A Humilde casa do Sr. Potter



"Avada Kedavra!" e a luz verde veio na direção de Harry, não havia nada que pudesse impedir, mas nesses segundos antes do impacto, a fênix cantava, e uma mulher, ruiva com um par de olhos castanhos, pele muito branca e duas grandes asas, que lembrava arcanjos, pousou na frente de Harry e quando o feitiço ía atingir ela, ela disse em alto e bom som: "Vênus, deusa da beleza e do amor, te saúdo e te idolatro. Peço a vós, sua inteira proteção, a mim e a meu amado. Eros Encantum" e abriu suas grandes asas, em afronta à maldição. O feitiço ricocheteou em seu peito e se voltou contra Voldemort, eliminando-o. A "anja" recolheu suas asas e caiu próxima a Harry, e seus cabelos fortemente ruivos foram decaindo até assumirem um tom castanho, as vestes da mulher, que agora assumia a forma de garota, haviam dois grandes cortes, onde antes reinavam duas asas. Estranho? Foi justamente o que Harry pensou, mas logo o sonho assumia outra realidade, Harry via claramente Cho Chang conversar com Gina e Victor Krum, animadoramente, eles estavam nos terrenos da escola, e parecia ser começo de manhã, logo a cena muda e ele se vê andando apressadamente com Cho que lhe dizia que Gina havia se acidentado e ela não sabia o que fazer, mas quando Harry chega no local vê Hermione beijando Victor Krum, mas não estava sendo forçada. Harry acorda assustado e rapidamente olha para o lado de sua cama e vê Hermione dormindo tranqüilamente.
- Que sonho maluco... - disse Harry e devagar levantou-se, bebeu um pouco de água - Seus sonhos há pouco tempo assumia formas menos complexas a Harry, agora ele sabia decifrá-los, sempre lhe revelavam algo de um passado não muito distante ou de um futuro muito próximo. E aquela cena o havia preocupado.
A manhã foi extremamente tranqüila, Harry havia lecionado dois tempos com o terceiro ano, um com o primeiro e mais dois com o sétimo. Hermione, porém, havia tido apenas dois tempos com os quartanistas da Grifinória e Corvinal. Harry e Hermione viram-se apenas no almoço, conversaram um pouco, namoraram um pouco também, e logo se separaram para as aulas da tarde. Após esse 1º dia de aulas, Harry estava exausto, afinal, decidiu que as turmas deviam se concentrar na prática e deixar as teorias para os trabalhos escolares.
No dia seguinte, algo estranho aconteceu. Harry descia bem cedo para o café e observou nos jardins três pessoas conversando, Victor, Gina e Cho Chang, e como riam, diabolicamente para ser mais exato, pareciam tramar algo. Enquanto isso, Hermione lia um bilhete da Profª Minerva que dizia que como ela não iria dar aulas hoje, pediu para que fosse tomar o trem das oito para Londres e fazer algumas compras no Beco Diagonal. Hermione embarcara no trem há poucos minutos. Harry estava em sua sala, tendo dois tempos com os sextanistas da Grifinória e Sonserina.
- E alguém sabe me dizer, qual a palavra cabalística para o feitiço de estancamento de sangue? - perguntou Harry.
Gabrielli Hargitay levantou a mão entusiasmada, "parece a Hermione", pensou Harry rindo.
- Diga-nos, Srta. Hargitay.
- A palavra cabalística é Blud Halten.
- 10 pontos para a Grifinória. Muito obrigado, srta. Hargitay. Bom, vendo este lado lastimável, de como as coisas estão indo, creio que este vai ser um ano meio difícil, então creio que será necessário pedir a vocês um trabalho. Não vou limitar do uso de centímetros de seus pergaminhos, por isso utilizem quantos precisar para me explicarem os Feitiços de Proteção, que será o próximo tema que abordaremos. Deverão me entregar na quinta-feira. É só isso, estão dispensados, Srta. Hargitay fique um minutinho.
Todos saíram, ficando apenas Gabrielli e Harry.
- Parabéns, Srta. Hargitay. Continue assim, que você irá fluir tanto na sua vida escolar como na sua futura carreira, aliás, o que você deseja ser?
- Medibruxa, sempre gostei muito de primeiros socorros e coisas assim.
- No que depender de mim você será. Orchideous. Isto é uma pequena recompensa, por você ser tão esforçada.
- Obrigada, professor. - agradeceu ela, pegando a rosa que Harry projetou da varinha e saiu da sala, alegre.
