A carta e a surpresa




N/A: Obrigada pelo apoio, minhas leitoras amadas! Eu fico muito feliz de saber que gostaram tanto assim. Como prometido, aqui está o capítulo 11. Continuem comentando! Um enorme beijo pra vocês!


Capítulo Onze - A carta e a surpresa


A segunda-feira amanheceu nublada, de modo que Lily enrolou o cachecol no pescoço antes de sair do dormitório. Encontrou Sinead e Elizabeth no Salão Comunal, revisando o conteúdo antes da avaliação de Poções.


– Vamos lá, Sinead, você sabe isso. – disse Elizabeth. – Folha de mandrágora, pêlos de tarântula e orvalho dá...


O rosto geralmente bonito de Sinead se contorceu numa careta pensativa.


– Folha de mandrágora... – pensou ela. – Ah, sei lá, Lizzie.


– Pelo amor de Deus – começou Elizabeth. – Ah, bom dia Lily.


– Bom dia, meninas. – disse Lily se espreguiçando. – Cadê a Alice?


– Com o Frank. – riu Elizabeth. – Ela está ajudando ele a estudar.


– Para Poções? – surpreendeu-se Lily. – Mas ele é o mais nerd em Poções.


– Nós sabemos. – riu Sinead. – Mas ela não sabe.


Lily sorriu.


– Isso quer dizer que Frank Longbottom está apaixonado pela nossa amiga?


– Definitivamente, eu diria. – disse Elizabeth. – Muito bem, Sinead, próxima pergunta.


Depois a aula de Herbologia os alunos da Grifinória e da Lufa-Lufa se dirigiram para as masmorras para a avaliação de Poções. Lily e Elizabeth estavam bem preparadas. Sinead nem tanto. Ela não parava de roer as unhas e resmungar que iria tirar uma nota horrível.


– Relaxe, Sinead. – disse alguém pousando a mão no ombro dela. – Você vai se sair bem.


– Oh – fez Sinead quando notou o sorriso gentil de Remo. – Obrigada.


Os alunos teriam meia hora para responder a dez questões e depois mais meia hora para fazer a Poção da Memória razoavelmente. Lily terminou o teste escrito em menos de vinte minutos e passou o tempo restante lançando olhares para Amos, do outro lado da sala. Ela não fazia idéia do que estava acontecendo consigo mesma. Achava James muito romântico e sincero, mas gostava do jeito de Amos e ainda por cima queria dar uma chance ao seu melhor amigo. Ela estava tão confusa que nem percebeu que Amos virou para olhá-la também.


Enquanto isso James encarava irritado as costas de Amos Diggory e quase estragou a pena de águia devido à força com que a segurava. Ele resmungava coisas para si mesmo como “ele se acha tão perfeito” e “ele não vai conquistar a minha ruivinha”.


O teste prático não era tão fácil quanto o escrito. Lily estava amassando uma vagem e adicionando ao caldeirão borbulhante. Então ela separou uma concha de pêlos de tarântula e jogou junto ao resto do líquido esverdeado, mexendo devagar. Depois ela picou uma enorme folha de babosa em cubos e os adicionou ao resto. Contou quinze folhas de mandrágora e jogou no caldeirão junto com vinte e duas gotas de orvalho. O líquido se tornou verde-claro e tinha um suave cheiro de grama.


O Prof. Slughorn estava caminhando entre os caldeirões e analisando o resultado dos seus alunos. Ele elogiou o agradável perfume de grama recém cortada que exalava do caldeirão de Elizabeth e impediu Sinead de adicionar uma concha a mais de pêlos de tarântula. James parecia irritado enquanto cortava a babosa em cubos irregulares. Alice sem querer deixou cair o brinco dentro do caldeirão que fumegou e começou a soltar baforadas de fumaça alaranjada.


– Corram! – exclamou Slughorn. – Saiam todos daqui!


Os alunos dispararam para fora das masmorras e Alice parecia ter virado um tomate, de tão corada que estava.


– Está tudo bem. – sorriu Frank para ela. – Esse tipo de coisa acontece.


Mas Alice não estava tão convencida disso. Não parava de resmungar que era inútil e retardada. Sempre que dizia isso Frank apenas ria e lhe dava leves palmadinhas no ombro.


A manhã se passou sem mais problemas até o almoço, quando uma coruja largou uma carta sobre o colo de Lily e depois um grande embrulho do tamanho de uma melancia. Lily abriu a carta curiosa. Não estava esperando nada dos pais e muito menos da irmã.


Minha amada ruivinha,


Confesso que quando a conheci você não tinha feito tanta diferença na minha vida. Porém, quando a conheci melhor, foi que percebi que não podia mais viver sem olhar seus olhos verdes ou sentir seu perfume de jasmim. Até mesmo as brigas e as detenções que você me dava pareciam um coro de arcanjos cantando uma linda sinfonia. Desde o terceiro ano você vinha recusando todos os meus convites para sair, mas eu não desisti. Então você conheceu Carl Blake e ele a magoou e você pensou que nunca mais pudesse confiar em outro garoto. Foi quando Elizabeth, Sinead e Alice inventaram esse “concurso” e eu finalmente vi a possibilidade de sair com você.


