Seis gotas de verdade



Ela entrou na sala de feitiços, pela passagem que havia em seu quarto. Dentro da sala, ela se dirigiu até a porta que dava para o corredor e a abriu:
- Boa tarrde, Herrmione. Trouxe o que você pediu - disse Krum trazendo uma grande caixa.
- Oh, claro. Entre, por favor, deixe a caixa ali no armário - disse ela apontando para uma outra porta, um pouco menor, próxima de sua mesa. Quando Victor passou por ela, Hermione sentiu um cheiro diferente emanando dele, e que cheiro agradável, grama recém-cortada. Ele depositou a caixa em uma das prateleiras embutidas no armário e sentou-se em uma das mesas da sala. Hermione apenas encostou-se em sua mesa - Obrigada. Eles vão realmente se divertir.
- Com cerrteza, Mione.
- E você como estão indo as suas aulas?
- A turma é bem interessada, principalmente os meninos, você sabe...
- Quadribol!
- Não só, as garrotas também. A maioria deles querrrem perrrtencer a equipe de suas casas para se mostrrar parra as garrotas. E elas, emborra não gostem muito de jogarr, a maiorria pelo menos, elas acrreditam que namorrar jogadorres de quadribol é a fórrmula da popularridade instantânea, outrras, porque os meninos começam a adquirrir uma boa forrma física, devido aos trrreinos que exige muito deles, sentem-se atrraídas, sabe. Que mundo louco o do Quadribol, não é?
- Isso é verdade - disse ela se permitindo dar uma boa olhada em Krum. "Principalmente os apanhadores", pensou. Ficou vários minutos deslizando seus olhos pelas formas de Krum, seus músculos, seu abdômen, suas pernas. Ficou perdida no corpo de Krum.
- Estou vendo que a recíprroca é verrdadeirra. - disse ele se levantando e indo em direção a Hermione.
- O que? - ela disse calma, ela não estava raciocinando direito, ele se aproximou de seu rosto, segurando carinhosamente o queixo da garota, suas bocas a poucos centímetros. Ela fechou os olhos.
- Você está verrmelha - disse ele sem soltar o queixo da garota, ela abriu os olhos calmamente, e via os lábios dele se mexendo, estava totalmente absorta naquela boca, que nada ouvia, só pensava 'Pára de falar e me beija logo!'. Até que Krum se desvencilhou dela, e ela acordou do transe. - Você não vai darr a poção prra ele?
- Pra quem? - 'Ora, do que é que ele está falando?'
- Prro seu namorrado, oras. - 'Meu namorado?' ela continuava a pensar, ' Ah, é, ainda estou com aquele garoto, mas como é mesmo o nome dele?'
- Ah é... - ela deu um tapa na sua testa como se lembrasse de algo - Pro Henry... Quer dizer o Barty...
- Harry! - disse Krum, deixando escapar um pequeno sorriso no canto dos lábios.
- Isso! É verdade, por pouco não me esqueço de levar o jantar dele também, mas a poção creio que ele está tomando sozinho.
- Que bom. - ele falou baixo, mais pra si mesmo.
- Você disse algo? - Mesmo baixo, Hermione sempre foi atenta a detalhes, isto incluía, muxoxos, pequenas exaltações, suspiros, murmúrios e cochichos.
- Eu disse que já estava indo.
- Já? Quero dizer... Tá bem, eu também estou indo.
- Te acompanho até a cozinha?
- Por favor. - disse ela aceitando a companhia.
Foram juntos até a entrada da cozinha e dali separaram-se.
- Boa noite, Mione. - Ele saiu sorrindo. Ela lhe deu um último aceno e entrou na cozinha.
Hermione pegou o jantar de Harry e fez o caminho de volta para o quarto, no caminho ouviu vozes que julgou ser de duas septuanistas da Grifinória: 'Você tem visto a Gina, ultimamente?', 'Não, por quê?' 'Por nada, mas é que não a vi desde o começo da semana'. No mesmo instante que a curiosidade de Hermione se formou em sua mente, ela se esvaiu, se permitiu um erguer de ombros e continuou andando. Passou pelo Gato risonho que ao ver o prato de Harry, lambeu os beiços, enquanto abria a passagem.
Harry estava sentado na cama lendo um livro, ' Isso está ficando entediante' pensou Hermione o observando.
- Você já leu a respeito dos Minotauros? Eles são fascinantes não é? - ela nada respondia, apenas deixou a comida sobre o criado-mudo - Hermione estou falando com você! - mais uma vez, nada de respostas, ela continuou andando pelo quarto, vendo uns pergaminhos sobre a escrivaninha - Meu anjo, diga alguma coisa? - nada. Ela foi até o guarda-roupas abriu uma das gavetas e procurava algo - HERMIONE JANE GRANGER! - o rapaz continuava sem respostas, cansado disso Harry pegou um pergaminho o amassou transformando em uma bolinha de papel e jogou, acertando a cabeça da garota.
