A Fada Açucarada



- Srta. Black, – disse ela com a voz dura e o olhar severo como de costume - não sei o que andou fazendo, mas continue. Está funcionando.

Mesmo sem a certeza de que era um elogio, sabia o que era um olhar de aprovação, e soube no exato momento em que a professora McGonagall entregou meu teste. E poderia até mesmo jurar que vi o canto esquerdo dos seus lábios quase se mexerem, como um sorriso.

Excede Expectativas. Meu primeiro Excede Expectativas em Transfiguração em cinco anos.

- O que você andou fazendo? – perguntou Joey distraidamente apoiando o queixo sobre a mão esquerda.

- Estudando. – e nem tentei esconder o sorriso.

Ela deu de ombros, desinteressada, e voltou seus olhos para o quadro.

Talvez parecesse idiota para outras pessoas, mas eu conferi meu teste duas ou três vezes depois de tê-lo dobrado e guardado na mala.

Lancei um olhar quase que incontrolável alguns metros à frente, e ele também sorriu discretamente. Ainda correndo o risco de parecer mais dona de mim do que deveria, dei-me ao luxo de não escutar uma palavra sequer do discurso ante-recesso de McGonagall.

Era sempre o mesmo, não se desligar da matéria etc, e com um adicional de NOM’s, que era a única palavra que eu realmente escutava da sua boca. Somente quando pronunciava NOM’s disso, e os NOM’s daquilo, e a matéria que cairia nos NOM’s deste ano era mais complicada.

Nunca mudava, e sabia que a aula dela não seria a única a lembrar, e eventualmente relembrar isso aos desavisados se necessário.


- Parabéns. – disse ele quando abri a porta da sala 22 no sábado logo pela manhã.

Mais que o choque de receber seus parabéns, foi o de encontrá-lo ali em tal horário. Sabendo como eu sabia que ele costumava se demorar no Salão Principal, foi inevitável que ficasse boquiaberta por alguns segundos, logo depois retomando o controle.

- Eu sei. Nem acredito! – respondi ao jogar a mala em cima da mesa sentindo meus dedos se estirarem e relaxarem compulsivamente.

Ele sorriu e desviou o olhar, e eu bem que entendi. Se fosse com outros, provavelmente daria um abraço, como era costume de se fazer aos amigos mais próximos.

Não éramos amigos próximos. Éramos companheiros de estudos, e logo o desconforto teve de ser substituído pelos livros que ele estendeu sobre a mesa.

- A tradução que você pediu... – disse ainda embaraçado.

- Vou conferi-la antes das festas. – respondi sentando-me à sua frente.

E logo tudo voltou ao normal. Exceto pelo fato de que Ted Tonks tinha chegado cerca de uma hora antes do que costumava, e isso era um assunto que tirava minha concentração mais do que deveria.

Teria brigado com os amigos? Discutido com alguém? Fugindo de alguém? Se a alternativa fosse a última, apostaria todas as minhas fichas em Daphne Turpin. Soube por alguém (provavelmente Narcisa) que eles estavam muito próximos ultimamente. Como se eu não visse isso nas reuniões da monitoria, mas Ted a tratava com uma educação quase que obrigatória, se havia algum sentimento, não era recíproco da sua parte.

Em algum momento começamos a rever Herbologia, havíamos começado a estudar esta matéria juntos também, mas o motivo, ou quando isso aconteceu não me ocorria na memória. Eu estava lendo um parágrafo interessante sobre orquídeas neozelandesas quando ele tirou um pote branco e colocou em cima da mesa. Distraidamente abriu-o, e o aroma de baunilha invadiu meus pulmões, desviei a atenção do livro para o pote.

Biscoitos de baunilha.

- Você gosta? – perguntou com a cabeça baixa acompanhando a leitura no livro.

- Eu... eu não posso.

Ele congelou sua expressão por breves segundos, e ao tirar os olhos das linhas encarou-me ainda com a cabeça relativamente abaixada.

- Como? – inquiriu vacilante.

- Eu não posso. – repeti com a voz baixa retornando às orquídeas.

- Você é alérgica ou algo do tipo? – continuou ainda confuso entre mastigar e falar ao mesmo tempo.

- Não. – e ajeitei uma mecha do meu cabelo para trás da orelha, esperando dar o assunto por encerrado.

- Então?

