Chamada Noturna



Capitulo 6 – Chamada Noturna

Finalmente chegou a noite de sexta, Hermione junto com Gina e Draco, estavam sentados no sofá da sala conversando esperando um filme começar. Gina havia começado a se acostumar com Draco, até ria de algumas coisas que ele falava, quem não conseguia gostar da idéia era Harry e Ron, estavam pegando fogo de raiva por aquele garoto estar lá.
O relógio anunciou 11 horas, Hermione que estava na poltrona se ajeitou no sofá ao lado de Draco, já Gina se levantou e disse:
-Bom filme. Amanhã tenho que trabalhar bem cedo. Boa noite. – e saiu indo em direção a seu quarto.
-Boa noite. – disseram juntos. O filme começou e Mione, que estava sentada ao lado de Malfoy usando uma blusa rosa de frio e uma calça de moletom, chinelos e meia se cobriu com um cobertor e jogou um pedaço para o loiro. Ele usava blusa e calça de moletom cinzas e se cobriu com a parte que ela cedera.
Depois de 20 minutos de filme Hermione se esparramou no seu canto do sofá e bufou, fazendo o garoto lhe olhar curioso.
-O que foi?
-Nada. – respondeu ela meio contrariada olhando para a T.V.
-Conta. Você tá assim desde hoje depois do serviço. – e desligou a T.V., fazendo a sala ficar quase submersa em escuridão, somente iluminada por uma luz acessa no corredor do lado deles. Mione se sentiu confortável naquela escuridão, bufou mais uma vez e pegou um maço na mesa do lado do sofá e acendeu um. Tragou com firmeza e finalmente disse:
-Não soube mais dele. – e olhou para Draco que estava mais perto dela para escutar o que ela dizia tão baixo.
-Snape?
-É. – e se ajeitou para que o loiro pudesse chegar mais perto – Nada desde aquele incidente na cozinha.
-Não deve ser nada. – e riu, pegou o cigarro da mão dela e tragou uma vez. Mesmo na escuridão que a sala estava ele viu o rosto surpreso dela com a cena – Oras, na época de Hogwarts eu fumava escondido.
-Não sabia.
-Ninguém sabia. – e devolveu o cigarro para ela – Não sei porque faz isso com você mesma.
-O que? – e se aproximou dele, que também se aproximava mais dela.
-Espera por ele. Você é bonita, inteligente, alto-suficiente... Porque não procura alguém diferente para te fazer feliz?
-Tipo? – e se deixou levar pela intimidade que ele oferecia, encostou a cabeça no ombro dele – Draco, eu tentei. Juro que tentei, mas não consigo achar a pessoa certa.
-É isso. Você está procurando por ela, mas quando você parar vai ver que ela está na sua frente. – e fez um carinho de leve nos cabelos dela.
-Certos, errados... Cansei de todos eles... Cansei... – e apagou o cigarro pela metade, levantando a cabeça do ombro dele.
-Isso. Espere que o certo aparecerá. – e fez um carinho no rosto dela, dava para ver mesmo na escuridão, que ela gostou do carinho.
-Preciso de uma noite de bônus. – e riu das próprias palavras.
-Do que? – agora acariciando o queixo dela.
-Uma noite de bônus. Sabe, sem compromisso? – e aceitou o carinho dele agora em seu pescoço.
-Entendi. – e se aproximou ainda mais dela – Terá que procurar outra pessoa que precisa dessa noite também então.
-A parte mais difícil. – e se jogou nas costas do sofá, fazendo com que a mão dele saísse de seu corpo.
Ele a olhava, via que ela olhava para o teto. Prestou atenção em todos os movimentos dela, a respiração, os olhos, a boca... Levantou a mão e passou os dedos no rosto dela, que se virou e o olhou. Ela sorriu, gostou do toque daquele menino. “Menino? Ele já é um homem. Meu Merlin, o que estou pensando?”
O carinho do rosto dela desceu para o pescoço outra vez, Draco não vendo resistência da parte dela, se aproximou ainda mais, seu corpo se colou ao dela. Ela olhava para ele com um sorriso, não iria para-lo. Ele desceu a mão para o colo dela, não queria passar dos limites, queria ela, mas não poderia ir com muita sede ao pote.
Ela se virou para encara-lo, ele estava colado em seu corpo, a respiração dos dois estavam próximas, sentiam a respiração forte do outro batendo contra suas faces. Draco colocou as mãos nos ombros de Mione, e desceu devagar. Chegou até as mãos dela, as puxou e as beijou, fazendo ela tremer um pouco. Subiu pelo braço direito dela beijando-o, chegou até seu ombro, pescoço, queixo, bochecha, mas ao chegar perto da boca parou, olhou nos olhos dela, como que pedindo permissão. Quando percebeu que aqueles olhos castanhos, agora escurecidos pelo ambiente não lhe impediram, ele se aproximou e encostou seus lábios devagar contra os dela. Ia aprofundar o beijo quando ouviram um barulho vindo da janela. Hermione se esticou e viu um coruja preta parada na varanda. Se levantou e pegou o bilhete que estava na pata daquela ave. Abriu ali mesmo o bilhete e sorriu.
