Sonserianos, um mistério



 


12 de setembro de 2008  12:32 hs


Me levantei calmamente. Antes eu olhei para frente.


Todos os olhares voltados a mim.


Até de Papai e Mamãe, que se encontravam na porta do salão principal. Uau, todos aqui.


Eu ri, antes de falar.


– Bem, é tão complexo e completo. – eu não sabia falar em público, certamente.– E é com esse amor de tantos anos que eu digo sim! Sim ao amor, ao tente outra vez, a verdadeira razão de viver. Em particular, a minha razão tem nome, sobrenome e nome artístico – todos riram. – Sim Harry, Sim Potter, Sim ao Menino-Que-Sobreviveu! Eu quero permanecer todos os dias de minha vida ao seu lado. Eu o amo!


Harry colocou a aliança em meu dedo.


Eu teria que me acostumar em ser chamada de Senhora Potter.


Mas isso era questão de tempo.


Tempo teríamos suficiente, Harry e eu.


 


12 de setembro de 2008  15:43 hs


Nesse dia não tinha aulas a tarde.


Então aproveitei para conversar com todos.


– Bem, na verdade fomos atrás de todos os comensais, em massa – disse Hermione.


– Foi complicado até descobrirmos o verdadeiro paradeiro da garota – disse Rony.


Harry estava abraçado em mim, mesmo estado sentados.


– Bem, vocês a acharam? – perguntei.


– Não – disse Harry. – Dumbledore a escondeu muito bem. Precisávamos vir à escola para revistar pela milésima vez o escritório de Dumbledore. Umas das pistas nos leva até seu escritório.


– E o que é que tem lá? – perguntei. – Lembranças? A penseira de Dumbledore?


– Não – disse Hermione.


– É real a história de ele ter mandado Snape fazer todo serviço, assim ele não se lembraria. Se tivéssemos pelo menos alguma coisa sobre Snape.. – disse Hermione.


– Porque não revisam a sua sala? Seu dormitório? E Draco? Não sabe de nada? – perguntei.


– Não, ele diz não saber. – disse Hermione


– Onde eles estão? – perguntou Rony.


– Luna disse que precisava ir falar com a professora de Herbologia, para pegar algumas ervas para os ossos de Draco. – disse Hermione.


Olhei para o relógio.


– Céus, me perdi na hora. Preciso encontrar alguns alunos no campo de quadribol,eu prometi começar a anotar o nome das equipes para mim organizar o torneio interno de quadribol – eu disse olhando para o meu relógio de pulso.


Sinceramente, minha mão estava um tanto pesada e bonita.


A aliança era linda.


– Vão ao dormitório dele. Fiquei sabendo que nenhum professor se atreveu a entrar lá depois do que aconteceu.– eu disse indo na direção da porta – Mais tarde nos vemos – afirmei.


Sai correndo, passando pela sala dos professores e pegando um pergaminho e tinteiro mais minha pena.


Os alunos iriam me matar, eu sabia.


 


12 de setembro de 2008  16:13 hs


Cheguei no campo e lá estavam alunos de todas as casas.


– Com licença, com licença. – eu dizia passando por todos.


– A professora atrasou 10 minutos hem. – dizia um aluno de sexto ano.


– Digamos que meu noivo prolongou o assunto – eu disse brincando.


Todos riram.


– Ok, quero o nome de todos os integrantes da equipe. Suas funções. E mais o nome das casas, é importante demais! – eu ri.


Uma fila enorme fora formada em minha frente.


Respirei profundamente.


Escrevi o nome das casas em papeis e sorteei na frente de todos a ordem da entrega de nomes.


Corvinal, Sonserina, Grifinória e Lufa lufa.


Notei que enquanto eu escrevia, uma luz se formava pelo anel.


Eu a abri e fechei mais de uma vez.


E várias alunas pediram para ver o anel, e perguntar sobre Potter.


Ele era um grande ídolo para algumas meninas.


– Ufa – eu disse quando acabou – Agora temos que entregar uma cópia a Juan para ele organizar e decorar os nomes. O narrador da partida tem de saber de tudo!


– Concordo plenamente – concordou Angélica, uma das garotas que estava me ajudando com o torneio – e eu vou colocas nos quadros de avisos sobre as regras de torcidas.


– Não esqueça, de sublinhar a parte das vaias. Uma vaia, 10 pontos a menos. – afirmei.


Der repente um aluno da Corvinal chegara correndo ao campo.


Ofegante, ele parou em nossa frente.


– O que houve? – perguntei, passando a mão no cabelo do menino do segundo ano.


