Nasce uma nova Granger - Pt. 1



- E o que você pretende fazer agora, Mione?
- Viver minha nova vida. E seguir adiante, meu bem. – disse ela dando leves tapas na perna de Krum e se encostando ao peito nu do jovem.
Na torre de Astronomia, Harry sentado observava vindo nuvens negras de chuva, uma chuva que com certeza não demoraria muito a cair.
- Bom, eu ter que ir agora. Será uma longa caminhada até o hotel em Hogsmeade.
- Bobagem! Hotel, humpf! Oras... Durma em minha casa, há vários quartos de hóspedes lá. E será uma honra tê-la como minha convidada. – disse Harry fazendo uma pequena reverência.
- Ok. Principalmente, because temos muito que conversar, sobre o que está acontecendo neste castelo.
- Então é melhor irmos agora, antes que esta chuva chegue. – começaram a caminhar em direção a escada, mas Harry lembrou de algo. – Winky?!
- Winky?- indagou a ruiva.
- É uma elfa doméstica. – explicou.
- Winky está aqui, meu senhor! Em que Winky pode ser útil?
- Diga a Rony... – começou Harry, mas notou que a elfa esboçava um ar duvidoso quanto a quem seria Rony – Professor Rony... – ela chacoalhou a cabeça em tom de entendimento – Que o convido para jantar e que se ele quiser trazer Luna, ficarei encantado em recebê-los.
- Sim senhor! – e a elfa desapareceu.
- Agora sim, vamos! – disse ele a Lilian, e continuaram a caminhar. Ao chegarem ao portão de Hogwarts, Harry a segurou delicadamente no braço e aparataram na rua da mansão de Harry, isso depois de terem passado pelo jardim onde Harry acenou para vários de seus alunos, inclusive da Srta. Hargitay, sua aluna favorita, que estava embaixo de um carvalho conversando com Hagrid, que também lhe acenou.
- Que lugar bonito, qual ser a sua casa?
- A última, lá no fundo. Só que não podemos aparatar diretamente lá, pois usei o mesmo encantamento de proteção, pelo qual Hogwarts é protegida.
- Interesting.
- Pedro, William – disse ele se dirigindo aos leões-porteiro – Esta é minha amiga, Lilian Evans, ela é que me ajudará a investigar o que está acontecendo. A entrada dela está permitida.
- Perfeitamente, patrão. – disse William.
- Por obséquio – indagou Pedro – E a senhorita Granger? Não a vejo há muito.
- E não a verá tão cedo – disse Harry um pouco seco. Lilian percebeu que aquela cena ainda não havia parado de perturbar o rapaz. – O portão, sim?
- Claro, senhor. – e o portão se abriu.
- A propósito, Rony e Luna virão jantar.
- Sim, senhor.
- Vamos Lilian?
- Oh sim, vamos. Foi um prazer conhecê-los rapazes. – disse ela acenando aos leões enquanto prosseguia.- Bonito jardim, o seu.
- Obrigado. – andaram apenas mais um pouco alcançando por fim, os poucos degraus da varanda da mansão.
Alguns minutos mais tarde em Hogwarts o jantar já estava sendo servido, era mais que óbvio o que havia acontecido entre Harry e Hermione, ela lançava ao jovem búlgaro do outro lado da mesa dos professores, um olhar sedutor, que foi logo interpretado por uma ruiva, que há muito não vinha jantar, na mesa da Grifinória, que confirmando suas suspeitas comentou para Parvati Patil, que devido a Guerra não pode terminar os estudos, que comentou com Lilá Brown, que comentou com uma sextanista da Lufa-Lufa, que comentou com uma septuanista da Corvinal. E como era um segredo, todos da escola já sabiam, quando chegou em McGonagall, ela derrubou a jarra de suco de abóbora no chão.
Enquanto isso na mansão, Harry preparava um jantar magnífico, enquanto Lilian acariciava Edwirges, já que o rapaz a proibiu de ajudá-lo na cozinha. Breves batidas na porta anunciavam a chegada de Rony e Luna. Lilian se levantou e foi atender a porta, onde um ruivo e uma loira aguardavam parados na varanda, observando a fina chuva que caía sobre o gramado bem cuidado da casa de Harry.
- Boa noite – disse Lilian com delicadeza, atendendo os convidados.
