Nasce uma nova Granger - Pt. 3



- Chegou carta nova? – perguntou Lílian interessada.
- Sim.
- Posso vê-la?
- Claro. – disse Harry entregando a carta a Lílian, que rapidamente a abriu.
- Espere aí... Essa carta é de três meses atrás, e da Srta. Hargitay, ainda por cima.
- Para mim é nova. Não a tinha visto antes, achei por acaso em um dos bolsos das minhas vestimentas, pela data deve ser do dia do meu retorno a Hogwarts, depois daquela confusão toda...
- E você já se sente melhor?
- Já. Embora eu goste muito da Hermione, não vou ficar lamentando isto pro resto da vida.
- É assim que se fala. E aí posso ler a carta?
- Pode.

Caro Professor Potter,

Tenho de lhe contar algo que talvez vá lhe abater muito, ou talvez lhe alegrar. Ontem eu ouvi uma coisa realmente assim, pra mim, foi traumático, afinal, eu não sabia de nada. Bem... Eu ouvi na Ala Hospitalar, enquanto descansava numa das camas o efeito da poção revitalizadora, que a professora Granger está grávida! Bom... Não sei como essa notícia lhe veio. Só achei importante lhe dizer.

Atenciosamente,
Gabriella Hargitay.

PS: Se estiver com raiva pode rasgar a carta, mas, por favor, não desconte na Grifinória.