Elas não me sortearam, eu que implorei a elas que me escolhessem. Você pareceu relutante no nosso encontro, mas eu fiz de tudo para que fosse perfeito. Confesso até que teria sido mais perfeito se tivéssemos nos beijado, mas respeito seu espaço. Então você saiu com o McGraw e ele a beijou. Digo-lhe que fiquei irritado e pensei seriamente em ir quebrar a cara dele, mas não o fiz. Não queria que pensasse que eu era um doido de pedra. Então você saiu com o Trent e eu vi quando ele passou a mão em você. Novamente eu não interferi, porque pensei que fosse me achar intrometido. Mas a pior parte disso tudo foi você ter saído com o Diggory e ter quase beijado ele. Isso doeu em mim como um balaço acertando meu peito. Eu achei que não fosse mais conseguir respirar. Magoou profundamente e você não faz idéia de como me senti.


Foi quando percebi que eu não deixaria um idiota como Amos Diggory me impedir de ficar com você, que é o que eu mais quero na vida. Você, Lily, é a garota mais perfeita e maravilhosa que eu já conheci e eu não sou capaz de viver sem você. Sei que pode me achar um cafajeste, um metido, um arrogante, convencido e prepotente, mas a verdade é que eu estou incondicional e irrevogavelmente apaixonado por você. Você é como a inspiração de cada dia, a única razão de eu acordar todos os dias e de viver a vida. Porém estou vivendo uma vida incompleta, pois está faltando a peça mais importante: você.


Então você saiu com o Seboso (blergh!), mas não vou questionar isso. Foi quando você me flagrou na Floresta com o Sirius (tá certo que essa frase soou estranha) e agora você sabe o meu segredo. Sim, Lily, eu sou um animago. Ilegalmente, como quase tudo que eu faço. Transformo-me num cervo, como você pôde ver, e Sirius num cachorro. Pedro também é um animago, mas ele se transforma num rato, o que é completamente insignificante.


De qualquer forma, eu estou afirmando que vou até os confins do mundo para provar que mereço ser aquele que ficará com você para sempre. Aquele que irá apoiá-la, confortá-la, ajudá-la, consolá-la e, principalmente, amá-la para toda a eternidade. Talvez você não acredite em mim, mas eu falo do fundo do meu coração quando digo que eu te amo, Lily Evans. Amo mesmo, mais do que tudo, mais do que a minha própria vida. O presente que estou lhe dando é algo que irá lembrá-la sempre de que eu te amo.


Eu te amo, ruivinha.


Com amor,


James.


Lily parecia emocionada quando terminou de ler a carta. Instintivamente ela abriu o pacote e tirou de lá um cervo de pelúcia com um coraçãozinho na barriga. Ela apertou o bichinho que disse, com a voz de James:


“Eu te amo, ruivinha”.


Lily sorriu, extasiada. Como era possível não ficar completamente derretida diante dessas circunstâncias? Ela olhou para James que conversava com Sirius e ele lhe lançou um sorriso maroto. As bochechas de Lily enrubesceram e ela voltou o olhar para o macio cervo de pelúcia, relutante em apertar o coraçãozinho novamente para ouvir aquela declaração.


Elizabeth sorriu ao ver o cervo de pelúcia nas mãos de Lily e da maneira apaixonada com que ela olhava para ele. Elizabeth lançou um olhar maroto para James que lhe sorriu de volta, triunfante.


Naquela tarde, durante a aula de Feitiços, o Prof. Flitwick dividira os alunos em duplas para treinarem o feitiço Levicorpus. Alice rapidamente se esgueirou para o lado de Frank, fingindo que sempre estivera ali. Ele lhe lançou um olhar suave e perguntou se ela gostaria de ser sua parceira.


Sirius praticamente correu na direção de Elizabeth, empurrando os alunos que estavam no caminho, mas um garoto da Corvinal já a estava convidando. Ele deu uma cotovelada no garoto e sorriu marotamente para ela.


– Quer ser minha parceira? – perguntou ele sorrindo.


Depois de muito empurra-empurra e gritos abafados de pessoas que pisavam nos pés umas das outras, Lily acabou fazendo par com Sinead e James com Remo. Pedro estava fazendo par com um garoto baixinho e magricela da Corvinal que não parava de comentar alegremente sobre jurar ter visto um trasgo no boxe ao lado do que em estava no banheiro.


James não parava de resmungar que queria fazer par com Lily, mas Remo o aconselhou a deixá-la em paz por um momento. Sinead também estava resmungando porque não conseguia fazer o feitiço direito. O máximo que tinha conseguido foi fazer Lily levitar de cabeça para deixo há dois centímetros do chão. Lily gritou de pavor quando sua saia desceu e sua calcinha ficou completamente exposta. James riu quando ela segurou a saia para cima com uma expressão de horror no rosto.


Elizabeth estava flutuando levemente há um metro e meio do chão, na horizontal, olhando levemente para Sirius, que sorria para ela.


Mais tarde naquele dia Lily estava sentada no Salão Comunal comendo os feijõezinhos que considerara seguros enquanto fazia as tarefas de Aritmancia. Interiormente ela estava louca para voltar para o dormitório e apertar novamente aquele cervo de pelúcia que James lhe dera.


Naquela noite Lily dormiu abraçada com o cervo de pelúcia e acordou com os lábios apertados contra o focinho dele. Tivera um sonho muito bom, mas não conseguia se lembrar dele. Sabia que tinha alguma coisa haver com James, mas não se lembrava do quê, exatamente. Lily não sabia por que, mas estava louca para vê-lo novamente.



Comentários:


nath krein: Obrigada, como sempre, pelo apoio.


b.coelho: Que bom que gostou! Comenta que eu posto mais. ;D


cathe: Espero que continue gostando!


Cheeeys: Estou feliz com seus comentários. Espero que goste das surpresas, das músicas e coisa e tal. Um beijão!

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