O ciúme de James




N/A: Muito obrigada pelos comentários! Divulguem a fic, comentem e votem, por favor. Eu quero muito muito mesmo que essa fic entre para as mais lidas ou mais votadas. Um beijão!


Capítulo Nove - O ciúme de James


Amos Diggory esperava Lily do lado de fora do retrato. Ele vestia um elegante casaco jeans sobre uma camisa azul-clara. Ele ofereceu o braço para Lily e ela o segurou, sentindo-se incrivelmente sortuda. Amos Diggory, o monitor bonitão da Lufa-Lufa havia se inscrito para sair com ela. Sendo tão perfeitamente lindo como era, Amos estava acostumado em ser abordado por garotas de todas as casas e idades, implorando para sair com ele. Porém ele era sempre muito cortês, agradecendo os elogios e recusando os pedidos para sair. Ele podia ter a garota que quisesse, mas ele só tinha olhos para a monitora ruiva da Grifinória.


A casa da Lufa-Lufa ficava quase do outro lado do castelo. Ficava do outro lado do salão que levava às masmorras. Lily várias vezes olhara para trás para se certificar que ninguém a estava seguindo. Ela ouvia uma respiração entrecortada atrás dela, mas não havia ninguém. Ela franziu as sobrancelhas e suspirou. Provavelmente era só o Pirraça tentando pregar uma peça neles.


Lily pôde ouvir o burburinho de vozes e uma batida de música. Amos disse a senha para a tapeçaria que guardava a entrada do Salão Comunal da Lufa-Lufa e a tapeçaria se enrolou até o topo, dando passagem para eles.


O Salão Comunal estava apinhado de estudantes, todos informalmente vestidos, bebendo ponche de abóbora com hortelã e comendo aperitivos de queijo de cabra e azeitonas. O aniversariante era Kyle Heath, um aluno do último ano de cabelos castanhos cacheados, que usava um chapéu cônico laranja com pompons azuis que parecia chapéu de palhaço. Alguns garotos soltavam fogos Filibusteiro e jogavam uma espuma fluorescente uns nos outros e atiravam confete e serpentina no ar.


Amos encheu um copo com ponche e passou para Lily. Ela tomou um gole da bebida doce e sorriu para ele. Novamente ela ouviu uma respiração atrás de si e se virou bruscamente para olhar. Ela podia jurar que tinha ouvido um rosnar leve, mas não sabia da onde tinha vindo.


– Sou muito grato à suas amigas. – disse Amos, sua voz suave retinindo como vários sinos. – Se não fosse por elas acho que nunca teria coragem de chamar você pra sair.


Lily corou, sentindo as bochechas em brasa, mas virou rapidamente para trás quando ouviu um “humpf”, mas não havia ninguém.


– Sempre achei que você fosse determinado. – comentou Lily, apoiando-se na mesa de comida. – Você parece tão sério e perseverante quando joga.


– O Quadribol é diferente. – disse ele, olhando nos olhos dela. – Você sabe que atirando a goles nas balizas o seu time ganha pontos e também sabe que se não acertar o time não vai ganhar pontos.


Lily olhou para ele, sentindo um tremor quando sentiu alguém respirar no seu pescoço. Ela virou para trás novamente, mas não havia ninguém ali. Lily estava ficando cada vez mais intrigada.


– Com você é outra coisa. – disse Amos, analisando o rosto corado de Lily. – Não há certeza.


Um leve sorriso surgiu nos lábios de Lily quando Amos falou. A voz dele era como um coro celestial de anjos. Lily sentia-se transportada para uma dimensão mágica quando ele falava. Era a voz mais deliciosa que ela já havia ouvido.


– Mas você arrisca no Quadribol. – disse Lily. – Você não tem certeza se vai acertar na baliza ou se o goleiro vai interceptar. Por que você nunca se arriscou e me convidou para sair?


– Porque eu não tinha certeza se agüentaria uma rejeição. – suspirou ele, suavemente.


– Eu não diria não. – murmurou Lily.


Amos estendeu a mão suavemente e segurou a mão dela.


– Não acho certo beijá-la no nosso primeiro encontro. – disse ele, beijando delicadamente a mão dela.


– Eu não me importaria. – disse Lily se aproximando suavemente dele.