- Eh, isso mesmo Harry - disse Harry a si mesmo - Vou anotar aqui no meu diário de classe, gratificar o aluno que se destacar em sala.
Harry, saía de sua sala calmamente, estava indo tomar um pouco de ar nos jardins do castelo, mas viu uma figura conhecida que corria em sua direção.
- Harry! Harry! Venha rápido!
- O que você quer, Chang?
- Aluna machucada, terceiro piso, corredor norte! Rápido!
- Por que você não chama Madame Pomfrey?
- Papoula foi ao Beco, só volta mais tarde. Venha rápido.
Harry tentou evitar o máximo que pode, mas ele sabia que não seria certo desafiar o destino. E seguiu Cho, até o terceiro andar. Lá havia uma garota baixinha, óculos bem redondos, cabelo loiro e olhos azuis, estava caída e não parava de massagear a perna.
- É a srta. Farway, Prof. Potter. Eu não sabia como proceder, então o chamei.
- Conte-me o que houve, meu bem - dizia Harry calmamente, demonstrando simpatia e compaixão pela garota.
- Bom, eu estava andando calmamente pelo corredor e bem eu vi uma coisa que era melhor eu não podia ter visto, ou melhor ainda não deveria ter tentado alertá-lo, professor. Eu gosto muito da Prof. Granger, mas acho que ela está fazendo muito mal, traindo o senhor, com o Prof. Krum.
- Ela, o que? - disse Harry, com uma expressão de surpresa mista com indignação.
- Bom, como eu disse, professor. Eu os vi e o Prof. Krum me jogou um feitiço do corpo preso só que ele não estava muito concentrado e me fez tropeçar e torcer o tornozelo, o máximo que eles fizeram foi trancar a porta, e até agora eles estão lá.
- Prof. Chang... Dê a ela uma colher de sulfato de cálcio e trate o tornozelo dela, lavando-o com chá de losna, vai funcionar.*Srta. Farway, irei providenciar seus livros para que estude na enfermaria, pois não deverá sair de lá até amanhã. Agora, com licença, tenho assuntos muito sérios para resolver.

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Enquanto isso, no trem que já saía de Hogsmeade.

- Obrigado, Papoula por me acompanhar acho que dividindo a lista de compras terminaremos rapidinho, aproveito e compro alguma coisa para o Harry. - disse Hermione à Pomfrey.

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Nota:
* O ministério da magia adverte: uso recomendável somente para bruxos.
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Harry caminhou rapidamente até a porta trancada, ou pelo menos estava antes de...
- Bombarda! - gritou Harry. A porta se espatifou, e ao fundo da sala, Victor Krum beijava alguém ferozmente. Quando Krum e a pessoa se viraram para ver a porta, uma lágrima escorreu do rosto de Harry, Harry a enxugou e deu meia volta, calmamente se dirigiu ao seu quarto, sentou-se na cama e concentrou-se muito para tentar encontrar algum vestígio no sonho de que aquilo não poderia ser verdade, mas nada achou. Exausto, triste, arrumou o seu malão e pediu a Minerva que trocasse as aulas dele, apenas para o período da tarde, pois decidiu ir morar em uma pequena, mas confortável casa em Hogsmeade. A diretora de início não entedeu, "o que será que houve?" pensava ela, "eles estavam tão felizes ontem". Harry já estava em Hogsmeade, mal desfez as malas e desatou a chorar traumatizado com a cena do sonho que se repetiu na vida real, era horrível, ele sabia que a possibilidade de ser Hermione de verdade era quase remota, mas ele não a descartava. Porém, algo ele estranhou, quando ele saiu da sala Hermione, não tentou se defender, muito menos correu atrás dele. Parecia que ela estava com uma expressão de satisfeita, uma expressão que ele só via em uma garota...

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Hermione voltava com Papoula para Hogwarts, e a primeira coisa que fez foi deixar as compras de McGonagall na Diretoria, subiu as escadas em forma de caracol, atrás da gárgula da Águia. McGonagall observava sua lareira muito pensativa.
- Minerva, o que houve? - perguntou Hermione deixando uma das sacolas em cima da mesa da diretora e chegando mais perto da lareira.
- Potter... Está muito aborrecido, com alguma coisa. Se mudou para Hogsmeade, pediu para que eu remontasse seu horário de aulas para o período da tarde. Hermione, aconteceu alguma coisa com vocês? Estou realmente preocupada.
- Harry em Hogsmeade? Porque? Nós não discutimos desde o sétimo ano. Eu não entendo.
