A paixão de Remo




N/A: Galera, eu me confundi e coloquei a F&B em Hogsmeade, embora seja no Beco Diagonal, assim como a Florean e coisa e tal. Ignorem isso completamente. Outra coisa, estou COMPLETAMENTE viciada no shipper Snape/Hermione. Não sei por quê. Talvez tenha sido porque comecei a ler a série de novo e comecei a sonhar com o Snape. O.O Mais uma coisinha, hehehe. Minhas aulas começam segunda-feira (ah, terceirão, enfim) e talvez eu não tenha tanto tempo para continuar postando, mas continuem comentando! Vou me esforçar ao máximo para continuar a fic. E gostaria de saber se vocês preferem uma songfic Snape/Hermione ou Draco/Hermione. Um beijo!


Capítulo Doze - A paixão de Remo


Sábado chegou mais rápido do que Lily esperava e para o seu completo espanto, ela não estava nem um pouco ansiosa pelo segundo encontro com Amos Diggory. Porém Sinead a obrigara a vestir um suéter verde-claro para realçar seus olhos e fizera toda a sua maquiagem e arrumara seus cabelos. Secretamente, porém, Lily colocou o pingente que James lhe dera por dentro da blusa para que ninguém visse. Somente ela sabia que ainda estava ali.


O céu estava nublado e pesadas gotas de chuva caíam, de modo que todos os alunos em Hogsmeade caminhavam pelo povoado protegidos sob seus guarda-chuvas. Elizabeth, como sempre, estava na Floreios e Borrões analisando novos livros de feitiços e de transfigurações. Sinead estava admirando as lojas de objetos mágicos interessantíssimos com Alice, enquanto Lily procurava por Amos.


Ela encontrou-o apoiado na cerca que dava vista para a Casa dos Gritos. Ele estava lindo como sempre, com o cachecol azul jogado displicentemente no pescoço e as mãos enluvadas. Lily parou ao lado dele e sorriu, ao que ele sorriu de volta.


– Algum problema? – perguntou Lily.


– Não – disse Amos rapidamente. – Nenhum.


Ela fechou seu próprio guarda-chuva e caminhou ao lado de Amos, de braços dados com ele, sob o guarda-chuva preto dele. Lily mal sabia que James a observava, engolindo furiosamente uma casquinha de sorvete na Florean Fortescue.


– Calma, Pontas. – disse Sirius devorando seu sorvete de baunilha com biscoitos. – Assim seu cérebro vai congelar.


– Ele é um idiota. – rosnou James, olhando enraivecido para Lily e Amos.


– Claro que é. – disse Sirius. – Mas você não pode culpá-la. Os apanhadores geralmente não são muito altos, nem muito fortes... nem muito bonitos.


– Está dizendo que eu sou baixinho, fraco e feio? – disse James, seco, para Sirius.


– Não – suspirou Sirius. – Só estou dizendo que como artilheiro é óbvio que Diggory seria todo alto, forte e que todas as garotas cairiam aos seus pés.


– Obrigado, Almofadinhas. – grunhiu James. – Me sinto muito melhor agora.


Sirius riu e pediu ao Florean uma casquinha de sorvete de vinho. Então ele se apressou por Hogsmeade, procurando por Elizabeth. Encontrou-a, finalmente, saindo da Floreios e Borrões levando uma sacola contendo um enorme livro de feitiços e contra-feitiços, um novo tinteiro e uma pena dourada de fênix de luxo. Ele se aproximou silenciosamente dela e lhe lançou um sorriso maroto de dentes brancos e reluzentes.


– Olá, Lizzie. – disse ele, ainda sorrindo.


– Olá – disse Elizabeth revirando os olhos.


Sirius lhe ofereceu a casquinha de sorvete, que ela aceitou, relutante.


– Deve estar cheio de Poção do Amor. – disse ela, encarando a cor arroxeada do sorvete.


– Não – riu Sirius. – É de vinho.


Elizabeth sorriu, lambendo o sorvete.


– Como sabia? – perguntou ela, impressionada.


