Poção Intente.



Capítulo 14.
Poção Intente.


- E, é lógico, que você só vai procurar essas Horcruxes quando sair do colégio e com a ajuda dos Aurores, não é? - Perguntou Rony duvidoso.

Harry ficou calado, refletindo.

- Harry...? Você não ta nem louco de fugir de Hogwarts! Não dê uma de Fred e Jorge, por favor.

- Não sei, Rony. - Ele suspirou. - Quanto mais cedo isso acabar, melhor. Vou começar a procurar aqui dentro, já. Dumbledore pode estar certo.




Segunda-feira. Primeiro dia de detenção de Harry. Só estava preocupado pelo fato de Snape escolher a punição. Dumbledore no dia anterior já havia tirado pontos das duas casas. E nada pior que duas aulas seguidas de Snape após o almoço.

-... e em uma batalha é essencial saber convocar um feitiço sem precisar pronunciá-lo. Apenas com o poder da mente - Snape deu uma pausa. A sala estava totalmente calada. - Formem duplas! E treinem os feitiços… sem falar.

- Fácil - disse Harry para si mesmo. - Rony... - ele se virou para chamar o amigo, que ja estava com a varinha em mãos, mas com Neville como dupla. Deu uma olhada na sala. Todos ja tinham dupla, menos... - Isso é algum tipo de castigo? Porque se for, está sendo muito bem bolado - disse para si mesmo, inconformado.

Hermione era a única que estava sozinha, e ainda estava sentada em sua mesa, esperando alguém aparecer. Harry chegou perto da cadeira dela.

- Acho que só sobrou você - ele disse sem olhar para ela. Se distanciou um pouco e levantou a varinha na direção dela.

Hermione se levantou e balançou um pouco a cabeça, negativamente, não acreditando naquilo. Apontou a varinha para Harry. Os dois ficaram sem falar nada, apenas com as varinhas em mãos. Olhavam olho no olho, e não se preocupavam com alguns feitiços que atravessavam a sala. Ficou algum tempo daquele jeito. Harry já conseguia convocar um feitiço sem pronunciá-lo, graças a umas idas à biblioteca, mas não quis começar e esperou Hermione lançar o primeiro feitiço.

Finalmente um jato avermelhado saiu da ponta da varinha da garota.

- Protego - disse Harry, simplesmente. O feitiço bateu e seguiu outra direção.

- Potter! O que eu falei sobre não pronunciar os feitiços? - Perguntou Snape.

Ele abaixou a varinha e se virou.

- Pelo o que eu me lembro, você disse para convoncar um feitiço sem pronunciá-lo, não falou nada sobre como se proteger: se podia pronunciá-lo ou não - respondeu no mesmo tom do professor.

- Menos 10 pontos para a Grifinória - Snape encarou o garoto.

- Ainda não explicou sobre como se proteger - Harry estava calmo.

- Menos 10 pontos para a Grifinória - repetiu Snape. O garoto se irritou.

- Vai realmente ficar tirando pontos da Grifinória? - perguntou Harry alterando o tom de voz.

- Que tal uma detenção? - alguns alunos haviam parado e observavam o começo de uma discussão.

- Não tenho medo de detenções!

- Uma expulsão...? - perguntou cínico

- Será um prazer!

Hermione revirou os olhos e suspirou. Foi até eles e puxou Harry dali. Snape apenas os seguiu com o olhar. A garota o soltou. Ele a olhou como se dissesse: "Porque me puxou?" Ela apenas balançou um pouco a cabeça, negativamente, e saiu dali.

- 30 centímetros de pergaminho sobre a importância, as vantagens e desvantagens de convocar um feitiço sem pronunciá-lo. - Completou Snape tirando o olhar sobre Harry.

O sinal tocou. Arrumaram as coisas e os garotos foram para o treino de futebol. Era o primeiro treino deles. As meninas treinariam de manhã, vôlei, e os meninos á tarde, futebol.

*

Quarta-feira. Há dois dias procurava, à noite, livros sobre feitiços avançados na biblioteca, para Snape, como detenção. E depois tinha que procurar por cada feitiço específico. Não estava mais agüentando.

Estava de manhã. Hermione treinava vôlei junto com a Corvinal. Tinha experiência no esporte e era elogiada pelo professor durante toda a aula.

