O casamento I



¹ N/A: Bom, postando agora um dos maiores capítulos... se não for o maior.
Enfim, não é o casamento em si, é o que acontece horas antes. =]
O casamento mesmo, pra quem quiser ler, é o próximo capítulo. =D
Bom, agora. Leiam! =]
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Capítulo 9.
O casamento I.


- É melhor nós não nos preocupar-mos com isso agora. Quando chegar a hora certa saberemos quem é. Ela disse que ía contar. - Disse Harry calmo.

- Mas isso pode demorar dias, semanas, meses, até anos. - Reclamou Rony.

- Mas temos que esperar. - Terminou Harry.

Tentar o quê?, se perguntava Harry. Rony havia o interrompido bem na hora que a mente ía falar algo.




Hermione entrou no quarto e se jogou na cama. Ela já ía se arrumar? Não mesmo... demorava para se arrumar, mas nem tanto. Ninguém havia lhe perguntado nada sobre o braço, o que a tinha deixado mais tranqüila. Ainda estava com o curativo, seu braço latejava um pouco, mas sempre parava logo. Começou a pensar... em quê? Se realmente o que ela estava fazendo era certo, se não seria mais que apenas uma prova de amor, se Harry aceitaria isso, se ele não iria ficar com raiva quando descobrisse tudo. Por um momento pensou em desistir, mas teria sofrido aquilo tudo em vão? Claro que não. Mas não escondia que estava com medo... Achava que fosse medo de dar tudo errado, e perder Harry de vez... não sabia ao certo, mas vez ou outra esse sentimento horrível tomava conta de si.



- Querida, pode vir aqui? - Chamou a Sra. Weasley.

- Claro. - Respondeu Gina indo em direção à cozinha.

- Bom - começou a mulher - é que você perdeu sua memória e ficaria meio difícil você ir para a escola agora, e eu estava pensando... se você não quiser ir, tudo bem, você não conhece quase nada lá.

- Não, tudo bem. Eu vou sim. Pelo que eu soube, lá deve ser legal. E se eu não me lembrar de tudo eu vou conhecendo aos pouquinhos. - Respondeu a garota como se estivesse explicando para alguém menor que ela.

- Ok, então.

A ruiva sorriu e saiu.

- O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntou a Sra. Weasley surpresa ao ver a cena.

Era Fred e Jorge que tinham acabado de chegar. Jorge estava cheio de poeira.

- Decidimos vir mais cedo. Algum problema? - Perguntou Fred. Seu irmão se limpava.

- Não, não. Mas deviam ter avisado. - Disse a Sra. Weasley.

- Como o Fred disse, decidimos agorinha. - Disse Jorge levantando o olhar para a mãe.

- Ah, ok. Bom, vão falar com os meninos, eles estão lá em cima.

Os garotos subiram as escadas correndo e, quando a Sra. Weasley escutou o barulho da porta batendo, voltou para a cozinha.

- Ué, já chegaram? - Perguntou Rony ao ver os gêmeos entrando.

Harry abriu os olhos um pouco assustado.

- Já? - Perguntou Harry.

- Decidimos vir mais cedo. Não chegava nenhum freguês, então fechamos a loja e viemos. - Explicou Fred.

- Ah, ok. - Disse Rony.

- Ah, que é que a mamãe tem? Ela está estranha. - Comentou Jorge.

- Pois é. Percebi isto também. Mas eu acho que não é nada. - Respondeu o ruivo nem ligando muito para o comentário dele.

Ficaram conversando por um tempinho. Harry tentando cochilar, mas sempre acordava com umas falas mais altas de Rony. Acabou que não dormiu nada.

- Humm, estou com fome. Vamos descer e comer algo? - Perguntou Jorge para Fred.

- Claro.

Saíram do quarto e começaram a descer as escadas. Eles escutaram uns barulhinhos, continuaram a descer. A Sra. Weasley estava conversando. Mas com quem? Eles não sabiam. Chegaram em um ponto da escada em que se ouvia perfeitamente o que falavam. Fred parou.

- Shhhh. - Encostando o indicador nos lábios.

Jorge balançou a cabeça positivamente.

Se encostaram ao corrimão da escada, e ficaram escutando a conversa.

- ... o que mais você descobriu? - Perguntou ao que mais se parecia, um homem.

Os garotos não conseguiram descobrir quem era. A Sra. Weasley parecia fazer força para não falar. Escutava-se gemidos, e algumas pancadas na mesa.

- O que você descobriu? - Perguntou o homem novamente.

- Você precisar matar... Mate... - Ela fazia força para não contar.

- Imperius. - O homem deu uma pausa - O que você descobriu? - Pediu ele agora alterando a voz.

Jorge não se conteve. Desceu o resto das escadas correndo para saber o que estava acontecendo. Fred foi atrás dele. O homem escutou o barulho e sumiu. Jorge foi em direção à sua mãe que estava caída ao lado da mesa. Fred foi ao lugar que antes estava o homem, passou a mão pelo ar encontrando apenas uma poeira escura.

- O que realmente aconteceu aqui? - Perguntou Fred se virando para Jorge.

- Não sei, mas precisamos descobrir. - Respondeu o irmão, logo em seguida voltando o olhar para sua mãe. - Mãe, está tudo bem? - Perguntou preocupado.

- Estou sim. Me ajude a levantar, preciso terminar de arrumar essas coisas. - Disse ela como se nada tivesse acontecido.

Jorge se distanciou um pouco e chamou Fred, enquanto a Sra. Weasley dava o toque com a varinha e os objetos se moviam rapidamente para os seus devidos locais.

- Precisamos ficar de olho nela. Não vamos retirar o feitiço. Ficaremos apenas de olho nela, para saber o que ela realmente quer. - Disse para Fred baixinho.

- Contamos para os garotos?

- Não. Eles iriam ficar apavorados, e poderiam fazer alguma besteira. Teremos que cuidar desse caso nós mesmos.

- Ok.

Os garotos subiram novamente, mesmo sem comer... mas subiram. Queriam refrescar um pouco a cabeça e pensar no que poderia ser aquilo e quem poderia ser aquele homem.

- Já comeram?! - Indagou Rony ao ver os gêmeos entrando.

- Não... perdemos a fome. - Respondeu Fred primeiro.

Harry estava dormindo. Conseguiu depois que os garotos haviam descido.

- Onde está a Hermione? - Perguntou Jorge.

- Deve estar no quarto dela... - Ele deu ombros - Último quarto do segundo andar. - Disse Rony.

