A verdade




N/A: Pessoal, obrigada imensamente pelos comentários. O terceirão está um horror, estou estudando muito (e ainda por cima tirei nota baixa em Matemática), mas estou tentando escrever o máximo que posso. Ainda tenho que fazer uma redação idiota sobre tecnologia para a aula de Filosofia para a semana que vem. Estou exausta. E é só o segundo mês de aula! O_O


Capítulo Quinze – A verdade


Quando Severo acordou na manhã seguinte ele pensou ter aterrissado do melhor sonho que já tivera. Seus lábios formigavam e ele sentia que estava ardendo de febre. Seu coração batia forte contra as costelas e ele sorriu sonhadoramente.


O café da manhã daquele dia parecia ter um sabor especial. Severo olhou na direção da mesa da Grifinória e sorriu quando Lily retribuiu seu olhar, sorrindo docemente. Isso significava que não tinha sido tudo um sonho. Ele tinha mesmo declarado seu amor à Lily e ela tinha mesmo beijado-o.


James franziu a testa preocupadamente ao perceber os sorrisos e olhares que Lily e Severo trocavam o tempo todo.


– Cara, por que a Lily fica olhando pro Ranhoso desse jeito? – perguntou James à Sirius.


– Sei lá. – disse Sirius comendo uma torrada. – Quem sabe eles possam ler as mentes um do outro e estejam rindo de piadinhas mentais.


James revirou os olhos e tentou se concentrar no cereal.


Durante toda a aula de Poções que a Grifinória teve com a Sonserina Lily e Severo ficaram trocando olhares. No intervalo de vinte minutos entre a aula de Poções e a aula de Feitiços foi que James puxou Lily para um lado e perguntou, passando os dedos nervosamente pelos cabelos.


– Lily, o que está acontecendo?


Lily franziu a testa.


– Como assim? – indagou ela.


– Você fica olhando pro Ranhoso com uma cara de idiota. – disse James, olhando firmemente nos olhos dela. Instantaneamente as bochechas de Lily enrubesceram.


– Não fico não. – replicou ela, desviando o olhar.


– Você está mentindo. – afirmou James. – Preciso que você me conte a verdade, Lily.


Lily engoliu em seco, imaginando se devia ou não dizer a verdade a ele.


– Ontem à noite, durante a minha ronda, eu encontrei o Severo. – explicou Lily, sentindo o coração acelerar. – Ele me deu o presente, a carta e cantou a canção. E, não sei, acho que foi porque ele é o meu melhor amigo ou porque eu quis dar uma chance a ele, que eu o beijei.


James olhou para cima, desviando o olhar dos olhos verdes e culpados de Lily. Suas mãos tremiam de raiva, mas ele tentou controlar-se, fechando-as em punho. Sentia que a fúria estava correndo pela suas veias e que ele seria capaz de explodir em segundos. Porém, ele arriscou olhar para o rosto angelical de Lily e toda a raiva se dissipou. Ao invés de raiva, ele apenas sentiu mágoa. Mágoa, decepção e frustração. Contava tanto que Lily provavelmente estava se apaixonando por ele, porque realmente era ele quem mais estava se esforçando. Ele era quem tinha escolhido o cenário perfeito, o café da manhã perfeito, feito a surpresa perfeita e escrito a carta perfeita. Até mesmo a música perfeita ele já havia escolhido, mas agora ele não sentia nem um pouco de vontade de cantá-la.


Ele percebeu que Lily estendeu a mão um pouco, como se fosse tocá-lo, mas logo mudou de idéia. James respirou fundo, sentindo-se um completo idiota. Estava perdendo para o Ranhoso!


– Me responda apenas uma coisa, Lily. – pediu James com os lábios contraídos. – É óbvio que você não gosta do Andy nem do Seth e que provavelmente também não gosta muito de mim, mas você gosta do Diggory e do Ranhoso. Por quê?


Os lábios de Lily se abriram como se ela fosse responder, mas logo se fecharam novamente. James pôde perceber que ela estava ficando evidentemente nervosa.


– Eu... – disse ela, com a voz trêmula. – Eu não sei.


– Você sabe sim! – exaltou-se James, sentindo-se repentinamente irritado. – É porque eles são perfeitos, não é?


– James, não... – ia dizer Lily.


– Porque eles não são marotos galinhas que vivem recebendo detenção, não é? Porque eles merecem uma chance. – disse James com desprezo. – Porque você é incapaz de me dar uma chance a não ser em um concurso idiota!


Agora ele perdera completamente o controle sobre si mesmo. Estava alterado, estava gritando e não sabia mais o que fazer.


– Você não faz idéia, Lily Evans, do quanto eu queria sair com você. – confessou James, com a voz ainda alterada. – E não você jamais seria apenas outra conquista. Mas a única maneira de fazer você sair comigo foi por obrigação.


– Mas eu... – lágrimas peroladas estavam se formando nos cantos dos olhos de Lily.


– Eu me retiro oficialmente desse concurso ridículo. – exclamou James. – Isso reduz suas escolhas, certo? Diggory ou Snape. – cuspiu James antes de se retirar dali.


Lágrimas brotaram dos olhos de Lily, escorrendo levemente pelas bochechas. Seu coração batia acelerado e suas mãos tremiam. Ela estava se sentindo tão incrivelmente idiota e tão terrivelmente perdida. Ela fechou os olhos com força, sentindo as lágrimas quentes caírem. Ela apenas secou as lágrimas na manga da camisa e foi para a aula de Feitiços.