- Bem garotas, eu acho que por hoje é só. - Disse Frederick pegando a bola. O professor era novo. Tinha entre os 22 e os 25 anos de idade. De acordo com as garotas, lindo. Cabelos castanhos, com um topete mal feito, ou algo parecido com um topete. Olho escuro. Malhado, alto e muito legal.

O treino estava sendo no campo de Quadribol, mas graças a algumas magias, possuía linhas demarcando o campo e uma rede.

- Hermione!

A garota se virou. Estava indo em direção a entrada do castelo.

- Ah. Olá, Cho! - Ela sorriu.

- Oi. - Cho sorriu também. - Hermione, hmmm... Você tem falado com o Harry? - Perguntou meio encabulada.

- Não muito, por quê? - Hermione voltou a andar em direção ao castelo, acompanhada da oriental.

- Não, é que... Precisava falar com ele. Esclarecer uma coisa sabe? - Ela fazia alguns gestos enquanto falava.

- Ah. - Houve um breve silêncio antes de Hermione continuar. - Bom, se você quiser, eu posso avisar pra ele que você quer conversar com--

- Claro!

- Não, só se você quiser - tentou, depois de ver a besteira que havia feito.

- Adoraria! - Cho sorriu.

- Ok.

- Obrigada, Hermione. - Ela apressou o passo e entrou no castelo.

A morena respirou fundo. "Idiota!", foi o que ela pensou. "Falar com o Harry, sobre a Cho?! Onde eu estava com a cabeça...". Entrou no castelo, ainda resmungando, e subiu para tomar um banho.


- Rony, você viu o Harry? - Hermione havia acabado de descer a escada do dormitório feminino e encontrou Rony no Salão Comunal.

- Não. - Respondeu sem tirar a visão do dever de DCAT. - Voltou a falar com ele?

- Na verdade, não. Vou tentar falar com ele essa semana. - Ela se jogou no sofá.

- Até que enfim. Há quanto tempo estão nesse enrola-enrola? - Ele molhou a pena e voltou a escrever. - 1 mês?

- Mais ou menos isso. - Resmungou Hermione.

- E pra quê quer falar com ele? - Ele se virou para Hermione. Havia acabado de fazer o dever.

- Cho. - Disse simplesmente.

- O que ela quer? - O garoto apoiou a cabeça na parte mais alta da cadeira.

- Falar com ele. - Ela se levantou. - Eu vou almoçar. Se você encontrar com ele, avisa que a ela quer falar com ele, ok? Obrigada - Rony a acompanhou com o olhar enquanto ela saía do Salão pelo buraco.

- Tudo bem. - Disse quando Hermione já não estava mais lá.


- Hermione, quem é aquele garoto? - Perguntou Gina. Elas estavam no Salão Principal. Tinham acabado de comer.

- Qual dos?

- O da briga... O loirinho. - Respondeu Gina sonhadora, o que fez Hermione se lembrar de Luna.

- Draco?! - Hermione ergueu uma sobrancelha.

- Aquele era Draco Malfoy?! O garoto que vocês me disseram que é inimigo de vocês?!

- É sim. Ele mesmo. Algum problema? - Hermione apoiou o cotovelo na mesa, e o rosto, em sua mão.

- Ele é...

-... Lindo? - Interrompeu Hermione. - Eu sei. Charmoso? Eu sei. Mas ele se acha demais. E dá uma de mauricinho malvado. Não presta... - Concluiu sem se importar muito. Nem acreditava no que havia acabado de falar. Imagine o que pensariam Harry e Rony se a escutassem falando dele de jeito!

A garota observou Gina por um tempo. Parecia estar com a cabeça, literalmente, em outro lugar. Hermione passou a mão de baixo à cima, em frente ao rosto de Gina.

- Gina! - Ela despertou meio assustada, e olhou para Hermione. - Pelo amor de Deus! Não se apaixone por esse garoto! É um conselho de amiga que te dou.

- Ah, claro! Quem disse que estou me apaixonando por ele?

- Se eu não te conhecesse, diria que está sim! - Hermione abafou uma risadinha e Gina fez uma careta. - Ok, eu tenho aula agora. Tenho que ir, senão me atraso. - Ela se levantou da mesa. Ainda havia alguns alunos no local.

- Ah, Hermione! - A garota se virou. - Lembre-se que você ainda tem que me ensinar a usar isto. - Ela tirou a varinha do bolso e mostrou.