- Ok. - Disse Jorge se levantando. Fred foi atrás dele.


- Quem é? - Perguntou Hermione ainda deitada, após escutar alguém bater na porta.

- Fred...

- ... e Jorge.


Ela riu, pegou a varinha que estava ao lado de sua cama na mesinha, e com uma balanço da mesma abriu a porta.

- Só viemos para dar um "oi". - Disse Fred entrando.

- E matar a saudade. - Completou Jorge, fazendo Hermione rir.

- Já? Nos vimos agora a pouco.

- Brincadeira. Bom, estamos indo. Vamos dar uma volta, quer ir também? - Perguntou Jorge.

- Não, obrigada. Vou descansar um pouco.

- Ok, estamos indo.

- Até daqui a pouco. - Disse Hermione sorrindo.

- Até. - E saíram.

A garota decidiu começar a se arrumar. Ía fazer tudo bem devagar, tinha muito tempo e não queria correr.



Harry acordou do cochilo.

- Vou lá no quarto. Hermione deve estar dentro do banheiro, vou pegar umas coisas lá.

- Ok. - Disse Rony. - Ah, Harry... você já abriu seus presentes?

- Não. Por falar nisso, nem sei onde estão. Vou perguntar a Sra. Weasley, acho que ela os guardou. - Disse ele se levantando da cama.

- Ok.

Harry desceu e foi até a cozinha.

- Sra. Weasley, onde guardou meus presentes?

- Oi, Harry. Ah, acho que os guardei no armário do seu quarto. Ainda não os abriu?

- Não, vou lá agora. Obrigado.


Harry subiu. Pensava como seria bom se não tivesse brigado com Hermione. Ele se sentia culpado por ter gritado com ela quando ela queria apenas ajudá-lo. Queria fazer as pazes com ela, mas existia uma barreira invisível entre eles que o impedia de falar com ela. Achava muito estranho isso, mas era o que ele sentia.

Entrou no quarto. A cama de Hermione estava um pouco bagunçada, o chuveiro do banheiro ligado e a porta do mesmo entreaberta. Passou por ele e viu que Hermione estava tomando banho. No primeiro momento Harry corou - ela estava de costas para a porta -, mas ele não prestou atenção nela, mas sim, no que ela estava fazendo. Ela estava com a cabeça encostada na parede. Falava sozinha, a voz estava meio embargada, e vez ou outra dava um murros na parede. Parecia triste, desapontada.

- Ele não devia ter feito isso, não devia. Harry Potter, você é um idiota, um idiota! - Ela falava um pouco mais alto que o normal. Harry até aí não entendia nada. Estava esperando ela falar algo que o fizesse entender.

Ela ainda estava de costas.

- Por quê você teve de fazer isso? Por quê?! Você vem gritar comigo quando eu queria te ajudar. - Ela parou um pouco de falar e deu mais um murro na parede, com a cabeça ainda encostada na mesma. Sua voz ficava cada vez mais embargada. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela não conseguiu se controlar, começou a chorar.


- Ai, ai. Cansei de falar para você. - Era a voz que sempre dava "conselhos" para Harry nas horas menos apropriadas. - Não queria que viesse dela? Está ai. Veio dela.
- Isso não significa nada, ela pode estar apenas triste por eu ter brigado com ela, só isso. Nós éramos melhores amigos, se esqueceu?
- Tudo bem que vocês tinham uma "afinidade" muito grande, mas isso já passa de "melhores amigos". -
Disse a voz sacástica.
- Então... - Ele pensou um pouco. - Veremos...

Harry estava decidido do quê ía fazer. Poderia ter graves conseqüências, ou até mesmo, um final feliz. Não irá conseguir nada se não se arriscar. Ele saiu do "transi". Agora, isso estava ficando cada vez mais forte. Sempre... ou quase sempre... que ele "conversava" com sua mente, parecia que o mundo para ele não existia mais, era como se ele fechasse os olhos e ficasse sozinho no espaço, e tudo ao seu redor parado. Não via nada, apesar de estar com os olhos abertos; era concentração total, apesar de ser apenas uma "conversa". Quando acabava de falar com si mesmo, piscava os olhos e era como se voltasse ao mundo, tudo voltava ao normal para ele.

No tempo em que Harry estava sob concentração total, Hermione se virou e viu que ele estava lá, "olhando" pra ela - ele não estava vendo nada, apesar dos olhos estarem abertos. Numa fração de segundo, Hermione pegou sua toalha, se enrolou, com uma das mãos segurou a toalha e com a outra ía bater em Harry. Ela já estava com o braço levantado para bater, quando Harry abriu os olhos, "voltando ao mundo", e só deu tempo de levantar a mão, com um impulso, para se defender do tapa seguro que ele iria levar. O garoto estava segurando com uma das mãos do braço de Hermione, que a mesma segurava com o outro braço sua toalha.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - Ela estava furiosa, jamais um garoto sequer havia visto ela tomar banho. Ainda restavam algumas lágrimas em seu rosto. Ela se desvencilhou do braço de Harry e tentou bater nele novamente, que foi um fracasso, Harry foi mais rápido e segurou seu braço novamente.

- Deixe eu me explicar. - Pediu.

- NÃO TEM EXPLICAÇÃO NENHUMA. EU VI!

- Você não viu nada, estava de costas. - Disse ele sarcástico.

Esse não era o momento ideal para brincadeiras, mas ele não conseguiu se controlar. Hermione não deixava ele se explicar! Aquelas palavras fizeram um estralinho na cabeça dela. Rapidamente se desvencilhou do braço de Harry, deu um passo para trás e bateu a porta na cara dele, deixando para trás, um Harry bastante confuso. O garoto deu um passo para trás, assustado. O barulho da pancada não foi pequeno. A garota se encostou na porta. Ele não pode ter escutado, ele não pode ter visto. Sua idiota. Ele não podia estar aqui, mas esqueceu que o quarto também é dele? E se ele realmente tiver escutado? O que eu faço?, pensava desesperada. Por um momento se esqueceu do ocorrido, e preocupou-se apenas no que Harry havia escutado, se é que havia escutado alguma coisa.

Ele não entendia muito bem o que estava acontecendo, havia sido tudo muito rápido para ele. Que é que está acontecendo comigo?, perguntava para si mesmo. Hermione escondia dele quem era o "garoto misterioso" e depois de um tempo vinha falar coisas que seriam, para ele, estranhas, sem sentido. Sua mente falava consigo mesmo, e nesse tempo, parecia que o hipnotizava. Aquilo estava realmente estranho para ele. Seguiu até seu guarda-roupa, pegou uma sacola um pouco grande que estava lá dentro e foi para o quarto do Rony.