- Ai - gemeu - Por que você fez isso?
- Eu estou falando com você, e você não me dá ouvidos. Até parece que eu não existo mais!
- Henry, até parece, larga de besteiras...
- Você me chamou de que?
- Desculpa, Teddy, estou com a cabeça nas alturas...
- HARRY! - gritou ele se alterando - Hermione, meu nome é HARRY!
- Não precisa gritar.
- Se você me ouvisse realmente não precisaria! Agora, eu quero respostas Hermione, o que está havendo com você?
- Não está havendo nada. Agora, pare de me importunar e coma isso logo antes que esfrie - ela se alterou, ' Que garoto chato esse tal de Harold!' pensou ela
- Eu não vou comer nada! - olhou para o rosto de Hermione com indignação - Eu mal estou te reconhecendo.
- E eu muito menos. Coma isso logo.
- Tudo bem, você me convenceu. Mas antes, pegue este copo com água - ela o fez - Isso... Está vendo aquele frasquinho verde com um líquido incolor, próximo aos livros?
- Onde?
- Ali na prateleira - ela confirmou com a cabeça.
- Estou vendo, mas para que isso?
- É uma poção para acalmar os seus nervos - ela se permitiu um "Hunpf!" - Coloque seis gotas daquele líquido na sua água - ela cumpriu conforme o pedido - Beba, agora. - ela o fez, tomou tudo muito rápido - Me desculpe por isso. - ele levantou a varinha.
- Pelo que você me pede desc...
- EXPELLIARMUS! - a varinha de Hermione voou para longe e o impacto do feitiço, para a desavisada bruxa, fez com ela fosse prensada com força na parede, provocando um baque e um tremor, que fez alguns livros e frascos caírem da prateleira. - INCARCEROUS! - uma corda se projetou da varinha de Harry, amarrando Hermione.
- Ora, o que você está fazendo?
Ele a ignorou.
- Qual é o seu nome?
- HERMione JAne GRANGer - ela disse vomitando as palavras.
- Onde você nasceu?
- Em Kent, Inglaterra. Você me deu...
- Veritaserum, isso mesmo. - disse ele calmamente. - O que você faz?
- Sou professora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
- Você sabe quem sou eu?
- HARRy JAmes PottER, o menino-que-sobreviveu, o ELEITO, professor de Hogwarts, MEu NamoRaDO. Me solte agora!
- Só mais uma pergunta. Quem você ama?
- Har.. Ah! - ela lhe lançou um olhar diferente e começou a se contorcer de um jeito estranho, lágrimas escorriam de seus olhos.
- Hermione! Meu Merlin o que eu estou fazendo, eu sou um monstro! FINITE! - Harry pegou a almofada e chorava de vergonha sobre ela. Hermione deslizou até o chão sentando e depois segurando os joelhos em um desequilíbrio, ficou no chão. Sua aparência era horrível, mas ela voltou a falar, se é que aqueles grunhidos significavam alguma palavra, mas em meio a sons e distúrbios, Harry em um momento a observou justamente enquanto sussurrando ela disse:
- Eu amo Victor Krum. - rindo depois, uma risada melancólica, triste que apenas serviu para engolir o choro. Com os cabelos bagunçados, totalmente sem capacidade mental, Hermione pôs-se a parar de rir, enquanto se entregava ao cansaço que aquilo lhe proporcionou, dormindo como uma criança após uma cansativa brincadeira. Harry a tomou em seus braços, pôs nela uma camisola e a cobriu bem com o seu edredom que foi o seu único companheiro a dias. Foi ao banheiro, lavou bem o rosto para sair as marcas do choro, pegou seu uniforme no armário e pensou em ir a biblioteca, pensar, talvez chorar um pouco, ele estava traumatizado com tudo aquilo e "Por que não, investigar?". Mas achou que fosse melhor fazer isso amanhã. "São perguntas demais a serem respondidas e uma delas é o efeito dessa poção" olhou para a garrafa que Madame Pomfrey havia deixado para ele beber, a outra questão era exatamente essa "Madame Pomfrey. Essa é outra que anda estranha", Harry então decidiu dormir, pôs a roupa sobre a escrivaninha e se dirigiu a Hermione, esta dormia em sono profundo, lhe deu um beijo na testa ao que ela respondeu de imediato com um sorriso, sem sequer abrir os olhos, mas algo que pareceu ser a Harry uma cutucada, fez ela mudar de reação, trancar a cara e enfiou a cabeça debaixo do travesseiro. Doía de mais em Harry, ver isso. Mas talvez isso precisasse de algum tempo a mais para pensar e pesquisar. Ele deitou lado oposto da cama e adormeceu.

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