Entre tapas e beijos.



Capítulo 18.
Entre tapas e beijos.


- Quando precisar, se lembre...

Ela se virou rapidamente.

- ... eu grito - completou Hermione e sorriu.

Harry retribuiu o sorriso e ela subiu.

Cada um fez o que precisava. Harry tomou um bom banho e desceu para esperar Rony acordar. Hermione foi para o seu quarto e acabou tomando um banho também para ver se melhorava a aparência.




Ainda demorou um pouco para Rony acordar, afinal, ainda era cedo. Em torno das 7 horas, eles se dirigiram ao Salão Principal para tomar café.

- Agora me explique porque eu acordei na sua cama - pediu Hermione, baixinho, para Harry que estava ao seu lado.

Ele mordeu a torrada e olhou para Rony do outro lado da mesa conversando animadamente com Simas.

- Foi só pra você dormir bem, mesmo. Você adormeceu em cima de mim. Não seria legal amanhecer o dia e alguém ver a gente daquele jeito, então te levei lá pra cima e te botei na minha cama para você dormir melhor - respondeu ele simplesmente, no mesmo tom.

- Ah - um medo passou rapidamente pelo corpo de Hermione. Ela olhou rapidamente para o braço e olhou para Harry.

Ele percebeu o olhar.

- Não se preocupe. Eu não olhei nada... Eu juro! - respondeu logo.

O medo virou um suspiro de alívio.

- Vai fazer alguma coisa interessante hoje? - ela colocou um pouco de ovo com bacon na boca e olhou para ele.

- Dever atrasado de feitiços. Serve?

- Eu te ajudo. É sobre aquele feitiço que pode virar contra você? - Harry concordou. - Já o fiz, posso te mostrar - ela sorriu. - Melhor do que perder sua tarde de domingo fazendo dever - murmurou por fim, como explicação.

- Hmm, então eu aceito a proposta. Mas depois - ele endireitou as costas -, agora eu tenho que passar na Ala Hospitalar.

- O que aconteceu? - perguntou a garota preocupada.

- Ah, não se preocupe. Foi o treino de ontem à noite. Pegar aquele pomo me custou muitas quedas - respondeu fazendo caretas, ao se lembrar da noite anterior. Ela apenas voltou a comer.

- Harry - Rony finalmente lhe dirigiu à palavra -, você não vai subir agora não, né? - o amigo balançou a cabeça, negando. - Ah, então a gente se encontra lá em cima. A Luna passou por aqui. Ela tava meio estranha, sabe? Vou ver o que ela tem.

Harry não conseguiu responder, talvez pela surpresa. Viu apenas ele saindo da mesa e se dirigindo a porta de entrada.

- Ele disse que foi ver como a Luna está, ou eu que entendi errado? - perguntou Hermione se virando para o amigo, perplexa. Estava olhando para Rony antes.

- Eu também escutei isso - ele a encarou. Os dois possuíam as mesmas feições de surpresa. O moreno percebeu alguma coisa. Riu do próprio pensamento. - Ciúmes da Lovegood, Hermione? - perguntou num tom irônico.

Ela rapidamente retirou sua expressão de surpresa e o olhou com reprovação. Desviou o olhar, enquanto ele sorria marotamente.

- Não vou nem responder.

- Hmm, quem cala consente.

Hermione bufou.

- Você sabe que eu não estou com ciúme da Luna, então pare com isso. Só existe um garoto em Hogwarts do qual eu sinto ciúme, e este, certamente, não é o Rony! - explicou-se, ficando com raiva. Se arrependendo logo em seguida, a ponto de querer se matar, do que disse.

- Uhhhh. Consegui arrancar alguma coisa de você. Eu não disse que eu ia fazer de tudo pra descobrir quem é o garoto? É de Hogwarts - disse pensativo. - Ta vendo, estou quase descobrindo.

- Droga! - o som saiu meio abafado pelo fato de sua cabeça estar entre os dois braços cruzados em cima da mesa. Seu rosto estava completamente vermelho. Ela tinha deixado escapar que o garoto era de Hogwarts.

- Calma Hermione - ele deu uns tapinhas de leve nas costas dela. - O Rony não precisa saber disso.

- Muito menos você! - ela continuava com a cabeça entre os braços.

- Ah, eu posso sim. Rony não está muito empenhado na tarefa de saber quem é o garoto. Mas eu estou, por isso que preciso saber de tudo - ele sorriu.

“Como você é idiota, Harry! É só pensar um pouco. É de Hogwarts, não é o Rony, obviamente não é o Malfoy, nem Neville, nem Dino, nem Simas. Eu conheço pouca gente aqui! Não dá pra ficar mais óbvio que é você!”

- O que está pensando? - Harry colocou o cotovelo direito na mesa e apoiou a cabeça na mão.

Ela virou a cabeça lentamente, mas ainda a deixou apoiada nos braços. Suspirou.

- Na vida.

- Defina "vida".

Ela suspirou, novamente.

- Tudo ao nosso redor; últimos acontecimentos; você... - ela corou um pouco, mas não cedeu. Aquilo não era brincadeira, era sério.

Harry arregalou um pouco os olhos. Ficou curioso.

- Eu?!

