Capitulo 12



Capitulo 12


 


Nervosíssima, Gina andava de um lado para outro da sala de espera do hospital. O silêncio ali era tal que se podia ouvir o barulho dos passos das enfermeiras com seus solados de borracha e o deslizar das portas do elevador. Em sua lembrança, porém, ainda soavam as sirenes dos carros de polícia que lotaram o estacionamento da rádio, as vozes dos policiais e seu próprio choro.


Os enfermeiros haviam chegado em questão de minutos e a afastaram dali, levando-a para fora.


Fora Mark quem a abraçara e amparara naquele momento de angústia, e Jackson a obrigara a tomar um café bem forte. Nick, muito pálido, murmurava palavras de conforto.


Além dos conhecidos, havia também dezenas de ouvintes que escutavam a transmissão através do rádio. Eles lotavam a entrada do prédio quando a polícia chegara e montara barreiras para facilitar sua locomoção.


Em seguida, fora a vez de Deborah chegar correndo, abrindo caminho entre a multidão para finalmente abraçar a irmã. Fora ela quem descobrira que Gina também havia sido ferida.


Naquele momento, ainda meio dopada e confusa, Gina olhava para o curativo em sua mão. Nem sentira a faca machucá-la nos poucos segundos em que lutara com Snape. O corte aberto no pescoço com a ponta da faca era mais dolorido. Os ferimentos, no entanto, eram todos superficiais.


Fechando os olhos, podia lembrar-se da figura pálida e inerte de Harry estirado na maca quando os enfermeiros o retiraram do prédio. Por um momento chegou a temer que estivesse morto...


Mas Althea lhe assegurara que Harry estava vivo, apesar de ter perdido muito sangue.


Os médicos o transportaram para o centro cirúrgico tão logo dera entrada no hospital e a Gina só restava a espera angustiante por alguma notícia.


Althea, que preferia sentar e se refazer, a observava andar para lá e para cá. Ela também guardava lembranças terríveis daquele pesadelo: o susto de ouvir a voz desesperada de Gina em meio à música, a corrida desenfreada da delegacia até a rádio, seu parceiro caído ao chão com a arma na mão. Harry acertara Snape segundos antes de sua chegada.


Deborah, inquieta, levantou-se e foi ao encontro da irmã, que parara junto à janela.


- Por que não deita um pouco? - sugeriu.


- Não, não posso.


- Não precisa dormir; apenas descanse alguns minutos ali no sofá. - Mas Gina balançou a cabeça numa negativa:


- Oh, Deborah, são tantas lembranças... O modo como Harry gostava de me provocar só para me ver brava. Sua presença tranqüila a meu lado na cabine. Seu jeito autoritário. Eu pedi tanto para que ele se afastasse do caso, e agora...


- Gina, não pode se culpar pelo que aconteceu.


- Não sei a quem culpar. - confessou olhando para o relógio da parede. Quantos minutos ainda teria de esperar? - No momento, não consigo nem raciocinar direito. Ele salvou minha vida, Deb. Só espero que não tenha de pagar com a vida dele.


Deborah não sabia o que dizer para consolá-la.


- Já que não quer deitar, aceite pelo menos um café?


- Sim, obrigada.


Deborah foi até a cafeteira disposta a um canto da sala e, vendo Althea se aproximar, serviu mais uma xícara.


- Como está sua irmã?


- Por um fio. Não sei como ainda consegue ficar de pé. - Deborah entregou-lhe a xícara e estudou a fisionomia da policial. - Ela está se culpando pelo que houve. Você também a julga culpada?


Althea voltou-se para a janela e observou a figura abatida de Gina, usando o paletó de Mark Harrison. Então, percebeu que gostaria de culpá-la por ter envolvido Harry naquela confusão, por tê-lo feito se arriscar demais, porém não pôde... Nem como policial nem como mulher.


- Não. - confessou muito calma. - Eu não a culpo. Ela é apenas mais uma vítima das circunstâncias.


- Talvez você pudesse dizer a ela o que pensa. Acho que Gina precisa de uma palavra amiga.


Não foi fácil para Althea aproximar-se de Gina. Não haviam trocado uma palavra sequer desde que chegaram ao hospital e, de certa forma, consideravam-se rivais. Amavam o mesmo homem. De modos diferentes, era óbvio, porém amavam.


Detendo-se junto a Gina, Althea olhou pela janela e viu as luzes da cidade.