Os lábios deles estavam quase se tocando quando a tigela de ponche se ergueu no ar e caiu na cabeça de Amos, encharcando-o de ponche de abóbora. Ele olhou assustado ao redor, mas não havia ninguém por perto segurando uma varinha. Porém Lily percebeu, detrás de uma das cortinas, um formato estranho, como se alguém estivesse se escondendo ali.


– Desculpe, Lily. – disse Amos. – Acho que preciso de um banho.


– Tudo bem. – disse Lily, encarando irritada o formato da cortina.


– Podemos sair novamente? – perguntou ele.


– Claro. – sorriu Lily.


– Eu te mando um bilhete pela minha coruja. – disse Amos.


– Certo. – disse ela.


Amos subiu as escadas para o dormitório e Lily virou aborrecida para a cortina. Ela puxou bruscamente a cortina amarela para o lado, mas não havia nada atrás dela. Lily estendeu a mão e segurou alguma coisa sólida e invisível que parecia um pulso de uma pessoa. Ela saiu caminhando a passos firmes dali, segurando a coisa invisível atrás de si. Assim que estava fora do Salão Comunal ela puxou alguma coisa macia e gelada que cobria a pessoa invisível e então se deparou com a expressão culpada e irritada de James.


– Potter! – gritou Lily. – Qual é a sua?


– Você ia beijá-lo! – trovejou James, fechando as mãos em punhos dos lados do corpo. – Mas você me disse que não era educado beijar uma garota no primeiro encontro!


– Mas você é um cafajeste! – exclamou Lily, franzindo as sobrancelhas para ele, parecendo aborrecida. – Você arruinou o meu encontro!


Os lábios de James tremeram de raiva quando ele agarrou a capa da invisibilidade com fúria, jogou-a sobre a cabeça e saiu dali. Lily só pôde ouvir os passos rápidos dele enquanto ele corria.


– Espere! – gritou Lily para o corredor que parecia vazio. – Desculpe! Eu não quis dizer desse jeito!


– Tarde demais, Evans! – gritou James, sua voz parecendo distante.


Lily correu pelo corredor com os braços estendidos tentando alcançar alguma coisa. Corria desesperadamente, arfando e sentindo as lágrimas quentes escorrerem pelo seu rosto. James tinha razão. Ela não tinha gostado do beijo de Seth nem de Andy, mas ela ficara tão hipnotizada pelo sorriso e pela voz doce de Amos que sequer pensara duas vezes. Ela parou de correr abruptamente e se sentou no chão, enterrando o rosto nas mãos. Lily chorou nervosamente, percebendo que tinha magoado James. Justamente ele, que tinha feito-a perder o medo de voar, que tinha se preocupado em preparar o seu café-da-manhã preferido e marcado o encontro para às cinco da manhã para que pudessem ver o nascer do sol. Ela se sentiu uma completa idiota. Nenhum dos outros garotos tinham se preocupado tanto com os planos para o encontro perfeito como James.


Do outro lado do corredor James observou Lily. Estava tão magoado e tão aborrecido que não conseguia ir até ela e abraçá-la. Seus pés pareciam colados no chão. Aquele concurso para conquistar Lily estava machucando-o mais do que ele esperava. Saber que ela estava saindo com outros garotos e que qualquer um deles poderia conquistá-la. James apertou as mãos em punhos e jurou para si mesmo que não desistiria de Lily. Ele faria qualquer coisa para que ela se apaixonasse por ele e não pelo babaca sedutor Amos Diggory.


Quando Lily chegou no Salão Comunal de Grifinória encontrou Elizabeth sentada em uma das mesas terminando de estudar para a avaliação de Poções. Ela fazia anotações em um caderno e de vez em quando franzia as sobrancelhas para o livro, tentando memorizar o que acabara de ler.


– Cadê o Potter? – perguntou Lily.


– Acabou de subir. – respondeu Elizabeth olhando para Lily. – O que houve?


– Nada – murmurou Lily, secando uma lágrima com as costas da mão.


– Isso não pode ser nada. – disse Elizabeth abraçando a amiga. – Somos amigas há sete anos. Você sabe que pode me contar qualquer coisa.