- Você sabia não é? – perguntou à ruiva. Levantando-se do sofá onde estavam e do nada um dos vasos explodiu.
- Eu...
- Você sabia... E não me disse nada. – interrompeu-a e olhou com raiva para ela. Um prato voou da sala de jantares e se jogou na parede próxima à lareira.
- Harry, eu não... – ela recuava sentada devagar.
- Ainda te acolhi na minha casa... – Ele mirava-a como se fosse lhe jogar uma maldição. Vários objetos, vasos e quadros no Hall flutuavam.
- Harry, eu posso... – ela já tremia nas bases de pensar, no que o bruxo mais poderoso do mundo. Que enfrentou Lord Voldemort, muitíssimas vezes, poderia fazer com uma simples auror do curso intensivo americano.
Ele começou a rir, caiu no sofá e ria a vontade segurando a barriga. Os objetos simplesmente se aquietaram. E tudo o que ele quebrou se consertava e ia para seu devido lugar. Ria que saía até lágrimas de seus olhos.
- Harry?
- Você tinha de ver a sua cara... – e continuava a rir.
- Não teve graça nenhuma! Do jeito que você me olhava parecia...
- Que eu ia te matar, não é mesmo? – e ele respirava fundo tentando parar de rir.
- É. Mas porque você fez isso?
- Principalmente para ver a sua reação. Segundo por que eu sei que você sabia da gravidez de Hermione, porque esse era o fato que te preocupava aquele dia. Mas por que, hein?
- Porque eu não sei quem é o pai... Ela parece ter uma idéia, mas ainda não demonstrou nada a respeito. A barriga dela está grande já, a criança tem quatro meses, não dará mais para ela esconder... De quem quer que seja esta criança, Harry, ela precisará muito do seu apoio, tanto como ex-noivo, quanto melhor amigo.
- Você acha? – ele perguntou duvidoso.
- Tenho certeza absoluta. E acho que esse apoio a fará revelar de quem é a criança... – a campainha toca a interrompendo. – Devem ser eles, vou atender.
Lílian caminha até a porta e a abre, revelando não o casal que esperavam. Mas na porta estava uma menina de longos cabelos castanhos, olhos azuis celeste, que não se comparavam a nenhum outro, com roupas trouxas (lê-se: uma blusinha branca de lã com gola alta, uma calça jeans marcando bem os contornos da sextanista, e um casaco por cima, devido ao clima que dezembro apresentava próximo ao Natal.), carregada com sacolas que continham livros, pergaminhos novos, penas e em uma das mãos um galeão falso que brilhava, apontando para Harry.
- Gabriella, o que faz aqui?
- É que o professor Harry leu a minha carta, e como eu estava visitando Hogsmeade pensei em passar aqui para ver como ele está.
- E você sabe que ele leu a carta hoje?
- Pelo galeão, lancei um feitiço para que ele apontasse quem abrisse a carta.
- Engenhoso. Mas não fique aí fora, entre. – Gabriella passou observando para as coisas na grande mansão, ficou fascinada pelo que via. Aquele grande hall cheio de quadros e coisas diferentes, a passagem que dava pra sala de jantar e a escada que levava aos cômodos nos pisos superiores. A sua imaginação fluía, ao pensar no que poderia haver a mais na grandiosa e “humilde” casa. No sofá em frente à lareira, estava Harry sentado acompanhando as duas ainda paradas próximas à porta.
- Tire o seu casaco e dê a Lílian. Ela guardará no closet.
- Isso, me dê ele aqui. – a menina envergonhada tirava o casaco devagar, e por fim vencendo a vergonha, entregou a auror.
- Sente-se aqui Gabriella.
- Com sua licença, professor. – e sentou-se. – Estou vendo que o senhor, mesmo sabendo o que sabe, está normal.
- Há coisas Gabriella, que não nos surpreendem tanto quanto pensamos que poderia. No dia em que eu terminei meu relacionamento com a professora Granger, e você já tem idade para saber disso, ela e o professor Krum estavam no meu dormitório de professor, tendo relações explicitamente. Já esperava o que uma atitude daquelas poderia ocasionar.
- Então, o senhor vai continuar em Hogwarts?
- Claro. Nada mais me tira de lá.
- Que bom professor. E o senhor acha mesmo que a filha é do Krum?
- Professor Krum, Gabriella. – embora não gostasse de Victor, devia considerar a garota, que ele era um professor também. – Não sei, mas provavelmente deve ser.
- Hummm... Interessante. – a campainha interrompeu mais uma vez a conversa.
- Eu atendo! – disse Lílian se levantando mais uma vez. – Deve ser Lupin e Tonks.
Ela repete o mesmo processo. Só que dessa vez, parados a porta, estavam Lupin, Tonks e McGonagall.
- Diretora, mais que honra, não sabia que a senhora viria também.
- Decidi de última hora.
- Por favor, entrem, Harry está no hall.
- Com licença – disseram os três, antes de entrarem.
- Senhorita Hargitay...
- Boa tarde, diretora McGonagall. Professor Lupin, professora Tonks.
- Sentem-se, por favor, eu vou preparar um chocolate-quente para todos. – disse Harry levantando-se e indo para a cozinha. – Fiquem a vontade, volto em alguns minutinhos.
- E então Minerva, novidades da Alanis?
- Sim, Lupin e Tonks, trouxeram todas as cartas para montarmos esse quebra-cabeça. – disse McGonagall.
- Creio que esta última carta dirá por fim, onde Madame Pomfrey se encontra. – começou Lupin.
- E isso nos dará uma pista muito grande dos culpados de tudo isso. – concluiu Tonks.
- Fora isso, já decidiram quando vão se casar?
- Lupin queria que nos casássemos em fevereiro... Mas pensei em maio, afinal além de ser primavera, é o mês das noivas. – disse Tonks, sem conseguir esconder as bochechas ruborizadas.
- É uma época ótima, e...
- Pronto, aqui está! Chocolate com pedacinhos de marshmallows. – exclamou Harry, trazendo em uma bandeja de prata 6 canecas de porcelana e servindo-os.
- Hummm... Delicioso, Harry. Simplesmente delicioso. – elogiou Tonks.
- Bom... Vamos direto ao assunto que nos trouxe aqui. Aqui estão as cartas anteriores – mostrou Lupin pondo-as sobre a mesa.
- Vejamos... – começou McGonagall.
Madame Pomfrey foi essencial.
Metamorfomaga em nível superior!

Cuidado com as vassouras!

Família tradicional.

Sétimo ano, a casa do leão.

O problema não é daqui.

Fogo!

F.A.L.E.

Esconderijo da Lua Cheia.

Bruxa corcunda e caolha.

Cuidado com o que bebe!

N.O.M. ’s
Poções ................................................. Ótimo
Defesa Contra as Artes das Trevas .... Ótimo
Feitiços ................................................ Ótimo
Adivinhação ........................................ Excede as Expectativas
Trato das Criaturas Mágicas .............. Aceitável
Transfiguração ................................... Ótimo
Estudo dos Trouxas ........................... Aceitável
História da Magia .............................. Aceitável
Herbologia ......................................... Excede as Expectativas

Melissa desejo-lhe melhoras, principalmente mentais.

Onde estará a enfermeira? Pergunte para o Pablo.

Atena consiga registro de animais. Christine ajudará Diego com isso. Menina má já conhece Melissa.