- Você faz parte da minha vida, não faz? - ela levantou a cabeça, e começou a se levantar da cadeira, lentamente.

- É... Acho que faço - respondeu dando de ombros. Seguiu-a com olhar.

- Agora, eu vou indo. E, sobre o "garoto misterioso"... Ele pode estar debaixo do seu nariz, mas você não consegue enxergá-lo. Quer uma dica? - ela chegou perto do ouvido dele. - Se olha no espelho, Potter - ela se virou, ainda não acreditando que tinha falado aquilo. Atravessou o Salão e sumiu após passar a imensa porta.

Harry ainda piscou algumas vezes antes de cair na real. O que ela quis dizer com aquilo? Pediu para ele se olhar no espelho. Não tinha como ficar mais claro. Estava debaixo do nariz dele, mas ele não conseguia ver. Ao se olhar no espelho, veria a própria imagem... Resumindo, era ele o "garoto misterioso"! Harry ficou perplexo e acabou entrando em mais uma discussão com sua mente:

”Não pode ser! Não sou eu!”
- Por que não?
- A palavra "casamento" lhe explica alguma coisa?
- Só porque ela te negou aquele beijo? Acho que você sabe mais do que ninguém que Hermione é uma garota difícil. No momento ela estava com raiva de você, e não tinha a menor idéia do que você estava querendo com aquilo...
- Ficar com ela, ser feliz para sempre, era o que eu queria!
-... Por isso não continuou. Tenta de novo, aí você vê como eu estou certo. Vocês voltaram a ser amigos, não estão mais brigados.
- Não vou tentar coisa nenhuma! Acredito nela. Se ela não continuou o beijo, ela não gosta de mim, não acho que tenha sido um jeito de dar uma de difícil. Mas, por que a dica de se olhar no espelho? Aquele foi uma indireta, dizendo que eu sou o "garoto misterioso". Argh! Isso está ficando confuso demais!


Ele balançou a cabeça, voltando ao Salão Principal. Sua mente o havia hipnotizado novamente.

- Eu vou pegar aquele livro de qualquer jeito! - levantou da cadeira rapidamente, decidido.

- Sou eu... Sou eu... NÃO! Não posso ser... Não posso! - balançou a cabeça negativamente, espantando os pensamentos. Alguns alunos chegaram a olhar para ele, assustados, quando passavam ao lado dele pelo corredor. Falar sozinho era um sinal de loucura.



- Aula passada eu lhes disse os ingredientes necessários para a realização da Poção Intente. Hoje, vamos tentar prepará-la. Tudo o que vocês precisam está em cima de suas mesas. Aqui no quadro - Adam se virou e encostou a varinha no mesmo, fazendo aparecerem as instruções - está o modo de como é preparada a Poção. Vocês têm - ele olhou para o relógio mais acima, na parede - 45 minutos. Podem começar.

O professor foi até a sua mesinha e se sentou. Pegou alguns papéis que estavam à sua frente e começou a lê-los.

Passaram-se pouco mais de meia hora. Hermione deu uma última olhada ao quadro e colocou o último ingrediente no pequeno caldeirão à sua frente. A cor rapidamente mudou do cinza para algo entre o rosa e o vermelho. A pouca espuma, que antes cobria a superfície, sumiu, e ela parou de borbulhar. Havia atingido a perfeição? Pegou o frasquinho com uma enorme pinça e o afundou no caldeirão. Tirou, segurou-o e tampou. Dirigiu-se até a mesa na frente da sala.

- Aqui está professor - ela lhe entregou o frasquinho.

“Perfeito...”

- Parabéns, Srta. Granger. Ótimo desempenho. Pode sair.

- Obrigada - ela sorriu. Voltou à sua mesa, ajeitou o material e saiu.

Harry observou ela sair. Deixou seu frasquinho na mesa do professor e seguiu a amiga.

Aquela era a última aula da segunda-feira. Hermione estava indo até o seu dormitório.

- Olhe só, se não é a garota que habita os sonhos do Potter.

Hermione revirou os olhos ao ver Draco Malfoy se aproximando dela, ao virar o corredor.

- Malfoy, eu estou com pressa, e nem um pouco a fim de conversas estúpidas, ok? - rebateu de pouco caso, passando por ele.

- Achei que o assunto "Harry Potter" era interessante para você - comentou, cruzando os braços, e se virou, para ver a reação dela. A garota parou e ele sorriu vitorioso.

- Oh, certamente é - ela se virou para ele -, mas quando um Draco Malfoy conduz a conversa - foi até ele –, ela fica realmente estúpida.

- Estou surpreso em lhe encontrar vagando pelos corredores de Hogwarts... Sozinha. - disse sem se importar com o comentário da outra.

- Digo a mesmo a você - ela cruzou os braços.

- Está sempre com o Potter em seus calcanhares.

Ela deu uma volta, olhando o corredor completo.

- Também não estou vendo a Parkinson por aqui - retrucou no mesmo nível.

Ele estava ficando irritado, e ela estava percebendo isso.

- Então, onde está seu namoradinho?

Ela ia retrucar. Como ele ousava dizer que Harry era "namoradinho" dela? Não conseguiu falar, pois uma voz muito conhecida atrás de si falou em primeiro.