Harry sentou-se na cama em frente a de Rony, colocou a sacola entre as duas camas e apoiou os cotovelos em cada joelho.

- Que barulho foi aquele?

- Ah, eu esbarrei na mesinha, e ela caiu. - Mentiu Harry. Não ía contar para o Rony que tinha visto Hermione tomando banho.

- Ah. Agora vamos, abra-os! - Pediu impaciente.

Harry lentamente abriu a sacola, ainda no chão, e a primeiro coisa que viu lá dentro foi uma carta. Ele pegou vagarosamente, remexendo outros objetos que estavam lá dentro, e abriu. A primeira frase que contia nela era:

Leia sozinho.

Harry não sabia de quem era, e vendo que Rony olhava para sacola, querendo saber o que tinha dentro nela, guadou a carta em seu bolso e foi abrir os outros presentes. O ruivo pegou a sacola e jogou os presentes, impaciente, em cima da cama que estava sentado, e entregou 3 sacos para ele.

- São os nossos. - Eram 2 saquinhos e 1 saco um pouco maior. Ele abriu o maior, da Sra. Weasley. Era um moletom com capuz, de cor entre o vermelho e o marrom, com um símbolo do pomo de ouro na frente do lado direito, em amarelo; e atrás, o nome "Apanhador" em amarelo também. E uma calça de cor amarelo um pouco escuro, com o nome "Harry Potter" da cor do moletom, de cima para baixo. O garoto deduziu que fosse uma roupa de treinamento, e muito bonita por sinal.

- Uau! - Murmurou impressionado. Ele simplesmente adorou aquela roupa.

- Eu acho que esse foi o da mamãe.

Harry abriu os outros dois. Orelhas Extensíveis e Kit Mata-Aula.

- Foram os nossos. - Disse Rony.

- Acho que vou precisar deles. - Disse Harry rindo.

Ele abriu o último presente, o de Hermione. Era um saquinho bem simples. Harry tirou as duas luvas de dentro do saquinho, com aparência de velha e suja, devido a cor escura.

- Foi o da Hermione? - Perguntou Rony curioso.

- Acho que sim. - Respondeu observando as luvas.

- Ela não queria me dizer de jeito nenhum o que era o presente dela.

- Por quê? - Harry levantou o olhar para o amigo.

- Não sei, mas não tem nada demais... são apenas luvas.

O moreno simplesmente murmurou algo confirmando.


Hermione encostou seu ouvido na porta... Nenhum barulho. Abriu um pouco a porta e colocou a cabeça para o lado de fora... Ninguém. Saiu bem rápido, pegou a varinha que estava na mesinha ao lado da cama, e com um balançar da mesma, trancou a porta do quarto. Ainda de toalha, foi até o seu armário e pegou o vestido. Entrou no banheiro, se enxugou e o vestiu. Quando ela se olhou no espelho, encantou-se. O vestido era realmente lindo. Quando o experimentou na loja, nem prestou muita atenção, mas agora ela viu o quanto era bonito. Era um tomara-que-caia rosa, mas passado pelos braços, um pouco armado, o deixando rodado. Tinha 3 camadas, a 1ª um pouco abaixo da barriga, a 2ª no joelho e a última nos pés, uma forma de onda, rodeando todo o vestido.

Faltava o cabelo, não tinha a menor idéia do que faria.

Toc, toc, toc.

Colocou a cabeça para olhar a porta.

- Quem é? - Perguntou.

Ela escutou uma voz abafada do lado de fora dizendo: Gina.

Novamente foi à sua mesinha pegou a varinha e destrancou a porta. Gina empurrou a porta e quando viu Hermione ficou maravilhada. Levou as mãos à boca.

- Hermione...

- Fecha a porta. - Pediu ela antes de tudo e voltou ao banheiro.

A ruiva a seguiu.

- Você está linda. - Disse olhando-a dos pés a cabeça.

Hermione sorriu, mas logo tratou de tirar a expressão do rosto.

- Que foi? - Perguntou Gina sem entender.

- Eu não sei o que eu faço no meu cabelo!

Gina riu.

- Dramática, você. - Disse após revirar os olhos.

Hermione fez uma careta.

- Vem cá. Vou dar um jeito nisso.

- Anh? Você? - Hermione tinha medo que Gina fizesse alguma besteira.

- Sim, eu mesma. Confie em mim. Dou um jeito. - Ela foi para trás de Hermione e segurou se cabelo.

- Olha lá, hein. Se fizer besteira eu te mato. - Brincou a morena.

- Tudo bem.

Para quem se "conheceu" a pouco tempo, já estavam bem amiguinhas. Pareciam os velhos tempos, com apenas alguma alterações.

- Tem alguma coisa aqui que seque o cabelo? Você molhou!

- Não sei. - Hermione pensou um pouco. - Ah, eu trouxe algo da minha mãe que pode lhe ajudar. - Ela se dirigiu até seu malão e pegou um objeto.

- Eu acho que sei como usar isso. - Comentou a ruiva olhando para o secador.

- Sabe? - Perguntou a amiga se dirigindo à ela

- Sei, mas não sei como eu sei. - Disse pensativa, meio enigmática.

- Ok. - Disse hesitante.

- Espera aí, foi só isso que você trouxe? - Gina se dirigiu ao malão da amiga.

- Não, tem mais coisas ai dentro. - Hermione indicou para ela olhar o malão.

Ela mexeu em umas coisa lá dentro, achou um pequeno pote de acrílico com alguns grampos dentro, mexeu mais um pouco e achou um pedaço de pergaminho, muito velho por sinal, com várias frases e nomes soltos, contendo, também, um desenho estranho.

Hermione rapidamente se virou e viu Gina olhando para o pergaminho. Algo estalou dentro dela, e rapidamente se dirigiu a amiga, tomou o pergaminho de sua mão, deixando-a assustada, e fechou o malão bruscamente.

- Vamos fazer logo isso. Senão, não vai dar tempo. - Disse Hermione encarando-a.

Gina se recuperou do susto rapidamente.

- Tudo bem.

