A confissão de Snape

N/A: Pessoal, eu vou tentar mesmo postar alguns capítulos nesses últimos três dias de férias, então cooperem e comentam bastante. Um grande beijo a todas!

Capítulo Treze - A confissão de Snape

A noite parecia ser a mais longa do ano. Sinead e Remo continuavam no Salão Comunal, completamente em silêncio. Os únicos sons audíveis eram o arranhar da pena no diário de Remo e as corujas que passavam voando pela janela. Por fim, Sinead não agüentou mais. Queria muito contar a Remo que estava loucamente apaixonada por ele, mas sabia que não conseguiria. Era desagradável não saber se ele retribuía seus sentimentos ou não. Ele era tão centrado e calculista, com um olhar sempre pensativo. Sinead se sentia totalmente inadequada para ele, com seu jeito distraído e suas notas medíocres. Então ela levantou do sofá e voltou a subir as escadas para o dormitório.

– Boa noite – disse ela para Remo antes de fechar a porta.

– Boa noite – suspirou Remo. – Minha querida Sinead.

No almoço do dia seguinte uma coruja parda entrou desenfreada no Salão Principal e largou um pesado envelope em cima do prato de Lily, que, graças a Merlin, estava vazio. Suas amigas olharam para o envelope curiosamente, assim como James, Sirius e Remo. Naquele momento Pedro estava ocupado demais comendo uma fatia de empadão do tamanho de um tijolo para se importar com o conteúdo do envelope. Lily abriu cuidadosamente o envelope e tirou uma carta de dentro.

Lily,

Como dizer o quanto eu gosto de você? Bem, primeiramente você tem um corpo incrível, é muito gostosa e se não fosse pelas boas maneiras eu já teria te traçado há tempos. Você é a garota mais gata que eu já conheci.

Andy.

Lily ficou boquiaberta. Rapidamente Sinead arrancou a carta das mãos dela e Elizabeth e Alice se debruçaram sobre ela para ler. O rosto de Sinead se contorceu numa expressão de choque completo, os olhos de Elizabeth se arregalaram e Alice parecia traumatizada. Lily colocou aquela carta de lado, que James rapidamente surrupiou, lendo com Sirius e Remo. Todos eles rapidamente fizeram uma cara de total choque. Lily então enfiou a mão dentro do envelope e tirou de lá uma coisa pequena, fina e quadrada. Assim que retirou o objeto do envelope foi que ela percebeu o que realmente era.

– Pelas barbas de Merlin! – exclamou ela, jogando para longe de si o preservativo. – O que esse lunático acha que vamos fazer?

– Espera, acho que tem mais alguma coisa aí. – comentou Sinead percebendo alguma coisa cuspida para fora do envelope.

Lily tirou o último conteúdo do envelope, que parecia uma foto. Ela leu o verso.

Para quando estiver sozinha.

Depois daquelas quatro palavras Lily já estava completamente apreensiva com o que estivesse do outro lado. Vagarosamente ela virou a foto e se deparou com...

– Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

– O que foi, Lily? – indagou Elizabeth quando Lily gritou histericamente.

Alice tirou a foto das mãos de Lily, mas rapidamente e jogou para o lado.

– Pelo amor de Deus! – gritou ela, cobrindo o rosto com as mãos.

Então Sinead pegou a foto e Elizabeth olhou sobre o ombro dela.

– Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeca! – gritaram as duas em uníssono.

Foi quando James pegou a foto e Sirius e Remo espicharam-se para olhar. Então eles largaram a foto e começaram a rir histericamente, quase chorando de tanto gargalhar. Os três riram mais ainda quando viram a expressão de total choque e pavor no rosto das garotas. Então Lily arrancou a foto das mãos dele, enfiou a carta, a foto e o preservativo de volta no envelope e enfiou no bolso do casaco, prometendo a si mesma que assim que voltasse ao Salão Comunal ela atiraria aquelas coisas direto na lareira. Ela sabia que nunca mais iria querer ver Andy Trent, vivo ou morto, vestido ou nu, como naquela foto.