- Me procurando, Malfoy? - Hermione se virou um pouco e o acompanhou com o olhar, até ele chegar perto dela. O garoto pousou a mão na cintura dela e encarou o loiro. Ela estranhou, mas logo entendeu a situação. Sorriu. Entrou no jogo. Olhou para Malfoy, também, como se dissesse: "Aqui está meu 'namoradinho'".

- Oh, então... Estão realmente namorando?

- Não está vendo?

- Então, Malfoy, o que queria com meu namorado? - ela cruzou os braços e desejou que aquilo tudo realmente fosse real.

- Só avisar que os jogos estão chegando perto - ele deu uns passos na direção dos dois. - É melhor treinar mais. Não conseguirão ganhar da gente desse jeito.

Harry soltou Hermione e parou de frente para o loiro.

- Era só isso? - perguntou despreocupado. Não esperou a resposta. - Então, até logo - ele se virou para Hermione. - Vamos Mi?

A garota foi até ele. Novamente colocou a mão esquerda na cintura dela e passou por Malfoy.

- Vocês não estão namorando - comentou ao vê-los se distanciando.

Harry e Hermione pararam. Viraram-se.

- Oh, não? - Hermione rapidamente olhou para ele, que exibia um sorriso maroto no rosto. Esse tom era suspeito... Sarcástico, confiante e desafiador. O que ele ia fazer?

O moreno ainda estava com a mão esquerda pousada na cintura da amiga. Virou-se, ficando de frente para ela e segurou seu rosto, de modo que o dedão cobrisse os lábios dela. Devido à posição, Malfoy não conseguia observar o rosto de Hermione. Harry levou seu rosto até o dela, beijando o próprio dedão, dando a impressão à Malfoy que estavam se beijando.
Harry lentamente afastou a cabeça. A garota ainda estava meio confusa. Ele sorriu ao ver o lábio inferior dela sendo mordido, talvez pelo nervosismo. Ele sussurrou um "Relaxa" e piscou o olho. Voltou-se para o loiro mais à frente.

- Ainda tem dúvidas?

Harry não obteve resposta. Apenas uma feição meio surpresa de Draco. Virou-se junto com Hermione e continuaram o caminho.

Ele a soltou e caiu na gargalhada após virar o corredor. Hermione riu também.

- Você viu a cara dele?

- Harry! - ela rapidamente parou de rir após imaginar algo. Ele ainda ria quando olhou para ela. Também parou de rir ao observar a expressão da amiga. - E se... Do jeito que o Malfoy é... Ele sair contando pelo colégio e chegar ao Rony? Ele vai achar que é verdade!

- Relaxa, Mi. Credo. Foi só uma brincadeira - ela se convenceu. - Bom - disse, depois de uma pausa -, então, já que eu fiz isso por você, você precisa fazer algo por mim - comentou interessado.

- Ok, o que você quer? - perguntou hesitante.

Ele pareceu pensativo por um momento, enquanto a amiga olhava para ele esperando a resposta.

- Um livro seu emprestado. Aquele que você ta lendo agora...

- Não, agora não. Ainda estou lendo ele. Quando eu acabar, eu posso até te emprestar.

- Eu quero agora - ele cruzou os braços e fez bico.

Ela riu da cara dele.

- Não, vai ter que esperar um pouquinho, se realmente quiser lê-lo.

- Ta, então eu peço outra coisa.

- Ok.

“Eu quero você...”

- Ah, esquece. Eu espero você acabar de ler. Agora - ele começou a andar -, vamos fazer nossos deveres.

Os dois dirigiram-se à Sala Comunal andando lado a lado e pensando no que havia acontecido há pouco tempo.



Já era sexta-feira. Os dias tinham passado rápido. As três tentativas de Harry, para pegar o livro, falharam. Hermione andava com ele debaixo do braço direto! Já estava pensando em desistir. Teve mais uma aula de Oclumênia com Dumbledore no dia anterior. Já estava de noite e Harry já se dirigia para o campo de Quabribol, sozinho, para mais um treino com o "Super-Pomo". Roupa de treino e as luvas velhas. Decidiu usar a luva que ganhou de aniversário de Hermione, apenas quando tivesse o primeiro jogo decisivo. Soltou o pomo e voou atrás dele.

Estava tudo branco novamente. A floresta apareceu. Agora estava tudo escuro, não conseguia enxergar direito. Era como se estivesse lá. Pelo menos via com os olhos de alguém que estivesse lá. O lugar começou a se mover. Árvores e arbustos por todos os lados. Parecia que estava vendo através de uma câmera que se movimentava rápido pelo lugar. Tudo ficou branco novamente. Alguma coisa começou a se aproximar. Estava longe, mas à medida que se aproximava percebia-se o que era. A mesma hora: 18:00, em vermelho. A imagem de Hermione apareceu... Ela sorria ternamente. O rosto dela foi mudando, e depois ela parecia estar triste. Sumiu. Um zumbido ecoou e tudo ficou branco de novo.

Harry acordou. Agora ele realmente estava assustado. Hermione havia aparecido no sonho pela primeira vez. A cicatriz ardia mais que o normal. Olhou rapidamente para o relógio ao lado da cama, que marcava 8:12 da manhã. Fechou os olhos e respirou fundo antes de se levantar. Tomou um banho rápido e desceu. Tomou café rápido, já que os amigos já não estavam mais no Salão Principal. Voltou para o Salão Comunal.