- Quer café?


- Obrigada. - Gina aceitou a xícara, mas não bebeu. - Está demorando tanto...


- Já deve estar quase no fim. - Gina prendeu a respiração:


- Você viu o ferimento, acha que ele vai resistir?


“Não sei”, pensou Althea, porém, não foi o que disse:


- Espero que sim.


- Você um dia me disse que ele era um bom sujeito e hoje reconheço que tinha razão. Durante algum tempo me recusei a enxergar a verdade, mas você está certa. - Virando-se, fitou Althea bem dentro dos olhos. - Não sei se você vai acreditar, mas eu teria feito qualquer coisa para evitar que ele tivesse se machucado.


- Eu sei e você fez o que pôde. - Antes que Gina se afastasse, Althea tocou-lhe o braço de leve: - Pense bem. O fato de você ter ligado o microfone salvou-lhes a vida. Harry sangrava muito e cada minuto era vital. Ouvindo-a através do rádio, conseguimos chegar depressa. Nós e a ambulância. Se Harry conseguir sobreviver, será, em parte, pela sua presença de espírito.


- Mas há um outro lado em que pensar! Snape só o feriu por minha causa.


- Não adianta tentar racionalizar uma situação irracional e absurda. - Althea adotou um tom mais sério, sem compaixão, e prosseguiu: - Já que quer jogar a culpa em alguém por que não pensa em John McGillis. Foi a fantasia dele que deu início a isso tudo. Ou, então, culpe a própria sociedade por permitir que inúmeros garotos como Snape vivam de entidade em entidade, sem nunca saberem o que é ter uma família. Pode, ainda, culpar Mark por não ter checado melhor as referências de Snape; ou a mim e Harry por não termos levantado a pista bem antes. Todos temos uma parcela de culpa, Gina, e teremos de conviver com ela.


- Acho que, no momento, não importa saber de quem é a culpa. É a vida de Harry que está em jogo.


- Investigador Grayson?


Althea voltou-se em direção à porta e viu o médico responsável parado junto à entrada, ainda em seu avental verde-claro, molhado de suor.


- Sim, sou eu.


O médico ergueu as sobrancelhas, impressionado. Althea, de fato, mais parecia uma manequim do que uma policial, tal sua elegância.


- Sou o dr. Winthrop, cirurgião-chefe. Harry Potter é seu colega, não?


- Sim. - Althea segurou as mãos de Gina, a seu lado. - Como ele está, doutor?


- Só posso dizer que Harry Potter é um homem de sorte. Se a faca tivesse penetrado mais alguns centímetros, ele não teria chance de sobreviver. No momento, seu estado é grave, mas as perspectivas são boas.


- Oh, ele está vivo! - exclamou Gina.


- Sim. A senhorita é parente ou...


- Não, não.


- A srta. Weasley é a primeira pessoa que Harry vai querer ver quando voltar a si. A família dele foi avisada, porém estão na Europa e vão demorar alguns dias para voltar.


- Entendo. Ele está sendo transportado para a unidade de terapia intensiva, onde se recuperará. Srta. Weasley, meu filho é seu fã. - confessou o cirurgião. - Se eu fosse seu médico, a obrigaria a deitar-se e tomar um tranqüilizante.


- Obrigada, mas eu estou bem.


O médico, no entanto, encarou-a bastante compenetrado:


- Fiquei sabendo de tudo o que houve. A senhorita sofreu um choque terrível. Há alguém que possa levá-la de volta para casa?


- Eu não vou sair sem vê-lo.


- A senhorita poderá vê-lo por cinco minutos quando ele já estiver na UTI, mas posso lhe garantir que o investigador Potter só vai recuperar a consciência dentro de, no mínimo, oito horas.


- Obrigada.


Se o médico achava que ela se contentaria com cinco minutos, estava muito enganado.


- Alguém virá avisá-la quando puder entrar. Até logo. - O cirurgião afastou-se já tirando o avental, e Althea voltou-se para Gina:


- Preciso avisar o capitão. - disse quase chorando. - Eu gostaria muito de poder vê-lo por alguns minutos, também.


- Claro, Althea.


Ambas se abraçaram, comovidas, e Althea afastou-se indo falar com o capitão. Gina voltou-se para a janela.


- Ele vai ficar bom. - Deborah murmurou-lhe.


