Amizade Reveladora

Amizade Reveladora



Capitulo 5 – Amizade Reveladora

Lá estava ela na varanda de seu apartamento, fumava como nunca, estava nervosa, aquela conversa com Remus fez com que sentisse tudo novamente, a raiva que estava de Ron naquele dia, o consolo além do limite do ex-professor de DCAT, tudo...
-Não dorme nunca? – disse a voz do loiro em suas costas. Ela se virou e sorriu.
-Não te vi aí. Senta aqui. – e apontou para a cadeira ao lado da sua – Você também me parece sem sono.
-Te vi chegar nervosa, esperei Gina ir dormir para conversar com você. O que aconteceu? – disse se sentando ao lado dela.
-Nada de muito importante.
-Se não fosse você não estaria aqui fumando um cigarro atrás do outro.
-Bom, já que só você sabe o que acontece entre eu e Snape, acho que posso confiar em você outra coisa. – o olhou e viu o rosto dele se iluminar quando demonstrou confiança – Ninguém sabe, mas tive um caso rápido com Lupin.
-O lobisomem? – e riu da cara que ela fez.
-Não fale desse jeito. E sim, tive um caso com ele.
-Cada gosto... – falou mais para si do que para ela – Então, foi por isso que ele voltou para a reunião bufando. Vi você sair, depois Lupin desapareceu e aí Snape deu um jeito de sair também, estranhei, mas nem falei nada.
-Pois é, eu fui conversar com Remus, dizer que tudo estava acabado, daí Severus apareceu e deu tudo errado. – disse ela meio nervosa ainda, e olhou para os olhos azuis de Malfoy que a olhava com certo carinho – Severus não é um homem de todo ruim. Tem seu lado bom.
-Posso imaginar, mas ele esconde muito bem. – e se virou para encarar a lua – Eu também tenho.
-Ora, todos temos, o problema é que certas pessoas escondem muitas coisas, muitos sentimentos. Escondem quem são na verdade. – apagou o cigarro, colocou os pés na cadeira em que estava sentada e abraçou os joelhos.
-Você é uma delas.
-O que quer dizer com isso? – e viu aqueles olhos azuis a olharem com divertimento.
-Você escondeu seu jeito de ser por muito tempo, essa é você de verdade.
-Pode se dizer que sim. Prefiro esse meu jeito.
-Eu também. Aquela Srta. Sabe-Tudo irritava. – e riu com ela – Assim é mais você, quando começou essa transformação?
-Na noite que Voldemort morreu. – ele viu uma sombra de nervoso pousar no rosto dela.
-O que aconteceu para que ficasse assim? – perguntou ele se inclinando para encostar na mão dela, que o olhou com surpresa, mas depois sorriu e resolveu contar.
-Estava em Hogwarts, os membros da Ordem já estavam lá, eu já estava sabendo da morte de meus pais fazia um mês. – desceu as pernas e segurou com mais força a mão dele – Estava nervosa, queria que todos morressem...

