Perto ou Longe?



(Harry, Alicia e Rony já com cinco anos, 1885).


         Harry Potter não era um garoto comum. Para começar, era um bruxo. Mas também não era um bruxo comum. Derrotara o maior bruxo das Trevas, Lord Voldemort, quando tinha somente um ano de idade e sobrevivera a maldição da morte. Mas também tinha uma aura, lugar onde se acumula a magia existente, super desenvolvida.


         Por sorte tinha pessoas com quem podia contar. Uma delas era sua melhor amiga, Alicia, sendo que não gostara dela no inicio, mas a amizade deles agora era simplesmente inabalável. Outras eram seus pais, Tiago e Lilian. Seus loucos e briguentos padrinhos, Sirius e Marlene, que (finalmente) casaram-se. E Tio Aluado, seu “tio” postiço. Mais alguns amigos que fizera foram os Weasleys.


         Na primeira vez que visitara a família Weasley, fora um completo desastre. Fizera uma arvore pegar e fogo e dera um ataque. Mas visitaram eles novamente e explicaram as coisas melhor.


         A lista das pessoas que descobriram sobre a aura de poderes de Harry estava cada vez maior: os Potter, os Black, o Lupin, os Weasley, Dumbledore e McGonagall.


         Harry surpreendentemente descobriu que podia falar com os animais, culpa de Aura, é claro.


         Tudo parecia simplesmente perfeito, desde aqueles dois dias corridos (leia-se visita ao Weasleys e conhecer a Alicia) tudo estava bom. Fora tudo a dois anos atrás, nada mais viria perturbar-los.


         Exceto uma coisa... Harry continuava a ter o mesmo sonho. A estrela. Aquela estranha estrela.


         O céu escuro, a noite. Uma estrela muito, muito brilhante. Parecia extremamente perto, parecia tocá-la, mas quando estendia a mão... Não tocava, estava acordado em seu quarto.


         Mas afinal, pensava sempre que acordava daquele sonho, qual era seu problema?


 


POV’s Harry:


Acordei de manhã de mais um sonho “estelar”. Eu ainda não entendia... Não podia tocar a estrela, mas também não tinha outro sonho. Isso definitivamente não é normal! Fato!


         Estalei os dedos e meus pijamas foram trocados uma calça jeans e uma camiseta. Aparatei diretamente na cadeira da cozinha, hoje ia ser um dia daqueles... Consegui sentir isso.


         Bocejei cansativamente, antes de enterrar minha cabeça nos braços cruzados a minha frente.


- Não vai me dizer “oi”, Pontas? – falou uma voz chorosa e feminina. Alicia. Esqueci que ela tinha se mudado para casa ao lado a algumas semanas, e vinha aqui sempre.


         Sirius e Marlene também estão aqui, reparei quando levantei a cabeça.


- Desculpa, Almofadinhas – disse entre um bocejo e outro.


         Essa idéia de meu pai e Tio Almofadinhas de nos chamarmos pelos apelidos é complicado. Mas depois de um tempo se tornara fácil.


         Eu chamo Ali de Almofadinhas, enquanto ela me chama de Pontas. Para chamarmos nossos pais ou padrinhos sem nos confundir é Tio Pontas ou Tio Almofadinhas. E meu pai chama o Tio Sirius de Almofadas. O único problema mesmo é quando chamam Pontas, não sei se sou eu ou meu pai.


- Então, sono demais? – perguntou minha mãe, levando um pedaço de bacon a boca. Estava sentada de frente para mim, ao lado de meu pai.


- É... – de repente pensei em algo – Mãe?


- Sim? – perguntou.


- É comum as pessoas sonharem a mesma coisa? – perguntei.


  As atenções voltaram para mim.


- Hm – meditou ela – as vezes. Mas qual seu sonho? E quantas vezes você teve ele.


- Meu sonho é... Uma noite escura com uma estrela que parece bem perto, mas está bem longe – respondi. Pensei um pouco para responder a segunda – E tenho esse sonho desde que eu me lembre... Acho que tive no dia que Aura falou comigo pela primeira vez, ou um pouco antes.