- É só que... que... eu não posso porque estou fora de forma. Se comer vou engordar.

Ele não respondeu imediatamente. Levantou a cabeça e arqueou as sobrancelhas, olhou os biscoitos e deles para mim.

Vendo que ele dava mais atenção a isso do que ao cultivo de orquídeas neozelandesas na Europa ocidental, fechei o livro com uma irritação quase que forçosa.

- Quem disse? – indagou finalmente pegando outro biscoito.

- Minha mãe. – e tentei que não parecesse tão ridículo quanto realmente era. Discutir meu peso com Tonks não era uma opção viável, nem ao menos parecia normal ou algo do tipo.

Já tivera de agüentar as alfinetadas de mamãe durante as férias, os espartilhos que me obrigava a usar diariamente e as constantes insinuações de Narcisa durante todas as refeições que fazíamos juntas.

Não, definitivamente não iria discutir com Ted Tonks sobre esse assunto.

- Sua mãe disse que você está gorda?

- Não, ela disse que eu tenho que cuidar da minha alimentação, o que quer dizer praticamente a mesma coisa... – disse cruzando os dedos sobre os pergaminhos com uma vontade imensa de voltar a ler sobre qualquer outro assunto.

- Como um eufemismo. – afirmou mordendo outro, tão absorto que esparramou farelo no livro. Tipicamente descuidado. E ainda inconscientemente molhou o dedo indicador com a saliva e pôs-se a juntar o farelo para depois tornar a lambê-los. A princípio poderia parecer anti-higiênico, mas era de uma bizarra maneira adorável.

Sacudi a cabeça e tornei a encará-lo enfastiada.

- É Tonks, como um eufemismo. Minha mãe jamais diria que estou gorda, ela diria que não estou nas melhores formas, que devo cuidar da minha alimentação, ou que minhas bochechas estão salientes. Essa desculpa, aliás, é a preferida da minha irmã mais nova.

Olhou-me por alguns segundo e vi seus lábios se contorcerem contra sua vontade e um sorriso contraditório instalar-se enquanto ele não comeu o resto do biscoito.

- Eu acho que ela está errada. – disse simplesmente dando de ombros.

- Como assim?

- Você não está gorda, inclusive acho que deveria comer mais. – respondeu voltando a face para baixo para acompanhar a matéria, embora fosse perceptível que seus olhos não se mexiam.

- Acho que vou acreditar na minha mãe. – respondi pegando o lápis e voltando a rabiscar qualquer coisa na borda do livro.

- Quanto tempo faz que você não vê sua mãe? Quase quatro meses. Eu vejo você todo dia, e digo que não está gorda... Aliás, digo que deveria se alimentar com mais freqüência. – e estendeu-me o pote de biscoitos.

Olhei para os lados ridiculamente, como se mamãe fosse surgir das sombras e passar-me um sermão sobre biscoitos de baunilha. O cheiro doce era alucinantemente encanador.

Talvez um só não fizesse diferença.

- Não estão envenenados, se é isso que está pensando.

É, um só não faria diferença, fazia tempos que eu não comia biscoitos. E seria desfeita com ele, uma falta de educação não aceitar um biscoito sequer.

Delicadamente dirigi minha mão direita até o pote e peguei um, todos tinham disformes, como por exemplo, uma estrela que eu escolhi. Vinha com todas as pontas de tamanhos diferentes.

Eles dissolviam com a saliva, eram sequinhos e doces, mas não muito. Podia-se sentir distintamente o gosto de trigo excessivo usado na mistura, entretanto eram os melhores que já tinha provado em muitos anos. Todos, quem sabe.

- São... são... são muito bons. – disse depois de provar o primeiro, que foi acompanhado com relevado interesse por Tonks.

- Vou mandar os cumprimentos da sua parte à minha mãe. – riu-se.

- Sua mãe fez?

- Sim, biscoitos de baunilha caseiros feitos pela senhora Tonks. – respondeu com fingida presunção.

- São deliciosos.

Ele balançou a cabeça e riu discretamente.

Talvez se eu começasse a ponderar nas outras refeições, alguns biscoitos não fizessem realmente diferença. E eu já estava com as roupas folgadas, fazia algumas semanas que Narcisa não discursava sobre o tamanho das minhas bochechas...

- Coma. – disse ele breves minutos depois do primeiro.