- Ah, é, não esqueci. Não se preocupe. - Hermione sorriu e saiu. Foi para a aula de poções.

-... Acho que todos aqui conhecem a Poção Polissuco. - Disse Adam. Houve um murmurinho positivo. O professor era alto, pele branca e cabelo preto virado para o lado, com alguns fios brancos. Tinha os olhos escuros e usava óculos. Barba feita, e uma pequena barriguinha. Ele continuou. - Pois bem, a poção que vamos aprender é um pouco parecida com ela. - Todos olharam atentos para o professor. Ele pegou um frasco de vidro pequeno, com um líquido vermelho, na mesa atrás dele. - A Poção Polissuco faz você se passar por outra pessoa. - Harry se lembrou do segundo ano. - Esse daqui - Ele mostrou o frasco -, faz você olhar com os olhos da pessoa. Você a toma, fala uma palavra e, de repente, você vê através dos olhos dela. É como se sua alma saísse do seu corpo e fosse para outro corpo. - Alguns alunos arregalaram os olhos, assustados. Começaram a cochichar. – Calma, calma. Foi só um exemplo. Mas... Existem umas regrinhas para isso. Primeiro: não pode ser qualquer pessoa. Ela tem que ter uma relação muito forte com você. Ou de sangue ou de coração. - Os pensamentos de Hermione voaram. Seria incrível olhar pelos olhos de Harry. Alguns murmurinhos surgiram. - Segundo: precisa de uma concentração muito grande para conseguir realizá-la com precisão. - Ele deu uma olhada pela sala. - Alguma dúvida?

A mão de Hermione foi erguida imediatamente.

- Seu nome?

- Hermione Granger.

- Sim, Srta. Granger. Qual a dúvida?

- Você disse que precisava falar uma palavra. Que palavra é essa?

- Ah, achei que ninguém ia prestar atenção nisso. - Ele sorriu. - A palavra é o nome da poção. Vocês precisam falar "Inten...

- AI! - Hermione gritou. Um grito fino e forte de dor. Novamente o braço. Todos se viraram para ela, inclusive o professor. Ela pressionou o braço na tentativa de fazer a dor parar, que apenas ficou mais forte. Fazia algumas caretas. Eram pontadas fortes. - Desculpe professor.

- Você está bem?

- Estou sim. Pode continuar. - Ela ainda soltava uns gemidos, baixinho, de dor. Harry ficou observando-a.

- Não quer ir até a Ala Hospitalar? - Perguntou o professor, preocupado.

- Não, não. Estou bem, pode continuar.

- Ok. - Ele se virou para a turma. - A palavra que vocês precisam falar é "Intente". Sobre o porquê desse nome falaremos depois. Agora... - Ele se virou e pegou uma caixa, razoavelmente grande, onde havia muitos frascos. Ele distribuiu um para cada aluno -... tentem vocês. Lembrem-se: concentrem-se e pensem na pessoa, apenas com uma relação sanguínea ou amorosa. Fechem os olhos e fiquem repetindo o nome dela, que também ajuda. Tomem o líquido do frasco e digam a palavra Intente. Podem começar.

Hermione fechou os olhos. "Vamos, Harry...". Ela parou por um minuto.

- Professor! - Ela ergueu o braço novamente. Ele se virou para ela. - O senhor é legilimente? - Perguntou meio hesitante. O homem não sabia o motivo da pergunta, mas simplesmente sorriu e balançou a cabeça positivamente. "Ótimo", pensou irônica.

Voltar a pensar em Harry. Fechou os olhos com força e ficou repetindo o nome dele em sua cabeça. A imagem dele não foi difícil de aparecer em sua cabeça. Tirou a rolha do pequeno frasco e o tomou de uma vez, ainda com os olhos fechados. Tinha um gosto bom, meio doce.

- Intente! - Disse para si mesma. Hermione permanecia com os olhos fechados.

Adam olhava curioso para ela. Apenas Hermione havia tomado a poção, o resto da sala permanecia calado.

Uma luz forte apareceu e sumiu na visão de Hermione.

Harry desistiu. Não estava conseguindo se concentrar. Abriu os olhos e esperou o resto da turma.