- Ainda bem que vocês estão aqui - Harry passou pelo Retrato e viu Hermione e Rony fazendo os deveres. Passou por eles e se jogou no sofá. - Eu estou morto!

- Conseguiu pegar o pomo ontem? - perguntou Rony sem tirar os olhos do dever que tentava ler de Hermione. Ela percebeu e tirou da vista dele.

- Ontem? Não. E acho que me machuquei mais que a semana passada - Harry gemeu. Levantou-se. - Vou pegar meus livros, também. Preciso ficar em dia com os deveres.

Passaram o sábado todo dentro daquele Salão Comunal. Saíram apenas para ir almoçar e de vez em quando Hermione ia à biblioteca para ver se achava algum livro que ajudasse os meninos. Aquele dia estava marcado para irem à Hogsmeade, mas nenhum dos três quis ir.

Já havia passado do jantar. Rony não queria mais saber de livros, estudos, aulas e afins. Já se passava das 9 da noite. O ruivo estava no sofá reclamando que estava com fome. Harry acabava de fazer um último dever de feitiços, com dificuldade, devido às reclamações do amigo.

- Rony, você jantou não faz nem duas horas! - dizia Hermione indignada.

- Mas eu estou com fome! - ele se levantou do sofá. - Estou morrendo de sono, também, então vou logo pegar comida na cozinha.

Harry e Hermione iam ficar sozinhos?

- Ótimo, é bom que você para de reclamar.

- Ah, e você vai comigo - ele puxou a amiga pelo braço. - Não sei chegar à cozinha, não sozinho - mentiu. Talvez fosse o lugar que Rony sabia chegar melhor no colégio.

- Não! Tem o Harry...

-... Que está fazendo um dever, por sinal, tentando se concentrar. - respondeu o ruivo. - Vem logo Hermione - ele a empurrou, e ela cedeu.

A garota estava na frente, e quando Rony passou por Harry, sussurrou algo como: "O plano...".

O moreno sorriu. Ele havia se lembrado do plano. Hermione passou pelo buraco de retrato meio hesitante. Ainda deu uma última olhada para trás, para ver o que Harry estava fazendo. Ele levantou a cabeça quando os dois sumiram. Entendia a preocupação de Hermione em deixá-lo sozinho no Salão Comunal. Todos os livros de estudo dela estavam ali, juntamente com o livro que ela estava lendo, o que, supostamente, teria escrito o nome do "garoto misterioso". Harry balançou a cabeça negativamente espantando os pensamentos que insistiam em fazê-lo pegar aquele livro. Era a chance dele, e talvez a única que tivesse. Suspirou lentamente. Levantou-se num impulso e ficou de frente à pilha de livros que estavam ali. "Me perdoe, Hermione." Ele pegou o último livro daquela pilha. Estava ali, o livro que ele mais queria, estava em suas mãos. Não teria muito tempo, Rony e Hermione poderiam chegar a qualquer momento.

Arrumou seus livros, deixou os de Hermione lá, arrumadinhos, e subiu.

Fechou a cortina de sua cama e jogou o livro em cima da cama. Ficou de pé, observando aquele objeto que, talvez, poderia mudar sua vida. Estava impaciente, não sabia se realmente era certo fazer aquilo. Sentou-se ao lado dele. Colocou a mão em cima da capa do livro. Fechou os olhos com força e o abriu no meio.

Abriu os olhos. Nada! N-a-d-a! Absolutamente nada! Apenas linhas e mais linhas de palavras que pertenciam ao livro. Harry se desesperou. Lembrou-se de algo.

- Aparecium! - disse apontando a varinha para o objeto. Continuou do mesmo jeito.

O garoto se levantou num impulso.

- Pensa Harry, pensa! - ele andava de um lado para o outro. Não tinha muito tempo. Eles poderiam chegar a qualquer momento. Segundos, talvez - Vamos, vamos! Quase um mês indo à biblioteca todos os dias! Não te ajuda em nada! Pensa seu idiota! - ele continuava a andar de um lado para o outro, impaciente, nervoso. Parou instantaneamente.

Lembrou-se do livro que mais viu durante o tempo que estava na biblioteca.

"Os feitiços!”

Sentou-se novamente ao lado do livro, apontou a varinha para o mesmo...

- Asomarse! - disse ao se lembrar do feitiço.

Um sorriso se abriu no seu rosto ao ver as pequenas palavras, nos cantos da página, aparecendo. Apareceram completamente e já não se conseguia ver nenhum vestígio se felicidade no rosto de Harry. Seu sorriso foi completamente devastado ao ver seu próprio nome naquela página. Raiva, ódio, desgosto, traição, desconfiança. Tudo isso passou por ele naquele momento. Houve um breve momento de felicidade, depois não conseguia mais se observar aquilo em seu rosto. Ele tinha vontade de matar Hermione naquele momento. Ela o fez sofrer aquilo tudo? Sim, fez! E não fez nada para impedir. Balançou a cabeça negativamente, sem acreditar, quando aquela mesma cena de semanas atrás invadiu sua cabeça novamente. Como ela pôde? Pegou o livro, com raiva, e o fechou.