- É isso aí... – finalizou Lupin, ao terminar de ler as cartas.
- Acho que amanhã já dá pra fazer algo. – experimentou Harry.
- Não. Creio que será para depois, porque Minerva precisa ir até o ministério para conseguir a licença de animago de Harry e a importação da minha licença para o Reino Unido. De acordo com a última carta que a Cho nos escreveu... O salvamento da Madame Pomfrey será feito por mim e pelo Harry. Já que a garota responsável por isso, já conhece a forma animaga de Tonks. E como ela é do sétimo ano, com certeza teve aula com Minerva e já a viu se transformar em gato antes... – explicou Lílian.
- A primeira carta dizia: Metamorfomaga em nível superior. Isso significa que a garota pode se transformar na pessoa que quiser sem o auxílio da poção polissuco. – comentou Tonks.
- Agora... Cuidado com as vassouras!? Não entendi. - disse Lupin segurando o queixo.
- Será que eu... – perguntou Gabriella.
- Claro, se você acha que pode nos ajudar... – disse Harry. Feliz com a boa vontade da garota.
- Eu acho que tem alguma coisa relacionada com Quadribol ou vôo. Ou seja...
- Krum. – disse Harry ao mesmo tempo em que Gabriella.
- A lógica até que vale. Mas eu não acho que o professor Krum... – começou Minerva.
- Seria capaz? E o professor Snape não foi capaz? – comentou a garota, interrompendo McGonagall, lembrando-a do que houve com Dumbledore por confiar demais em Snape.
- Ela tem razão, Minerva. – concordou Harry – É bom colocarmos Krum na lista de suspeitos.
- Continuando, a garota é da Grifinória e do sétimo ano. – começou Lupin
- O problema não é daqui. Outra carta que aponta para o envolvimento de Krum, já que além de Lílian, não há nenhum outro estrangeiro na escola. – disse Tonks.
- Fogo. Pode significar duas coisas ou a garota tem uma personalidade forte ou é ruiva. – disse Lílian.
- Creio que o mais lógico, é que a garota é ruiva. – experimentou Gabriella.
- O problema é que neste ano recebemos muitas ruivas no sétimo ano. – comentou Minerva.
- F.A.L.E.? – indagou Tonks.
- Fundo de Apoio a Liberação dos Elfos domésticos. – explicou Harry – Idéia da Hermione.
- Professor?
- Sim Gabriella?
- O senhor não tinha um elfo doméstico?
- Tinha. Chamava-se Dobby. Eu não sei pra onde ele foi. Já que ele é livre para ir onde quiser, o estranho é que não me avisou, e já faz muito tempo desde a última vez que o vi. – disse Harry.
- Essa é a dica, eles pegaram o seu elfo!
- Ora mais por quê? – indagou o moreno.
- Ele deve saber de alguma coisa, Harry. – disse Tonks.
- Bom, continuemos... Esconderijo da Lua Cheia. Fácil... Casa dos Gritos. Diga você, Lupin. – disse Harry.
- Pode ser, mas a passagem do Salgueiro Lutador, também é um ótimo esconderijo. – tentou Lupin.
- Cuidado com o que bebe! Dessa eu conheço, fui vítima desse trocadilho. Se eu soubesse o que aquele líquido fazia, nada disso teria acontecido. – começou Harry.
- Vai dizer que se não tivesse ido ao ministério ninguém teria morrido? Ah, Harry. Você sabe que as coisas não são assim. – completou Tonks.
- Tonks tem toda a razão. O que é para acontecer, acontece. Não se evita o destino. – disse McGonagall com uma expressão firme, parecia não querer lembrar de nada do passado.
- Agora vem as notas dos NOM’s. – disse Lílian – Mas creio que seja da garota. Por que Hogwarts é uma das poucas escolas que ensinam Estudo dos Trouxas.
- Eu comparei esse com os outros resultados dos últimos NOM’s feitos pela Grifinória e não bate com nenhum. – disse Minerva.
- Talvez, porque a professora Chang não tenha copiado os resultados, mas dado a vocês a ficha das qualidades e defeitos da garota. – disse Gabriella.
- Ótima observação. Tinha de ser minha aluna. – disse Harry orgulhoso, deixando a garota envergonhada.
- Hummm... Como se só ele desse aula em Hogwarts – disse Tonks enciumada.
- Bom... Deixemos de lado isso. E vamos continuar com as cartas. – disse Lílian irredutível.
- Melissa desejo-lhe melhoras, principalmente mentais. – disse Lupin.
- Eu a diagnostiquei e Tonks, foi obliviada. Dificilmente há lembrar quem lhe atingiu. – comentou Lílian.
- Só lembro que a pessoa estava sem a varinha, pois antes do feitiço me atingir, lembro de ter visto as suas mãos. – explicou Tonks.
- E aí? Onde ela está Lupin? – perguntou Harry.
- Quem? – perguntou espantado Lupin.
- A enfermeira! Está dizendo aqui que você sabe. – completou Minerva.
- Ora se ela está falando para perguntar ao Remus. É porque ela está num lugar que ele conheça mais do que ninguém. – explicou Lílian.
- É isso ela está na Casa dos Gritos! Sem sombra de dúvidas. – concluiu Tonks.
- E qual será o plano? – perguntou Lupin interessado.
- Primeiro Harry deverá concluir o processo de transformação em animago. – disse McGonagall. – Depois, eu com minha influência no ministério, devido à diretoria de Hogwarts. Terei de importar a licença de Lílian e o registro de animago Harry...
- Talvez fosse melhor não. – disse Gabriella interrompendo Minerva. – Se o professor Harry for registrado, talvez fique mais fácil da garota se esquivar evitando o tipo de animal em que o professor for se transformar.
