O baú, guarda o segredo





13 de setembro de 2008  10:14 hs


Começamos a procurar alguma coisa.


Gavetas, armários, na cama.


Harry estava olhando a parede de Snape.


Nela, várias manchetes presas junto à parede.


“ Casal Potter é  morto por Lord Voldemort! ”


“ Lílian e Thiago Potter, o casal deixa filho vivo “


E entre as manchetes, tinham presas também, cartas.


Harry tirou as cartas, sentou-se na cama e começou a ler.


Eu sabia que estava sendo doloroso para ele.


Resolvi deixá-lo com seus pensamentos.


...


Depois de revirar o quarto todo, praticamente sozinha (pela décima quarta vez) eu me sentei.


– Estou exausta, e aqui não tem nada! – afirmei.


–Também não achei nada. – disse Harry preocupado.


O quarto estava mais bagunçado do que antes. Tudo fora do lugar.


Me levantei, resolvi pegar um papel que estava metade debaixo do  guarda roupa e a outra metade para fora.


– Harry me ajude a tirar esse guarda roupa do lugar?


O tiramos do lugar, ele era pesado. Mesmo usando o Vingardium Leviosa, ele se tornava pesadíssimo.


O tiramos do lugar e embaixo dele um alçapão foi descoberto.


Harry e eu o abrimos.


Ele era raso e tinha um baú com muitos pergaminhos.


Eu e Harry lemos um a um.


Olha Harry, aqui tem mais uma das cartas de sua mãe.. Harry?


Os olhos de Harry estavam em um pergaminho muito antigo. E seus lábios estavam secos e os olhos tomados por lágrimas.


– A garota – ele respirou e engoliu seco – é filha dele.


Eu tirei o pergaminho das mãos de Potter, o olhei rapidamente.


“ O St Mungo's alega que Alice Snape, filha de Severo Snape e ...”


Não terminei de ler a frase, um soluço alto tomou conta do quarto.


– Eu vou atrás dela – disse Harry limpando as lágrimas e se levantando.


– Mas Harry, a gente não encontrou nada que nos leve a garota! – eu afirmei.


– Ela só pode estar em Londres! É o lugar mais obvio.


Ele se levantou e saiu porta a fora. Me deixando ali.


Eu estava preocupada, Harry estava um tanto perturbado.


 


13 de setembro de 2008  23:15 hs


Depois do acontecido, eu levei o baú para meus aposentos. E lá ficou.


A minha despedida e de Harry foi rápida.


Ele disse que voltaria logo, para podermos ficar juntos.


Eu pedi a Hermione e Luna que cuidassem dele para mim, e elas me responderam positivamente.


Depois daquilo, passei a tarde fazendo uma tabela de jogos para o torneio que eu começaria na semana que vem alguns amistosos.


Era mais de onze horas e eu precisava de mais de tinta.


Sai da cama com um roupão um tanto novo.


Cheguei ao Salão Comunal da Grifinória e não encontrei nenhum tinteiro.


- Argh! – bufei.


Minha varinha estava em meu bolso, e as velas estavam acesas ainda.


Os monitores estavam dispensados pela onda de comensais da morte fora de Azkaban, ou seja, mais trabalho para Argus, o zelador da escola.


Eu estava indo em direção a sala dos professores.


O primeiro que corredor que virei encontrei olhos vermelhos, e um miado alto completou o corredor. Ela a gata de Argus.


– Quem está ai? – sua voz ecoou no corredor.


– É a professora Weasley, Senhor Argus! – eu respondi, parada.


– Boa noite senhorita, pensei que fosse outro aluno. Há alguns instantes Madame Norra miou nesse mesmo local e eu não tinha visto ninguém.


Flich era até que paciente comigo, era tenso.


– Ah, creio que deve ter sido eu. – afirmei – Agora o Senhor me de licença que eu preciso de tinta para terminar algumas coisas. Boa noite senhor Argus!


– Boa noite professora! – ele disse saindo com Madame Norra no colo.


Caminhei mais alguns instantes e encontrei o que queria.


A sala dos professores.


Porem ela estava iluminada, eu percebi pelas dobras da porta.


A abri de vagar.


– Perdeu o sono Weasley? – disse Vítor tirando os óculos de leitura.


Eu o encarei.


– Não tanto quanto você! – eu sorri e comecei a procurar um tinteiro, com tinta obviamente.


Um breve silencio tomou conta do salão.


– O que procura? – ele disse.


Eu sabia que Vítor não estava lendo, e sim me observando!


– Tinta! – eu disse. Já tinha aberto quase todos os armários.


– Hum. – ele disse, desinteressado. – Mudando de assunto, acho que a sua profissão combina muito com você!


Ele fechou o livro e colocou em cima da mesa.


– Aé? – eu estava desentesada da conversinha de adolescente solteiro de Vítor.


– Sim, seu corpo – eu senti que fiquei vermelha. – Ele é escultural.


Eu estava tirando alguns livros do lugar. Algum tinteiro poderia estar escondido atrás deles, e eu os deixei cair. Era estranho, eu nunca fora tão elogiada em minha vida, agora que eu era uma mulher, eu estava escutando elogios mais freqüentemente.Tinha que parar de ficar com tanta vergonha...


Eu juntei os livros em silencio. E escutei a risadinha de Vítor.


– Porque ficou sem jeito? – num vulto rápido ele estava ao meu lado, juntando grande parte dos livros com suas mãos enormes. – O Potter não te elogia? – ele arqueou uma das sobrancelhas.