FLASHBACK

Corria pelos corredores da escola sem saber para onde ia exatamente, estava com raiva do mundo, raiva de si mesma, de Ron por trata-la daquela maneira, da assassina de seus pais. Parou em um corredor, as lágrimas em seus olhos não ajudavam, não conseguia enxergar direito, respirou fundo e voltou a correr, virou em outro corredor e bate em algo caindo no chão. Soltou um palavrão enorme quando bateu no chão, e logo depois olhou para ver no que havia batido.
-Com esse linguajar não vai longe, Srta. Granger. – e viu o ex-professor de DCAT lhe estender a mão e ela aceitou.
-Desculpe. – se recompôs, mas já estava de saída quando ele a segurou pela mão e olhou em seu rosto marcado pelas lágrimas.
-O que houve? – mas ela não conseguiu falar, apenas chorou – Venha aqui. – passou o braço pelos ombros dela e a levou até sua sala para que pudesse se acalmar.
Entraram na sala do ex-quarto dele, onde estava residindo ultimamente e a sentou em uma poltrona. Foi até um armário e tirou um frasco com uma poção azul clara, entregou para ela e disse:
-Poção calmante. Vai relaxar com isso. – e viu ela beber tudo de um só vez, puxou uma cadeira e sentou-se na frente dela – Agora me conte, o que te fez chorar tanto?
-Por milhões de motivos. Mas não vai lhe interessar assuntos de uma criança.
-Não seja boba, sempre terei tempo para escutar você. E você já não é criança. – e viu ela corar, aquilo o deixou feliz, mesmo não sabendo o porque – Me conte.
-Foi tudo. A morte de meus pais mês passado, as mortes de tantas pessoas inocentes, Ron... – mas sua voz sumiu.
-O que aconteceu com Ron, ele se feriu? – perguntou já ficando preocupado.
-Não, não é isso... – e parou para olha-lo nos olhos.
-Não tenha vergonha.
-Ele... Estávamos juntos, fazia algum tempo... Ele tentou antes de ir...
-Tentou o que? – e segurou a mão dela.
-Queria antes de ir embora... Queria...
-Dormir com você? – e viu o rosto dela pegar fogo, mas ela não desviou o olhar do dele, fazendo com que ele engolisse em seco. “Por Merlin, porque tinha que crescer tanto e se tornar linda?”
-Sim. Quando disse que não, ele se irritou. Disse que eu não passava de uma santinha... – e percebeu uma mudança repentina no olhar dele – O que tem?
Lupin se levantou e colocou a mão no peito, estava com um dor, mas sabia da onde vinha, estava se aproximando da lua cheia.
-Estou bem. – respondeu e voltou a se sentar na frente dela.
-Certeza? – e ela se aproximou dele e tirou uma mexa de seu cabelo da frente do rosto e o viu sorrir – Certeza que está bem?
-Sim. Problemas. – e apontou para o próprio coração.
-O que tem? – perguntou curiosa limpando as lágrimas.
-Esse meu coração velho que insiste em se apaixonar pela pessoa errada. – não entendia porque estava contando isso para ela, mas não conseguiu parar.
-Eu conheço?
-Receio que sim.
-Posso perguntar quem é? – e se aproximou esperando que ele contasse quem era a nova dona de seu coração.
-Melhor não.
-Porque? A conheço tão bem assim? – e começou a pensar, a única garota que conhecia tão bem era Gina, mas nunca Lupin seria capaz de se apaixonar por ela.
-Sim. Melhor mudarmos de assunto...
-Não. Quem é? – e olhou ele se levantar, andar de um lado para o outro e a olhou de uma vez, com o rosto sério.
-Nunca notou? – quando ela balançou a cabeça respondendo que não ele continuou – Nunca notou que sempre olhei para... – mas a voz não saiu, ela o olhava com esperança, queria saber quem era a pessoa - Você.
Ela prendeu a respiração quando ouviu quem era a pessoa que dominava aquele coração lupino. Se levantou e respirou fundo, olhando para aqueles olhos azuis dele e finalmente com coragem disse:
-Como assim? – e se postou na frente dele.
-Não sei explicar. Não sei dizer, mas sinto. Talvez seja algo de momento... – e se virou, mas ela se postou na frente dele com o olhar firme.
-Momento ou não, sente o que exatamente?
-Atração. – respondeu a olhando firme também.
-E se eu falasse que também sinto?
-Não saberia o que fazer. – e se afastou passando as mãos pelos cabelos – Me disse agora pouco que não se deitou com Ron porque ainda não estava pronta, suponho que seja... virgem... Não fique me olhando assim. – e viu que ela olhava para ele com divertimento.
-Realmente disse que não dormi com Ron porque sou, de verdade, virgem. – e se aproximou dele o tocando na mão direita – Não significa que não queira. Te queira. – ele a olhava com surpresa.
-Acabou de me dizer que não queria Ron, porque poderia me querer?
-Ron por mais que me ame é um garoto... – resolveu esquecer as palavras de ética e moral – Você é um homem.
Não acreditava que ela estava fazendo aquilo, usando aquelas palavras. Se afastou dela o mais rápido que conseguiu. A olhou assustado, ela sorria se divertindo com a situação.
-Porque foge?
-Você é uma criança.
-Minutos atrás me disse que não era criança. Só mentem para mim... – e foi em direção a porta, mas ele se postou na frente dela – Me deixe passar, já provou que não me quer.
-Não disse isso. Só não acho certo o que você quer.
-Porque? Porque sou mulher? Porque sou virgem? Porque? – nessa altura Mione já berrava.
-Porque tenho medo de te machucar. – respondeu ele gritando.
-Como?
-Não conseguindo me segurar. Não saberia tratar uma garota como você. Frágil.
-Não se engane. Não sou assim tão frágil. – e colocou as braços no pescoço dele, fazendo seus rosto se aproximarem. Ele a beijou com paixão, fechou a porta com o pé e a levou até o sofá. Sem pensar duas vezes começaram a tirar a roupa. Hermione gemia baixo enquanto ele descobria seu corpo com os lábios.
Ele a deitou, já estavam livres das roupas, beijava todo seu corpo, sentia cada parte dela com a língua. Ela o puxou fazendo com que seus lábios se encontrassem outra vez. Se separam, ele olhava fundo nos olhos dela, ela o puxou e disse em seu ouvido:
-Me faz mulher. – sentiu que ele se colocou dentro de si sem cerimônia alguma. Gemeu mais alto quando o sentiu entrar com força. Aquele ritmo acelerou, a dor se misturava com prazer, o queria dentro por inteiro. Os dois gemiam como nunca, ele não se segurou, esqueceu quem era a garota que estava ali, fez mais força com o quadril e ouviu ela gemer mais alto, sentia ela arranhar suas costas, apertava sua cintura com as mãos, beijava seu pescoço com vontade, mordia deixando marcas na pele clara dela.
Saiu de dentro dela e a olhou, a pegou pela mão e se sentou, colocando ela em seu colo, cada perna de um lado e a penetrou outra vez. Sentiu o corpo dela descer devagar por seu membro e gemeu. Ela subia e descia com cada vez mais força, cada vez mais rápido, gemia, o arranha no peito, ele a segurava pela cintura, tocava seu seio, os mordia e sentiu ela tremer, entendeu que ela não demoraria a chegar no clímax.
Ela o olhou nos olhos e sorriu, um sorriso que nunca havia dado antes, um sorriso safado, um sorriso de quero mais.
-Nunca te imaginei assim. – disse ele aumentando a velocidade de seus corpos. Ela em pouco tempo arqueou e gemeu alto, indicando que tinha gozado. Ele segundos depois a abraçou e mordeu com força seu seio direito, gozando dentro dela. Caíram no sofá, ele por cima dela, arfavam e sorriam.