A morena se dirigiu até o banheiro e ficou de frente ao espelho. Gina a seguiu e ficou atrás dela, colocou os objetos em cima da pia, na frente de Hermione, e começou a secar seu cabelo. Terminada a etapa, pegou alguns grampos, e foi pegando mechas do cabelo dela e amarrando-os com os eles, mais ou menos no meio da cabeça. Colocava um e outro, e lá estava todo o cabelo amarrado. Era tipo um nó, com as mechas do cabelo caindo umas para um lado, e outras para outro. Estava linda! Se dirigiu até seu malão e procurou algo para calçar. Havia trazido várias sandálias, só não sabia se teria uma que desse certo com a roupa. Achou com muita dificuldade uma prata. Tinha uma tira passando por cima dos dedos e duas mais finas passando em X para amarrar. Colocou um colar discreto, prata também, e um brinco parecido com uma mini bola de cristal, que quando a luz batia ficava cor de rosa. Ela estava pronta, e realmente incrível.

Hermione suspirou.

- Estou pronta! - Disse ela se virando para Gina.

- Você está realmente incrível. - Respondeu ela dando uma volta em Hermione, que a mesma permanecia, mordendo o lábio inferior, parada, para que Gina pudesse observá-la.

- Você não vai ser arrumar? - Perguntou Hermione. - Já são 5 horas. - Disse olhando para o relógio na mesinha ao lado de sua cama.

- Estou indo. Não demoro muito, já está tudo separado. - A ruiva se dirigiu è porta.

- Ok, e obrigada. Ficou lindo. - Disse Hermione sorrindo.

- De nada, e quando quiser, é só pedir. - Ela deu uma piscadela e saiu.

- Onde ela aprendeu a fazer isso? - Perguntou Hermione a si mesma.

Só sabia que não conseguiria encontrar uma resposta, e sabia que teria que esperar um bom tempo para o casamento ainda.

Fechou a porta, caso alguém quisesse entrar, e foi ajeitar seu rosto, colocar uma leve maquiagem, que era bem rapidinho.


- Mãe, onde Gui e Fleur foram? Faz dias que não os vejo. - Comentou Rony quando encontrou sua mãe na escada subindo para se arrumar.

- Eles viajaram, disseram que queriam passar esse tempo até o casamento juntos. Mas chegarão na hora, não se preocupe. - Disse a Sra. Weasley, e subiu.

- Oi pai. - Disse ao descer as escadas e ver Arthur entrando.

- Olá filho. - Disse ele entrando e indo até a cozinha. Pegou um sanduíche dentro da geladeira e se sentou numa poltrona.

- Onde estava? - Perguntou Rony se sentando no sofá ao lado.

- Fui falar com os convidados. Dumbledore, por exemplo, ele disse que poderia fazer a magia.

- Que magia?!

- A do casamento. - E deu mais uma mordida no sanduíche. - Será aqui na gramado, precisará de uma magia para se parecer um lugar adequado ao casamento. - Disse ele como se fosse algo tão óbvio.

- Ah.


Rony entrou novamente em seu quarto. Parecia uma sede para ele e Harry conversarem. Não saíram de lá desde depois do almoço.

- Harry, esqueci de te perguntar... por quê você tá brigado com a Hermione? - Disse ele se sentando na ponta de sua cama.

- Ah, você tem que me lembrar... - Ele deu uma pausa. - Eu não queria isso! Eu acho que foi por minha causa... não sei direito. De repente eu gritei com ela dizendo que queria ficar longe dela, mas... foi dá boca pra fora... eu não queria isso! Não tenho certeza se foi por isso mesmo. Mas ela ficou sem falar comigo. - Ele disse de uma vez, com a mão na testa. Estava triste, muito triste.

- Nossa... desculpa, cara. Não sabia que você tava tão mal.

- Ok, você não teve culpa, mas não toca mais no assunto ok? - Pediu ele.

- Tudo bem. - Disse Rony.

Parecia que tudo tinha vindo na cabeça de Harry, todos os momentos que ele nunca gostaria de ter passado, todos aqueles momentos ruins.

- Posso entrar? - Perguntou Gina com a cabeça dentro do quarto.

- Ah, claro, Gina. - Disse Harry se levantando da cama. - Eu vou indo, acho que você já vai se arrumar.

- Sim.

- Bom, vou me arrumar também. Vou tomar um banho bem demorado, para tentar esfriar a cabeça.

- Ok. Até logo, Harry. - Se despediu Gina.

Harry saiu.

- Bom, vê se toma banho logo que eu preciso me ajeitar também.

- Ok. - A ruiva entrou no banheiro.


Toc, toc, toc.

- Quem é? - Perguntou Hermione se virando. Ela estava apoiada no vão da janela, observando o gramado.

- Harry!

- O que você quer? - Perguntou seca.

- Bom, eu acho que o quarto também é meu, e eu preciso me arrumar para o casamento. - Disse impaciente, como se fosse óbvio.

- Já? Faltam 2 horas, e você já vai se arrumar? - Perguntou Hermione.

- Será que eu posso? Ou você terá que dizer o que eu tenho de fazer, nas horas que você quiser? - Perguntou Harry já com raiva.

- Você faz o que você quiser! - Retrucou Hermione.

- Então será que dá para você abrir a porta? - Perguntou com raiva.

- Calma, seu estressado.

Hermione foi para o lado da porta. Abriu bem devagar. Harry empurrou a porta.

- Não olhe para atrás da porta. - Disse Hermione.

Harry parou. A porta dividia os dois.

- Por quê?

- Porque já estou pronta e ninguém me verá antes da hora... além da Gina... muito menos você.

- Ok.

Hermione puxou a porta mais para perto dela tentando se esconder. O banheiro ficava em frente. Harry só precisava andar reto para chegar lá. Ele começou a caminhar. Ela rapidamente fechou a porta, ficou atrás dele e segurou sua cabeça, para que ele não olhasse para trás.

- Anda! - Ordenou segurando a cabeça dele e o empurrando para o banheiro.

- Não confia em mim? - Perguntou Harry fazendo força para parar, mas ela continuava o empurrando.

- Não! - E empurrou com mais força. Harry cedeu, e foi caminhando.

A garota foi soltando ele devagar, sua mão foi caindo aos poucos, e depois, já não estava segurando a cabeça dele. Hermione parou. Harry parou também, mas não se virou.

Confio, sim.

O garoto pensou um pouco e voltou a caminhar, não olhou para trás. Entrou no banheiro e trancou a porta. A vontade de Harry de olhar para trás, nem que fosse um pouquinho, era enorme, mas ele se controlou.

- Satisfeita? - Perguntou Harry tirando a camisa.

- Muito. - Disse Hermione do outro lado da porta. - E vê se acaba logo esse banho.

Harry nada respondeu. Entrou no banheiro, ligou o chuveiro e ficou lá em baixo, deixando a água correr pelo seu corpo e tentando afastar pensamentos ruins.

