Ensinando Quadribol



  


01 de setembro de 2008  20:28 hs


Lá estava.


Todos os professores, Minerva calma como sempre.


Era Dumbledore escrito. Sua calma e paciência sempre visíveis.


A multidão de alunos começou a chegar.


Eu conhecia todos naquela escola.


Diretora, professores, zelador...


Menos os mais destemidos..Alunos!


– Boa noite meus queridos alunos – disse Minerva – Quero dar as boas vindas a todos. E um bem vindos especial para os nossos novos alunos. [...]


Minerva fizera um discurso de tempo médio.


Aprendera com o melhor, Dumbledore!


Todos naquela mesa, menos eu e Vítor, estavam na escola lecionando há algum tempo.




Meus pensamentos foram rompidos pela salva de palmas que os alunos e professores começaram após Minerva anunciar o novo professor de Poções.


– E para professora de Quadribol, temos uma campeã da Grifinória. Agora também responsável pela casa. Gina Weasley.


Eu respirei fundo, até demais. Eu vestia uma roupa de uma professora de quadribol, pelo menos foi assim que me disseram na loja que comprei.


Ah e claro, a capa e o colar que ganhei no natal!


Me levantei lentamente. E todos começaram a bater palmas e gritos soaram em meus ouvidos. Eu abri um sorriso largo e olhei para minha casa.


Um breve arrepio tomou conta de meu corpo.


Eles acenaram para mim e jogaram seus chapéus bruxos para o alto.


Me senti importante e totalmente satisfeita.


 


02 de setembro de 2008  07:06 hs


Eu estava tão ligada com a escola.


Com o simples fato de ensinar.


Naqueles quase dez meses eu tive poucas notícias de Harry.


Ele me escrevia a cada três semanas.


Sabia que já tinham descoberto como era o rosto da garota.


E tinham se encontrado com comensais algumas vezes.


...


Eu caminhava pelo corredor que levava até o campo de quadribol.


Minhas primeiras aulas eram com o primeiro ano da Grifinória e Sonserina.


– Bom dia alunos – eu disse, chegando e colocando minhas luvas.


– Bom dia professora Gina – eles responderam.


Eu me virei para eles e coloquei minhas mãos na cintura.


– O que vocês vieram aprender com esta aula? – perguntei.


Arqueei minha sobrancelha, eu esperava uma resposta.


Fiquei com medo do breve silencio.


Eles me achariam louca?


Não! Eles me responderam o que queria!


– Quadribol – eles responderam.


E eu abri um sorriso, eles estavam tão empolgados quanto eu.


– Não escutei direito – eu disse sorrindo.


Dois montes de alunos estavam unidos.


– QUADRIBOL! – Eles gritaram.


– Quero duas filas! – eu ordenei. – Parelhas e totalmente mistas. Sonserina e Grifinória, meninas e meninos, misturados! – era difícil, mas ordenei. – AGORA!


Eles fizeram duas filas.


– Primeiro: Quadribol é um jogo que é jogado em cima de vassouras! – eu disse algo óbvio, mas para bruxos que vieram do mundo trouxa era importante.


– Tem como nos ensinar logo? – disse um garoto de cabelos pretos e olhos amarelados.


Eu me virei para ele, exclusivamente.


– Eu não pedi para ninguém falar, e se você não sabe temos bruxos que não tem noção de quase nada do mundo bruxo. – eu disse sorrindo. – Então, fiquem do lado direito da sua vassoura!


Eles ficaram, até o garotinho insolente.


– Quero que digam, com vontade e entusiasmo para a vassoura. SUBA! Ah, se ela subir, apenas a segurem! APENAS! Nada de montar, se alguém montar, deixo em detenção nos primeiros dias de aula. – eu sorri ironicamente, eram apenas crianças, mas eu tinha que deixar claro o que queria – Agora digam, suba!


Oitenta por cento da turma conseguiu que sua vassoura subisse de primeira.


Eles estavam tão animados, era mágico.


 


12 de setembro de 2008  10:30 hs


O sétimo ano tinha duas aulas seguidas de quadribol.


A terceira e quarta.


(  A primeira e a segunda tinham sido do Primeiro Ano )


Me sentei em banco de madeira que tinha no campo de quadribol e estava esperando o sétimo ano da Lufa Lufa e Grifinória vir até o campo.


Senti meu coração fraco e vazio.


Harry estava longe e eu estava com saudade, muita saudade.


Eu respirei e uma lágrima surgiu de meu rosto.


– Você está fazendo um ótimo trabalho – desceu da arquibancada.


Olhei para a frente, e sorri. Não acreditei de primeira.


Eu respirei e abri a boca para falar algo, mas não consegui.


O som dos pássaros, árvores, dos passos dele e sua voz tomaram conta do ambiente e dos meus pensamentos.


 – Você não sabe como eu precisava te ver – meus olhos se encheram de lágrimas ao escutar isso – Isso já esta frustrante o bastante, mal nos encontramos.


Ele riu e eu também.


– Bem Harry Potter, eu acho que nossos encontros são satisfatórios. – eu ri.


Ele chegou a minha frente, com um sorriso largo.


Uma de suas mãos carregava uma flor azul.


Ele me a colocou a minha frente.


Eu me levantei e sorri.