- Outra vez ela tem razão. – lamentou Lílian, de uma maneira que somente Harry percebeu. – Lembra do que você me disse Minerva? Que a garota era chamada de Srta. Precaução. Então, com certeza ela deve ter algum contato no ministério que a informe disso.
- Então, vamos ficar só com a parte da transformação em animago. E após o término do treinamento, poderemos avançar no plano. – disse Tonks.
- É, mas é melhor irmos agora. Daqui a pouco é hora dos alunos voltarem para Hogwarts. – iniciou Lupin, devolvendo a caneca na bandeja, só que vazia.
- Vamos então. Muito obrigado, Harry. Estava ótimo. É uma pena que Rony e Luna não puderam vir. – lamentou Tonks.
- É verdade, e porque eles não vieram? – perguntou o moreno.
- O pai de Luna, passou mal está com uma úlcera mágica horrível e está internado no St. Mungus. – explicou McGonagall devolvendo a sua caneca à bandeja.
- Espero que ele melhore. O Pasquim tem realmente evoluído muito. Notícias mais realistas, descobertas mais bem explicadas, fora a seções de esportes que...
- Sabia que ia dar nisso, Quadribol! Fala sério, Lupin! Eu prefiro as crônicas daquele bruxo charmoso... Como é mesmo o nome dele? Ah é...
- Bom, vamos né. Já deu hora... – interrompeu Lupin a auror de cabelos rosa choque.
- Lupin, está certo, vamos. Obrigado, novamente Harry. – levantou-se McGonagall
- O que é isso, Minerva. Não há o que agradecer, aliás, sou eu que agradeço a presença de vocês.
- Vê se estuda bastante, Harry! Quanto mais rápido, você virar animago, melhor! – indicou Tonks.
- Até logo, então. – disse Lupin despedindo-se pegando seu casaco e saindo porta a fora.
- Tchau, Harry, Lílian.
- Até, Tonks.
- Bom estudo pra vocês.
- Uma ótima noite Minerva. – disse Lílian e Harry juntos.
Fecharam a porta.
- E aí Gabriella, quer estudar conosco? – perguntou Lílian, esperando que a resposta fosse negativa.
- Adoraria!
- Então podemos começar, levante-se, meu bem. – pediu Harry a menina, que se levantou do sofá. Possibilitando que Harry, num simples movimento fizesse o sofá se afastar, deixando um espaço relativamente grande para o treinamento. – O que precisaremos Lily?
- Apenas da varinha.
- Certo. Trouxe a sua Gabriella?
- Trouxe. Está aqui. – disse ela tirando a varinha do bolso, numa velocidade incrivelmente rápida.
- Ótimo. Vamos começar então? – perguntou Harry a Lílian.
- Mas por quanto tempo iremos treinar hoje? – indagou a castanha.
- Quanto tempo for necessário. – respondeu Lílian.
- Mas é que terei de voltar para o castelo daqui a pouco.
- Amanhã é a saída do trem para as festividades, não é? – perguntou Harry se dirigindo a Lílian.
- É sim, por quê? – perguntou em resposta.
- Bom... Você terá de ir para a casa, Gabriella?
- Não, meus pais foram visitar a minha avó nos Estados Unidos. – respondeu a menina.
- Então, o que acha de passar as festas comigo e com Lily? – perguntou ele à garota.
- Seria ótimo! – ela respondeu alegre.
- Perfeito, avisarei McGonagall. – disse Harry produzindo um Patrono e lhe dando algumas ordens, logo o cervo prateado foi. E Harry voltou-se para o centro do Hall – Pronto. Podemos voltar ao treinamento?
- Podemos. – disse Lílian. E começaram a treinar.
Os treinamentos duraram todas as festividades de dezembro, ultrapassando janeiro, fevereiro, até chegar o mês de março com grande louvor. A gravidez de Hermione era inevitável, todos viram a grande barriga da jovem professora, o pior de tudo pelo menos para ela foi o mês de fevereiro, onde tudo mudou após uma simples consulta de pré-natal, algo que surpreendeu até mesmo Lílian Evans.
- Não é possível... Você tem certeza, Evans?
- Tenho. A contagem estava realmente errada.
- Então há grandes possibilidades de ser do outro também.
- Sim, há tantas possibilidades de ser do Harry quanto do Krum.
- Como você sabe que...
- Que você e Harry tiveram relações? Ele acabou me contando. Por isso é que ele ainda acha estranha essa sua troca repentina, porque você se entregou para ele de boa vontade e alguns dias depois acontecer o que aconteceu.
- Eu gosto do Victor. - respondeu Hermione indignada. Como se aquilo a ofendesse.
- Gosta? Ok então. - disse a ruiva simplesmente.
- Você acha que eu ainda sinto algo pelo Harry? - perguntou ela interessada visando até aonde aquilo iria chegar.
- Harry? Pensei que estava o chamando de Potter... - perguntou a ruiva no mesmo tom. "Eu o chamei de Harry?! Droga, Hermione preste mais atenção no que está falando. Principalmente a essazinha aí".
- Eee... Ainda cha..chamo. - disse Hermione embaraçada - E antes que você fale alguma coisa. Eu não sinto mais nada pelo Harry, quero dizer Potter.
- Tudo bem. Tudo bem. Fique calminha, tá? - a auror terminou a consulta parando o feitiço de ultra-sonografia. - Prontinho. Ela está perfeitamente bem. E você está dispensada por hoje, mas lembre-se de retornar no dia 28, para vermos essa menina de novo, ok?
- Ok, até.