- Muito menos eu. Seria bom que você fosse falar com ele.
- Eu vou.
Hermione saiu do castelo e ía em direção a casa de Harry, Minerva disse que ele morava numa humilde casa, na Rua Wendy Stalisbore, 125. Hermione segui até o Três Vassouras e perguntou sobre a localização à Rosmerta, a dona do pub.
- Claro que sei onde fica. Saindo daqui vire a primeira à esquerda e suba a ladeira, essa rua fica num condomínio bruxo que é cercado por uma cerca de madeira branca, você vai encontrar um caminho que é ladeado por flores, vire na segunda entrada à direita e estará na rua, não tem erro, cada rua tem um caminho ladeado por flores, essa é a única que é ladeada por rosas vermelhas e copos de leite.
- Obrigada, Rosmerta!
E saiu do bar, fez todo o caminho que Rosmerta havia lhe ensinado e encontrou a rua com copos de leite e rosas. As primeiras casas eram rústicas, feitas de madeira e telhas de barro. Depois do número 78, as casas começaram a ficar maiores e pareciam lindos chalés de planície, e ao final da rua uma mansão enorme cercada por uma muro de tijolo a vista com enorme portão de prata e nas colunas ao lado do portão haviam duas gárgulas de leão com olhos de rubi. Hermione abriu cuidadosamenteo portão, mas antes que entrasse o portão se fechou e uma das gárgulas dera um grande rugido.
- Indetifique-se estranha! - disse o Leão da direita com voz estridente.
- Hermione Granger, professora de Hogwarts. Desejo falar com o sr. Potter.
- Mil perdões, srta. Granger. Pensamos que não viria mais, não é mesmo Pedro? - disse um leão para o outro.
- É mesmo, William. O sr. Potter, comprou essa casa há alguns dias, para a srta. morar com ele. Ele disse a nós que hoje seria o grande dia. Mas quando voltou a tarde, estava tão triste, chegou sozinho com as malas e pior de tudo...
- Chorando - concluiu William - Nós até perguntamos o que houve, mas ele apenas disse que nós trancássemos o portão e nos deu ordens expressas para que não abrissemos para ninguém! Mas creio que se abrissemos para a srta., não haveria problemas, afinal será o melhor para o patrão.
E com um sopro leve dos dois leões, o portão se abriu. Hermione agradeceu aos dois que sorriram e voltaram a ficar imóveis, devagar o portão novamente se fechava. Hermione andava vagarosamente, o jardim da mansão era lindo, havia um grande salgueiro chorão, um pequeno lago com uma linda fonte ao centro, onde um casal de lindos cisnes brancos brincavam alegremente com seus filhotes, seguindo mais um pouco viu três anões que cuidavam das flores da residência, eles a observaram, sorriram graciosamente e acenaram. Depois de atravessar o jardim, subiu quatro degraus até o patamar da varanda onde ficava a porta principal e tocou a campainha, a porta se abriu:
- Srta. Granger, que prazer em vê-la.
Hermione estava confusa, de onde viria a voz, decidiu olhar para baixo e viu Dobby, o elfo doméstico, com uma linda vestimenta e com um sorriso digno de satisfação, que não via no elfo desde o seu quarto ano.
- Olá Dobby. Não sabia que estava aqui.
- O sr. Potter, foi outro dia na cozinha e perguntou a Dobby quanto Dobby ganhava para trabalhar na cozinha de Hogwarts, Dobby disse que ganhava doze sicles por mês. Então, o senhor Potter perguntou a Dobby se Dobby queria trabalhar na nova casa dele e disse ainda que daria a Dobby dois galeões por mês, Dobby ficou muito feliz em servir o seu senhor e que seria uma grande honra. Dobby ganhou roupas novas e bonitos sapatos, e Dobby tem estado aqui desde então.
- Que bom Dobby! Parabéns.
- Dobby agradece a sua senhora. Mas Dobby suplica a sua senhora que vá falar com o seu senhor, porque Dobby fica muito triste quando o seu senhor está triste.
- E onde Harry está, Dobby?
- Na sacada do terceiro andar, minha senhora. Desde que chegou hoje pela manhã, não comeu nada, não bebeu nada, nem fez nada, fica sentado na cadeira de balanço, agarrado em uma retrato da senhorita em lágrimas olhando para Hogwarts. Dobby está desesperado, pelo seu senhor, minha senhora. Dobby levará a sua senhora. - dizendo isso pegou a mão de Hermione e a guiou até lá.