Hermione adorava fazer essas brincadeirinhas, mesmo eles estando brigados. E Harry deixava, e ainda deixa. Porque sabe que ela adora fazer isto... e deixa porque a ama.


- Gina, eu preciso me arrumar também, sabia? - Resmungou Rony impaciente.

- Calma, estou acabando. - Gritou Gina de dentro do banheiro.

Cinco minutos depois ela saiu.

- Até que enfim. Agora se arruma ai que eu vou tomar banho. - O ruivo entrou no banheiro.

Gina trancou a porta do quarto, se enxugou, pegou seu vestido e não precisou esperar muito para Rony sair. Entrou no banheiro e começou a se arrumar. Rony ficou no quarto e precisou se virar lá mesmo.

Hermione não escutou mais o barulho do chuveiro.

- Acabou? - Perguntou ela indo para perto da porta.

- Acabei. - Disse Harry se enxugando.

- Não abra a porta! - Ordenou. Foi até o armário de Harry, pegou suas vestes e foi até a porta. Abriu devagar - Harry se assustou, achava que ela ia entrar - e colocou o braço para dentro, entregando a roupa dele.

Harry colocou a mão perto da de Hermione para poder pegar a roupa por baixo, e quando foi tirando, passou por cima da dela. A garota se arrepiou e Harry sorriu marotamente.

Eu não posso fazer o que quiser?

Colocou a roupa em cima da pia, na parte seca. Ele acabou de se secar e começou a vestir o terno.

Passou um tempinho e Harry já estava vestido.

- Meus sapatos! - Disse ele dentro do banheiro. - Deve estar dentro do meu malão.

Hermione foi até o malão dele e começou a revirar, procurando um sapato adequado. Antes disso encontrou outras coisas: as cartas que ele tinha recebido dela e de Rony, a capa de invisibilidade que estava lá embaixo, o mapa do Maroto e algo que chamou a atenção dela. Ela pegou aquela antiga foto, que estavam os três: Harry, ela e Rony, no primeiro ano deles. Estavam felizes. Hermione não deixou de sorrir. Relembrou de tudo que passou junto dele. Todas as batalhas, todas as vitórias. Relembrou de tudo bom que tinha passado junto dele. Colocou a foto de volta na mala e procurou pelo sapato.

- Vai demorar muito? - Perguntou impaciente.

- Eu não sou sua empregada, tá? - Retrucou Hermione irritada.

- Você não é minha empregada! Me deixe sair do banheiro que eu me arrumo bem direitinho sem lhe perturbar!

- Não, pode ficar ai mesmo. Eu pego. - Achou o sapato e foi até o banheiro.
Abriu a porta bem rápido, o suficiente para sua mão conseguir passar com os sapatos, e os jogou lá dentro. Harry se abaixou, pegou os sapatos.

- Meias! - Disse novamente.

Isso já estava enchendo o saco. Hermione não agüentava mais. Foi novamente até o malão dele. Novamente se viu remexendo aquela bagunça. Agora encontrou outra coisa, que fez seu cérebro colocar as engrenagens para funcionar. Lá no cantinho da mala estavam dois colares, bem juntinhos, de ouro, e em cada, um “H” no pingente. Os pingentes estavam colados um no outro, eram ímãs. Hermione pegou e os descolou. Eram bem simples, mas lindos. Ficou querendo saber se eram dele ou se ele daria para alguém que também tivesse esse inicial.

Harry... Hermione... ele não conhece outra pessoa com H, eu acho..., pensou ela.

Sabia que não encontraria resposta.

- Hermione... é tão difícil pegar um par de meias? - Ironizou Harry.

- Calma, já estou indo. - Devolveu os colares para o fundo da mala e pegou um par de meias brancas que estava lá perto.

Foi até o banheiro, abriu a porta um pouquinho e jogou a meia lá dentro.

- Até que enfim.

- Ah, Harry, pára de reclamar e acaba com isso logo. - Disse irritada.

O garoto achou melhor ficar calado. Vestiu as meias, calçou os sapatos e tentou ajeitar o cabelo. Não conseguiu e resolveu deixar assim mesmo. Colocou perfume...

- Acabei!

- Agora espere. Quando você sair, estarei ao lado esquerdo da porta. Se você olhar...

- O quê? - Ironizou, a interrompendo.

- ... eu juro que te mato. - Hermione, obviamente, estava brincando.

- Você não é capaz se fazer isso comigo. - Harry não estava nem aí.

- Por quê tem tanta certeza disso?

- Porque você não seria maluca ao ponto de matar o garoto que você ama! - Disse ele sorrindo

Hermione parou. Queria não acreditar no que tinha acabado de ouvir. Ele sabe? Como? Não, não pode ser... foi apenas um truque... ele não sabe de nada, pensou ela. Teria deixado ele perceber alguma coisa? O jeito de olhá-lo, o jeito de como agia quando estava perto dele? Não... não seria idiota o suficiente para ter deixado isso acontecer.

Harry daria tudo para ter visto a cara que ela fez. Queria ao menos ver a reação dela.

Hermione pensava se dava uma de inocente e ver no que isso iria dar, ou simplesmente abria o jogo de uma vez, agora que não estava de frente á frente com ele, estava sendo dividida por uma porta, era mais fácil, como um “Como você sabe?”, ou algo do tipo.
O garoto percebeu a demora. Se fosse mentira ela teria cortado a conversa logo de vez, pensou ele, será que ela realmente me ama?


- Já te disse um milhão de vezes que ela te ama, sim. Hum, até que enfim arriscou alguma coisa, não é? Estava demorando demais. Olha só, olha a demora dela para falar. Nesse momento ela deve estar pensando em alguma desculpa para dar, deve estar vermelhinha. - Disse, sarcástica, a voz que habita a mente de Harry.
- Me aguarde, vou fazer mais que isso.
- É assim que se fala.



- Que foi? De repente você se calou. - Disse irônico.

Hermione não optou por nenhum dos dois. Foi pelo lado da grosseria.

- Não gosto de perder meu tempo respondendo perguntas idiotas.

- Isso não foi um pergunta. - Era impressionante como Harry ainda continuava a brincar, mesmo percebendo que ela estava ficando com raiva. Parecia que ele gostava de discutir com ela.

- Que seja. Perguntas ou comentários idiotas... não gosto de responder. - Respondeu irritada.

- Acabou de perder seu precioso tempo respondendo um. - Harry não se importava, o que ela não queria era que ele a visse arrumada e se ela entrasse no banheiro para uma discussão mais bruta, ele a veria vestida. Então ela não ousaria entrar no banheiro por nada nesse mundo, e ele estava aproveitando isso.