- Eu sei. - afirmou Gina, fechando os olhos por uns momentos. - Só quero vê-lo com os meus próprios olhos. Só isso.


- Você já lhe disse que o ama?


Ela balançou a cabeça.


- Pois acho que não devia perder esta oportunidade.


- Eu temia não ter mais chances de lhe falar, mas agora... não sei...


- Só mesmo uma tola deixaria escapar um homem tão especial.


- Tola ou covarde. - Gina engoliu as lágrimas. - Você não imagina o quanto sofri temendo que Harry morresse. Se eu não desistir agora, quantas noites de sono perderei? Cada chamado que ele receber será um tormento para mim.


- Gina...


- Ou um dia receberei o capitão na porta de casa contando que Harry morreu numa missão, da mesma forma como mamãe.


- Gina, você não pode viver uma vida esperando pelo pior. Tente ser mais positiva.


- Não sei se eu suportaria outro golpe destes... Aliás, no momento não sei de mais nada.


- Srta. Weasley? - Deborah e Cilla voltaram-se para a porta. - O dr. Winthrop mandou vir buscá-la.


- Obrigada.


Gina seguiu a enfermeira através do corredor. Tinha a garganta seca e as mãos úmidas. Ansiosa, procurou ignorar os aparelhos que viu ao redor logo que cruzaram as portas de vidro da UTI.


Harry estava muito pálido, ligado a diversos aparelhos e monitores. Várias luzinhas piscavam no painel atrás da cama metálica. “Bom sinal”, pensou Gina.


Chegando mais perto, Gina acariciou-lhe os cabelos e o rosto.


- Pronto Harry, está tudo acabado. - murmurou. - Agora, o mais importante é que você descanse bastante e se recupere logo. - Chorosa, enxugou as lágrimas que lhe escorriam pela face e cobriu a boca com uma das mãos. - Prometo ficar sempre por perto, ouviu? - disse entre um soluço e outro. - Estarei aqui quando você acordar.


E, de fato, Gina cumpriu a promessa. Apesar da insistência de Deborah, ela se recusou a voltar para casa e passou a noite em claro, sentada no sofá da sala de espera. A cada hora, as enfermeiras lhe permitiam passar cinco minutos ao lado de Harry. Consultando o relógio, deixou a sala de espera e foi sentar-se num banco junto às portas de vidro da UTI. Já estava quase na hora de virem chamá-la.


Enquanto aguardava para ser chamada, viu um casal de senhores acompanhados por uma moça entrarem no corredor. Ambos estavam muito abalados e a senhora segurava com força as mãos do marido. Gina olhou-os bem e não teve dúvidas: eram os mesmos traços de Harry.


Todos tinham a fisionomia cansada e tristonha.


- Por favor. - disse a moça aproximando-se do posto das enfermeiras. - Somos parentes de Harry Potter. Mandaram nos chamar dizendo que poderíamos vê-lo.


A enfermeira conferiu umas fichas.


- Está bem, eu os levo. Dois de cada vez, por favor.


- Vão vocês. - disse a irmã de Harry. - Eu espero aqui.


Gina teve vontade de aproximar-se, mas a moça sentou-se na outra extremidade do banco e fechou os olhos. Dez minutos mais tarde, os pais dele saíam da UTI.


- Hermione. - disse a Sra. Potter. - Ele está acordado, apesar de sonolento, e nos reconheceu. - O marido também estava feliz. - Quis saber o que estávamos fazendo lá quando deveríamos estar em Paris. O doutor foi examiná-lo, mas daqui a pouco, você poderá vê-lo.


Natalie abraçou a mãe pela cintura.


- Que bom, mamãe.


Mas o Sr. Potter já não sorria mais.


- Quero saber exatamente o que aconteceu. Preciso conversar com o capitão e pedir explicações.


- Não fique assim, meu bem. Logo teremos oportunidade de falar com o capitão. No momento, o mais importante é que ele está vivo. Aliás, por diversas vezes Harry perguntou por uma moça chamada Gina. Acho que não a conheço; nunca ouvi este nome.


Apesar de seus joelhos tremerem muito, Gina conseguiu levantar-se do banco:


- Gina sou eu. - disse, atraindo a atenção da família. - Sinto muito pelo que houve. Ele foi ferido enquanto tentava me proteger.


- Com licença. - A enfermeira surgiu na porta de vidro. - O investigador Potter faz questão de vê-la, srta. Weasley. Ele já está ficando agitado.


