a menina – ou melhor, minha amiga – também.


- Me fale mais sobre os Marotos. Minha mãe não me conto muito, diz que pode ser péssima influencia – falou ela quando estávamos descendo as escadas.


  Alicia agarrou meu braço quando estávamos no ultimo degrau e aguardou ansioso que eu falasse mais deles.


- Ah, minha mãe também não fala muita coisa. Péssima influencia, essa é boa eu gostei. Deixa eu ver, eles tinham o péssimo hábito de sair depois do horário – comentei.


- Incrível! Fabuloso! Mal posso esperar para ir para Hogwarts! Não vai ser legal, Harry? – perguntou ela apertando mais meu braço.


- É, não vai ser legal Harry? – perguntou meu padrinho rindo.


  Logo depois apareceu minha mãe, minha madrinha e meu pai.


- Vejo que se entenderam – falou minha mãe satisfeita.


- É! Somos amigos para todo sempre, sempre, sempre, sempre, sempre, sempre, sempre, sempre e sempre! – disse ela animada.


- Pelo amor de Merlin, Alicia, respire – pedi, a garota já estava ficando roxa.


  Ela puxou o ar e sorriu animada.


- Ai! – gritou Alicia de repente.


- Que foi? – perguntou Tia Lene.


- Uma aranha! – falou aflita apontando para a parede onde uma pequena aranhinha estava.


- Ora, Alicia, que bobagem – falei pegando a aranha no dedo.


  Alicia gritou e se escondeu atrás do pai.


- Menina, você é histérica – comentei olhando a aranha.


- Talvez – concordou ela.


  Olhei melhor a aranha, era pequenininha. Ri internamente. Alicia tinha medo de pequenas aranhas. É, tinha graça nisso, ou talvez só o escândalo que ela fez tenha sido engraçado. Bem, eu posso imaginar que com Alicia como amiga, minha vida vai ter mais graça.


- Pode me deixar na parede de volta, por favor? – disse alguém.


  Olhei em volta.


  Nenhum dos presentes tinha falado isso, estavam todos olhando confusos para mim.


  Olhei para a aranha em meu dedo.


- Falou comigo? – perguntei. Estou a beira da loucura, literalmente!


- Sim, me coloque na parede, por favor!


  Deixei meu dedo na parede e a aranha rapidamente andou pela parede e sumiu de vista.


- Com quem estava falando Harry? E que língua era aquela? – perguntou Alicia curiosa.


- Ora, vocês não ouviram? Estranho... Bem, aquela aranha no meu dedo, falou comigo. Pediu pra eu colocá-la na parede – expliquei rapidamente.


- Falou com uma aranha? – perguntaram todos.


- É, sei lá. Parece que eu entendo o que ela diz – dei de ombros.


- Bem, temos que sair – falou minha mãe com pressa.


- Mãe, aonde vamos que você está assim? Fala que é muito importante, e blá, blá, blá.


- Vamos fazer compras, ué – ela disse e sorriu marota.


- Achei que fosse importante – eu disse antes de aparatar acompanhado.


  Sirius, Tia Lene, meu pai e Alicia apareceram logo depois e aproveitamos o resto do dia passeando num shopping trouxa.


  É, quem disse que uma boa amizade não começa sem alguns gritos?


A sua e a da Alicia por acaso começou, falou Aura divertida.


Fazer o que, respondi.

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