– A Diretora Minerva, está convocando uma reunião com todos os alunos e professores no salão principal!


Eu olhei a aflição no rosto do garoto.


Dias difíceis estariam chegando.


 


12 de setembro de 2008  18:30 hs


Indo para o salão cruzei com Harry. Que me abraçou.


– O que houve? – perguntei


Ele me apertava e eu consegui abraçá-lo depois de uns dois minutos.


– Eu te amo, haja o que houve – ele disse.


Eu respirei fundo e o apertei mais forte.


– Harry, me explique. – eu supliquei


– No salão, todos saberão de tudo, e você também!


Caminhamos até o salão em silencio.


O salão estava cheio. Mesas lotadas e ninguém a falar nada.


Porque eu sempre era a última professora a chegar?


– Que ótimo que chegou Gina – disse Minerva pegando em minhas mãos – Desculpe lhe tirar dos preparativos para o torneio.


– Não se preocupe Minerva, eu já tinha terminado – afirmei.


Ela sorriu tristonhamente. Sem mostrar os dentes, só apertando os lábios.


O sorriso de preocupação de Minerva me incomodava.


O estranho era que nenhum professor estava sentado.


Todos em pé, uma meia lua formada.


Hermione, Rony, Luna e Draco também estavam presentes.


– Hoje, é um dia muito importante para essa escola – começou Minerva. – Para alguns alunos ou professores, é um dia de extrema importância. Mas para todos nós é um dia de descobertas.


Hoje pela tarde, foram confirmados por dementadores que trabalham em Azkaban, o sumiço de vários comensais da morte. E como antes, o ministério se pronunciou.


Mas não bastou! Como há alguns anos, quando Sirius Black fugiu de Azkaban, o ministério nos disponibilizou reforço na segurança. Dementares ficarão nas portas e saídas pela noite, e qualquer tipo de saída para fora dos campos da escola ou para a floresta que cobre a escola está bloqueada.


Na floresta estão espalhados dementadores por todos os lados. E a partir de hoje, vocês terão de freqüentar mais as torres de suas casas trocando tardes vagas por tardes em suas torres.


Temos aqui, o quinteto que está envolvido no caso. Harry Potter, Hermione Granger, Rony Weasley, Draco  Malfoy e Luna Lovegood.


Hoje pela manhã, o ministério nos mandou uma carta nos comunicando. É só. Espero que todos não se importem em jantarem mais cedo.  – Finalizou ela, balançando a varinha.


Minerva estava aparentemente cansada, exausta e estressada.


 


12 de setembro de 2008  23:19 hs


Hermione, Rony, Harry e eu ficamos na torre da Grifinória.


Ocupamos o salão comunal com os alunos.


Tentando entreter todos eles.


Harry contou um pouco de suas histórias contando com a ajuda de Hermione e Rony.


Eu estava preocupada.


Rony começou a contar sobre seu primeiro jogo de quadribol.


E eu já estava na janela, olhando para a rua.


O sofá que estava ao lado da janela era de cor bordo, e eu estava confortável nele.


A chuva estava empoçando todos os gramados. Dementadores podiam ser vistos ao brilho de cada raio. E meu coração estava apertado. A segurança de todos os alunos dessa casa era de minha responsabilidade.


– No que a moça está pensando? – perguntou Harry, se sentado ao meu lado.


–Nada – respondi rapidamente, colocando uma mecha do cabelo para trás.


– Está preocupada? – perguntou Harry.


– Um pouco – menti. – Foram ao quarto de Snape?


– Não. Minerva estava muito preocupada, precisávamos acalmá-la.


– Ótimo, ótimo...


Harry me abraçou. Confortei-me em seu ombro.


– Ok, passa da meia noite. Vamos todos dormir! – disse Rony!


– Também acho! – concordou Hermione.


– Ahhhhhhhh... – um coro se formou.


– Se vocês forem dormir e se comportarem com todo esse alvoroço, prometemos – Rony olhou para Hermione – voltar para assistir o torneio de quadribol. E claro, torcer para a Grifinória! – disse Rony se levantando.


Todos bateram palmas e sorriram.


Todos, em menos de quinze minutos, estavam em seus dormitórios.


Pelo menos foi esse o tempo que demorei para dormir nos braços de Harry Potter.


 


 


13 de setembro de 2008  08:16 hs


Meu príncipe, definitivamente poderia definir Harry Potter assim.


Ele foi cavalheiro de não me acordar e me levar até meu quarto.


Me deitar em minha cama e dormir no sofá que tinha em meu quarto.


Demadrugada, ali pelas 2:30 eu me acordei e vi Harry no sofá.