Harry agora balançava em sua cadeira, desde que chegou na casa, não saía da sacada, agarrado em uma foto de Hermione que sorria pra ele, Harry chorava. "Porque? Estava tudo indo tão bem. Mas, há algo de errado. Quando a Mione olhou para mim, ela não fez nada, não correu até mim, não tentou se explicar, e aquele sorriso... Eu nunca vi aquele sorriso na Hermione, os olhos também não tinha o mesmo brilho..." Harry pensava até ser interrompido.
- Meu senhor, com sua licença. - disse Dobby fazendo uma reverência a Harry, até as suas enormes orelhas pontudas encostarem no chão.
- Pode entrar, Dobby. - disse Harry, ainda de costas para a porta da sacada.
- Desculpe interrompê-lo, meu senhor. Mas alguém quer falar com o senhor. - e Hermione deu mais um passo a frente - Irei voltar aos meus afazeres. - disse Dobby antes de fechar a porta.
Harry levantou-se calmamente e virou para a porta.
- Harry... O que houve? - disse Hermione caminhando lentamente até Harry.
- Hermione! O que faz aqui?
- Eu é que te pergunto, o que você faz aqui? Pensei que estivesse em Hogwarts.
- E estava até ver você e aquelezinho, no maior agarramento.
- Quem?
- E precisa dizer, Hermione? Com o Krum! - disse Harry sinicamente, aumentando a voz.
- Harry, sinceramente... Meu bem, eu já não disse que nunca irei querer nada com o Krum.
- Por favor, Mione, não me chame de meu bem, ainda está tudo muito confuso. Eu quero que você me diga, aonde esteve esse tempo todo?
- Fazendo compras com a Papoula, no Beco Diagonal em Londres!
- Mas, eu vi você em Hogwarts!
- Eu estava em Londres desde as 9 da manhã, Harry!!
- Eu juro, que não entendo, as exatas 2 e meia da tarde, eu vi com os meus olhos, você beijando o Krum no segundo andar!
- Eu nunca faria isso, Harry!
- A Papoula, pode confirmar?
- Harry, você não confia em mim? - disse Hermione aborrecida.
- Eu vejo a verdade nos seus olhos Mione. Eu não confio em mim.
- Como eu me vestia?
- Com as vestes de professor.
- Já entendi tudo.
- Como?
- Tem Polissuco nessa estória.
- Você acha?
- Tenho quase certeza. Eu pedi a Minerva para usar vestes mais leves, da Madame Malkin que são de seda. As de Hogwarts me dão coceira.
- Eu vou fazer o máximo possível para descobrir quem é.
- Não será muito difícil. - disse Hermione olhando o chão com um olhar pensativo.
- E o que você pretende?
- Procurar uma amiga.
- Quem?
- Cho Chang!
- Por que?
- Harry, quem mexe o dia inteiro com poções?
- Já entendi. Mas a Cho não foi, ela estava cuidando de uma aluna que torceu o tornozelo, e outra eu que tive de dizer o que fazer, e como proceder com o curativo, aquela lá, sabe tanto de poções quanto o Rony.
- Bom, então só tenho mais uma resposta.
- Qual? - perguntou Harry entusiasmado, mas pensou, "tenho de confirmar uma outra coisa antes" - Antes que você me responda Mi, qual é o seu prato favorito?
- Macarronada, por que?
"Essa é muito fácil. Qualquer um que conheça a Mione, sabe." - E prato estrangeiro?
- De tudo um pouco, mas principalmente, arroz com feij... - antes que ela terminasse Harry lhe deu um longo beijo, um beijo que ele ansiava a horas. - Você não faz idéia de como eu sofri com toda essa confusão.
- Então era isso, por isso, você me perguntou do prato. Ah, meu bem, meu amor, sabia que você nunca desconfiaria de mim! - e pulou nos braços de Harry para mais um beijo. Lá embaixo, vendo aquela cena, os cisnes grasnavam, os anões "jardineiros" dançavam e os leões "porteiros" rugiam, contentes, a casa reagia conforme o sentimento do dono. Rapidamente o pôr-do-sol chegava, as aves nas árvores próximas a casa, voavam para o sul e algumas para o norte, voando de volta para os seus ninhos. - Aquela Gina, vai se ferrar!
- Não é para tanto, meu amor. Tudo já se resolveu.
- Não Harry, não se resolveu. Não é a primeira vez que Gina faz isso, e temos que dar um basta nisso, para que ela não caia nas mãos dos aurores e da Corregedoria de Uso de Magia por menores, ela já está passando dos limites...

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