Inesperadamente a mesma coruja retornou, dessa vez trazendo um cartão. Era enorme e colorido e quando Lily abriu, surgiu um mini Andy apenas de cueca cantando uma música.

I see you windin' n grindin' up on that pole,
Eu vejo você dançando e rebolando naquele mastro
I know you see me lookin' at you and you already know
Eu sei que você me vê olhando para você e você já sabe
I wanna fuck you, (fuck you) you already know
Eu quero transar com você (transar com você), você já sabe
I wanna fuck you, (fuck you) you already know, girl
Eu quero transar com você (transar com você), você já sabe, garota

Os rosto de Lily estava vermelho feito uma pimenta, do pescoço até a raiz dos cabelos. Ela tinha as mãos fechadas em punhos e os lábios contraídos numa linha reta. Elizabeth, Sinead e Alice estavam chocadas, com os olhos arregalados na direção do mini Andy seminu, que dançava e cantava aquela música.

James, Sirius e Remo também estava chocados, mas do outro lado do salão Andy se balançava ao ritmo daquela música que ecoava pelo salão. Ele não parecia nem um pouco perturbado com isso. Já Lily, por outro lado, estava completamente traumatizada.

– Então, Lily – disse Alice abrindo um caderno na página reservada para as notas dos pretendentes. – Uma nota para um encontro.

– Zero. – resmungou Lily.

– Uma nota para a surpresa. – continuou Alice desenhando um enorme zero no caderno.

– Argh, zero. – gemeu Lily, tremendo só de lembrar.

– Certo. – continuou Alice. – Uma nota para a música.

– Ai meu Deus. – disse Lily enterrando o rosto nas mãos. – Zero.

– Uma nota para a carta. – pediu Alice.

– Zero. – cuspiu Lily, completamente irritada e chocada.

– Certo, então Andy Trent tem um total de, vejam, que surpresa! – fez Alice, ironicamente. – Zero!

Lily e suas amigas, assim como os Marotos, explodiram em risadinhas quase histéricas. Do outro lado do salão Andy Trent não fazia idéia do motivo das risadas.

Naquela noite, enquanto fazia sua ronda habitual, Lily começou a pensar em Andy. Ela concluiu que ele só podia ser mentalmente problemático, pensando que ela gostaria de vê-lo dançar e cantar seminu para todo o Salão Principal ouvir. Lily massageou as têmporas, encarando chão enquanto andava. Andy Trent estava oficialmente fora da lista de pretendentes. Depois de surpresa atrás de surpresa perturbadora, Lily estava cansada dele. Ele havia sido completamente desclassificado.

Enquanto pensava nisso, Lily acidentalmente esbarrou em alguém.

– Boa noite, Lily. – disse Severo suavemente, com as mãos nas costas.

Lily voltou seu olhar para ele. Seus cabelos negros estava quase nos ombros e seus olhos também negros pareciam refleti-la. Lily quase se perdeu naquela escuridão, que parecia refletir toda a sua alma. Um leve brilho refulgiu nos olhos de Severo quando ele encarou, constrangido, o chão de pedra.

Seu coração batia forte no peito, sentia um arrepio percorrer-lhe o corpo embora ali não estivesse ventando. Atrás das costas ele segurava a surpresa e a carta que escrevera para Lily, mas sentia como se ambas pesassem toneladas. Não sabia se poderia simplesmente entregar a ela e esperar sua reação. Severo mordeu o lábio inferior com relutância, engolindo em seco e respirando fundo. Seu coração parecia que poderia saltar do peito e voar para longe numa velocidade quase impossível. Ele enfiou sorrateiramente a carta dentro do bolso traseiro da calça, apenas segurando a surpresa que trazia para ela nas mãos. Finalmente ele percebeu que jamais saberia a reação dela a menos que entendesse a mão e lhe desse aquele presente.

