Enfrentando a morte novamente

Enfrentando a morte novamente



 


26 de dezembro de 2008  14:13 hs


Ele estava mais bonito a cada dia.


Ele estava mais forte e cada vez mais apaixonante.


– Você está cada dia mais lindo! – eu tive de falar. Mesmo ficando encabulada depois.


Harry não respondeu, apenas veio em minha direção e me abraçou.


Seu abraço era forte e recheado de saudade.


– É um sacrifício ficar longe de você! – ele sussurrou.


Sua voz era fraca e falhada.


Eu encontrei os lábios de Potter rapidamente.


Nos beijamos por minutos


Após isso eu tive de perguntar, era algo que estava me corroendo:


– Vocês a acharam? – eu supliquei.


Ele olhou para os lados e sorriu após.


– Ela está com Rony, Hermione, Luna e Draco, na torcida da Grifinória.


Meu coração se preencheu de luz e paz.


O ultimo mistério de Dumbledore estava sendo revelado e cuidadosamente desvendado.


A filha de Snape e da bruxa de nome desconhecido estava se tornando algo excitante.


Ela estaria tão próxima de Dumbledore que ele lhe deu a diretoria da escola?


Ela entenderia?


Ela já sabia que era bruxa?


A lenda de ela ser herdeira da sabedoria de Dumbledore era verdade?


Perguntas sem respostas.


– Como ela é? – tive de perguntar.


Por um momento não queria saber se eles lutaram com os comensais e nada mais.


Apenas um flash passou em minha cabeça, Harry se sentia responsável por ela.


– Ela? – ele procurou as palavras certas, e as encontrou. – Ela é a cara dele, podemos dizer de longe que é filha dele.


– E como a acharam? – perguntei.


Antes que pudéssemos entrem em mais detalhes. Os gritos dos alunos preencheram toda a área do campo.


Harry olhou para mim com seus olhos profundos e procurando saber se era verdade o que passou em seus olhos, e eu pude ver claramente.


– Os comensais – sussurrei.


Harry pegou na minha mão e correu. Nossos passos ficaram maiores a cada grito e a cada relampejar. A magia negra estava aflorando no campo.


Nossa visão ficou tomada por uma guerra.


Alunos eram poucos presentes.


Todos corriam rapidamente para o castelo.


Eu olhei para cima, e meu coração pulsou rápido.


– Harry, os Dementadores! – eu o olhei apavorada.


Harry estava tão apavorado quanto eu.


– Onde vocês estavam? – chegou Rony, correndo.


– Cadê a Alice? – Harry perguntou.


Rony tirou o capuz da garota. Ela era linda.


De pele clara e cabelos curtos, e negros. Seus olhos eram profundos e ela tinha os lábios totalmente rosados, mas nem tanto, era mais um avermelhado.


Uma boneca, e era uma concorrente de grande porte.


–  Pessoal, todos os professores estão lá em uma briga que não é deles! – lembrou-nos Hermione.


– Eu posso levá-la para o castelo. – eu disse rapidamente.


–  É melhor, temos que tirá-la daqui! – argumentou Rony.


– Vamos rápido! – disse Hermione.


Um jato de luz azul explodiu uma das arquibancadas o nosso lado.


Abaixamos-nos e Harry logo me abraçou.


Os pedaços dos bancos que estouraram passaram de raspão por todos nós!


E eu me senti a beira de perder Harry. E meu coração parecia estar fraco.


– Gina, rápido! – Harry disse.


Levantamos-nos rapidamente e ele colocou sua mão sobre o meu pescoço.


Não o esperei começar uma frase de despedida. O beijei.


E ele correspondeu.


– Eu lhe amo! – afirmei.


E ele sorriu.


– Para sempre! – Ele me disse, e após isso beijou minha testa.


Eu peguei minha varinha.


– Accio Vassoura! – e em instantes a vassoura estava em minhas mãos.


Eu subi na vassoura e a garota também.


Eu não conversei com ela, mas podia ver que ela estava com medo.


Ela se abraçou em mim.


– Calma Alice, tudo vai se resolver – disse Rony colocando o capuz nela.


– Eu espero. – sua voz era frágil.


Eu me impulsionei para cima, antes disso o olhar de Harry me pareceu preocupado e eu sorri para ele. Ele não conseguiu sorrir para mim, sua preocupação estava visível em seus olhos.


Como o vento corta as folhas eu voei o mais rápido que pude.


Não demorou muito para Bartolomeu estar ao meu lado, atrás de mim e Alice.


– Se lembra de mim? – ele gritou rindo muito.


– Avara Kedavra! – minha fúria pareceu aflorar rapidamente, e minhas veias estavam visíveis. Eu queria a morte de quem quase me matou.


– Ui, errou! – ele disse ironicamente, e sorrindo.


– Avara Kedavra! – a voz da garota surgiu, e Bartolomeu caiu da vassoura.


Alice parecia muito mais que uma bruxa, parecia uma estrategista perfeita.


– Porque fez isso? – eu disse.


– Harry me contou o que ele fez, ele é mal! – ela disse se abraçando em mim.