O mês de março finalmente proclamado, chegou com revelações inesperadas para certo professor de vôo.

- Você o que?
- Estou grávida. - ela tornou a dizer.
- E você acha que eu vou assumir essa criança? - Tudo bem que ela era bonita, charmosa, 'gostosa' como ele dizia. Mas uma criança era demais para o jovem búlgaro.
- Hei, auto lá! Eu não fiz isso sozinha e foi você que aceitou de boa vontade, ser professor de Hogwarts. E outra... É seu dever de pai! - ele andava pelo campo de Quadribol guardando as vassouras caídas na areia.
- Quer parar de ler a minha mente enquanto brigamos? Já lhe disse que não gosto disso e ser pai, disso aí? - ele apontou para a barriga da jovem - É ruim, hein?! Não tenho idade para ter filho... - ele continuou andando.
- Filha! - bradou ela.
- Tanto faz... - ele não parava de andar e não a olhava um segundo sequer.
- Quer parar de andar e prestar atenção em mim? - ela passou a frente dele.
- Tenho coisas mais importantes para fazer, do que ficar te ouvindo dizer besteiras. - disse ele tirando-a do caminho. Indignada ela tornou ficar de frente a ele.
- Você dizia me amar... O que houve com você Victor!? - ela já o olhava com sofreguidão, seus olhos lacrimejaram.
- Eu só queria me deitar com você, apenas e somente isso. Agora que já estive com você, nada mais me interessa. Muito menos essa criança.
- Cachorro! - disse Hermione levantando a mão e lhe dando um pesado tapa, que fez ele virar o rosto.
- Ora sua... - ele começou, mas foi jogado do outro lado do campo por um "Riddikulus!" não pronunciado feito por ela, num movimento rápido com a varinha.
- Desgraçado nunca mais olhe na minha cara. - ela saiu correndo do campo. Seus pés simplesmente a levavam de volta para o seu dormitório, ela nada via, pois estava de olhos fechados chorando, as lágrimas escorriam de seu rosto e levitavam por alguns segundos, antes de caírem definitivamente no chão. Sua corrida não durou muito tempo, pois se chocou com alguém a desequilibrando. Ela iria cair, se as mãos ágeis da pessoa não a tivessem segurado.
- Hermione? - perguntou.
- Potter? - Ela se atirou nos braços do rapaz, pousando sua cabeça no ombro dele que a acariciava, enquanto ela deixava as lágrimas rolarem pelo seu rosto.
- O que houve?
- Ele não nos quer. Ele nunca me amou de verdade, e a idiota aqui acreditava nas palavras doces dele! (...)
(...) Eu me sinto tão suja.
- Acalme-se Hermione. - ela levantou a cabeça, o olhando no fundo dos olhos - Não fique assim. Eu sabia que uma hora ou outra você iria perceber, quem o Krum é de verdade.
- E agora, eu não tenho certeza de quem é o pai. E se ela me desgraçar pelo resto da minha vida? Perguntando-me do pai, e eu sem saber quem é. O que ela vai achar que eu sou? Uma...
- Uma mãe dedicada, que não se compara a nenhuma das outras, e uma esposa simplesmente única.
- Esposa? Harry eu... Você não está chateado comigo? Tudo bem que antes eu não sabia que estava sob o efeito de uma poção e tudo aquilo. Mas depois que o efeito passou... eu... não te procurei achando que você estivesse com a Lílian agora, e continuei com o Krum. Afinal ele dizia que me amava e..
- Seu orgulho não te deixou terminar com ele, tão de repente e ficar sozinha, ainda mais estando grávida. - completou ele - Isso não é mais importante Hermione, lógico que não estou chateado com você... Eu te amo, Hermione. Nunca duvide do meu amor por você. Você não sabe com tem me machucado ouví-la me chamar apenas pelo sobrenome, e agora você me chamou de Harry, quanto tempo eu estou querendo ouvir meu nome sair da sua boca. Não agüentava vê-la me ver evitar o tempo todo, ainda mais porque nossas salas ficam uma do lado da outra. E realmente se não te amasse tanto quanto amo, talvez eu estivesse com a Lily mesmo, do jeito como ela se insinua para mim...
