O aviso de Becky




N/A: Eu sei que demorei a escrever este capítulo, mas ainda estou trabalhando no contexto. Escrevi várias partes avulsas e vou anexá-las quando chegar a hora. As músicas da Taylor Swift e das irmãs Aly & AJ estão me inspirando muito para escrever essa história de amor. Espero que gostem e, por favor, comentem.


CONQUISTANDO LILY


Capítulo Um - O Aviso de Becky


Se Lily Evans não estivesse olhando para o céu naquela alvorecer ela não acreditaria no tom rosa algodão-doce das nuvens. A suave brisa que entrava pela janela balançava delicadamente seus cabelos cor de damasco e ela percebeu um enorme cão negro seguido por um cervo correndo pela orla da Floresta Proibida. Franziu as sobrancelhas, mas decidiu ignorar. Sua melhor amiga Elizabeth Winter estava sentada em sua cama lendo um livro que pegara na biblioteca. Sinead Townley, outra amiga de Lily, estava no Salão Comunal conversando com Alice Greenwald.


O dormitório estava vazio, exceto por Elizabeth que lia. Lily estava sentada perto da janela, pensativa. Seus olhos verde-vivos brilhavam e seu coração palpitava. Ela não sabia o que estava acontecendo, somente que estava apaixonada por Carl Blake. Ele era tão incrivelmente lindo, com os cabelos louros e os olhos cor de mel e aquela voz tão sedutora. Lily simplesmente não pôde resistir ao convite dele de acompanhá-la a Hogsmeade. Eles tomaram cerveja amanteigada no Três Vassouras, passearam pelo povoado e ele segurou a mão dela. Quando ele finalmente admitiu, sob um enorme carvalho, que estava apaixonado por ela, ela sentiu que o chão havia sumido e que ela estava flutuando. Ela disse a ele “se você não estivesse me segurando, eu cairia”. Então ele sorriu, um sorriso de perfeitos dentes brancos, e a beijou.


Lily fechou os olhos e passos os dedos pelos lábios. Ainda podia sentir o sabor de hortelã e a textura macia e morna dos lábios dele nos seus. Ela sabia que jamais iria querer beijar outros lábios senão os dele.


O céu ficou azul-escuro, quase negro, e pontilhado de minúsculas estrelas prateadas. Lily sorriu para a noite e virou-se para sentar na beirada da cama de Elizabeth.


– Acho que estou apaixonada. – disse ela, sonhadora.


– Você acha? – riu Elizabeth.


– Não posso acreditar que, dentre todas as garotas lindas desse castelo, ele foi se apaixonar por mim! – disse Lily, passando a mão pelos cabelos ruivos.


– Você está se desmerecendo, Lils. – disse Elizabeth, colocando o livro de lado. – Você é bonita, inteligente e muito divertida. Se eu fosse um garoto, com certeza, me apaixonaria por você.


– Obrigada, Lizzie. – disse Lily, com um sorriso.


A manhã seguinte estava linda, sem nuvens no céu muito azul, somente com uma fina camada de neve cobrindo os jardins. Lily desceu as escadas do Salão Comunal usando um longo casaco bege e botas pretas. Usava um gorro, luvas e cachecol e suas bochechas avermelhadas pelo frio a deixavam ainda mais bonita.


Elizabeth já estava sentada no sofá em frente à lareira, lendo um livro. Sinead e Alice jogavam xadrez de bruxo, mas ambas eram tão ruins que as peças já estavam ignorando suas ordens e fazendo seus próprios movimentos.


– Bom dia, ruivinha. – Lily ouviu James dizer enquanto descia as escadas do dormitório masculino. – Sonhou comigo?


– Só nos seus sonhos, Potter. – disse Lily, indiferente.


– Sabe, eu tive um sonho incrível. – disse James com um sorriso maroto nos lábios. – Eu sonhei que você estava sonhando comigo e nos seus sonhos você sonhava que estávamos nos beijando.


Lily franziu as sobrancelhas.


– A única vez em que as palavras “eu” e “você” estão juntas é quando há um “odeio” no meio. – disse ela, irritada.


– Puxa, essa doeu, ruivinha. – disse James, risonho.


– Que ótimo. – disse ela. – E não me chame de ruivinha.


– Tudo bem, meu amor. – ele sorriu.


– Nem de “meu amor” ou qualquer outra coisa que indique qualquer tipo de intimidade. – completou Lily.


– Ahhh... – James fingiu estar magoado.


Lily saiu do Salão Comunal e foi para os jardins aproveitar o seu sábado. Já tinha feito a redação de Poções para o Professor Slughorn e o trabalho de História da Magia para o Professor Binns na véspera. Estava de tão bom humor que não sabia se o dia poderia ser mais perfeito.


– Lily! – chamou Carl, que estava de pé perto da escada que levava aos jardins.


A não ser que Carl Blake aparecesse usando um casaco branco comprido parecendo um anjo.


Lily desceu apressadamente as escadas, mas escorregou no último degrau. Rapidamente Carl a segurou antes que ela pudesse cair.


– Cuidado, Lily. – disse ele suavemente antes de lhe dar um leve beijo nos lábios.


– Obrigada. – disse ela com um sorriso sonhador.


Os dois caminharam pela orla da floresta e o coração de Lily disparou quando Carl segurou sua mão entre as dele e a beijou, tão apaixonadamente, que ela desejou que o tempo parasse. Quando Carl a tocava ela podia ouvir um coro de anjos e quando ele a beijava era como se nada mais importasse. Mesmo naquele frio quase insuportável ela sentia-se aquecida nos braços dele. Ela estava apaixonada e sabia disso. Estava definitivamente apaixonada por ele.


O resto da manhã e da tarde eles passaram juntos, conversando e se beijando. Quando Lily estava voltando para o Salão Comunal, ela foi interceptada por uma garota alta de cabelos cacheados.


– Você é Lily Evans, certo? – perguntou ela.


– Sim. – disse Lily, hesitante. – Quem é você?


– Becky Dietrich, a ex-namorada do Carl. – disse ela.


– Ah – fez Lily. – E você está aqui pra me bater ou coisa parecida?


– Não – disse Becky. – Estou aqui pra te alertar. O Carl pode parecer um anjo, mas ele é um cafajeste disfarçado.


– Não estou entendendo. – disse Lily, franzindo as sobrancelhas ruivas.


– Sabe a Wendy Haff? – perguntou Becky.


– A que está sempre no banheiro chorando?


– Exato. – disse Becky. – Ela era a namorada do Carl antes de mim. Ele traiu a ela e a mim com aquela vagabunda da Corvinal, Amanda Davidson.


– Eu conheço Carl. – disse Lily, cruzando os braços. – Ele jamais faria uma coisa dessas.


– Então você não o conhece de verdade. – disse Becky indo embora. – Tome cuidado, Lily.


Naquela noite as palavras de Becky Dietrich ficaram atormentando Lily durante o sono. Ela acordou diversas vezes durante a noite devido aos pesadelos. Estava com uma estranha sensação de que algo estava muito, muito errado.



Comentários:


Jaqueline Delfort: Em primeiro lugar, muito obrigada por comentar! Isso me deixa realmente muito contente. Bem, aqui está o capítulo. Espero que continue acompanhando a história. Um beijão!

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