Draco do sofá viu um sorriso se formar no rosto dela, “ele” havia lhe mandado algum recado:
-É dele? – perguntou indo em direção da varanda onde ela ainda estava.
-É. – e olhou aqueles olhos azuis profundos – Me chama. – depois de um segundo de silêncio ele abaixou os olhos e logo levantou o rosto com um sorriso.
-Vá. Ele te espera, sua amargura acabou. – e riu com ela. Viu ela ir para o quarto, ele saiu da varanda e se sentou no sofá e ligou a T.V. novamente. Ela passou por ele vestida com uma calça jeans, blusa preta de frio, tênis e com as chaves na mão. Ouviu a porta fechar e respirou fundo tentando se acalmar.
Um segundo depois viu a porta se abrir e Hermione entrar, se ajoelhou no sofá ao lado dele e disse em seu ouvido, com uma voz calma e suave:
-Obrigado pelos seus pensamentos sinceros. – e virou o rosto dele, o beijou de leve nos lábios e saiu novamente sem falar mais nada. Draco olhava para a porta já fechada e ainda estava sorrindo, ela havia percebido.


-Oi – disse ela encostada no batente da porta da cozinha, olhando para Snape sentado em uma cadeira na outra extremidade da mesa.
-Precisamos conversar. – e colocou a caneca de chá que estava bebendo na mesa e a olhou.
-Estou bem, Severus. Obrigado por perguntar. Como você está? – e se sentou na cadeira que estava mais próxima de si, a mais longe dele.
-Não seja boba. – e se levantou, indo em direção a ela – Seu casinho de adolescente com o lobisomem acabou?
-Já disse que sim. – e sorriu, ele estava com ciúmes.
-Precisamos resolver umas coisas. – e apoio as mãos em uma cadeira ao lado da dela.
-Sobre? – e já ia ascender um cigarro, mas ele o arrancou da mão dela e o jogou do outro lado da cozinha – Grosso.
-Deve parar de fumar. – e aproximou o rosto do dela.
-Já sei esse discurso, obrigada. – e riu pelo canto da boca.
-Aonde quer chegar com isso? – a olhou fundo nos olhos, procurando algo.
-Até o caixão. – e viu ele se afastar e a olhar surpreso.
-Só você no caixão?
-Do que está falando? – se levantou e o olhou curiosa.
-De... nós... – e tossiu, um pouco envergonhado, nunca havia falado com ninguém assim. Tinha que admitir que ela transformou seu ser interior, estava sentindo algo por ela, mas não ousava dar nome a esse sentimento, por menor e simples que ele fosse.
-Nós? – perguntou surpresa – Existe um nós? – disse cheia de esperança.
-Não sei. Aonde quer chegar com isso?
-Nós ou o cigarro?
-Nós. – disse alto sem paciência.
-Não sei... Aonde você quer chegar? – e se aproximou dele encostando em seu peito com as mãos.
-Não sei... – e a enlaçou pela cintura.
-Nunca sabe de nada, percebeu? – e puxou ele pelo pescoço para que se beijassem. Ele não demonstrou resistência, a beijou devagar.
-Pare... – e a soltou. Olhou para ela e se afastou, andou até o outro lado da mesa com as mãos nos cabelos, que estavam particularmente grandes batendo um pouco abaixo dos ombros – Não consigo me controlar com você por perto.
-Eu sei.
-Prepotente.
-Eu sei. – e tirou os tênis com os pés. Subiu na cadeira que estava na frente e depois na mesa. Engatinhou pela mesa olhando ele nos olhos, que estavam observando a cena com grande surpresa – Vem aqui. – chamou ele com um sorriso diabólico.
Ele se aproximou dela e ela o puxou para um beijo, sentou na mesa e colocou ele entre suas pernas. Ele perdeu o pouco controle que ainda restava em si, as mãos percorreram o corpo dela, beijando seu pescoço ouviu ela dizer em seu ouvido:
-Perco o controle com você. – e sentiu que ele mordia seu pescoço com força.
-Não é a única. – disse entre as mordidas que estava deixando no pescoço dela.
Ela se libertou das mãos dele e tirou a própria blusa, vendo ele a olhar com gana. Desceu da mesa e começou a desabotoar a calça e ficou somente de calcinha na frente dele. Quando ele tentou se aproximar, ela sentou na mesa outra vez e colocou o pé no peito dele, impedindo que ele se aproximasse. Snape se irritou com ela, tirou o pé dela da frente e a tomou em seus braços, a beijando com força, trincando o lábio inferior outra vez. Ele se afastou quando sentiu gosto de sangue.
Ela passou a língua no lábio pegando o sangue que saia do ferimento e o engoliu. Sorriu para ele e disse:
-Vem, me faz sua outra vez... – Hermione se transformava quando estava com ele, ela virava alguém totalmente diferente. Se portava diferente, se sentia diferente, sentia que era uma das melhor e maiores mulheres da vida com ele.