- Ela que deixe, eu vê-la se insinuar pra você... - disse ela com um sorriso maroto.
- É tão bom ter você de volta... - ele sorriu de volta. Ela estava com sorriso no rosto, mas logo desapareceu, um ar de preocupação surgiu em sua face...
- Você vai mesmo me aceitar de volta? Mesmo sabendo que eu carrego uma filha...
- Que tem grandes chances de ser minha? Vou Hermione. E nada no mundo vai me fazer mudar de idéia. Quer voltar a ser a minha noiva? Quer se casar comigo?
- Quero, Harry. Foi o que eu sempre quis. - ele finalmente a beijou, um beijo sincero, cheio de paixão e repleto de saudades.
- Como eu te amo, Harry.
- Eu também, te amo muito Hermione. Nunca deixei de amá-la.
Aquela demonstração de afeto foi muito bem observada pelos alunos e professores no corredor, os dois não haviam percebido, mas já havia dado o horário do almoço e os corredores e passagens do castelo se aborrotavam de alunos. Uma aluna em especial não gostou nada do que viu, saiu correndo dali em direção aos jardins do castelo. Chegou lá, esperou um pouco, e logo o jovem professor búlgaro apareceu.
- O que você quer agora? - indagou o búlgaro estressado. Parte de seu rosto ainda latejava, principalmente a área vermelha, onde via-se claramente as marcas dos dedos de Hermione.
- Está na hora...
- Quer dizer hoje?
- Sim, não posso esperar mais nenhum minuto.
- Mas...
- Está mais que na hora. Vamos começar a planejar o Gran Finale. Acabar de vez com a alegria deles! Se o Harry não é meu, não será de mais ninguém!
- Gina, você sabe que aquela desastrada da Tonks está desconfiando de você de novo, não sabe?
- Sei, por isso mesmo, que hoje é o dia perfeito, Lua Cheia. Ela vai estar bem longe de mim, cuidando do noivinho lobinho.
A noite já estava proclamada, nenhuma coruja no céu. As nuvens encobriam a pouca luz da Lua Cheia. Apenas três pontinhos de luz, quebravam aquela escuridão, luz que se originava das varinhas de três bruxos há alguns metros da porta principal do grande castelo.
- Está pronto, Harry? - perguntou Lilian.
- Estou.
- Gabriella? Tem certeza?
- Absoluta! Vamos acabar com eles.
- Então vamos! - disse Lílian se transformando numa belíssima égua branca e saiu galopando pela noite. Harry num rugido forte e impiedoso se transformou em um leão imponente, com suas longas garras, que num único golpe poderia matar alguém. Ele já se afastava com uma boa velocidade. Gabriella logo se transformou num guepardo e seguiu os dois. A Égua branca galopava rapidamente em direção ao vilarejo de Hogsmeade, em seguida mudou sua rota em direção a Casa dos Gritos. A missão dela era muito simples, causar distração. E foi exatamente isso o que ela fez, ficou de costas para a porta principal do antigo e acabado casarão, e começou a esmurrá-la a base de coices. Enquanto isso o Leão e o Guepardo se preparavam para o elemento surpres utilizando a passagem do Salgueiro Lutador, já que o Lobisomem não iria para lá esta noite.
Poucos minutos antes da distração , mais um bruxo iria poder ver testrálios.
- Infelizmente... para você, seu elfozinho intrometido. Sua vida acaba aqui. Isso tudo só por você ser o que você é. O diabinho que aparece aonde não é chamado. - o elfo se contorcia, tentava se livrar das cordas, magicamente produzidas. - Pra que esse esforço, seu elfo estúpido? Não vê que essas cordas são muito mais potentes do que as normais? Bom... Mas deixando isso de lado... Quais são as suas últimas palavras?
- Eu sempre serei leal a Harry Potter, o grande Leão.