- E quando ela falou com você mesmo? – perguntou Sirius, o esquecido.


- Ah, no dia que Voldemort tentou me matar – falei com naturalidade.


- Socorro! – ouvi uma bizarra voz mínima gritando isso.


         Olho em volta, e quase engasgo com meu suco de laranja quando vejo quem gritou. Uma pequena mosca meio esmagada pelo copo com água de Tia Lene.


         Estiquei a mão e levantei o copo enquanto a mosca ia embora agradecendo.


- O que foi isso? – perguntou Almofadinhas curiosa.


- Uma mosca sendo esmagada, é chato ter que ficar ouvindo todos os animais reclamando – disse sorrindo para minha amiga sentada ao meu lado.


         Alicia continua a mesma para mim. Olhos azuis claros, cabelos ruivos bronzes meio cacheados e rosto porcelana. Ela sorriu de volta enquanto comia sua maçã.


- Certo, mas voltando ao assunto do sonho, o que acha que possa ser? – perguntei.


         Ninguém tinha uma resposta. Meu pai pensou um pouco, mas depois disse:


- Já perguntou a sua aura sobre isso?


         De uns tempos para cá, Aura está muito desenvolvida, não que ela já não fosse. Mas agora, além de falar comigo por pensamento, pode aparecer, isso ela já fazia, mas agora quando aparece pode falar.


- Já, mas talvez... – deixei a frase no ar enquanto chamava Aura.


Aura!


Deixa eu ver... Quer que eu apareça? Perguntou. Tinha uma nota de diversão ali.


Sorri.


Quero sim, Aurinha! Obrigado.


         Aura, que é muito vaidosa, apareceu como um belo tigre prateado, ao qual Alicia ficou acariciando. Ainda tinha dessa, ela ficou bem solida também!


- Então, o que você acha Aura? – perguntei a minha velha amiga.


- Sabe – era estranho ver uma voz tão bonita, vindo de um animal prateado e que é uma aura – eu nunca vi um caso assim. Meu conhecimento sobre sonhos é pouco, ninguém realmente pesquisa coisas a fundo disso.


- Ótimo, que aura esperta – disse Sirius irônico.


- Ei! Retire o que disse! – falei bravo. Minha Aura era uma parte de mim, isso é uma ofensa... Tenho quase certeza.


- Há – e sorriu largo.


         Lancei-lhe um olhar desafiador, e, discretamente, estalei os dedos embaixo da mesa fazendo seus cabelos ficar tipo “rock” com uma cor rosa Pink.


         Ele bufou e resmungou algo parecido com um “metido a ser bom com magia”.


         Continuamos um café muito animado, que Aura também ficou conosco, se transformando em um gato e ficando no colo de Alicia, que simplesmente a adorava.


 


POV’s Autora:


 


- Já sei! – berrou Harry de repente, de noite, daquele mesmo dia.


         Os presentes na sala, Rony, Fred e Jorge (que foram via pó-de-flú) e Alicia se assustaram com o grito repentino.


- O que você... – começou Fred, ou Jorge, o moreno não sabia diferenciar.


- ... Sabe, porco-espinho? – finalizou o outro gêmeo.


- Como fazer esse sonho parar, vou tomar uma poção para dormir sem-sonhar! É claro! Como não pensei nisso antes! – disse dando um tapa na própria testa.


- Ele ta bem? – perguntou Rony, alheio a tudo. Sabia dos “poderes super-poderosos” de seu amigo, mas, definitivamente, não entendia quase nada. Era coisa demais!


         Como os três Weasleys e Alicia iam dormir ali, ficaram horas e horas conversando no quarto de Harry. E o melhor, Harry colocara feitiços de silencio na porta, assim Lilian não descobriria que estavam acordados. E também fizera aparecer um pequeno lanchinho, algo que Rony aceitou de bom grado.


         Somente de madrugada, lá pelas quatro da manhã, eles foram dormir.


- Boa noite, Pontas – falou Alicia para Harry, que estava para dormir ao lado da cama do garoto.


- Boa noite, Al – falou e depois tomou a poção para dormir sem-sonhar.