Eu avistei o castelo!


Estávamos próximas do castelo, mais alguns segundos e estaríamos lá dentro.


Mas minha visão se contemplou por algo negro.


Não eram comensais.


 


26 de dezembro de 2008  14:58 hs


Meus olhos foram tomados por vários vultos pretos e com capas, que mais pareciam roupas rasgadas.


Dementadores.


Eu senti o gelo, minha vassoura congelou na ponta e minhas mãos estavam prestes a começar a congelar.


Apostei em virar a vassoura e tentar me livrar deles, impossível, mais tentei.


Os jardins da escola pareceram o lugar mais próximo.


Encaminhei a vassoura até lá.


Os dementadores a minha volta e de Alice.


Eu estava começando a ficar com medo, mas quando encontrei Harry correndo em minha direção eu consegui respirar normalmente.


Meu coração estava me agoniando. E a falta de ar ainda completava a agonia extrema.


Estávamos a uns 6 metros do chão, e minha vassoura quebrou. Um jato de luz vermelha a quebrou no meio.


– IGNORANTE! – uma voz masculina estava reclamando com alguém. – ERROU A GAROTA, LÚCIO VAI TE MATAR!


Eu estava caindo, eu iria encontrar o chão a qualquer momento.


Alice caíra nos braços de Harry. Que logo a deixou de lado e correu ao meu encontro.


Tarde demais!


Alguém me pegara no ar!


Tentei procurar a varinha, tentei escapar, queria uma forma de me livrar dos braços envoltos a minha costela, que me apertavam a cada movimento sem sucesso.


Pela ultima vez naquele momento meus olhos e os de Harry se chocaram.


Eu sabia que ele não tentaria nenhum feitiço, ele poderia me atingir, me ferir.


Ele gritou.


Um grito que não era composto por palavras, mais sim dor.


Eu senti o frio novamente.


– Você é minha Weasley – disse Lúcio.


Eu não prestei atenção. Eu queria uma forma de sair daquela vassoura.


Uma onda de raiva me subiu a cabeça.


Eu queria matar Lúcio.


Eu queria que ele fosse cuidadosamente castigado por tudo que fizera.


O perdão do ministério da magia era pouco!


Um vulto começou a rondar eu e Lúcio.


Era Hermione, e ela chutou Lúcio.


Em um vulto Lúcio caiu da vassoura. Mas segurando em minha capa.


– Me solte! – eu gritei.


– Nunca, se eu morrer, você morre também! – ele anunciou a crueldade.


Eu me segurava com as duas mãos na vassoura e ela estava no ar.


Eu podia cair a qualquer momento.


Então mais uma pessoa surgiu.


O vulto agora era loiro, e claro.


– SOLTE ELA LÚCIO! – Gritou Draco.


– Fique quieto Draco – ele disse.


Após isso senti sua mão em meu pescoço e eu soltei minhas mãos.


Uma súbita falta de ar me deixou completamente sem reação.


Senti meu corpo em queda livre com o de Lúcio.


 


26 de dezembro de 2008  17:10 hs


Em uma briga um tanto complicada, eu tentava me desvencilhar dos braços de Lúcio.


Mas logo encontramos o chão.


Eu cai e escutei o estralo de alguma coisa.


E logo senti.


Minha costela.


Me contorci no chão e Harry veio em minha direção.


Eu o estendi a mão. Ele viu o quanto eu estava sofrendo.


Eu sentia a dor da minha costela fora do lugar, a cada movimento brusco eu podia sentir ela correr minha pele por dentro.


Harry estava a uns dois metros.


Meu coração pulsou rápido.


Minha mão logo encontrou a grama úmida e fria.


Meus olhos estavam querendo se fechar.


O choque com o chão fora um impacto totalmente horrível.


A dor veio mais forte.


Eu arranquei todas as gramas que minhas mãos encontraram.


Outra vez, a dor veio mais forte.


Mas não era só minha costela que reclamou de dor.


Meu pescoço reclamou de falta de ar.


Lúcio me pegou com as duas mãos e me ergueu.


Eu coloquei minhas mãos em seus braços.


Agora não tinha uma vassoura e o ar para amenizar.


Eu não tinha chances. Ele era duas, ou três, vezes maior que eu.


Logo uma das mãos dele foi as suas vestes, mas na adiantou eu lutar.


Uma única mão cobria meu pescoço por inteiro.


Sua varinha encontrou minha bochecha, e brilhou com uma luz verde.


– Me entregue a garota! – ele ofegou. Também estava machucado. – Ou eu a mato!


Lúcio estava gritando, e Harry estava em minha frente, desesperado.


Eu não tinha reparado mais ele sofreu comigo a cada minuto, a cada dor, e a cada respiração sem muito sucesso.


– Lúcio ela está ficando sem ar! – gritou Rony. – Podemos resolver isso de forma civilizada!


CALE A BOCA E ME DÊ A GAROTA! – disse Lúcio.


Harry caiu de joelhos no chão. Rony também estava desesperado. Ele estava chorando e todos com ele também.
Eu estaria de frente com a morte mais uma vez?!

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