- Que lindo! Belo discurso, acho que se Harry estivesse aqui, ficaria emocionado. Já falou o que devia falar, emocionou a platéia, e agora... Morra! Avada Kedavra! - e o raio verde atingiu o elfo no peito, e aos poucos o brilho de luz sumia de seus olhos. - Agora você, Poppy! Ava... - Ela ia lançar o feitiço, mas foi interrompida por barulhos na porta principal. - Ora, visitas, quem será que é? O lobo mau, a águia ou a gata? Interessante... - disse ela olhando o causador daquele barulho pela janela - Dessa vez é um cavalo. Quem será? Ele é branco, vejamos a lista... - disse Gina tirando dos bolsos um pergaminho, e nele listava todos os animagos do Reino Unido. - Não consta. Droga! Terei de resolver pessoalmente, ou não... Expecto Patronum! - e um patrono em forma de corvo se formou diante da menina, Madame Pomfrey se espantou, pois aquele não era o patrono normal de Gina. - É ele mudou. Agora fica quietinha tá? E você - disse ela se dirigindo ao corvo. - Avise aquele búlgaro idiota para vir já! E o patrono sumiu no ar. Passou-se alguns minutos até o professor aparecer. - Finalmente, busque a oriental! Vamos usá-la de escudo, descobriram nosso esconderijo! Vá. - ele não disse nada só aparatou. - E você - ela começou dirigindo-se a Papoula - não se mexa! - ria gostosamente, sabia que ela não poderia - Sempre quis dizer isso... - e desceu as escadas até a porta principal.
Em Hogwarts, Luna corria levitando a maca com a maior força possível. Rony a ajudava seria difícil fazer isso, sem nenhuma das enfermeiras ali.
- Rápido, entrem! - disse McGonagall, abrindo a porta de carvalho da Ala Hospitalar. - Há quanto tempo ela está assim?
- Faz algumas horas, mas piorou, depois que estourou. - explicou Rony.
- Ahhhh!
- Agüente firme, Mione! - consolou Luna, depositando a grávida sobre uma das camas da enfermaria. - Rápido Rony! Chame Hermínia para nos ajudar. Há essas horas Tonks e Lupin já devem estar na missão.
- O cavalinho não vai entrar pela porta, não. - ria Gina. Havia lançado um feitiço potente na porta, não se ouvia mais o barulho dos coices e a porta não mais se abalava com a força deles.
- Ela está aqui, Gina!
- Perfeito. Se eles tentarem entrar ela será o nosso escudo!
- Porque? - perguntava Cho em lágrimas, porém nada podia fazer, sua varinha estava com Krum e ele segurava fortemente as mãos da garota nas costas dela e com outro braço a segurava pelo pescoço, numa trouxa chave de braço.
- Você abriu essa boca! Eles não iriam descobrir, se você não tivesse contado.
- Mas se eu tivesse falado era pra eu estar morta agora!
- Adivinhona! Avada...
Um guepardo avançou sobre Gina fazendo a varinha dela voar longe e fazia força para manter as mãos da garota no chão, onde ela podia ver. O guepardo rosnava feroz. Gina permanecia imóvel, seus olhos demonstravam o medo que sentia, medo esse que ela própria julgava não existir mais, um medo que a muito não conhecia. Na porta um imponente Leão com sua juba que brilhava a luz da Lua, olhava Krum com ferocidade. O búlgaro não se mexia e aproveitando disso, Cho pisou em seu pé com todas as suas forças o que fez ele soltá-la, aproveitando a oportunidade ela pegou de volta a sua varinha que repousava nos bolsos do estrangeiro, e agora apontava com ela para ele. O Leão, vendo a causa ganha, se dirigia calmamente até Papoula que emocionada com o resgate, chorava de felicidade.
Ele rasgou as cordas com os dentes num ato rápido, porém sem encostar qualquer um deles sobre a pele da enfermeira. Ela simplesmente abraçou o Leão, deitando a cabeça sobre a juba.