Hermione conseguia ver alguma coisa, meio embaçada. De repente se viu através daqueles olhos. "Harry está olhando pra mim?", pensou. Tudo foi ficando embaçado novamente, e depois não viu mais nada. Apenas a mesma escuridão de antes. Abriu os olhos. Olhou disfarçadamente para Harry. Já não olhava mais pra ela. Voltou-se para o professor, que tinha uma expressão de curiosidade no rosto.

- Você conseguiu? - Perguntou ele quase num sussurro, chegando perto dela.

Hermione mostrou um sorriso de satisfação.

- Perfeitamente. Mas depois me desconcentrei - lamentou.

O professor pensou um pouco.

- Relação sanguínea ou amorosa? - Perguntou curioso.

- A-amorosa. - Respondeu meio hesitante.

- Não entendo. - Ele levou a mão ao queixo e ficou pensativo. - Todas as relações amorosas já feitas demoraram em torno de dez minutos cada uma, para ser realizada com perfeição, e com pessoas adultas. Você conseguiu com perfeição em apenas dois minutos, e ainda é mais nova! - Hermione arregalou os olhos para ele.

- Isso é bom ou ruim?

- Não, não devemos conversar aqui. Procure-me amanhã, e poderemos conversar melhor.

- Ok. - Foi o que a garota conseguiu responder.

Ele voltou para sua mesa. Cinco minutos depois voltou a falar.

- Quem conseguiu? - Perguntou animado.

Pouco mais da metade levantou a mão.

- A relação que vocês tentaram era amorosa? - Perguntou se referindo aos que não haviam levantado o braço.

Todos afirmaram com a cabeça, meio envergonhados.

- E os que conseguiram? Alguém tentou essa relação? - Não houve resposta. Ele mirou Hermione, que tinha uma expressão de assustada. "Foi a única...".

- Ok, pessoal. - Ele se virou para a sala. - Na próxima aula eu direi os ingredientes da poção e falarei algo mais a respeito. A aula termina por aqui.

*

- Cho! - Harry saiu rápido do Salão Principal, após o jantar, ao ver a garota se distanciando. Ela se virou.

- Harry! - Ela o abraçou. Ele corou. - Como está?

O garoto pigarreou e abaixou um pouco a cabeça. Cho olhou para trás. As amigas dela ainda estavam lá, olhando para Harry. A garota fez um gesto para elas irem embora.

- Você queria falar comigo? - Perguntou Harry de braços cruzados, meio envergonhado.

- Ah, sim. Vamos dar uma volta?

- Claro. - Disse, sorrindo timidamente.


Harry passou rápido pelo retrato da mulher gorda. Hermione ensinava Gina a manusear a varinha. As duas se viraram. Harry olhou para elas e passou direto. Hermione ia abrir a boca para falar alguma coisa, mas fechou-a logo e voltou a atenção para Gina. "Não consigo..."

- O que ela falou com você? - Perguntou Rony após perceber Harry se jogando na cama. Não obteve resposta e levantou-se da cama. - Você está bem? - Perguntou novamente ao ver a expressão de Harry.

Ele olhou para Rony.

- Se algum dia você conseguir entender as garotas, por favor, me avisa, ok? Porque eu já estou ficando doido de tentar.

Rony levantou uma sobrancelha.

- Do que você ta falando?

Harry se sentou na cama, lentamente.

- Resumindo tudo... Ela pediu pra voltar comigo.

Rony se sentou ao lado dele e apoiou os braços nos joelhos.

- A Cho? E o que você disse? - Perguntou curioso.

- Que não! Claro que não!

- Porque não? Ela é bonitinha...

- Rony! - Harry o repreendeu. Continuou mais calmo. - Ano passado a única coisa que ela fazia era chorar por causa de Cedrico! Ela ainda o ama... Mesmo ele estando morto. - Completou mais baixo. Continuou no mesmo tom. - E ela quer voltar... Com algo que nem chegamos a começar.

Um silêncio constrangedor tomou conta do lugar.

- E como ela reagiu? - Perguntou Rony, finalmente.

- Normalmente. Disse que entendia minha decisão, e se caso eu mudasse de idéia, ela ainda estaria esperando por mim.

- Hmm... - Rony pensou um pouco -, tudo bem. Boa noite, então. - Ele se levantou da cama de Harry e se dirigiu até a sua. - Ah, e a propósito - Ele se virou -, sobre entender as garotas, é melhor pedir para outra pessoa te dizer, porque eu cansei de tentar entendê-las há muito tempo. - Harry sorriu. Rony retribuiu o sorriso e foi dormir.