- Você está conseguindo me deixar mais irritada, é melhor você parar com isso antes que eu tome uma decisão mais dramática. - Disse Hermione tentando manter a calma, algo que não estava conseguindo.

Harry pensou por um tempo. Realmente, não é nada bom quando ela faz isso.

- Por quê você mudou de assunto? Será mesmo que é só por quê você não gosta de responder comentários idiotas? - Perguntou sarcástico.

- É sim.

- Hum... tá. - Harry sabia que não era por isso. Ele realmente estava acreditando que Hermione amava ele.

- Agora saia do banheiro e não olhe para o lado esquerdo da porta. Me entendeu? - Perguntou séria e ameaçante.

- Perfeitamente. - Brincou ele.

Hermione foi para o lado esquerdo da porta e Harry a abriu. Para total segurança, ele saiu de costas para ela, virado para o outro lado e parou. Hermione foi indo para a frente da porta do banheiro e foi girando Harry para ele ficar sempre de costas para ela.

- Merlin! - Disse Harry colocando a mão na testa. - Quase me esquecia.
Ele foi virando devagar para ficar de frente para a porta do banheiro, e Hermione sempre atrás dele. Entrou no banheiro e fechou a porta. A garota não entendeu. Foi até sua mesinha e pegou sua varinha. Algo dizia que era uma segurança a mais. Dentro do banheiro, Harry pegou sua roupa, dobrou-as e pegou no bolso da calça a carta que havia recebido. Colocou a carta entre a calça e a camisa que segurava. Bateu na porta, como um sinal que queria sair. Novamente Hermione foi para o lado esquerdo da porta.

- Não olhe para o lado esquerdo!

Harry saiu do banheiro, novamente virado para o outro lado. Hermione foi para trás dele e o girou para que ficasse de frente para a porta do quarto. Soltou-o. Sentiu o cheiro dele. Não resistiria por muito tempo. A vontade que ela tinha era de beijá-lo. Conseguiu se controlar.

- Não olhe para trás!

- Para quê a varinha? - Perguntou Harry andando lentamente. Ele havia percebido quando Hermione o tocou.

- Precaução. - Respondeu somente.

- Quer dizer que não confia em mim? - Perguntou Harry parando.

- Confiar pode até ser que eu confie... mas é sempre bom prevenir, caso algo não saia como nós planejamos.

- Ok. - Harry pensou um pouco e continuou. Deixou sua roupa, juntamente com a carta, dentro do malão. Decidiu que depois iria lê-la.

Andou devagar, enquanto Hermione não tirava os olhos dele. Novamente a dor no braço. Parecia que ela tinha recebido uma flechada. Aquela dor aguda por dentro.

- AI! - Gritou rapidamente, apertando o curativo. Para tomar banho ela não havia tirado.

- O que foi? - Harry já ía se virando.

- NÃO OLHE!

Ele rapidamente voltou-se para a porta da frente. Vira alguma coisa? Viu, sim, mas não como queria ter visto. Foi questão de milésimos. Sabia apenas que ela estava de rosa.

- Eu disse para você não olhar! - Disse Hermione indo até ele. Encostou a varinha na cabeça dele. O sangue dele parou de correr e ele ficou imóvel.

- Desculpa, foi sem querer, eu não queria... - Disse de olhos fechados, não sabia o que ela ía fazer com a varinha apontada para sua cabeça.

- Cabelo Reparo. - Disse Hermione, e abaixou a varinha. - Lá fora você vê como ficou. - Completou calma.

O sangue de Harry voltou a correr. O alívio foi grande. Voltou a caminhar em direção a porta e saiu logo.

A garota trancou a porta. Pensamentos invadiram sua cabeça rapidamente. Não foram pensamentos sobre se ele tinha a visto ou não. Foi nesse pouco tempo que ela ficou trancada dentro do quarto com ele. Queria respostas... do por quê de Harry ter dito que ela não teria coragem de matar o menino que ela amava, dos colares que ela achou dentro do malão dele... mas ela sabia que não conseguiria resposta para nenhuma delas.


Harry subiu para o quarto de Rony. Bateu na porta. Entre, escutou Rony dizer. Entrou no quarto. O ruivo estava em frente ao espelho ajeitando a gravata. Gina ainda estava dentro do banheiro.

- Pronto? - Perguntou Harry.

- Quase. - Ele se olhou uma última vez no espelho. - Pronto.

- Vamos descer logo. Essas meninas, não sei não viu... uma mais complicada que a outra.

Eles saíram do quarto.

- Por quê demorou tanto? - Perguntou Rony na descida.

- Problemas no quarto.

- Tipo o quê? - O ruivo se jogou no sofá.

- Hermione... - Respondeu simplesmente, se jogando na poltrona da frente.

- Que é que ela fez? - Perguntou Rony curioso.

- Bom, começou quando ela não quis me deixar entrar no quarto... - E Harry contou todo o acorrido. Bom, todo não, um resumo dele. Não contaria com detalhes, muito menos o que ele falou para Hermione.

- Por isso que seu cabelo está arrumado hoje. - Caçoou o ruivo.

- Pois é. Por falar nisso... - Harry foi até o banheiro. - Eu nem vi como ficou.

Se olhou no espelho. Seu cabelo estava realmente sentado na cabeça hoje.
Faltavam cerca de 20 minutos para ás 7 da noite. Estavam apenas os dois lá em baixo. Logo o Sr. Weasley desceu, já arrumado.

- Ninguém chegou ainda? - Perguntou ele aos meninos, dando uma última ajeitada na gravata.

- Não. - Disse Rony.

Acabou de falar e a bateram na porta. O Sr. Weasley abriu. Lá estavam Dumbledore, Moody, Tonks e Lupin.

- Ótimo que chegaram. Sentem-se.

O pessoal se acomodou no lugar e começaram a conversar com Harry e Rony.

- Me permite, Arthur? - Perguntou Dumbledore.

O mais velho foi para trás da casa, pegou sua varinha e começou a enfeitar o lugar. Pouco tempo depois estava um lugar enorme, aberto, com o céu lindo, estrelado, vários bancos enormes para convidados. O lugar certo para um casamento. Logo ao lado parecia o lugar para a dança, a "recepção". Várias mesas e cadeiras, uma mesa com o banquete, e vários enfeites... flores, umas estátuas, jarras, tinha até um chafariz. O lugar estava pronto, precisava esperar apenas pelos convidados.