- Simplesmente comovente, Harry. - disse Gina com um ar triunfante. O Leão se virou e viu Gabriella já sob a sua forma humana desmaiada nos braços de Krum, e Cho jogada em um canto da sala onde estavam. - Entregue-se Harry e nada acontecerá com ela. - explicou Gina, apontou Gina com uma das mãos para a garota, mão essa que estava manchada de sangue, sangue esse provocado pelo corte no pulso de Gina, provavelmente feito pelas garras da forma animaga de Gabriella numa luta que ele não viu acontecer. Um rugido ecoou pela casa. E a sua origem era de um moreno de olhos verdes trajando as mesmas vestes da batalha final contra Lord Voldemort, apontando a varinha para Gina.
- Solte-a e você não sairá machucada Gina.
- Há! E você está em condições de impor alguma coisa? Tenho três reféns nessa casa. E você está praticamente sozinho, já que a varinha de Papoula está muito bem guardada no meu malão. Você é uma presa fácil, Harry. - ela caminhava até Krum e mexia nos cabelos da frágil sextanista - Tsk, tsk, tsk... Tão jovem, e já vai conhecer a morte.
- Não toque nela! Afaste-se dela Ginevra!
- Você me chamou de que?!
- Do que você ouviu.
- Nem minha mãe me chama assim mais! Crucio!
- Estupore! - os dois disseram juntos.
- Chega de brincar, Harry!
- Oh... Mas eu adoro brincar! Expelliarmus.
- Sectumsempra! Certeza que quer medir as forças, Harryzinho?
- Toda a certeza do mundo, vamos medí-las, a força do jovem professor Potter, e da obcecada e metida a besta Ginevra Weasley!
- Você me paga! Avada Kedavra!
- Ahhh!
- Agüente firme, Mione. Isso respira... Isso fundo, vai de novo. Um.. dois.. três! Vai!
- Ahhh! Está difícil, Hermínia! Ahhh...
- Força Hermione! Tudo vai estar bem agora! - consolou Luna.
- É verdade meu bem, faça isso pela criança, faça isso pelo Harry. Ele quer voltar da missão e encontrar as duas coisas que ele mais ama no mundo. - explicou McGonagall.
- Ahhhh... Minerva você está certa... Ahhh... É agora ou nunca...
- Isso meu bem, ela está vindo... Ela vai nascer em Hogwarts, que emoção! - disse a inspetora.
- Vai entrar pra Hogwarts, uma história, Hermione! Vamos lá, concentre-se! Isso vai...
- Obrigado por estar aqui comigo Luna...
- Não esqueça do Rony, se ele não tivesse reconhecido os seus gritos, não saberíamos do seu trabalho de parto.
- Vocês têm um cantinho especial dentro de mim, e parte dele está nascendo! Ahhh...
- Isso! Nasceu Hermione! Sua menina nasceu! - disse Hermínia chorando de felicidade com a pequena criança já no colo. Sem o cordão umbilical a pequena repousava nos colos da chorosa mãe... - Não se preocupe com o seu corpo tá? Joguei um feitiço nele, para que volte ao normal, repouse um pouco ok?
- Tudo bem. Veja Minerva, que coisinha mais bonitinha! Olha Luna...
- Ela não abre os olhinhos? - perguntou a loira.
- Ela já vai abrir... - explicou Minerva.
- Está abrindo veja... São tão lindos... - dizia Hermione enquanto passava os dedos sobre as bochechas da garotinha.
- Verdes... como os de Harry. – sorriu Luna.
- Achou que um simples Avada, pode me matar Gina?
- Mas, como, eu...
- Eros Encantum. Não sei se você ouviu falar.
- Ouvi sim. Krum, plano B. – e desaparatou na frente de Harry, seguida pelo búlgaro que segurando no pulso de Cho e levando Gabriella consigo.
- Não! – esmurrou Harry no armário as suas costas.
- Acalme-se Harry... Acalmar-me? Ela levou uma aluna, que estava sob minha responsabilidade, e eu não fiz nada para detê-la.
- Mas o que você podia ter feito?
- Lançado o feitiço anti-aparatação na casa. Pelo menos aparatar ela não poderia.
- Talvez se ela não conseguisse teria por raiva, matado a Srta. Hargitay. Vamos voltar ao castelo, lá pensaremos melhor.
- Você está certo, o que aconteceu, aconteceu. – desceram as escadas quebraram o encanto da porta o que possibilitou a entrada de Lílian, que depois de ouvir o que havia acontecido, apenas relinchou e aceitou levar Madame Pomfrey em seu lombo. Harry rugiu de novo, voltando a sua forma animaga. E os dois seguiram em direção ao castelo.

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