Rony chegou ao Salão Comunal com Hermione, e com uma bandeja de comida. Deixou-a em cima da mesa.

- Harry já foi dormir? - perguntou mais para si mesmo do que para Hermione.

Ela deu uma olhada no local. Os livros dele não estavam em cima da mesa e todos os seus livros estavam lá. Aliviou-se.

Rony pegou os livros dela e os carregou até chegarem ao pé do dormitório feminino. Entregou-os.

- Obrigada, Rony - ela subiu.

O ruivo suspirou. Agora era com Harry. Pegou a bandeja de comida e foi até a escadaria do dormitório masculino.

Harry abriu a porta com força e desceu as escadas, passando por Rony. Nem olhou na cara do amigo e o ruivo também nem fez questão de perguntar nada, percebeu de relance a expressão dele. Rony entrou no quarto e agora, só restava esperar.

Harry chegou ao Salão Comunal. Tinha vontade de chutar, quebrar, derrubar tudo.

Hermione chegou ao seu quarto e começou a arrumar seus livros. Foi colocando em seus devidos lugares. Terminou de arrumá-los. Percebeu algo estranho.

“Meu livro...".

Ela olhou para a porta do quarto.

"Harry!”

Harry desistiu de ficar esperando ela lá em baixo. Saiu. Não agüentaria ficar muito tempo ali, quieto. Passou pelo buraco do retrato e sumiu.

Hermione abriu a porta rapidamente e desceu para o Salão Comunal. Olhou tudo em volta... Vazio. Olhou para o buraco do retrato e correu até ele.

O garoto descia as escadas com pressa. A raiva o consumia por inteiro. Ainda carregava o livro na mão e ficou surpreso ao perceber que não o tinha jogado longe.

Ela chegou às escadas. Olhou para baixo. Harry estava perto de acabar de descê-las. Gritou o nome dele, em vão. O garoto a ignorou. Correu escada abaixo. Estava com medo. O garoto passou do Saguão de Entrada e foi até o gramado de Hogwarts. Estava ventando frio... Já era tarde. Seguiu em frente, sem rumo. Hermione passou pelo Saguão, também, e correu atrás dele.

[N/A: A partir daqui, quem quiser ler escutando "Why Don't You Kiss Her" de Jesse McCatney, vai ficar bem lindo. Coloca a música pra repetir e fica escutando até acabar o capítulo. ;D. No meu caso, eu também fiquei fazendo um Flashback de cenas H², fica tão lindo. *-*]

- Harry! - ele a ignorou, continuou andando. Ela andou mais um pouco. - HARRY!

Ele parou, mas não se virou. A distância entre os dois era um pouco grande.

Ela deu uns passos na direção dele, lentamente, hesitante. Suspirou.

- Me dá o livro, Harry - ele se virou e a encarou. Ela engoliu em seco. Estendeu a mão. - Me dá o livro, Harry - pediu mais uma vez. Andava devagar, tinha medo de chegar perto demais dele. O garoto não fazia nada, apenas a encarava segurando o livro firmemente com a mão direta. Não respondeu nem se moveu. Apenas analisava tudo... Tudo o que aconteceu com ele. - Me dá o...

- Você quer?! - gritou ele, interrompendo-a. Ela parou de andar, no susto, e gelou. O sangue de Hermione parecia que tinha parado de correr. Ele levantou a mão que segurava o livro e mostrou para ela. Seu rosto exibia uma feição séria. - Você quer?! - gritou mais uma vez, após não obter nenhuma resposta.

Hermione engoliu em seco, novamente, e balançou a cabeça assentindo, hesitante. Ele levantou no ar e, num movimento rápido, o jogou contra o chão com todas as forças, fazendo a garota fechar os olhos, no susto, e dar alguns passos para trás. Apesar de ser grama, o livro caiu horizontalmente, fazendo barulho e um pequeno eco.

- Toma o seu livro! - disse agora mais baixo e ríspido. Encarou-a mais uma vez e foi na direção dela, numa intenção de voltar ao castelo.

- Harry, por favor! - Hermione o segurou pelo braço, o virando, quando ele ia passar por ela.

O moreno chegou perto do rosto dela e a encarou. Pela primeira vez em seis anos, Harry conseguiu fazer Hermione estremecer de medo, apenas com o olhar.

- Não me toque! - ele tirou o braço bruscamente da mão dela, e continuou seu caminho.

Ela estava com medo. Medo dele, medo do que ele podia fazer. Havia chegado a hora que ela precisaria ter a conversa que sempre temera em ter com Harry. Ele descobriu tudo - do pior jeito possível -, agora tinham que decidir no que aquilo ia dar. Ela rapidamente pegou o livro que estava um pouco à sua frente. O abriu no meio. Ele havia conseguido desfazer o feitiço. Fechou-o rápido. Não queria saber disso agora. Tinha mais que se preocupar com Harry. Correu atrás dele e o parou antes que ele pudesse subir as escadas.

- Querendo ou não, a gente precisa conversar! - ela não o puxou pelo braço, se pôs na frente, sem o deixar passar. - Você não sobe essas escadas enquanto não tiver uma conversar digna comigo! - ela o encarava. Por mais que estivesse com medo, tinha que falar com ele.