Ele não esperou ela chamar outra vez, se jogou no corpo dela, fazendo ela deitar na mesa com um baque surdo. Tirou sua roupa com rapidez, caindo com a boca nos seios dela, os mordia, os sugava, beijava, fazia carinho... Ela gemia baixo, mesmo sabendo que não tinha mais ninguém na casa, lá estava ela, gemendo baixo deixando ele louco. Ele olhou nos olhos dela por um segundo e disse sem se importar com o que ela iria achar sobre o que ele ia falar:
-Você realmente não passa de uma vagabunda. – e a desceu da mesa. Virou ela de costas, fazendo com que sentisse seu membro duro nas nádegas. Ele a puxou devagar pelos cabelos e disse em seu ouvido quando percebeu que ela ria da situação – O que acha tão engraçado?
-Em uma situação normal teria lhe virado um tapa na cara por falar assim comigo, mas agora... – e riu outra vez.
-Mas agora? – e puxou com um pouco mais de força os cabelos dela.
-Mas agora... – disse ela virando o rosto em um misto de prazer e dor – Adorei.
Ele soltou o cabelo dela e pensou “Ela se liberta comigo. Um passo nesse relacionamento.” A pegou pelo cabelo outra vez e com a outra mão se ajudou a penetrar ela com a maior força que conseguiu. Ela arqueou e gemeu, deixando ele louco de vontade de fazer outra vez.
Ela sentiu as repetidas estocadas firmes e secas que ele dava nela, gemia, chorava e sorria. Era tudo um misto de dor e prazer. Ele a puxou pelos cabelos e disse no ouvido dela:
-Minha?
-Sua. – disse ela na voz mais submissa que conseguiu – Só sua.
-Minha putinha? – perguntou ele com um sorriso diabólico no rosto.
-Sua putinha. – e sentiu que iria gozar. Segurou a mão dele que estava em sua cintura e a apertou. Ele entendeu o recado e aumentou a velocidade, os gemidos dela também aumentaram e viu que ela desabou na mesa. Sem se preocupar com isso, puxou outra vez os cabelos dela e disse em seu ouvido – Mandei parar?
Ela riu, mesmo com as pernas tremendo ela continuou a se mexer e em pouco segundos sentiu que ele a inundava. Ele segurou a cintura dela com as duas mãos e gozou. Deixou o corpo cair por cima do dela e respirou fundo, fazendo o perfume do cabelo dela entrar por seu nariz.
Se separaram e colocaram a roupa, Mione sorriu para ele, mas ele continuava com a mesma cara séria de sempre.
-O que tem?
-Certas imagem me fazem pensar em outras coisas.
-Tipo? – e se aproximou dele.
-Você e o Lobisomem.
-De novo essa conversa? Que saco, hein? – e sentou em uma cadeira, suas pernas ainda estavam bambas.
-Não me entra na cabeça como você pode ser tão fácil e dormir com ele. – mas não houve tempo para pensar no que tinha falado, a única coisa que sabia era que o tapa que ela acabara de lhe dar era forte e dolorido. Olhou para os olhos dela e viu lágrimas escorrerem deles.
-Babaca. – disse ela contendo o choro, saiu da sede da Ordem em passos duros e voltou para casa, mas no caminho desabou em um choro triste. “Como ele pode falar de mim assim?” pensou ela “Você permitiu, Hermione.”
Abriu a porta de casa sem se preocupar que mais duas pessoas dormiam ali. Passou reto pela sala e entrou no quarto chorando ainda, se jogou em sua cama e colocou o travesseiro no rosto e chorou mais ainda.
Quando ela bateu a porta da entrada, acordou Draco que dormia no sofá, esse viu o rosto dela manchado de lágrimas e quando ela entrou no quarto, ele se levantou e a seguiu. Parou na porta e a viu jogada na cama, chorando.
-O que houve? – perguntou ele se sentando na cama ao lado dela.
-Aquele imbecil. Vai me pagar pelo que disse. – disse olhando para ele ainda chorando.
-O que ele disse? – e colocou a mão sobre a dela.
-Me chamou de fácil. – e desabou a chorar ainda mais. Puxou a mão de Draco, fazendo ele se deitar ao lado dela. Ele ficou deitado de frente para ela, seus corpos distantes. Ele estava olhando nos olhos fechados dela, ela chorava muito, sentia toda a tristeza dela.
Ela abriu os olhos e viu os olhos azuis de Draco a olharem com carinho. Pegou a outra mão dele e as juntou com as dela, sorriu para ele e disse baixo:
-Dorme aqui? – e viu ele concordar. Ela colocou as mãos dele debaixo de seu rosto e não demorou muito já estava dormindo. Ele ficou a observar ela por um tempo, via a respiração dela se acalmar, o rosto dela relaxar e finalmente ela deixar a tristeza passar, dormia igual a um anjo. “Farei com que seja feliz. Mesmo que para isso tire ele de sua vida, para sempre.” disse ele baixo, se aproximou e deu um beijo na testa dela. Viu ela se mexer e voltar a dormir, ele fechou os olhos e acabou dormir rápido também.

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