- Estou satisfeita. – respondi voltando a abrir o livro.

- Vamos fazer o seguinte. Quando você estiver ficando gorda, eu aviso.

Fitei seus olhos felinos e sorri. Que mal poderiam fazer alguns inocentes biscoitos de baunilha caseiros no fim de semana?


§*§*§


Em uma semana começava o recesso que perduraria por duas semanas até o próximo ano, e eu não me sentia animada para freqüentar festas desse período. Felizmente não era a única.

- Eu não vou. – decretou Bellatrix quando Cisa estava monologando sobre o vestido que iria usar na festa de Natal. “Azul com a saia mais larga e cristais prateados bordados por toda a barra, as luvas de seda...”

Bellatrix, que estava sentada no sofá ao lado de Narcisa empertigou-se irritadamente cruzando os braços, Cisa – que no momento trançava meus cabelos – deu uma puxada violenta.

- Como assim “não vai”? – perguntou ela arregalando os olhos em um misto de preocupação e admiração.

Levantei-me e segui seus olhos ate uma Bella extremamente enfadada.

- Rodolfo está em Budapeste, não vai poder chegar a tempo. Então não vou.

Narcisa mordeu os lábios pensativa. A essa hora nós duas já sabíamos, Bellatrix só iria para casa quando Rodolfo estivesse decidido a pedi-la em casamento. Narcisa foi quem deu essa deixa em uma noite em que estudávamos Astronomia juntas...

- Também não vou. – disse com uma voz que não parecia ser a minha.

As duas me encararam surpresas, embora distintas.

Narcisa logo começou a dizer que papai iria brigar, que mamãe iria se enervar, que era uma ofensa aos membros da família e que provavelmente estava ficando louca de tanto estudar.

- E é justamente para isso que vou ficar. – respondi irritada. – Papai vai entender, acredite.

- Evan vai ficar esperando. – e a voz da minha irmã mais velha distinguiu-se com um toque de prepotência e arrogância que há muito não percebia.

- Então é melhor que arrume uma cadeira bem confortável.

Narcisa não desistiu. Passou o resto da semana gritando no meu ouvido o quanto eu estava sendo egoísta em não pensar na família.

Besteira, era desculpa para ela não ir sozinha à festa, que por acaso seria na Mansão Malfoy. Ainda esperando que ela não minguasse sua decisão de ignorar deliberadamente Lucius, disse-lhe que não iria a não ser que me desse um bom motivo para não passar de ano.

Não que fosse mentira. Eu realmente me preocupava com os NOM’s e com minhas notas, e o fato de ter escondido meu teste era apenas um pretexto para que ela não viesse a acreditar que meu desempenho na matéria era genuinamente primoroso.

Precisava estudar.


- Hey! Black, vim me despedir. Estou indo passar as festas em casa. – disse Tonks com uma voz animada naquele sábado pela manhã.

- Oh. Claro, Tonks. Feliz Natal. – respondi embaraçada sentindo meu estômago reclamar desconfortável, quase que contrariado por algum motivo.

Por uma estranhíssima razão eu acreditava cegamente que Ted passasse os feriados na escola, talvez por Joey ter me convidado no segundo ano.

- Ahn... Tudo bem? – perguntou deixando um livro de capa azul-royal em cima da mesa.

- Não, quer dizer, sim. Claro...

- Você não vai pra casa?

- Não. Vou ficar para estudar... – rebati mostrando o exame de Transfiguração amassado e o pergaminho onde corrigia as respostas erradas do teste.

Ele arqueou as sobrancelhas como em dúvida, mas não contrapôs.

Senti o ar gelado entrar pela porta, ainda aberta, seguido por alguns flocos de neve irritar meus olhos. Meus pulmões iriam ser congelados porque Ted Tonks nunca se lembrava de fechar a porta ao passar.

Tirei a varinha e apontei para a porta que se fechou com mais força do que eu havia planejado, e ele continuava a me olhar com uma expressão confusa que não me agradava nem por um milésimo de segundo.

- Minha irmã mais velha vai ficar aqui também... – continuei esperando sinceramente que não me pedisse mais explicações, como usualmente. Teria um longo dia pela frente...

Ele murmurou um “Ah...” dúbio e estralou os dedos tão alto que, embora não tivesse me satisfeito, achei melhor não responder.

Silêncio.