- Oh, já era hora – disse Rony tirando o casaco de Luna e depois o seu, entregando-os a Lilian – Onde está o seu patrão?
- Patrão? – repetiu Lilian desgostosa.
- Rony! – exclamou Luna dando-lhe um tapa ardido no ombro – Que insensatez a sua! Você deve ser a Srta. Evans, não é? McGonagall falou sobre ela na reunião de monitores hoje pela tarde.
- Right. Estou substituindo Madame Pomfrey e cuidando das investigações no castelo.
- Ronald, você não está esquecendo de nada? – perguntou Luna cruzando os braços e olhando para o ruivo.
- Me desculpe, foi insensatez de minha parte, não ter lhe dado tempo de se apresentar.
- All Right. Não se preocupar, mas entrem está muito frio aí fora. – ao entrarem, Lilian fechou a porta. E na passagem da sala de estar para e de jantar estava Harry de avental.
- Ah, que bom que chegaram. Sentem-se e fiquem a vontade, a casa é de vocês. Devem estar com frio, não é? – disse Harry ao perceber que sentavam encolhidos – Incendio! – disse ele apontando a varinha para a lareira, onde o fogo mágico ardia dando-lhes um calor que parecia estar por ali há horas. – Me dêem apenas mais vinte minutinhos e os servirei.
- Certeza que não quer ajuda? – perguntou Lilian.
- Obrigado Lily. Mas já estou terminando. – disse ele gentilmente.
- Poderíamos, ao menos, pôr a mesa... – tentou Luna.
- Tudo bem, então. Nossa! O peru! – e ele correu de volta a cozinha, pois percebeu que já estava um bom tempo ausente da mesma.
- Você me ajuda, Evans?
- Que isso, Srta. Lovegood. Poder me chamar de Lilian! - disse a americana simpática.
- Ok. Pode me chamar de Luna, vamos pôr logo a mesa, pois me parece que Harry está quase terminando.
- Rony?! – ouviu-se da sala a voz de Harry e os três olharam na direção da cozinha.
- O que? – gritou ele em resposta.
- Poderia pegar um vinho na adega?
- E onde fica? – perguntou o ruivo.
- É no porão. – fazendo Rony ficar um pouco afoito – Pode ficar tranqüilo, a casa é detetizada, não há aranhas. – o ruivo pareceu mais aliviado.
- Um Taylor 1970? – ensaiou Rony.
- Ótima safra. Não poderia ter feito escolha melhor.
Enquanto isso, as duas jovens terminando de pôr a mesa, conversavam de forma animadora na sala de estar.
- Pronto – disse Harry agora sem o avental os chamando – O jantar está servido.
Na escola, os alunos voltavam para suas salas comunais e Hermione andava calmamente de volta, para o seu quarto até que sentiu que uma mão em seu ombro lhe fazia parar no corredor.
- Minerva?
- Hermione, o que está havendo? Eu ouvi boatos. – já soltando o ombro da garota.
- Ora sobre o que você fala?
- Quer mesmo que eu lhe responda? – indagou McGonagall.
- Você está falando do Victor?
- Olhe, Minerva, eu não...
- Eu não a parei no meio do corredor para falar sobre o que faz ou deixa de fazer em sua vida pessoal, só peço que seja mais discreta com seus relacionamentos. – E saiu deixando Hermione pensando sobre o que ela havia lhe dito.
- O jantar estava delicioso. – disse Luna após limpar os lábios, delicadamente com o guardanapo.
- Obrigado. Agora o que mais tem me chamado à atenção nestes últimos dias, são os sumiços constantes de Gina.
- Tem razão, ela sempre dá um jeito de sumir de mim. – começou Luna.
- Madame Rosmerta, me disse uma vez, tê-la visto nas primeiras horas da manhã em Hogsmeade perto da “Dedos de Mel”. – continuou Rony.
- Ela está usando a passagem da bruxa corcunda de um olho só. – concluiu Harry, sai no porão da loja. Lilian estava atenta aos fatos, com um semblante que anotava cada sílaba da conversa para um uso posterior.
- É outra vez a vi pegando aquele corredor, a segui sorrateiramente, e antes de ela entrar consegui observar um frasquinho com um líquido azul claro.
- Tipo cerúleo? – indagou Lilian.
- Não, bem mais claro.
- Essa eu conheço – começou Harry – Poção sedativa, mas para que ela usaria isso?