Então Lily contou à Elizabeth sobre o encontro com Amos, sobre o quase-beijo, sobre o ponche voador que caiu na cabeça dele e sobre a briga com James. Elizabeth ouviu tudo atentamente e não interrompeu.


– Não fique brava comigo. – disse Elizabeth. – É apenas a minha opinião.


– Diga. – disse Lily.


– Eu acho – disse Elizabeth, com cuidado. – que você está apaixonada por ele.


– Pelo Potter? – resmungou Lily.


Elizabeth lhe lançou um olhar de censura e Lily fungou.


– Acho melhor você se arrumar. – disse Elizabeth. – Você tem um encontro com o Snape daqui a meia-hora.


– Tinha esquecido disso. – disse Lily enterrando as mãos nos cabelos.


– Ele é o seu melhor amigo. – comentou Elizabeth. – Talvez não seja tão ruim.


– Mas vai ser estranho. – gemeu Lily, fazendo uma careta.


Era verdade que Severo Snape era seu amigo desde o primeiro ano quando eles perceberam que a rivalidade entre a Grifinória e a Sonserina não era significativa o bastante para impedir que eles fossem amigos. Ela era a única que o compreendia e que conversava com ele, pois até mesmo seus companheiros da casa eram bastante cruéis. James e Sirius chamavam Snape de Seboso, mas Lily sabia que os cabelos dele eram bem macios e tinham um perfume gostoso de frutas cítricas. Severo era o seu melhor amigo e ela não fazia idéia do motivo dele querer sair com ela.


A noite estava muito fria quando Lily olhou pela janela do dormitório. Um vento gelado soprava e ela não estava se sentindo muito bem humorada nem muito ansiosa para colocar uma roupa diferente. Porém o ponche de abóbora respingara no seu vestido deixando-o com horríveis manchas alaranjadas. Rapidamente Lily puxou o vestido pela cabeça, colocou um suéter verde-escuro e uma calça jeans sobre a meia-calça preta. Apenas penteou os cabelos e nem se importou em verificar se estava bonita.


Assim que saiu pelo buraco do retrato Lily encontrou Severo apoiado displicentemente na parede de pedra do lado de fora. Ele usava um casaco preto sobre uma camiseta preta e jeans. Com aquela expressão despreocupada ele até parecia um bad boy. Lily nunca pensara em Severo como um gato, mas com aquelas roupas e aquela expressão ele até que estava bonito.


– Boa noite, Lily. – disse ele, virando os olhos negros para ela.


– Boa noite. – disse Lily, acompanhando-o para fora do castelo. – Não tem problema sairmos do castelo há essa hora?


– Creio que não. – respondeu ele. – Se toparmos com alguém só precisamos dizer que estamos fazendo uma ronda.


Assim que saíram do castelo Lily ficou surpresa com a enorme quantidade de estrelas prateadas que pontilhavam o céu. A lua brilhava lindamente no céu negro, sua luz refletindo nas águas calmas do Lago Negro. A Lula Gigante subiu à superfície, esticou os tentáculos para fora d’água e tornou a mergulhar.


Severo levou Lily até a margem do lago, onde se sentou na grama. Lily fez o mesmo, olhando confusa para ele.


– Isso é meio estranho. – disse Lily, sorrindo levemente para ele.


– O quê? – perguntou ele.


– Esse encontro. – respondeu ela.


– Mesmo? – surpreendeu-se Severo. – Achei que fosse gostar.


– Não me entenda mal – disse ela. – É o cenário perfeito, você está muito bonito, mas eu acho estranho sair com o meu melhor amigo.


Severo suspirou. Sob a luz da lua ele parecia ainda mais pálido do que geralmente era. Para a surpresa de Lily, ele se aproximou dela e segurou o rosto dela entre as mãos, olhando fixamente nos olhos dela. Lily se viu refletida nos olhos negros dele. Ele engoliu em seco e seus olhos brilharam como dois ônix.


– Lily – disse ele. – Há algo que preciso lhe contar.



Comentários:


nath krein: Muitíssimo obrigada por comentar. Fico feliz que esteja gostando a ponto de comentar tanto. *-*


Lily Ruiva Potter: Fico feliz que tenha gostado. É isso aí galera, comentem pra autora \o/ Obrigada, Lily.

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