Enquanto copiava o texto que o professor Flitwick escrevia no quadro, Elizabeth olhou discretamente para Lily, que tinha o rosto apoiado em uma das mãos e com a outra ela rabiscava alguma coisa no canto da folha do caderno. Era um comportamento realmente estranho para Lily, que geralmente copiava até os “ais” dos professores.


Depois da aula Elizabeth decidiu perguntar à Lily o que havia acontecido.


– Estou me sentindo horrível. – admitiu Lily, abraçando a amiga. – Mas não posso culpá-lo. Eu sou muito hipócrita.


– Por que hipócrita? – perguntou Elizabeth.


– Hipócrita é uma pessoa que...


– Eu sei o que quer dizer hipócrita, Lils. Só quero saber por que você diz ser hipócrita. – explicou ela.


– Ah. – fez Lily, com os olhos marejados. – Porque eu disse que não achava certo beijar no primeiro encontro, mas acabei quase beijando Amos e beijando Severo.


– Ah. – disse Elizabeth. – Mas não se condene tanto.


– Já estou me condenando. – choramingou Lily, abraçando Elizabeth com mais força. – Eu queria muito ser pisoteada por um hipogrifo agora.


Uma semana se passou desde que Lily havia beijado Severo e discutido com James. Ela estava começando a se sentir um pouco menos deprimida na quinta-feira, mas às vezes percebia que estava vagando aleatoriamente pela escola, sem realmente olhar para onde ia. Várias vezes havia esbarrado em armaduras ou topado com Filch, mas não se importava muito em estar tão alienada. Na verdade, tudo o que ela queria era se enterrar em um buraco e ficar lá para sempre.


Na sexta-feira à tarde, depois da aula de Herbologia, Lily e Elizabeth estavam sentadas sobre um salgueiro, olhando por trás dos longos galhos.


– Queria ter dito não para esse concurso idiota. – comentou ela, encarando tristemente uma formiga subir em uma folha de grama.


– Não diga isso, Lils. – disse Elizabeth. – Você teve uma experiência incrível com esse concurso.


– Eu não aprendi nada. – reclamou Lily. – Só que existem garotos excepcionalmente tarados como Andy Trent.


– E quando ao Diggory? – disse Elizabeth, sugestivamente.


– Ele deve estar me achando uma idiota agora. – suspirou Lily.


Do outro lado dos jardins, Remo segurava suavemente as mãos de Sinead entre as suas.


– Eu te amo. – murmurou ele, roçando o nariz na bochecha dela.


– Eu também. – murmurou Sinead, beijando-o ternamente.


– Olhe só pra eles. – suspirou Lily, indicando Remo e Sinead. – Quando eu vou ter o meu happy ending?


 – Logo, Lily. – disse Elizabeth. – Sinto que logo.


As duas estavam caminhando ao redor do Lago Negro, quando avistaram, alguns metros adiante, um casal se beijando sob um pinheiro. Ao chegarem mais perto, elas puderam constatar que era Seth, beijando uma garota lindíssima, de cabelos castanhos avermelhados e olhos verde-claros. Seth sequer notou a presença delas, mas foi Elizabeth quem se pronunciou.


– Seth, achei que quisesse ficar com a Lily.


Seth pareceu muito assustado ao se deparar com a expressão furiosa de Elizabeth. A garota, porém, continuava a olhar para ele com extrema admiração.


– Eu queria. – respondeu ele. – Mas percebi que ela não queria ficar comigo. Foi quando me apaixonei pela Vanessa.


A garota que devia ser Vanessa sorriu para Elizabeth e Lily.


– Entendo. – disse Elizabeth. – Então você está fora do concurso.


– Tudo bem. – disse ele displicente. – Quero ficar com a Vanessa, de qualquer forma.


Elizabeth parecia um pouco consternada, mas Lily não estava nem aí para Seth e sua Vanessa. Na verdade, ela até parecia mais aliviada.


– Dois a menos. – comentou Elizabeth. – Andy e Seth.


– Eu não quero mais participar desse concurso, Lizzie. – suspirou Lily.


– É mesmo? – indignou-se Elizabeth. – Por quê?


– Não me sinto bem com isso. – explicou Lily, sentando na margem do lago e encarando a água. – Seth deve me achar uma panaca, me senti uma idiota por causa do Andy, iludi Severo completamente, estou tentando evitar Amos e acho que magoei James.


– Puxa. – disse Elizabeth. – São bons motivos.


Lily sorriu de leve.


– Desculpe tê-la feito passar por isso. – disse Elizabeth sinceramente, abraçando Lily pelos ombros.


– Eu aprendi bastante. – confessou Lily.


– Aprendeu o quê? – perguntou Elizabeth.


– Que às vezes garotos gostosos podem ser tarados sociopatas. – riu Lily. – Sim, estou me referindo à Carl Blake E a Andy Trent.


– Realmente. – sorriu Elizabeth. – Garotos são bem estranhos.



Comentários:


Minhas amadas, acho que não serei capaz de responder todos os comentários agora, mas responderei depois. Tenho que estudar para a prova de Geografia, mas estou protelando. Um grande beijo à todas e obrigada por todos os comentários. Não sei quando postarei o 16, mas para vocês terem o que fazer na minha ausência... Eu quero 400 comentários para o próximo capítulo. Obrigada por tudo, meus amores!

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