Dumbledore voltou para dentro da casa.

- Tudo pronto. - Disse para Arthur.

- Ok, obrigado Dumbledore. - Ele apenas respondeu com a cabeça.

Pouco tempo depois a Sra. Weasley desceu. Estava com um vestido prata, simples, que refletia a luz que batia. E uma sandália prata também, cabelos soltos e um colar bem simples.

- Estão todos aqui? - Perguntou Molly.

- Faltam as garotas. - Disse Rony, impaciente, dando ênfase em "garotas".

- Sempre as últimas. - Comentou ela. Se virou para o o marido. - Como estou? - Perguntou dando uma voltinha.

- Linda! - Respondeu Arthur, sorrindo.

Os garotos abafaram uma risadinha.


Gina saiu do banheiro. Estava pronta. Estava com um vestido verde claro, lindo. Não tinha enfeite algum, era liso. Sandália prata, um colar com pérolas esverdeadas, e um brinco simples meio verde. O cabelo estava lindo, todo ondulado. Passou perfume e saiu.

- Hermione? - Perguntou ela.

- Entre, Gina. - Pediu a morena dentro do quarto.

A ruiva entrou e fechou a porta.

- Vamos? - Perguntou animada.

- Ain, Gina. Não quero ir não. - Resmungou Hermione.

- Por quê? - Perguntou Gina cruzando os braços.

- Ah, sei lá. Estou com vergonha... não sei se estou bem com... - e olhou para o vestido. - isso. - Disse apontando para ele.

- Você está linda. Qual o problema com ele?

- Ah, não sei... mas não quero ir agora.

- Tá, tudo bem. - Gina se sentou na ponta da cama de Hermione. - Hermione... - Chamou.

- Sim.

- É que bem... não sei se deveria contar mas...

- Desembucha!

- ... é que... quando eu ia entrar no meu quarto, eu escutei uma conversa de Harry e Rony...

- Que conversa? - Hermione estava ficando curiosa.

- Bem, primeiro... você e o Harry estão brigados? - Perguntou hesitante.

- Bom, podemos dizer que sim.

- Ah...

- É por isso também que eu não quero ir. Eu vou com ele. - Resmungou Hermione, novamente.

- Tá, mas isso não vem ao caso. Bom, foi o seguinte... eu ía entrar no meu quarto e escutei uma conversa de Harry e Rony...

Hermione escutava atenta.

- Não sei se esse é meu tipo, mas não pude deixar de escutar...

- E o que você escutou? - Perguntou Hermione curiosa. Gina estava fazendo suspense demais... ela odiava isso.

- Harry estava resmungando alguma coisa do tipo: Acho que foi minha culpa... foi dá boca pra fora... não queria isso... ficou sem falar comigo. Bom, não consegui escutar muito bem, mas foi mais ou menos isso.

Hermione não falou nada. Estava pensando. Será que ele quer fazer as pazes comigo? Será que ele está arrependido?

- Isso tem alguma coisa a ver com vocês estarem brigados? - Perguntou Gina.

- Eu... eu não sei. - Respondeu, sinceramente, Hermione.


- Gui! - Exclamou Arthur ao ver o rapaz entrando. - Ainda bem que chegou.

- Olá, pai. - Disse dando um abraço nele.

Todos cumprimentaram-o e deram os parabéns. Apertos de mão, abraços...
Harry já tinha falado com Gui. Pensava na bendita carta que havia recebido... queria saber de quem era, pra quê todo aquele mistério, por quê tinha de ler sozinho, e o que havia escrito nela. A curiosidade era grande. Decidiu subir para pegar a carta.

- Sra. Weasley, vou lá em cima pegar uma coisa. Daqui a pouco eu volto.

- Ok. Aproveite e chame as meninas se elas já estiverem prontas, ok?

- Sim, senhora.

Harry foi na cozinha, primeiro, pegou um copo com água e subiu. [N/A: Tenho pena desse copo. =P]

- ... tá bom, eu te ajudo, sim. Mas pode me contar, Hermione... você gosta dele, não é? - Perguntou divertida.

- Não. Eu só quero saber se ele realmente quer fazer as pazes comigo... só isso.

- Ah, Hermione. Não tem como me enganar. Você está de coração partido porque ele não está falando com você direito, pode falar.

- Não é nada disso, Gina. Ele é meu melhor amigo... ou pelo menos eu o classifico como meu melhor amigo. Sim... o conheço há 6 anos, sempre estive ao lado dele quando ele precisava, ele sempre esteve ao meu lado quando eu precisa, corremos riscos juntos, enfrentamos desafios juntos... mas não passa da amizade, não. E agora, por causa de uma besteirinhas, ele de repente fica sem falar comigo... é muito estranho, não acha?

- Ôôôôô... que lindo, Hermione.
- Ela viu a cara que Hermione fez e tratou logo de falar. - Passaram todos os momentos... JUNTOS! Ah, o amor... como ele é lindo...

- Ain, Gina... você não entende mesmo, não é?

- Eu não entendo? Eu não entendo porque você fala uma coisa pra mim e fala outra para o seu coração.


Hermione balançou a cabeça negativamente como se estivesse cansada de tentar explicar para ela... algo que ela sabia que era mentira.

- Tá bom, tá bom... mas eu te ajudo sim... - Gina sorriu. - Mas... ele é tão lindo, tão fofo, tão gentil, tão, tão... tão tudo! Ain, Hermione, ele é perfeito!

A cada elogio que Gina fazia a ele, Hermione dizia "é" para ele mesma, e sorria. Ciúmes? Não, ela não sentiu. Era normal todas as garotas falarem isso dele. Já estava acostumada.

Harry desistiu de escutar aquela conversa. Sim, ele escutou a conversa, mas decidiu fazer, realmente, o que ele tinha de fazer naquele lugar. Depois pensaria com calma sobre a conversa que havia escutado, mas ainda haviam dúvidas de que ele era o garoto de quem elas tanto falavam.

Toc, toc, toc.

- Quem é? - Perguntou Hermione dentro do quarto, pedindo com um gesto manual para Gina parar de falar.

- Harry.

- O que quer?

- Pegar algo. Posso?

- Eu pego, diga onde está.

- Não, EU quero pegar. É algo que me pertence, e que VOCÊ não pode ver.

- Ah, claro. Espere.

Harry suspirou e revirou os olhos. Mais uma vez, a mesma coisa. Hermione entrou no banheiro. Gina ficou sentada na cama esperando ele sair e Hermione voltar a conversar com ela.