Gritos abafados por uma mordaça, lágrimas escorriam pelo rosto da enfermeira.
- Ora, pare de se mexer Papoula, você sabe que isso é inevitável.
- Você é perverrsa – disse uma voz ao fundo sala.
- Me assustou, Krum.
- Pensei que você fosse mais atenta aos detalhes.
- Perceberia a sua chegada, se ela não se mexesse tanto e provocasse tanto barulho, provocando a minha desatenção. – ele sorriu. Ela tinha uma resposta para tudo. – Agora, não fique aí parado, imobilize-a, senão não conseguirei aplicar.
- Aff – exclamou – Isso é realmente necessário?
- Você sabe que sim. – ele murmurou o feitiço e aos poucos a curandeira se deixava ser atingida pelo feitiço. – E a Chang?
- Está norrmal, ela não tem ajudado muito, mas também não tem atrrapalhado.
- Menos mal – disse a ruiva terminando de injetar o líquido com auxílio de uma seringa. – Só espero que ela não vá abrir a boca.
- Ninguém te viu sairr da escola?
- Espero que não. Afinal era para eu estar dormindo. E a essas horas, creio que já estou.
- Usando hologrrama de novo?
- Ahã. – Ouviu-se um baque, vindos da enfermeira, agora estática no chão. – Bons sonhos, Poppy. Apelido ridículo, não acha?
- Um pouco... – começou o búlgaro, parando a sentença ao se lembrar de algo. – Esperra não é assim que a desastrrada da Tonks a chama?
- É. E essa é outra que fica me importunando não pára de me vigiar. Essa aurorzinha de merda não viu nada ainda. Mas se ela continuar me enchendo serei obrigada a lhe dar um corretivo.
- Como você é maligna – disse o jovem sorrindo.
- Obrigada – com um sorriso ferino. – Vamos logo. Antes que nos dêem como sumidos.
Após algumas horas de conversa na casa de Harry, Rony e Luna seguem seu caminho de volta ao castelo a pé, aproveitando o lindo luar que se formou após a chuva.
- A lua está linda, não é, Roniquinho?
- Não tanto quanto você – aproximando seus rostos.
- Ah, Rony... – iam se beijar quando ele vê duas sombras se movendo ao longe.
- Veja aquilo!
- Vamos pegá-los – disse Luna convicta puxando a varinha.
- Não! - retrucou Rony baixando a varinha da garota. – Será mais fácil vir por aqui.
Após alguns minutos, os dois estavam no corredor principal do castelo.
- Agora, quer parar e me explicar de que maneira vamos pegá-los?!
- Shh... Espere um pouco e faça tudo o que eu fizer. – a puxando devagar para trás de um grande armário que lá havia.
- Ora, esperar o que... – começou a loira, antes que Rony repousasse o dedo indicador sobre seus lábios.
- Levante a varinha... – murmurou.
- O que?
- Agora! – dizendo isso se pôs no meio do corredor bloqueando a passagem, Luna fez o mesmo. – O que faz em pé há essa hora, Srta. Weasley?
- Você diz dessa maneira, como se não fossemos parentes.
- Limite-se apenas a responder minha pergunta, Srta. Weasley. O que faz fora da cama?
- Eu... eh...
- Ela estava me ajudando, Weasley. – disse Krum vindo logo atrás. – E a srta. Lovegood?
- Luna tem autorização.
- Orra. Gina estava comigo e...
- Não tinha a minha autorização. – disse McGonagall atrás de Krum, fazendo o jovem se virar – 100 pontos serão tirados da Grifinória, srta. Weasley. Agora as senhoritas sigam para seus dormitórios. E aos senhores, boa noite. – eles saíam do local em direção aos seus dormitórios particulares – E o senhor, professor Krum. Que isso não se repita.
Não passou muito tempo desde aquele dia que para Harry fora fatídico, quinze dias fora o suficiente para Hermione perceber que algo nela estava errado. Ela caminhava rapidamente pelos corredores, aproveitando o final de semana em Hogsmeade, já que os mesmos estavam vazios. Chegou finalmente, ao corredor da ala hospitalar, corredor esse que terminava com uma grande porta de carvalho, a qual ela abriu de uma vez, utilizando um aceno de varinha. Ao abrir a porta encontrou Lilian cuidando de Gabriella Hargitay que estava com um corte feio no joelho.