Hermione, Hermione e Hermione. Era em quem Harry havia pensado o dia todo. E jurava para si mesmo que ia esquecê-la de qualquer jeito.

*

- Alguma coisa interessante? - Perguntou Rony após engolir um pedaço de torrada. Hermione havia acabado de receber o Profeta Diário. Estavam no Salão Principal tomando café.

Ela deu uma lida rápida na primeira página. Tomou um gole do suco.

- Duas mortes sem explicação.

- Trouxas ou bruxos? - Perguntou olhando para a parte de trás do jornal.

- Acho que trouxas...

- Acha?

- É. De acordo com a necrópsia, foram tiros de armas. - Ela jogou o jornal para Rony.

Ele leu.

- Se não tivesse nada a ver com bruxos, por que estaria no Profeta Diário? - Ele tirou os olhos do jornal e olhou para Hermione esperando uma resposta.

- É, Rony. Acho que pela primeira vez você pensou em algo construtivo. - Harry se engasgou com o suco e Hermione se segurou para não rir.

- Sirvo para alguma coisa de vez em quando. - Ele olhou novamente para o jornal. - Aqui diz, também, que não foi encontrada nenhuma digital, ou nenhuma prova que acusasse alguém.

- Agora Voldemort está matando com armas para não deixar nenhuma pista? Perfeito. - Disse Harry irônico. Deu uma mordida na torrada.

- Não faz sentido! - Harry olhou para ela. Hermione continuou. - Ele não seria burro o suficiente para chegar a esse ponto. - Ela se virou para Rony. - Ai diz se a arma foi encontrada?

- Estava do lado do corpo, de acordo com a foto. - Respondeu sem tirar os olhos do jornal. - Suicídio? - Tentou.

- Não encontraram as digitais... Mas Voldemort tem poderes! Por que perderia tempo matando pessoas com armas? - Perguntou a garota sem entender.

- Pergunte a ele.

- Rony! Isso é sério, ok?

- Hey, hey, hey! Que tal brigarem depois? - Se intrometeu Harry. - Depois a gente discute isso. Vamos nos atrasar para a aula. - Os dois se levantaram e seguiram Harry. Foram para a aula de Transfiguração.

*

- Corre Rony! - Gritou Harry no começo da escada do dormitório masculino. Tinham treino de futebol e já estavam atrasados. Eles saíram do Salão Comunal correndo. Desceram todas as escadas e foram para o campo de Quadribol, onde também estava sendo o campo de futebol.

O treino seria juntamente com a Sonserina.

- Lembrando a todos. Sem varinhas! - Começou Frederick. - Objetivo do jogo é conseguir fazer mais gols. - Ele mostrou as duas traves, nas extremidades do campo. - Não poder usar as mãos, apenas a cabeça, o tronco e pernas e pés. Organizem os times e não esqueçam o goleiro.

Não demorou muito para que os times estivessem feitos. Rony se encontrava no gol da Grifinória, e na Sonserina, estava Crabbe. O professor foi até o centro do campo e colocou a bola lá.

- Todos prontos? - ele olhou para os dois lados. Apitou.

A Sonserina começou com a bola.

Nunca ninguém tinha jogado aquele tipo de jogo antes, e o professor não ficou impressionado com a quantidade de furadas, passes errados e gols não marcados. Rony não conseguia chegar a tempo na bola e Crabbe ficava parado, sem saber o que fazer. O que mais parecia saber de algo era Harry. Morava com os tios e de vez em quando assistia a alguns jogos pela televisão, com Duda. Mas, mesmo assim, ainda errava muito. Draco estava com a bola. Harry foi à direção dele tentar tomá-la, em vão. Draco puxou a bola para o lado esquerdo e tocou mais á frente para Goyle. Neville estava na frente, mas furou. A bola chegou em Goyle, que se virou para o gol e chutou. Rony não conseguiu chegar nela. O professor apitou.

- 3 a 2 para a Sonserina!

Draco estava voltando para o seu campo, e no meio do caminho, esbarrou no ombro de Harry. O garoto ia atrás dele, se não tivesse sido impedido por Simas.

- Não vale a pena. - Disse ele segurando Harry.

O moreno olhou para Draco, que olhou para ele por cima do ombro com um sorriso no rosto.