FIM DO FLASHBACK

-Nossa. – disse Draco a olhando com certa surpresa – Então...
-Desculpe. Te constrangi, né?
-Não. Só nunca te imaginei assim. – ainda segurando a mão dela.
-Ai que vergonha, o que está pensando de mim agora? – disse colocando a mão livre no rosto com vergonha.
-Devo dizer que nunca te imaginei nem beijando alguém, imagine fazendo essas coisas...
-Bom, sou humana né? – disse rindo para ele.
-Como todos, nunca achei que você fosse...
-Fosse? – soltou a mão dele para se ajeitar na cadeira, mas a pegou outra vez.
-Fogosa. – e riu da cara de vergonha que ela tinha.
-Aí que vergonha. – disse Mione mais solta do que nunca com aquele garoto.
-Não fique. É normal nos revelarmos na cama. – e segurou com mais força a mão dela. Não sabia porque segurava a mão dela ainda, mas não estava querendo soltar.
-Merlin, eu, Hermione Granger, conversando sobre minha primeira vez com Draco Malfoy... Quem poderia prever isso?
-Eu não. – e riu com ela, ele também estava surpreso com aquela nova amizade – Sabe, Mione... – e viu ela o olhar surpresa – Posso te chamar assim?
-Sim.
-Sabe, Mione eu sempre soube que você era esperta, quando vi sua mudança achei que era fachada, mas depois vi que não. Espero que saiba que a minha também não é.
-Já percebi isso, Draco.
-Que bom. – e se levantou, parou na frente dela e se ajoelhou, agora segurando as duas mãos dela – Espero ser seu amigo.
“A mudança mais rápida que já vi. Porém a mais sincera.” pensou ela o olhando nos olhos azuis.
-Já é. – e o abraçou, fazendo com que ele se surpreendesse com o movimento.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.