Peguei a flor e sorri.


Harry me beijou delicadamente.


Após isso, podíamos ouvir palmas e assovios, longos e altos.


Eu fiquei vermelha.


– Lindos!


– Uhul!


– Olha é Harry Potter!


Nos dois se abraçamos na frente de todos e rimos.


Der repente, do meio da multidão saiu Cho Chang.


Minha felicidade estava à beira de ser abalada.


 


12 de setembro de 2008  11:59 hs


Cho olhou para Harry com a mesma expressão melancólica de sempre.


Seus pequenos e delicados olhos se converteram em lágrimas.


Percebi que Harry apertou minha cintura.


Ele olhou para ela e fez um gesto como “olá” com sua mão esquerda.


Ela deu costas para ele e sumiu em meio à multidão.


– Bem, alunos hoje vocês terão uma aula especial – anunciou Potter! – Montem dois times. Eu e Gina participaremos de times inversos. – ele olhou para mim, pelo canto do olho. – Ah, e nos seremos os apanhadores. Sabe, especialidade.


Eu dei um soco no ombro de Potter.


– Veremos – eu disse rindo, e ele correspondeu o riso.


Foi contagiante e rápido.


E lá estavam. Dois times e dois apanhadores craques no que faziam.


O Sétimo Ano, era a turma mais amadurecida de toda Hogwarts.


Então, logicamente, tinham aprendido 6 anos seguidos de quadribol.


Era entrar em campo, e jogar, praticar e treinar.


E era o que estávamos fazendo.


Na terceira semana de aula, estávamos jogando como profissionais.


O jogo fora equilibrado, mas o meu time ganhou.


Merecidamente, eu não jogava há algum tempo e Potter não perdia a uma partida fazia anos.


– Ok pessoal, uniformes em seus armários e corram que o almoço está sendo servido no Salão daqui alguns minutos – eu dizia enquanto eles se dividiam e entravam nos vestiários.


– Eles dão trabalho, né? – disse Harry, se aproximando de mim.


– Por um lado – eu disse olhando para ele – é mais difícil ter um companheiro que é responsável por quase todos os bruxos mais malvados do mundo da magia.


Ele riu.


– Essa expressão mudará rápido – ele disse, sorridente.


– O que? – eu não tinha entendido direito.


– Olha quem vem ali – ele apontou para Luna, Draco, Hermione e Rony.


Eles vinham caminhando.


Ao total três casais, seis amigos, e uma amizade sem fronteiras.


12 de setembro de 2008  12:16 hs


O almoço de Hogwarts era pontual.


Meio dia e quinze era servido.


Luna e Draco junto a Hermione e Rony, entraram na frente.


Após eu e Harry.


Ele abriu a porta enorme do Salão.


Eu fiquei com vergonha.


Mas minha vergonha aumentou quando estávamos na metade do corredor e Potter fez questão de pegar em minha mão e ouvi alguns alunos baterem palmas ou fazerem sinal de positivo para a professora mais nova do corpo docente da escola.


Sentamos na mesa. Eu em meu lugar e a mesa fora levemente aumentada.


Rony não gostou de sentar-se ao lado de Vítor.


Ele ficou entre Hermione e Vítor. Que, a propósito, tinham muitos assuntos a debater.


Eu olhava para todos e não conseguia entender uma só palavra.


Quatro casas e mais todo o corpo docente. Todos falando ao mesmo tempo.


Harry olhou para Minerva e fez um sinal de positivo com a cabeça.


Ela se levantou e bateu com a colher na taça de bronze.


– Alunos – ela disse pacientemente. Os alunos não conversaram mais e a olharam – É com grande prazer, que vamos presenciar algo.. ah – ela suspirou e me olhou, eu arregalei os olhos e olhei para Harry. Ele me olhava e sorria. – Passo a palavra a Harry Potter.


Os alunos bateram palmas.


Aquelas palmas estavam me irritando.


– Bem, primeiramente eu gostaria de agradecer a Minerva por me dar essa oportunidade. No meu segundo ano de estudo aqui em Hogwarts, eu tive a experiência de salvar uma vida, e nela completar toda minha vontade de viver.


Harry me olhou, e eu respirei profundamente. Passei a mão no meu cabelo e olhei para o lado.


– Gina Weasley se tornou para mim mais que uma amiga, uma namorada, paixão ou qualquer coisa do tipo. Depois do seu sétimo ano, Gina sumiu. Durante anos eu dormir, freqüentemente, me perguntando onde estaria ela. E no final do ano passado, eu a encontrei. – seus olhos se encheram de lágrimas.


Minhas mãos começaram a suar, e os alunos a me olhar.


– Esses últimos meses me mostraram o quanto você pode amar uma pessoa alem de suas expectativas, e o quanto essa pessoa pode lhe surpreender. Seja com uma palavra ou um gesto. E é com esse lema que eu venho aqui, em Hogwarts, aonde descobri meu amor por essa garota, a pedir para ser minha mulher. Minha esposa. – ele tirou uma caixinha preta de seu bolso.


Meu coração estava em minha garganta.


– Gina Weasley, você aceita ser minha esposa? – ele perguntou.


Eu fechei os olhos. Sem expressão e fôlego.


Uma onda de lembranças me tomou conta.


Eu já sabia resposta!


 

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