- Eu vou com você. - Hermione e Gina atravessaram a porta.


Harry mantinha os olhos fechados, mas não dormia. Seu intuito era recuperar as forças que perdera discutindo com o médico. Porém, mesmo sem abri-los, sentiu a presença de Gina antes mesmo que ela o tocasse.


- Oi, Harry, como vai? - ela perguntou baixinho.


- Você não se machucou. - Harry afirmou feliz. A última imagem que tinha na lembrança era a de Snape com a faca erguida, pronta para acertá-la.


- Sim, estou bem. - Gina firmou, escondendo a mão machucada atrás das costas.


Hermione notou e estranhou o gesto.


Harry abrira os olhos e a fitava intensamente.


- Sua aparência não é das melhores. - ela brincou.


- Imagino.


- Você salvou minha vida. Estou em dívida com você, Harry.


- Exatamente. - Ele queria tocá-la, mas seus braços pesavam toneladas. - Quando pretende me pagar?


- Falaremos nisso mais tarde. Sua irmã está aqui. - Ele virou um pouco mais a cabeça e sorriu para a irmã.


- Obrigado por ter vindo, Hermione.


- Fico feliz que esteja bem. - Harry voltou-se para Gina:


- Você passou a noite toda em claro, agora vá para casa. Isto é uma ordem. Eu te amo.


- Está bem. Preciso preparar o programa desta noite. Até mais tarde, Harry.


Gina despediu-se e saiu da UTI.


- Ora, ora. Não me diga que está apaixonado! - comentou Hermione radiante.


- Mais do que isso. Não saberia mais viver sem Gina. Assim que eu conseguir ficar acordado por mais de quinze minutos, pretendo me casar com ela. Pode dar a notícia para mamãe e papai. Gina é uma pessoa maravilhosa.


- Eles vão adorar a notícia.


Na semana seguinte, Gina passou a maior parte de seus dias entre ir e vir do hospital. As visitas eram tantas que ela e Harry não tinham chance de conversar em particular. A distância, até certo ponto, era saudável, na opinião de Gina, pois ambos precisavam de um tempo para pensar em tudo o que acontecera. Ele já havia sido removido para um apartamento e se recuperava com incrível rapidez.


Certa tarde, Thea foi a seu encontro na rádio e contou-lhe maiores detalhes sobre o passado de Severus Snape. Tendo tido uma infância conturbada, Snape fora enviado a uma entidade para menores abandonados, onde conhecera John McGillis. Ambos se apegaram um ao outro e John cometera sua primeira tentativa de assassinato quando o amigo fora chamado para ir lutar no Vietnã. Quando Snape retornara da guerra, ferido e revoltado, John fugira para ir a seu encontro e, embora as autoridades os tivessem separado, ambos sempre arranjavam um meio de se encontrar. A morte de John fizera com que Snape perdesse completamente a razão. Na verdade, John tinha sérios distúrbios emocionais, e Snape sofrera profundos abalos psicológicos na guerra.


- Bem, quero que saiba que aprovo o casamento de vocês. - confessou Althea segurando-lhe as mãos com firmeza. - Harry é meu melhor amigo e eu sei que será feliz a seu lado.


- Obrigada.


- Agora, preciso ir embora. Quero passar no hospital para vê-lo, antes de ir para a delegacia.


- Por favor, dê-lhe um recado, sim? Peça-lhe que ouça meu programa esta noite, está bem? Vou ver se consigo encontrar a gravação de Dueling Banjos.


- Darei o recado. Até logo, Gina.


 


Não tinha sido nada fácil para Gina reassumir seu programa na KHIP. As primeiras noites foram especialmente penosas já que as lembranças da tragédia lhe voltavam à mente toda vez que entrava na cabine.


Contudo, com o decorrer dos dias, as lembranças foram esmorecendo e a rotina se restabeleceu. Nick havia voltado a trabalhar na estação e continuava fazendo questão de lhe trazer o último café todas as noites.


- Boa noite, Denver. Aqui fala Gina Weasley direto da KHIP, rádio Yankee do Colorado. Nosso programa começa agora e vai até as duas horas da madrugada. Fique conosco. São dez e quarenta e cinco desta quinta-feira e vamos começar com um sucesso do famoso conjunto Guns ‘n’ Roses. - Gina fechou o microfone e voltou-se para Nick, ali a seu lado: - Nick, por que não me... Sra. Potter!