         Deitou-se na cama e quase imediatamente dormiu.


 


POV’s Harry:


 


         Perto, perto... Cada vez mais perto... Minha mão quase toca... Vamos lá, vamos lá!


         E minha mão direita parou de repente, mas não acordei, como normalmente faria.


O-ou.


         A estrela, que geralmente era só uma estrela parada, começou a se mover muito rapidamente. Parecia que eu estava dentro de um globo e ele girava e girava, estava tudo tão confuso que só conseguia ver um ponto brilhante.


         E, de repente, tudo parou.


         Eu estava flutuando no universo, e “a” estrela estava ao meu lado.


- Quem é você? – perguntei, não acredito perdi a sanidade para conversar com uma estrela. E o pior: ela respondeu!


- Finalmente decidiu falar comigo – falou. Uma voz fina, como sinos tocando, com certeza uma mulher. Mas estava mais para uma garota.


- Deveria ter falado antes? – perguntei coçando a cabeça. É claro né? Quando eu sonho com uma estrela a primeira coisa que faço é falar com ela! Dã...


- Talvez – respondeu deixando uma duvida no ar. – Você gosta de sorvete?


         Essa pergunta me pegou desprevenido. Por essa eu não esperava!


- Ãhn... Gosto, gosto sim.


- Legal – falou animada e voltou a, bizarroooo, olhar para frente. Para o universo.


- Afinal, quem é você? – perguntei.


- Você é bruxo, não? – ela perguntou e brilhou um pouco mais, vou encarar isso como um sorriso.


- Sou sim, e em momentos como esse não queria ser. Fala sério, to conversando com uma estrela! – falei mal-humorado. Ela ainda não me disse quem era!


- Uma estrela? Eu não sou isso – discordou.


- Como assim? É claro que é u... – mas minha voz morreu quando, ao invés de ver uma estrela dourada e brilhante, vi uma coruja roxa com olhos dourados ao meu lado.


         Ela não estava assim da ultima vez que eu olhei!


         Levantei uma sobrancelha.


- Ok, ok. Agora, me responda e, por favor, não desvie do assunto... Quem é você? – perguntei o mais sério que conseguia.


- Não acha voar uma coisa agradável? – ok, meu pedido não prestou para nada.


- Acho. Quem é você? – fui mais categórico dessa vez.


- Sabe, as pessoas deviam voar mais vezes. Voar é algo tão bom. Abrir as asas e sair voando, o vento batendo em seu rosto, as coisas ruins esquecidas no chão, as felicidades em cima. Também se pode voar com os amigos, é melhor ainda.


- Psiu! – cortei a tagarelice dela – Quem é você?


         Ela hesitou ou foi impressão minha? Ergui as duas sobrancelhas quando ela demorou para responder essa simples pergunta.


         Abriu a boca, no caso, o bico para falar, mas ouvi uma voz me chamando.


- Harry...


         A voz da estrela-coruja já ia saindo...


- Harry! - gritou a voz e eu despertei.


         Quando abri os olhos pude ver minha mãe e meu pai a minha frente, preocupados.


- Está tudo bem, filho? – perguntou meu pai.


- Ta – respondi, fingindo-me de sonolento, algo rotineiro.


- Dormiu sem sonhar com a tal estrela? – perguntou minha mãe.


- Sim – menti. Sorri falsamente, e isso pareceu acalmá-los, pois saíram do quarto. Olhando em volta, pude ver meus amigos (Fred, Jorge, Rony e Ali) brincando.  Fred e Jorge, como sempre, zoando com Ron. Rony vermelho de vergonha.


         Almofadinhas me deu um olhar solidário, quase hesitante?, mas sorriu e voltou a olhar os gêmeos travessos.


 


Não devia mentir para eles.


 


Preocupações a toa, são pesos a toa, respondi e, sinceramente, não fazia idéia do que disse.

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Finally, I post!!!!

Genti, emoção! *choro aos prantos!*

Finalmente consegui postar. ALELUIA IRMÃOS!

Então ta aqui, como voces pediram!


Beijos,

      Annie Evans Potter

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