- Entra! - Disse Gina quando Hermione fechou a porta do banheiro.

Harry entrou.

- Cadê ela? - Perguntou baixinho indo até o seu malão.

- Banheiro. - Disse apontando para o lugar.

- GINA! - Gritou Hermione de dentro do banheiro, como se estivesse brigando com ela por ter dito.

- Ain, Hermione. Você só poderia estar dentro do banheiro, né? Só não vai estar debaixo da cama. - Disse Gina irônica e revirou os olhos.

Harry riu.

- A Sra. Weasley está chamando as duas. Os convidados chegaram e o noivo também. - Completou ele.

- Ok. Deixa só eu convencer a Hermione para ela descer.

Harry sorriu. Deixou o copo em cima da sua mesinha e procurou a carta dentro do malão.

Achou-a depois de alguns segundos, se dirigiu a porta.

- Psiu! - Chamou Gina, baixinho.

Harry olhou.

- Tá linda. - Disse apenas com a boca, sem falar nada.

Harry sorriu e saiu.

Gina se levantou da cama, trancou a porta e abriu a porta do banheiro.

- Até que enfim ele saiu. - Resmungou Hermione saindo de lá.

- Hermione, vamos descer logo. Você escutou o que ele disse.

- Sim, escutei, sim. Espera só mais 10 minutinhos, tá?

- Ai, tá bom. - Disse Gina.


Harry se encostou na parede ao lado da porta. Não iria ler a carta lá em baixo. Começou a abrir. Novamente aquela primeira frase:

Leia sozinho.

Abriu a carta completa.

Harry,
Primeiramente, me desculpe por todo esse suspense. Você realmente precisa lê-la sozinho. Quero primeiramente te dar os parabéns. A verdadeira questão dessa carta é para dar um alerta. Este ano terão novidades na escola, será um ano mais difícil, e sobre tudo... mais perigoso. Peço para você se cuidar, Harry. Voldemort pretende vir com tudo. Pode ser a batalha final para você, ou para ele. Peço para se preparar. Quero contar apenas para você, não conte para ninguém, principalmente para o Sr. Weasley e a Srta. Granger, eles ficarão muito preocupados. Também não quero te deixar muito preocupado, apenas alertá-lo para o que poderá vir pela frente. Não temos informações sobre ele, nem o que ele está tramando, mas temos quase certeza que ele já está preparando alguma coisa. Teremos que duvidar, agora, de tudo e de todos. Qualquer pessoa próxima de você poderá estar sendo controlada por ele, ou pior, estar ao lado dele por pura vontade e prazer. Cuidado, Harry... muito cuidado. Não tenho pressentimentos bons. Não quis falar com você na sua festa, estava se divertindo, não iria atrapalhar. Bom, então é isso, Harry. Não se preocupe, conversaremos melhor depois.
Atenciosamente,
Alvo Dumbledore.


Harry acabou de ler a carta. Estava confuso. Lembrou das palavras que Hermione havia dito há um tempo atrás: Ela não deve ter feito aquilo por querer, tenho quase certeza disso. Ficou pensando se a Sra. Weasley, realmente, teria feito-a cair da vassoura apenas por que ele estava de olho nela. Hermione sempre tinha razão, mas nesse caso ele ainda estava com dúvidas... até que se prove ao contrário, ele ainda ficará. Dobrou a carta e bateu na porta. Não iria se preocupar com isso agora... ía para um casamento, sendo par da garota que ele mais ama, se caso quisesse que algo fosse esclarecido melhor, conversava com o remetente da carta no próprio casamento.

- Quem é? - Perguntou Hermione novamente.

Harry não respondeu, colocou a carta debaixo da porta.

- Guarda dentro do meu malão, por favor - Pediu.

Hermione se dirigiu até a porta e se abaixou para pegar a carta.

- E não leia, por favor. - Completou ele.

Hermione analisou a carta. Dumbledore, pensou a garota. Se dirigiu até o malão do garoto e a jogou lá dentro.

- Obrigado. - Disse Harry depois de alguns segundos e desceu.


- Hermione, por quê você não tenta falar com ele? - Perguntou Gina. Queria ver a amiga feliz, e o único jeito, era o garoto voltar a falar com ela.

- Eu tentar falar com ele?! Mas nem morta... se ele quiser voltar a falar comigo direito, ele que venha na minha cara pedir desculpa e me convencer de que eu voltando a falar com ele, não ocorra a mesma coisa. - Disse Hermione.

Esse não era o tipo de pessoa que ela costumava ser... orgulhosa... e também, não estava gostando muito de ficar sem falar com Harry, sem sentir aquele perfume gostoso dele, sem dar um abraço nele todas as manhãs, sem poder contar segredos e ouvir segredos e sem poder estar ao lado dele, que era o que mais ela gostava de fazer.

- Ain, Hermione... você também, hein? Não ajuda em nada - disse Gina indignada com a resposta que ouvira.


Já estavam todos no gramado, perto do lugar adequado ao casamento... os convidados da noiva apreciavam o lugar maravilhoso.

- GINA! HERMIONE! - gritava a Sra. Weasley lá de baixo. Já havia passado da hora... 7:20.

Dentro da casa estavam apenas Rony, Harry e a Sra. Weasley.

- Vamos, Hermione! - disse Gina puxando a garota pelas mãos. - Nós já estamos atrasadas.

- Ain, Gina. Tá bom, tá bom. - Se rendeu Hermione.

Saíram da porta.

Os garotos as escutaram conversando alguma coisa, enquanto elas desciam.

- Vai na frente! - Disse Hermione empurrando ela devagar.

- Tá bom.

Os garotos olhavam curiosos para o topo da escada. Gina apareceu... nada demais. Os garotos sorriram. Ela foi para o lado de Rony e cruzou seu braço com o dele.

- Hermione! Pode descer - gritou a amiga.

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² N/A: Yeah! Capítulo enormee acabado. 2 horas pra ler?! Demorei para editar esse.. ><
21 páginas de Word. [OO]
Enfim, se alguém conseguiu chegar até esse ponto da FIC e ler até aqui, ótimo. Evolução minha. E ficaria muito feliz que comentassem e votassem. =]
Comentar pelo menos pra dizer que a FIC tá ruim, ou quem sabe, uma porcaria. =P
Mas depois desse capítulo.. TUDO vai mudar. xD
Mas, enfim. Comentem aí, beleza? É importante saber quem conseguiu chegar até aqui pra ler. =D
Ahh, agrader a Deyze pela descrição do vestido de Hermione.
Té já.

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