Um silêncio sepulcral e embaraçoso instalou-se na maldita sala 22, tudo tão quieto que conseguia escutar a sua respiração ruidosa.

Não levou muito tempo para que eu notasse que a respiração de Tonks era diferente de todas as outras que conhecia, era rápida quando inspirava, como se ansiasse desesperadamente por oxigênio, entretanto soltava o ar lentamente. Como se não se importasse com o tempo que levava.

- Ah... Tenho uma coisa pra lhe mostrar. – disse finalmente usando um ar tão misterioso que duvidei que fosse algo realmente relevante.

- O que é?

- Lembra-se da sua festa de aniversário? Quando eu disse que você parecia uma fada? Então... Trouxe o livro pra te mostrar o que é uma fada do mundo trouxa.

E peguei o grosso livro que tinha grandes letras douradas, embora um tanto gastas, com os seguintes dizeres “Contos de Fadas”.

- Não é presente. É um empréstimo, até mesmo porque este livro é da minha irmã. – adiantou-se com um sorriso característico “eu sei mais que você”.

Era um livro velho, que apesar de bem cuidado, pude concluir que tinha pelo menos uns vinte anos. Tinha as páginas amareladas e cheirava levemente a mofo.

- Quantos anos têm a sua irmã? – perguntei um tanto bruta. Não me sentiria bem em tirar diversão de uma criança pequena.

- Vinte e dois. E cuide bem, ela tem um ciúme absurdo desse livro, só me emprestou porque eu disse que iria mostrar para um professor...

Um músculo próximo ao meu nariz tremeu involuntariamente e percebi que não tinha real motivo para tratar Tonks friamente, e que era especialmente uma burrice sem tamanho confiar que ele passaria o Natal em Hogwarts, somente porque fez isso no segundo ano. Mas mais importante que tudo isso era pensar em tal questão como se tivesse relevada importância.

Respirei aliviada, ou tentei. Algo no meu cérebro impedia que mudasse tão repentinamente meu humor. Disfarçar talvez, mas uma pontinha fervilhava no meu estômago. Poderia ser tanto de raiva quanto de uma indiferença abominável, não sabia descrever com precisão.

- Obrigada... Vou dar uma olhada se tiver tempo. – respondi educadamente colocando o livro ao lado dos pergaminhos de Transfiguração.

- Ok. Então você não está no seu melhor dia... Espero que goste do livro!

Murmurei um ‘uhum’ e sem certeza de que ele escutou voltei a encarar o teste de Transfiguração.

Novamente a respiração ruidosa. Novamente a pontinha queimando no meu estômago, dessa vez acompanhada por meu ranger involuntário de dentes.

- Bom... Acho que vou indo. Até o próximo ano, Black.

- Até Tonks. – e já que ele se recusava a se despedir de uma maneira civilizada, que fosse à sua maneira.

“O Quebra-Nozes
Drosselmayer, um mágico e fabricante de bonecos, uma vez inventou uma ratoeira que matou mais da metade de ratos que atormentavam o Palácio Real. Como vingança, a Rainha dos Ratos transformou seu sobrinho, Hans-Peter, em um horrendo boneco quebra-nozes. Somente matando o Rei dos Ratos e ser amado por uma jovem garota faria com que o feitiço fosse desfeito...
Convidado para a festa dos Stahlbaum, Drosselmayer entrega o Quebra-nozes como presente para a filha deles, Clara...”


Foi inevitável não parar de ler. Durante aquelas duas semanas esquecia do mundo exterior, Transfiguração, Bellatrix emburrada ou qualquer outra coisa que pudesse desviar minha atenção dos tais “Contos de Fadas”.

Obviamente achei ridículo no começo, a visão os trouxas tinham de um possível mundo mágico era completamente deturpado, chegando a ser, por vezes, pateticamente engraçado.

Mas depois, depois de pensar pelo outro lado, percebi a riqueza de valores e da imaginação dos autores dos contos...

“O Quebra-Nozes” com a Fada Açucarada foi o primeiro, e logo me senti tardiamente lisonjeada por Ted Tonks, até mesmo corei no escuro do dormitório por entre os acortinados de veludo verde que cercavam a minha cama. Foi quando li pela primeira vez sobre ela. A Fada Açucarada. Talvez por isso tenha se tornado meu conto preferido.