– O quê? – perguntou ele, fingido inocência.


– Que sorvete de vinho é o meu preferido. – respondeu ela.


Ele sorriu marotamente.


– Adivinhei. – disse ele.


Elizabeth lhe lançou um olhar de censura.


– Perguntei à Sinead. – confessou Sirius.


Elizabeth riu levemente. Os olhos muito azuis de Sirius brilhavam de encontro aos dela enquanto eles caminhavam pelo povoado. Depois de um tempo caminhando sob o mesmo guarda-chuva, Sirius parou abruptamente, jogou o guarda-chuva para um lado, abraçou Elizabeth pela cintura e beijou-a apaixonadamente, porém suavemente. Elizabeth surpreendeu-se com o gesto, porém, admitindo para si mesma que não poderia mais evitar se apaixonar por ele, se entregou completamente naquele beijo. As pesadas gotas de água molhavam seus cabelos e suas roupas, mas nenhum dos dois se importou. As pessoas que passavam sorriam para o casal apaixonado que se beijava na chuva.



Quando pararam na frente do Três Vassouras planejando tomar uma caneca quente de cerveja amanteigada, Amos segurou as mãos de Lily nas suas.


– Lily, eu sei que esse concurso não acabou ainda, mas eu preciso te perguntar uma coisa. – disse ele seriamente, olhando fundo nos olhos dela.


– O que foi? – perguntou Lily, percebendo um lampejo nos olhos claros dele.


Amos respirou fundo, parecendo muito nervoso.


– Lily, você quer ser a minha namorada? – perguntou ele suavemente.


– Não, ela não quer. – interrompeu alguém, cuja voz aparentava aborrecimento.


– Potter! – exclamou Lily. – Qual é a sua?


– Ela não quer ser a sua namorada. – continuou James ignorando Lily. – Porque ela é minha.


Os olhos cor de mel de Amos encontraram os olhos castanho-esverdeados de James e eles se encararam longamente, em silêncio, como se pudessem lançar lasers pelos olhos. Lily observou os seus dois pretendentes boquiaberta. Chocada pela proposta de Amos e pelo jeito possessivo de James.


– Acho melhor você sair daqui, Diggory. – ameaçou James.


– Isso é uma ameaça? – enfrentou Amos.


– Pode apostar. – sibilou James. – É melhor ficar longe dela.


– Esse concurso não acabou ainda. – retrucou Amos. – Ela ainda pode se apaixonar por mim.


– Duvido muito que ela irá se apaixonar por um idiota como você. – disse James rispidamente.


– Estou avisando, Potter. – cuspiu Amos. – Se não sair daqui vai ganhar uma cauda.


James riu escandalosamente e sacou a varinha, apontando para Amos, que fez o mesmo. Os dois gritaram feitiços e luzes alaranjadas saíram de suas varinhas. Inesperadamente Lily se atirou no meio deles e os dois feitiços a atingiram, fazendo-a cair no chão. James se ajoelhou ao lado dela ao mesmo tempo em que Amos, porém James lançou ao garoto um olhar penetrante e ele se retirou dali, olhando uma última vez para Lily.


James ergueu Lily em seus braços. A garota estava desmaiada, parecendo muito pálida. Para o total espanto de James, pêlos avermelhados começaram a brotar na face e nas mãos de Lily. James ficou boquiaberto. Duas orelhas de gato surgiram no topo da cabeça de Lily, assim como uma cauda brotou através da calça dela. James teve de morder o lábio inferior para conter o riso, mas a urgência da situação o fez perceber que aquele não era um momento para rir.


Ele correu com ela nos braços até topar com a Prof. McGonagall, que pareceu extremamente chocada. Ela, James e Lily entraram numa das carruagens e voltaram para Hogwarts, de modo à Madame Pomfrey poder fazer Lily voltar ao normal.