- Bem, pessoal. Vocês realmente não entendem nada de futebol. Próximo treino será individual. Isso foi apenas um teste para saber se alguém sabia jogar. - Disse Frederick pegando a bola. - Podem ir.

Harry entrou no castelo junto dos amigos e foi tomar um banho. Estava pregando de suor.

Hermione estava na aula de Runas e Gina explicava para as amigas o ocorrido no aniversário de Harry, sobre ela ter perdido a memória.

Harry acabou o banho e foi falar com Dumbledore.

*

- Severo, eu entendo perfeitamente, mas o único que pode expulsar alguém aqui desse colégio sou eu. Não se preocupe, falarei com ele a respeito.

A porta se abriu antes que Harry conseguisse bater.

- Desculpa professor. Acabei de chegar e... - Ele teve que dar espaço para Snape passar, com passos pesados. Não continuou a falar.

- Sente-se, Harry. - O garoto se dirigiu à cadeira, enquanto a porta fechava. - Estávamos falando de você.

Harry levantou uma sobrancelha.

- Seu comportamento na última aula de DCAT.

- Ele me provocou. - Respondeu o garoto sem alterar o tom de voz.

- Ok, Harry. Não quero que se repita o corrido.

- Sim, senhor.

- Mas... Não acho que tenha vindo falar sobre isso. - Ele deu uma pausa, depois de pensar um pouco. - Não deveria estar na aula?

- Horário livre.

- Ok, sobre o que quer falar? - Dumbledore colocou os dois braços na mesa.

- Primeiro, gostaria de saber se a professora Minerva lhe entregou a lista dos candidatos ao time de Quadribol.

- Ah, sim. - Ele olhou para o lado esquerdo e com um balanço de varinha o pergaminho chegou até ele. - Aqui está. – Disse e entregou o pergaminho a Harry.

- Obrigado. - Ele desenrolou o pergaminho e deu uma olhada rápida. Voltou-se para Dumbledore. - Eu queria pegar, também, o pomo, para começar a treinar logo. Dumbledore abriu uma gaveta abaixo de sua mesa e tirou uma caixa de madeira. Entregou-a. Harry abriu. Era toda forrada e o pomo no meio, segurando por uma fina corrente de metal. - Cuidado, ele está muito rápido. - Harry assentiu com a cabeça e fechou a caixa. - Era só isso?

- Acho que sim. - Ele se levantou e foi em direção a porta.

- Ah, Harry. - O garoto se virou.

- Sim?

- Você voltará a ter aulas de oclumência... - Ele ia começar a protestar - ... Comigo. - Tratou logo, Dumbledore, de concluir.

Harry suspirou aliviado.

- Volte aqui amanhã e falaremos melhor sobre o assunto.

Ele simplesmente assentiu com a cabeça e saiu.

Mais uma noite com Snape. Dessa vez não teve de procurar por livros, mas sim, por ingredientes. Passou a noite toda nos gramados de Hogwarts procurando por algo utilitário.

Voltou tarde para a torre da Grifinória. Passou pelo retrato da Mulher Gorda. Havia alguém sentado no sofá do Salão Comunal. Eram quase 11 da noite, quem seria? Chegou mais perto. Hermione estava chorando e gemendo de dor. Estava ofegante e podia escutá-la soluçando. Apertava ao redor do curativo com força, tentando parar a dor. Harry foi passando devagar. Ela se virou e o encarou por um segundo. Levantou-se do sofá, apressada, e subiu correndo as escadas do dormitório feminino. Harry deu ombros, foi até o quadro de avisos e pregou lá o dia e a hora do teste.

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N/A: Finalmenteee!!
Capítulo 14, eu dos que eu mais gosto. ^^
10 páginas de Word.

Ahh, eu adoro³³ essa poção.
*-*
Acho que daqui a uns dois capítulos, ela vai ser explicada de um jeito melhor. ^^
Enfim, quem tá comentando, continua comentando e quem não tá comentando eu suplico pra que diga pelo menos se tá lendo ou não.
><
Porque metade das pessoas que entram aqui só leem o resumo e vai embora. =T
E eu realmente preciso saber quem ta lendo e/ou gostando.
=D
Agradecer a todos os comentários. ^^
Ahh, pra quem quiser entrar... comunidade da FIC que a Carlinha fez.
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=29095723
Té próximo capítulo.

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