- Desculpe, querida. Mas você deve repousar algumas horas aqui, para que a poção faça efeito... - e ao ouvir o barulho do encontro da porta com a parede, olha na direção da mesma – Professora Granger? Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu, Evans. Srta. Hargitay poderia nos dar licença? – a menina fez menção de levantar-se da maca, mas Lilian a segurou.
- Infelizmente, ela terá de ficar algumas horinhas aqui. Por que? O assunto é algo muito grave? – indagou a ruiva com um sotaque bem diferente ao de quinze dias atrás.
- Não é que... Eh... Ela está atrasada – murmurou Hermione as três últimas palavras.
- Sinto muito, professora, mas ela não poderá sair daqui. – interrompendo-a.
- Não é da Srta. Hargitay que estou falando.
- Estranho, mas o jantar é daqui a três horas. – interrompeu de novo.
- Não é você! Sou eu, Evans, eu! – disse Hermione já irritada.
- Ora se está atrasada, porque continua aqui, então? – a ruiva não entendia. ‘Ela não pode ser mais direta?’
- Eu mereço... – disse Hermione pondo a mão na testa. – Evans, é a minha menstruação, ela é que está atrasada! Caramba... Será que terei que gritar pro castelo, ou bastará dizer a Parvati Patil?!
- Acalme-se, Srta. Granger. – enfureceu-se Lilian ao comentário da professora – Das duas... Uma. Ou você não está contando o ciclo direito, ou está grávida!
- Grávida?! – caiu Hermione sentada, por sorte em uma poltrona que lá havia.
- Sim. Pelo que o Harry me contou sobre você, com certeza a contagem está certa. E parece que ele não sabe falar de outra coisa. É Hermione pra cá, Hermione pra lá. Aff... cansa sabia. Um homem bonito, charmoso, inteligente... – enquanto a ruiva falava, Hermione fechava uma das mãos para prender a raiva que sentia, ‘Ora, mas o que é isso Hermione, sentindo ciúmes do Potter?’, ‘Lógico que não!’, ‘Então o porque da raiva?’, ‘Ah, fique quieta!’ encerrando a briga com a sua mente - ...até perdi as esperanças de tentar algo.
- Ah, é? – disse ela um pouco mais relaxada. O motivo do repentino estresse a fazia pensar. – Bem, mas voltando ao assunto. Tem como eu fazer um ultra-som ou algo do tipo? – disse Hermione.
- Tem sim. Tire a camiseta e a blusinha. Isso... Agora... Navidad Revelium – disse Lilian apontando a varinha para a barriga de Hermione – É uma menina saudável, Srta. Granger. E parece que você, mesmo sendo quem você é, pulou alguns dias querida, porque essa criança tem 20 dias.
- Então é dele... – murmurou.
- Disse alguma coisa, Srta. Granger?
- Não, nada.
- Tem idéia de quem seja o pai?
- É lógico que tenho.
- Que bom, então daqui a dez dias deverá voltar aqui, para começarmos o pré-natal.
- Ok. Com licença, Srta. Evans. Srta Hargitay... – e para a aluna preferida de seu ex, ela lançou um olhar diferenciado, já que a menina demonstrava admiração pelo que ouviu. Ía saindo da ala hospitalar, e já havia atravessado a grande porta, mas... – Lembre-se Evans, isso é um segredo profissional, você não pode sair por aí e...
- Eu conheço o código de ética, srta. Granger. Passar bem. – e fechou a grande porta de carvalho num aceno de varinha ocasionando um grande barulho, que servia como expressão do estresse que estava sentindo.

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N/A: Taí, atualizei a fic inteirinha. Espero que vocês gostem, o Capítulo "Nasce uma nova Granger" foi dividido em 3 partes para não ficar muito extenso, dia 25 não percam a estréia do Capítulo 12 "Nasce uma nova Granger - Parte II", onde mais coisas estranhas aconteceram e onde Chang voltará a ativa. Os outros personagens como Lupin e Tonks receberam mais destaque a partir do Cap.12, e para aqueles que gostam do Neville, Hagrid e os outros que não apareceram muito saibam que eles tem coisas a fazer nos próximos capítulos e provavelmente terão mais destaque a partir do Cap.13... Obrigado pela "audiência". rsrsrs.

Boa Leitura.

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