James passou o resto da tarde com Lily no hospital, observando cada movimento que ela fazia enquanto dormir. De três em três horas Madame Pomfrey a acordava para tomar uma poção que faria todos aqueles pêlos desaparecerem, assim como as orelhas de gato e a cauda. James cogitou diversas vezes a possibilidade de afagar os cabelos dela, mas não queria que ela pensasse que ele estava abusando da situação.  Então James apenas colocou uma das mãos sobre a dela, observando o seu sono tranqüilo.


James – ela murmurou.


Os olhos castanho-esverdeados de James se arregalaram.


– Sim, Lily? – disse ele suavemente.


Ela se revirou na cama e sorriu levemente.


James – disse ela num suspiro.


Foi quando ele percebeu que ela não estava se dirigindo a ele, mas sim sonhando com ele. Os lábios de James se abriram num enorme sorriso.


– Muito bem, Sr. Potter, está na hora do senhor ir embora. – disse Madame Pomfrey trazendo a poção de Lily.


– Mas... – indignou-se James.


– Sem mas, Sr. Potter. Vá logo. – retrucou Madame Pomfrey.


– Certo. – disse James desapontado.


Antes que Madame Pomfrey pudesse acordar Lily, James debruçou-se sobre ela e lhe deu um suave beijo no rosto. Mesmo dormindo, ela sorriu.



Naquela noite Sinead teve um pesadelo. Levantou-se silenciosamente da cama e caminhou pé ante pé até o parapeito da janela para tomar um copo d’água. Mesmo depois de o seu coração parar de bater desenfreado, ela não conseguiu voltar a dormir. Então ela desceu sorrateiramente as escadas do dormitório e se enroscou num canto do sofá vermelho na frente da lareira.


Ela não conseguia se lembrar do pesadelo que tivera, somente que fora horrivelmente apavorante.


– Está com insônia? – perguntou uma voz vinda das escadas do dormitório masculino.


Sinead resmungou afirmativamente e voltou seu olhar para a lareira apagada.


– Eu também. – respondeu Remo, sentando ao lado dela no sofá.


Sinead olhou de soslaio para ele e percebeu que ele segurava um livro de capa dura marrom e uma pena. Logo ela desviou os olhos para a janela, sentindo as bochechas queimarem. Ela não sabia se um dia seria capaz de confessar a ele o que sentia. Remo então abriu o livro que segurava, encostou a pena suavemente no queixo, pensativo. Ele estava tentando manter o controle, mas sabia que era só uma questão de tempo até seus sentimentos fluírem. Com isso em mente ele começou a escrever em sua habitual letra floreada.


5 de março, Salão Comunal


Ela está aqui, sentada ao meu lado no sofá, com o olhar fixo na escuridão lá fora. Eu queria ser capaz de controlar os meus sentimentos, mas creio que isso é impossível. Ela é tão absurdamente maravilhosa que eu seria incapaz de descrever o que eu sinto com apenas palavras. Só o que sei é que estou perdidamente apaixonado por ela. Até mesmo o nome dela, tão incomum, parece um coro de anjos para mim. Sinead. Se ela soubesse o que eu sinto tudo seria mais fácil. A menos que ela não sinta o mesmo. Então eu estaria numa enrascada. Teria de esquecê-la e isso é algo que eu realmente não quero fazer.


Os dias se arrastam e não sei se um dia vou dizer a ela. Almofadinhas diz que eu devo me abrir, senão serei para sempre um lobo arrependido. É tão espetacularmente perfeita a maneira que ela apóia o rosto na mão e a maneira que seus olhos cinzentos frutados de azul vagam pelo céu escuro.


Queria não amá-la tanto. Isso só me deixa menos centrado e menos concentrado do que geralmente sou. Não posso fazer nada a respeito, somente continuar amando-a em silêncio.



Comentários:


nath krein: Você ainda não cansou de comentar tanto? O.O Que ótimo! ^^ Isso me deixa muito feliz. Espero um dia ter mais comentários que a minha musa Lisa Black.


cathe: Obrigada por comentar, cathe, e fico feliz que queira tanto um capítulo novo. Infelizmente, às vezes a F&B sai do ar, o que não coopera muito. Um grande beijo para você!

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