Ele riu sarcasticamente.

- O que você sabe sobre dignidade? - ela respirou fundo. Não ia responder isso. Ele continuou, mesmo sem obter respostas. - Quer conversar? Conversemos. Mas seja rápida, tenho coisas mais importantes a fazer.

Ela estendeu a mão, apontando para o lugar de onde tinham vindo do gramado, como se não fosse adequado conversar em plano Saguão de Entrada, por onde alguns alunos ainda circulavam. Ele a encarou mais uma vez antes de balançar a cabeça negativamente, em sinal de raiva, e se dirigir ao gramado. Foi na frente e andou um pouco depressa. Afastou-se um pouco da entrada e se virou. Hermione o seguia mais atrás.

Ele levantou as mãos e as deixou cair sobre o corpo.

- Aqui estamos! - disse impaciente.

- Será que dá pra você deixar a raiva de lado por um minuto e ouvir o que eu tenho a dizer?

- Deixar a raiva de lado... - ele levou a mão ao queixo, como se quisesse pensar. -... Tem como? Em um momento como esse... Vamos trocar as posições - ele andou um pouco e chegou perto dela. - Você deixaria?

- Sim, eu deixaria, porque certamente eu estaria conversando com a pessoa que eu amo!

Ele riu novamente, ficando de costas para ela.

- Você não pode falar sobre amor - virou-se e a encarou. - Você não sabe o que é amor.

- Sei, sim! Eu te amo, Harry! Será que você não entende?

Ele pareceu não ligar para a frase que ele mais queria ouvir na vida dele, saindo de Hermione: "Eu te amo, Harry!".

Riu.

- Amor... - começou irônico. - Isso é amor?! Não - ele balançou a cabeça negativamente. - Isso, definitivamente, não é amor, Hermione! Nunca foi! Amor é o que eu sinto por você, isso, sim, é amor!

- Não, Harry! Acho que esse sentimento é o único que não habita seu coração nesse momento! - uma lágrima escorregou pelo rosto dela. - Raiva, ódio! Isso sim é o que você está sentindo, e pela pessoa que você diz amar.

- Ta bem, você está querendo conversar de verdade, então vamos conversar. Posso não estar sentindo amor nesse momento. Mas e o resto da minha vida?! Não conta, não?! Peraí, peraí, estou me lembrando de algo. Casamento de Gui e Fleur... Acho que você se lembra perfeitamente bem o que aconteceu, né, Hermione?

- Se você me deixar explicar o que aconteceu...

- Não tem explicação! - explodiu ele, chegando perto dela. A garota apenas fechou os olhos, e mais uma lágrima caiu. - Eu lembro perfeitamente o que aconteceu. Ninguém precisa me explicar o que aconteceu. Ninguém precisa me explicar o motivo pelo que aconteceu... Muito menos você.

- Eu estava desesperada, Harry! - ela tentou chegar perto dele, para tentar um contato físico, mas ele saiu de perto dela, impedindo. - Eu estava brigada com você, eu não sabia mais o que fazer! Você estava longe de mim... Por mais que estivesse na mesma casa que eu... Mas você estava longe! - ela enxugou outra lágrima teimosa.

- E você negou um beijo meu! - gritou ele, não querendo lembrar a cena, em vão. Seu coração amoleceu, e agora, ele que deixou uma lágrima cair. - Não seria um ótimo jeito de voltarmos a sermos amigos? E quem sabe, não estaríamos tendo isso que você chama de conversa, ou melhor... Podíamos estar felizes agora, namorando - gritou novamente perto dela, sibilando a última palavra.

- Eu estava desesperada. Não sabia o que estava fazendo! Eu me arrependi, se você quer sab...

- EU NÃO QUERO SABER! Um beijo, Hermione! Um... Maldito beijo! O que isso significa pra você? Algo que todos saem dando em qualquer um que passa pela rua?! Caso você não saiba, isso é uma prova de um sentimento chamado AMOR! - mais lágrimas caíam dos olhos dele. Não sabia se era de tristeza, ou raiva.

- Eu me arrependi! - ela já chorava, tendo dificuldade em falar.

- Tarde demais, Hermione! - ele abaixou um pouco a voz. Balançou a cabeça negativamente e repetiu agora mais baixo. - Tarde demais... - e passou por ela.

Os joelhos de Hermione cederam, fazendo-a cair. Colocou as mãos tampando o rosto, e a única coisa que fazia naquele momento era chorar.

- Harry, por favor! - ela gritou como uma súplica, tentando fazê-lo voltar. O garoto parou e suspirou. Fechou os olhos. Não podia fazer aquilo, não queria fazer aquilo, mas era o que estava fazendo.

- Eu demonstrei o sentimento que eu tinha por você, Hermione - disse ele baixo, se virando. - E o que eu recebi em troca? - perguntou irônico. Não elevou a voz, não tinha mais força para tal coisa. Seguiu até ela, novamente. Ela levantou o rosto, ainda chorando. - Não, não precisa responder. Deixe-me falar agora - disse levantando um pouco uma das mãos, num sinal de parar. - É... Uma tapa muito bem dada no rosto. Que até hoje eu ainda sinto a dor que ela me fez. Não aqui - ele mostrou o rosto -, mas aqui - ele colocou a mão no peito. - Acho que é a dor mais forte que alguém pode sentir na vida. A dor da perda. Já não bastava minha família, agora eu havia perdido a garota que eu amo. Pode não ter sido ditas palavras, mas apenas um gesto seu, um movimento, disse mais coisas do que você poderia falar. Aquilo havia sido um não - ela o encarou por alguns instantes e se levantou devagar.