E o chamei para dormir comigo.


Ele não merecia ficar com as costas doloridas.


...


Pela manhã me acordei. Parecia que tinha me acostumado a acordar antes das 7 horas.


O café da manhã em Hogwarts era sempre farto, como todas as outras refeições.


Comemos todos, a tempestade da noite passada tinha deixado muitos rastros.


O frio que ela trouxe junto congelou a água.


Aula de quadribol?


CANCELADA!


A camada de gelo fora medida em um metro e meio, era bastante para fazer estrago em qualquer aluno!


Harry e eu fomos até o escritório de Minerva. Precisávamos da chave do quarto de Snape...


– O que vocês estão me pedindo é algo completamente e de extrema responsabilidade. Praticamente tudo que pertencia a Snape está em seu dormitório. Ele não mudou nada quando se tornou o diretor dessa escola. – Minerva estava abrindo um tipo de armário, sua varinha estava em sua mão e após nos falar a frase à cima, junto aos seus lábios se formaram palavras em forma de sussurros.


– Eu entendo Minerva. – disse Harry.


Nossos olhos foram tomados um várias chaves.


Parecia mais uma coleção.


– Vocês devem se perguntar porque guardamos esse monte de chaves aqui nesse armário. – disse Minerva procurando a chave. – Ha lugares especiais da escola. O lugar aonde Harry viu no segundo ano, Hagrid deixando sua aranha sair junto a Riddle. A chave está aqui, encantada para que não haja outra forma de entrar naquela sala. E aqui, vejamos, a chave que selamos a passagem para o lugar que Gina fora levada em seu primeiro ano de escola.


Meu corpo estremeceu. Eu nunca mais tinha me lembrado do que tinha acontecido naquele dia. O dia que Tom Riddle me levara para a prisão do Basilisco.


– Aqui está – disse ela tirando a chave do local – cuidem disso como se fosse a própria vida de vocês. Por favor.


....


Minerva nos levou até o dormitório da Sonserina.


Um lugar mal iluminado e escuro. Harry já tinha tido ali, com Rony. No seu segundo ano.


Mas eu, era a primeira vez.


Me senti agoniada e um tanto apreensiva.


Minerva nos explicou aonde seria o quarto dele.


Caminhamos até um tipo de porão. Snape gostava de lugares baixos.


Uma coisa que poucos sabem, sua sala de aula era para ser uma das masmorras do castelo.


Estávamos lá vários lugares difíceis de passar.


Ultimo piso, o térreo.


A porta era negra, a chave entrou perfeitamente no trinque.


Mas não girou.


Harry me olhou, e encontrou em meus olhos medo e agonia.


– Oh Gina, você não deveria ter vindo junto meu amor – disse Harry beijando minha testa.


– É que é estranho. Sonserina, me lembra Riddle. – me arrepiei.


Harry olhou profundamente me meus olhos, e viu que eu ainda tinha medo de lembrar de Tom Riddle.


 


13 de setembro de 2008  09:51 hs


Harry tentou várias vezes abrir a porta.


Nos sentamos na frente da porta.


Eu estava o olhando.


– Será que se você falar  língua das cobras essa porta não abre?


– Snape não falava, então não se abrirá! – ele deduziu.


– Então algo, algo que Snape não gostaria que ninguém soubesse...


Vi que Harry pensou em algo, ele se levantou.


– Lílian Potter – ele sussurrou.


Era uma tentativa.


Era a forma de abrir a porta do quarto de Snape.


– Harry.. como?


– Ele a amava, como eu a amo, e como meu pai a amava.


Ele respirou.


Sabia que Snape a amou até seus últimos dias, e que sofreu sua vida toda por aquela que amava. Harry sabia como seria aquilo, ele tinha vivido essa experiência a alguns meses.


Entramos no lugar. Não fora fácil, era o quarto do professor mais temido por todos, pelo menos naquela época.


Sabia que não seria fácil para ele também, ele viu seu professor morrer.


E logo após, saber o quanto seu pai era brusco com Severo, fora algo que Harry se machucou muito.


O quarto estava bagunçado e totalmente mal organizado.


Harry ficou parado na porta, enquanto eu entrei.


Seu olhar estava profundo e ele sabia o quanto devia a Snape.


– Porque será que eu não soube de tudo antes? – ele se perguntou – Ele era tão bom para mim e Dumbledore, ele se sacrificou por todos nós. Ele não deveria ter morrido!


Os olhos claros de Harry se encheram de lágrimas e eu via a dor nele.


Corri e o abrasei. Ele chorou em meu ombro.


Harry estava triste, e com isso. Eu também estava.

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