Eu o empurrei e me levantei.


– O que foi? – ele disse.


– Eu vi o que queria! – eu disse.


O tinteiro estava na mesa, ao lado do livro. Vítor tinha me escondido o tinteiro e eu me irritei. O peguei caminhando como uma bailarina eu cheguei ao seu lado e completei:


– Você é um estúpido! – e derramei a tinta em sua cabeça.


Logo que a tinta preta tomou seu rosto ele levantou e passou as mãos no seu rosto.


– O que você tem garota? – ele reclamou.


– Falta de cérebro, eu acho – eu disse jogando o tinteiro no chão e saindo da sala.


Eu estava irritada e completamente brava com Vítor.


Manchete do Profeta Diário do dia de amanhã: PROFESSOR TARADO NA ESCOLA DE HOGWARTS!


Hunf! Eu achava que tinha de ser essa manchete mesmo.


Caminhando em passos rápidos, e muito nervosa, eu não encontrava o lugar que queria.


A ida para a Sala Comunal estava longa e confusa.


– Você pensa que joga tinta e mim e pode sair em lesa? – gritou Vítor.


Eu estremeci. Ele estava em fúrias!


– Não me encha Vítor! – gritei. – Volte a dormir!


– Eu não estava dormindo! – ele afirmou.


Vítor segurou meu braço com força e brutalidade.


– Porque você se acha tão esperta? – ele disse com nojo.


– Porque você é tão metido? – eu afirmei, com mais nojo ainda.


Seus olhos graúdos e grandes estavam chocados com os meus olhos. Ele era forte e bruto, eu podia classificá-lo como um urso.


Vítor estava me irritando, ele mereceu!


– Você é irritante Weasley! – ele sussurrou. – Acho que eu já lhe disse como estava bonita no casamento de seu irmão? – seus olhos se desviaram dos meus e seus olhos secaram meus lábios.


– Eu já lhe disse como és inconveniente professor?


Sua respiração estava forte, e seus lábios rosados.


Eu pude ver o desejo de Vítor, e a raiva (de certo ponto) de Potter!


Seu dedo indicador misteriosamente encontrou meu anel de noivado.


Que logo seria trocado por um de ouro, e meu nome também mudara!


– Precisa de tudo isso? – ele perguntou a respeito do anel.


– O que disse? – eu estava querendo sair dali, mas a mão de Vítor era realmente grande.


Ele me segurava com muita força, e meu braço estava doendo.


– Você e Potter. O ama? – ele me perguntou.


– Se eu aceitei casar com ele, qual seria a resposta mais óbvia? – eu aleguei.


– Não magoar seu querido irmão, amigo fiel de Potter – ele levantou uma sobrancelha.


Então era aquela visão que todos tinham da novata Weasley?


Uma menina sem idéias e sem personalidade?


– Você me da náuseas Krum! – eu consegui o empurrar e ele me soltar.


– Me diga, você o ama? – ele continuou naquele assunto.


– Vítor, eu o amo desde meus dez anos de idade. Eu o vi crescer, eu convivi com ele. Eu o admiro, amo e respeito a anos. Não é qualquer pessoa que há de tirar o que tenho sobre Potter. Ele é tudo pra mim.


Eu virei as costas. Escutei ele suspirar.


Vítor estava tentando, de certa forma, demonstrar seus sentimentos.


O mundo não era mais o mesmo. As coisas eram cada vez mais complicadas.


E meu amor por Harry, aumentava a cada minuto. A cada batimento do meu coração.


26 de dezembro de 2008  14:00 hs


 


Os dias passaram rápido. E lá estava, o primeiro amistoso do ano.


Lufa-Lufa VS Grifinória.


Todas as casas presentes.


Alunos e mais alunos.


Eu estava nos vestiários.


Até que a voz de Ernesto me chamou. O garoto era o locutor.


– “ E agora vamos chamar a professora Gina para o centro do campo! ”


Os gritos, eles me cativaram.


As palmas me levaram até o centro do campo.


Eu estava confiante e os alunos me esperavam.


A pequena mala que estava em minhas mãos tinha as bolas para o jogo.


Todos alunos experientes e com sede de vitória.


– Ok, eu quero um jogo justo e limpo! – avisei e eles estava começando a montar nas vassouras – Devem saber que esses amistosos servem para eu avaliar os jogadores e se eu ver alguma coisa fora das regras. Eu tiro do quadribol por esse ano e pelos outros anos que eu estiver lecionando essa matéria.


Levantei minhas duas sobrancelhas.


Ao fazer isso eu me virei para a platéia.


Os gritos da Grifinória aumentaram.


A voz mais doce e rouca do mundo estava lá!


Harry Potter!


Eu suspirei ao velo.


Mais logo voltei a olhar os alunos.


Eu precisava me concentrar, era importante para eles e para mim.


Em um momento fechei meus olhos.


O ranger das arquibancadas, os gritos, o barulho das palmas, o barulho do vento nas bandeiras das casas, o frio de Dezembro...


– COMEÇEM! – eu gritei.


Abri a mala com o meu pé. As bolas estavam soltas.


Foi rápido e para eles uma surpresa.


As vassouras voaram rapidamente por cima das minhas cabeças e eu caminhei em direção de onde viera.


– “ E começa o primeiro jogo do ano. Horácio é o capitão do time da Lufa-lufa e Anabele é a capitã da Grifinória...”


Eu deixei o campo.


Estava chegando aos vestiários quanto um suspiro longo e contente contemplou meus ouvidos.


 

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