- Me perdoa Harry? - perguntou o mais carinhosa possível. Ela levou a mão ao rosto dele. Ao sentir o toque, ele virou um pouco a cabeça, como se não quisesse aquilo. - Por favor? - ela estava suplicando, sofrendo também. Mas a dor que ele sentia desde aquele dia no casamento, não contava?

Suspirou. Não precisou pensar.

- Não posso... Não quero... E não vou - disse por último.

- Harry... - ela começou a chorar de novo. Virou o rosto um pouco para o lado e encolheu os lábios, como se fizesse força para parar de chorar. Ela não continuou, porque não conseguiu, e porque o garoto já havia passado por ela.

- Hermione... - ele se virou para ela, novamente. - Foi desumano o que você fez comigo! Você brincou comigo, você brincou com o meu sentimento! Não estava na cara, não, o que eu sentia?

- Quantas vezes eu vou precisar dizer que eu estava desesperada e que eu não fiz por querer?

- Não?! Tem certeza que não foi?

- Foi um reflexo! Foi tudo muito rápido, tão de repente! Não sabia o que você queria comigo! Tem todas as garotas aos seus pés, achei que estava brincando comigo... Harry, por que eu?

Ele riu, agora sem acreditar.

- Brincando com você? Você não acreditou em mim, para ser mais específica. Sinceramente, Hermione, eu achei que cinco anos de amizade fossem o suficiente para você, pelo menos, acreditar um pouco em mim.

- Aí é que está, Harry! - ele olhou para ela sem entender. - Cinco anos de amizade. Cinco anos da mais pura amizade! Você não demonstrava nada mais que isso. E de repente, nessas férias, tudo muda você resolve se abrir, e acha que eu não duvidaria de algo tão repentino?

- É as coisas mudam, e sempre há uma primeira... - ele parou. - Quer saber de uma coisa? Esquece, ok? Esquece o que eu sinto, esquece o que aconteceu... ME ESQUECE! - ele deu uma pausa. - Eu também fico me perguntando por que você conseguiu mudar tanto meu mundo, por que você conseguiu entrar no meu coração, por que você é a única que poderia algum dia, me fazer feliz. Mas eu não encontro resposta, porque eu acho que está óbvio demais. Você é perfeita, Hermione... Só isso - ele levantou os braços como se aquela fosse a resposta mais óbvia e certa a ser dada.

- Me dá outra chance, Harry. Uma única chance! A gente pode ser feliz... Pelo resto da vida - ela foi até ele novamente e o garoto a fez parar de andar com um gesto.

- Não - ele balançou a cabeça negativamente. - Já disse que não. Você teve sua chance e a desperdiçou. Quem prometerá que não acontecerá a mesma coisa?

- Eu! Eu juro. Não acontecerá de novo!

- Você não está em condições de jurar algo - disse com desdém. - Acabou, Hermione. Acabou... Tudo! - ele se virou para andar.

- Harry! - ela o puxou pelo braço.

O garoto tirou rapidamente o braço dele dali.

- ME ESQUECE!

Ele a olhou de um jeito que Hermione conseguiu ver tudo o que ele estava sentindo naquela hora. Raiva, ódio, desapontamento, desespero... Desistiu. Não falou mais nada. Apenas o encarou também, com o olhar triste, vazio. Ele se virou e andou. A garota viu apenas ele levar a mão ao rosto umas vezes antes de entrar no castelo. Hermione começou a chorar novamente. Em exatamente uma semana, perdera o pai e o garoto que ama. Se fosse algum tipo de castigo, ela pedia para que acabasse logo, porque se fosse para ela sofrer, estava conseguindo. Pegou novamente o livro e o jogou no chão com todas as forças que tinha naquele momento, como se quisesse descontar toda a sua raiva e tristeza naquilo. Caiu de joelhos. Afundou as mãos no cabelo e colocou os cotovelos nas coxas. Aquilo não podia estar acontecendo... Não com ela. O que ela fez para merecer tudo aquilo? Não sabia como agüentava sofrer tanto. Olhou mais uma vez para aquele braço, aquele curativo. Sua raiva de si mesma era tão grande, que teve vontade de desistir de tudo. Balançou a cabeça negativamente. Havia começado aquilo, ia acabar aquilo... E ia ser ao lado dele. Levantou o olhar para a entrada do castelo.

Se levantou num impulso e correu. Ela o amava e ele sentia o mesmo. Por que não poderiam ficar juntos? Ela havia feito uma besteira... Das grandes... Mas ele não sentia amor suficiente para perdoá-la? Subiu as escadas correndo. Harry as subia lentamente. Hermione olhou uma última vez para cima e viu-o entrando no corredor do retrato. Correu mais rápido. Entrou também. Ele havia acabado de passar pelo sofá do Salão Comunal.