Ele entendeu a mão que envolvia protetoramente o caule de um lindo lírio branco. Lily pegou a flor, sentindo seu coração praticamente derreter.

– Você está pronto agora? – perguntou Lily e as bochechas de Severo coraram furiosamente.

– O-o q-quê? – gaguejou ele, sentindo as mãos tremerem, então ele as enfiou os bolsos.

– Para me contar. – disse ela suavemente. – Aquilo que você ia contar no lago.

Severo engoliu em seco.

– N-não sei. – disse ele, amaldiçoando a si mesmo por gaguejar feito um idiota.

– Você pode me contar qualquer coisa. – disse ela puxando as mãos dele para fora dos bolsos e segurando-as com delicadeza. – Qualquer coisa.

Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, porém não conseguiu. As palavras ficaram entaladas em sua garganta e ele apenas produziu um ruído oco. Novamente ele engoliu em seco, sentindo que os pontos onde as mãos dela o tocavam queimavam como carvão em brasa. Ele arriscou olhar para os olhos dela e se viu mergulhando naqueles olhos verdes, tão verdes quanto as folhas do lírio que ele acabara de lhe dar.

– Eu enfeiticei o lírio. – disse ele, tentando fazê-la esquecer do que ele dissera no lago. – Para ele nunca morrer.

Lily olhou para o lírio, sorrindo levemente.

– Ele é lindo. – suspirou ela. – Obrigada.

Severo sentia como se seus olhos estivessem presos aos dela, como se estivesse sendo hipnotizado e caindo em um transe profundo. Ele afastou as mãos das dela e tirou a carta do bolso. Suas mãos tremiam e sua respiração era fraca e entrecortada. Ele sentia como se fosse morrer a qualquer momento. Ele estendeu a carta para ela com as mãos trêmulas e ela a pegou.

Lily desdobrou o pergaminho meio amassado e leu a carta, escrita na letra pequena e floreada do seu melhor amigo.

Minha amada Lily,

As palavras me fogem, parece que elas não são suficientes. Você é a minha melhor amiga e sei que não poderia haver uma amiga mais doce, compreensiva e perfeita do que você. Desde que eu a conheci eu percebi que a sua amizade, para mim, jamais satisfaria completamente os anseios da minha alma. O único problema é o meu medo de lhe dizer a verdade, o que me aflige todas os dias e todas as noites, o que me mantém acordado noite após noite, o que deixa meu coração apertado e faz minhas mãos tremerem. Temo muito perdê-la, principalmente porque você é a minha melhor amiga e também é aquela que roubou meu coração. Você é importante demais para mim, Lily, e não quero perdê-la depois de confessar a você que eu sou, desde que a conheci, perdidamente apaixonado por você. A última coisa que quero na vida é perdê-la somente por ter lhe contado a verdade. Se não fosse pelo desejo desesperado de ficar com você, eu jamais teria lhe contado isso. Eu te amo.

Do fundo do meu coração,

Severo.

Os lábios de Lily se entreabriram de espanto. Porém, seu coração parecia estar batendo com mais força, mais rapidamente e ela sentiu as lágrimas chegarem aos seus olhos. Ela desviou os olhos da carta para olhar para ele, mas ele não estava mais ali. Lily percorreu o corredor, olhando para os lados procurando por ele. Lily virou pelos corredores, caminhando mais depressa, seu olhar percorrendo o caminho desesperadamente. Finalmente, depois de virar abruptamente em um corredor, foi que ela o encontrou.

– Severo! – exclamou ela, sentindo um calor inesperado preenchê-la completamente.

Comentários:

Cheeeys: Te amoooo *_____* Não sei se eu mereço uma autora (ou autor, não sei O___O) tão perfeita (ou perfeito). Amei esse negócio de líder de torcida... Me dá um C, me dá um H, me dá um E, me dá outro E, me dá mais um E, me dá um Y, me dá um S! \o/

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