Gina pulou da cadeira, surpresa com a visita.


- Espero não estar incomodando. Althea me deu seu endereço e resolvi vir visitá-la.


- Claro. Por favor, entre. Nick, por que não nos traz um café?


- É para já!


A sra. Potter admirou a cabine, pequena e repleta de equipamentos, e sentou-se num banquinho ali ao lado da porta.


- O que a traz aqui?


- Senti sua falta no hospital estes últimos dias e resolvi vir lhe dar um alô. O médico nos disse que Harry sairá do hospital em pouquíssimo tempo, portanto resolvemos voltar para Paris. Meu marido está fechando alguns contratos de negócios, enquanto eu e Hermione aproveitamos para passear.


Gina pediu-lhe que esperasse um momento, abriu o microfone e anunciou a música seguinte. Depois, retomou a conversa:


- Vocês devem estar satisfeitos com a recuperação dele, não é? Foi um susto terrível para todos nós.


- Felizmente não houve prejuízos maiores para ninguém, minha filha. Harry me contou que vocês vão se casar.


- Eu... Com licença, sim. - Mais uma vez ela ligou o microfone: - Chegou a hora do sucesso misterioso da noite. Se você souber o nome da música, do cantor e o ano da gravação, ligue para nós e concorra a dois ingressos para o show de Madonna, mês que vem aqui em Denver. Fique ligado.


- Seu trabalho é fascinante, não? - declarou a sra. Potter.


O telefone começou a piscar e Gina teve de atendê-lo:


- KHIP... Não, não, sua resposta está errada. Fica para a próxima.


Gina atendia aos telefones com a gentileza de sempre e, no quarto chamado, ouviu uma voz familiar.


- Olá, Gina Weasley!


- Harry! Estou trabalhando.


- Eu sei. Já tem um vencedor?


- Não, mas...


- Aqui está. A música se chama Eletric Avenue e foi gravada por Eddy Grant em 1983.


- Puxa, você está realmente afiado, não?


- Você prometeu, mas eu ainda não ouvi Dueling Banjos! - ele reclamou.


- Continue ouvindo e terá uma surpresa.


- Está bem. Ei! Exijo o meu prêmio, ouviu? Até mais tarde.


Harry desligou, e Gina abriu o microfone:


- Pessoal, já temos o vencedor desta noite. Trata-se do investigador Harry Potter, que acaba de ganhar dois ingressos para o show de Madonna. Agora teremos uma seqüência de grandes sucessos dos anos 60, uma série de comerciais e voltarei em seguida com seu pedido telefônico. Fique ligado. - A sra. Potter sorria, encantada.


- Bem, não quero mais tomar seu tempo, querida. Eu só gostaria de dizer que ficarei muito contente em tê-la como minha nora. Harry é um rapaz maravilhoso e merece uma garota assim como você. Faço votos que sejam muito felizes.


- Sra. Potter, não sei se haverá casamento.


- Harry me disse que você teme pelo fato de ele ser policial. Entendo o que sente, querida. Eu, como mãe, também me preocupo. Porém, ele está feliz com a profissão que escolheu, e temos de respeitá-lo. Eu o amo muito e o aceito exatamente como ele é, sem cobranças. Pense nisso. Adeus, querida.


- Adeus, e obrigada pela visita, sra. Potter.


- O prazer foi meu.


 


Gina terminou de beber o café que Nick lhe trouxera, acendeu um cigarro e abriu o microfone:


- Aqui é Gina Weasley pela KHIP, rádio Yankee do Colorado. São exatamente cinco minutos desta madrugada de sexta-feira. Nossas linhas telefônicas estão abertas para receber o seu pedido musical. Hoje no entanto, tenho um recado especial para um amigo que me escuta. Harry, esta aqui vai para você. Não se trata de Dueling Banjos, mas de Only You, com o conjunto The Platters. E ouça: se o seu pedido ainda estiver valendo, negócio fechado. Aceito ser a sra. Harry Potter. Incondicionalmente. Eu te amo. Aqui é Gina Weasley pela KHIP, rádio Yankee do Colorado.


FIM.


 


 


 


 


 


N/A: Pessoal, gostaria de agradecer a todos que comentaram na fic e me desculpar por não responder os últimos comentários, mas to meio ocupado e os agradecimentos ficam sendo gerais mesmo. Portanto abraços a todos e até a próxima fic.


 


 

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