"Seu teimoso! Eu não vou te perder de novo!”

Harry escutou ela entrando, mas não fez nada. Continuou andando lentamente. Ela deu passos longos e o puxou. Foi mais forte do que ela imaginava que seria. Ele tinha o rosto coberto por algumas lágrimas, Hermione também. Seus corpos colaram. Os lábios roçavam um no outro. Ninguém fazia mais nada. A garota estava ofegante, devido à corrida. "Eu te amo, Harry", sussurrou, saindo quase que inaudível. Ele escutou, mas não fez nada. Ela, involuntariamente, fechou os olhos, e qualquer movimento que fizesse. O mínimo movimento que fosse a faria beijá-lo. As mãos de Harry foram vagarosamente até a cintura dela, hesitante. O coração dos dois batia acelerado. A morena estava com suas pernas tremendo, quase sem conseguir sustentar o próprio corpo, seu estômago embrulhava, talvez pelo nervosismo. O moreno entreabriu a boca. A garota sentiu o toque das mãos dele e fez o trabalho de começar tudo aquilo.

Naquele momento o ódio estava caído totalmente sobre Hermione. Harry a odiava por ela ter feito aquilo com ele, e ela odiava a si mesma por tê-lo feito sofrer. Ela começou o beijo com medo. Harry havia tentado fazer a mesma coisa semanas atrás e ela havia o batido. Não poderia reclamar se ele fizesse o mesmo com ela. Talvez não bater, mas empurrá-la e não continuar aquilo. Mas ele a amava do jeito que ele havia dito, e simplesmente se entregou ao beijo.

Era calmo, suave, doce, tímido... Nunca havia passado de um beijo no rosto, um abraço, mãos entrelaçadas uma na outra. Aquilo era um beijo. Superava tudo que haviam feito antes. E até o final continuou daquele jeito. Os dois colares - o de Harry e o de Hermione - que estavam à mostra, devido o acontecimento de minutos atrás, foram envolvidos por uma luz brilhante e eles se juntaram... Afinal, eram ímãs.

As mãos de Hermione já se encontravam na nuca dele, e Harry apenas pousava suas mãos ao redor da cintura dela. Era tudo tão perfeito para os dois. Nada mais importava para qualquer um deles. Poderia descer quem quer que fosse, mas nada atrapalharia aquele momento tão precioso. Passaram alguns minutos, que para ele foram anos. Hermione escorregou, lentamente, as mãos para o peito dele. Harry deslizou as mãos na cintura dela, as tirando de lá, vagarosamente. Os dois ainda mantinham os olhos fechados. As bocas se descolaram. Os colares voltaram ao normal e se descolaram.

Ninguém olhou nos olhou de ninguém. O garoto apenas se virou, abriu os olhos e subiu sem olhar para trás, sem olhar para Hermione. A garota abriu os olhos devagar. Olhou para a escada por onde ele subiu e suspirou, tirando o peso que carregava em suas costas. Sorriu. Finalmente estava tudo esclarecido. Mordeu o lábio inferior, deu uns passos para trás, e deixou-se cair no sofá.

Harry foi abrir a porta com força. Sim, ainda tinha raiva de Hermione. Rony veio na sua cabeça. Abriu da porta devagar e aliviou-se ao ver Rony deitado de mau jeito na cama, dormindo, e a bandeja de comida no chão. Foi até sua cama e fechou logo a cortina, para caso ele acordasse. Deitou e ficou a pensar. Não ia ficar com Hermione, pelo menos não agora. Cho... Seu pensamento recaiu sobre ela. Em um lapso de loucura pensou em voltar com ela. Pra quê? Fazer Hermione sofrer pelo menos metade do que ela fez com ele, era o que ele queria. Agradeceu a Merlin por ter encontrado Rony dormindo. Poderia inventar uma desculpa no dia seguinte. Suspirou uma última vez ao lembrar-se da cena de minutos atrás, e adormeceu.

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N/A: Rafinha enxugando as lágrimas.
Não, não. Não chorei.
u.u
Deve ser bem a décima vez que eu leio isso. ;D
Capítulo betado! Qualquer erro, é culpa do beta! =P. Eu não reli, então não deu pra saber como tá.

Ah, só pra explicar o porquê de ter ficado enorme. =X
Até o sonho, era um único capítulo, que, por acaso, está uma bosta. ^^'
Do sonho pra baixo era outro capítulo, o melhor! =D
Aí eu juntei logo, =P.
14 páginas de Word. ;D

[Só pra avisar que TODA a conversa Harry/Hermione ANTES do beijo foi 'criação de MSN'. Algo do tipo... "Rafinha, como vai ser o capítulo do beijo?". "Ah, vai ser assim e assim..." E eu comecei a escrever as falas. Só mudei um pouco a descrição, mas as falas são as mesmas. ;D]

Enfim, quero saber de tudo o que vocês acharam desse capítulo, beleza? *-*
Porque ainda vai ter briga! \o
Muuuuito obrigada pelo comentários.
=)
Peço que comentem que lê e não comenta, =T, e que continue comentando quem já comenta.
u.u, é eu enrolei tudo. =P

Ah, ah!
Alguém chorou?! =P

Obrigada a todos.
Té próximo capítulo.

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