Dizia o livro que ela era linda, longos cabelos negros e olhos castanhos aveludados que pareciam chocolate derretido, usava um vestido da cor de todas as cores do universo. Seu perfume de pimenta rosa que apaixonou o Príncipe muito mais do que qualquer atributo físico.¹

Era de se imaginar...

E eu gastava horas imaginando o baile em homenagem à Clara e Hans-Peter, mas eu não queria ser a Clara, não. Se fosse escolher ser alguém naquela história, escolheria a Fada Açucarada.

Depois venho a Fada Azul de “Pinocchio”, que transformava o boneco de madeira em um menino. E então a “Bela Adormecida” com seu batalhão de fadas: Fada Amarela, Fada Rosa, Fada Vermelha, Fada Branca, Fada Verde, a Fada Lilás e a Fada Má, que foi inadvertidamente esquecida.

Era evidente que lia só no dormitório, e isso diminua drasticamente as horas em que meu cerébro viajava para um lugar longe de Hogwarts, mas não poderia arriscar que Bella visse.

Não que estivesse fazendo alguma coisa errada, porque não estava. O que é que um pouco de literatura diversificada poderia fazer de mal? Nada. Absolutamente nada, aliás, minha criatividade aflorou-se exponencialmente.


- E então? Teve tempo? – perguntou ele, enquanto se abaixava para juntar seus pertences propositalmente derrubados ao lado da minha mesa depois do término da aula de Runas.

- Ah... sim, tive...

Tentei ser o mais vaga que pude. Não precisava de mais motivos para que Ted Tonks se tornasse um moleque convencido. Ele tinha a cabeça abaixada, mas eu sabia que sorria, sorria porque conseguia escutar a sua respiraçao sair entrecortada pelo nariz.

Quando todos já haviam se retirado da sala, peguei o livro que estava embalado em um tecido felpudo e entreguei-o.

- São muito criativos... Obrigada.

Ele levantou a cabeça e empinou o nariz sorrindo, demostrando orgulho, mas em um tom bem mais moderado que o de costume.

- Disponha.

E talvez eu tenha sorrido também.

- Ted, alguma vez já agradeci por ter dançado comigo? – e minha voz saiu um tanto rouca, mesmo que não quisesse, como se estivesse me desculpando sem querer.

Desviei deliberadamente os olhos dos seus, tentava fixá-los em qualquer outra coisa da sala. Nas carteiras de madeira, com minúsculas ferpas salientes na lateral, nos meus dedos que tateavam a superficie irregular do topo da cadeira que costumava ocupar.

- Não, mas já estou acostumado com o seu tipo de gratidão.

Ele fechou os olhos rindo abertamente. Poderia não ter sido um elogio, mas no momento não notei nada que não fosse os dentes extremamente brancos perfeitamente retos que ele tinha.

O fluxo barrulhento dos alunos nos corredores tornou-se ainda mais audível, o que me fez lembrar que o dia ainda não tinha terminado. Pelo contrário...


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N/a:
"Oia, a Dôna Lara pidiu pra mim vim postarr o capitul pruque ta mandanu dizê qui ta duente...
[e eu num vô dizê pra elis que a sinhora ta qui du lado, nao preocupa Dôna Lara]
i ela ta dizenu tamein qui péde disculpa por nao ter pubricado antis, é qui ela ta dizenu qui tava sem consegui iscreve pruque agora que o troço ta quasi cheganu nus finalmenti fica dificil tremina.
ela ispera a compriençao de voceis!
e ta dizenu que agradeci us comentario"

ahh, ok.. isso foi riduculo, mas eh verdade. soh tenho q me desculpar pq esse cap tava empacado e nao saia de jeito nenhum... espero q nao aconteça com o proximo, que ja estou escrevendo.
'gradecida
¹ eu descrevi a Fada Açucarada como a minha tia me contou, quando eu era uma criancinha que adorava ballet ... =D
nao encontrei nenhuma descriçao na internê sobre ela, mas eh a fada que eu mais gosto e O Quebra-Nozes tb eh o conto que eu mais gosto... acho q eh o unico q nao tem nenhuma mensagem subliminar pervertida.
sim... os inocentes contos de fada dos irmaos Grimm NAO SAO PARA CRIANÇAS...
acreditem...
haha
mas como eu to de ferias e nao quero nem lembrar de faculdade vou terminar o assunto por aqui!
bjuus

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