O Teste



CAPÍTULO 2 – O Teste... dos Marotos.


 


 


Bom, e foi mais ou menos assim, que eu e Scorpius Malfoy nos tornamos inimigos.




Saímos em silêncio da cabine, Richard na minha frente. De tempos em tempos, ele me olhava com cara de descrença, mas eu não fiquei nem um pouco nervosa. Sempre azarava meu irmão, quando papai deixava a varinha esquecida pela casa. Hugo não ficava bravo comigo, mas isso porque ele sabia que eu estava só treinando, e nunca poderia machucá-lo, na maior parte das vezes ele achava até engraçado. Fiquei parada no corredor, enquanto ele escolhia o lugar e o adversário.


 


- Rose, último vagão, última cabine à direita, tem apenas um menino lá dentro. Vai ser bem fácil. – E um sorriso malicioso abriu em seu rosto.


 


Eu não respondi, apenas andei onde ele apontava. Foi quando o vi, Scorpius Malfoy estava solitário na última cabine. Meu estômago criou borboletas ao olhar para ele. Andei devagar, como quem não quer nada, assim que eu entrei em sua cabine, ele abriu um enorme sorriso para mim, e com um aperto no coração, eu lhe lancei a azaração do corpo duro. Ele caiu no chão de sua cabine, totalmente vulnerável, apenas seus olhos me encarando.


 


- Muito bem, Rose. Agora vamos.


 


- Espera! Eu ainda não reverti a azaração! – Disse, levantando minha varinha novamente, mas quando eu a apontei para Malfoy, Richard puxou minha mão.


 


- Reverter? Claro que não. Vamos embora daqui agora, antes que algum monitor nos veja!


 


E eu fui, sem olhar para trás. Eu o acompanhei até nossa cabine, e quando entramos, os outros meninos esperavam por uma resposta.


 


- E então? – Perguntou Thiago confiante.


 


- Nunca vi uma azaração do corpo duro tão perfeita, minha cara, será bem vinda aos marotos, caso mude de idéia. Agora vai Thiago, leva seu irmão daqui.


 


Esperei impacientemente à volta dos dois. Quando eles voltaram, Alvo estava com a roupa toda suja de musgo verde, mas trazia um sorriso no rosto.


 


- Ele conseguiu! Re-chicoteou um pouco na roupa dele, mas ele conseguiu!


 


Eu tinha certeza que Thiago havia feito o feitiço, porque Alvo não sabia nenhum. Passamos uma meia hora conversando, quando pedi licença para os meninos, dizendo que estava indo ao banheiro. Quando sai da cabine, corri até o último vagão, abri uma fresta da porta, e vi Scorpius duro no chão, completamente sujo de musgo verde. Apontei minha varinha na cara dele rapidamente e recitei a contra-azaração, ele não me viu e ao começar a se levantar, eu já estava correndo de volta a minha cabine. Comi uns Sapos de Chocolate, que Alvo comprara para mim e fingi que nada havia acontecido.


 


 


Faltava quase 10 minutos para o trem chegar em Hogsmead, trocamos nossas vestes pelo uniforme da escola, Alvo estava com um pouco de musgo em seu rosto, e eu limpei com minha varinha. Ninguém falou nada, até sairmos do trem.


 


- Cuidado com a Lula Gigante, Alvo. – Disse Thiago rindo e dando as costas a nós com os outros meninos, indo em direção as carruagens.


 


- LULA GIGANTE? – Ele gritou, sussurrando em meus ouvidos logo em seguida. - Rose, tem lulas gigantes?


 


- Conforme Hogwarts uma História, tem sim. Mas elas não vão aparecer para te assustar, Al.


 


- ALUNOS DO PRIMEIRO ANO, POR FAVOR. ALUNOS DO PRIMEIRO ANO. Boa noite, Weasley. Boa noite, Potter.


 


- Hagrid! Como você está?


 


- Agora não posso falar, conversamos mais tarde, sim? – Disse passando a mão em nossas cabeças, descabelando Alvo, como sempre fazia.


 


- Ele disse Potter? É o filho do Potter? – Ouvi uma voz atrás de nós.


 


- Potter e Weasley, foi o que eu ouvi.


 


- Rose, eu não vou gostar disso. Eu não me sinto bem em barcos!


 


- Não se preocupe, Al. A viagem deve ser curta, só iremos atravessar o lago.


 


- APENAS CINCO ALUNOS EM CADA BARCO! CINCO ALUNOS!


 


Entrei junto com Alvo, no último barco. Para ninguém vê-lo passar mal, caso isso acontecesse. O último aluno que faltava sentou conosco, e o barco começou a se mexer.


 


- Boa noite. – Disse Alvo, um pouco sem graça.


 


Quando levantei a cabeça, vi Malfoy novamente, ele estava sujo de musgo verde, no rosto, e não respondeu.


 


- Deixa eu te limpar - Disse apontando a varinha na cara dele. O menino não falou nada, apenas encarava a gente. – De nada. – Eu disse mal humorada, guardando minha varinha.


 


- De nada? Você me petrifica, e o irmão desse ai aproveita para sujar minhas vestes, e você espera que eu agradeça?


 


- Fui eu que te sujei! – Disse um Alvo, desesperado. - Fui eu!


 


- Eu podia não ter como revidar no momento, nem ao menos estar esperando ser pego duas vezes seguidas, mas eu não sou cego, Potter!


 


- Fui eu Rose, por favor, se alguém perguntar fui eu!


 


- Calma Alvo, eu não vou falar pra ninguém.


 


- Falar o que pra ninguém? É claro que você não vai! Se vocês contarem pra alguém que me azararam, eu juro que vai ter volta. – Disse um Scorpius mal humorado e nervoso. – Posso saber o motivo de terem feito isso?


 


- Não fomos nós que te escolhemos, foi só uma peça dos...


 


Eu interrompi Alvo enquanto falava. Ele não podia dizer a ninguém que era uma peça dos marotos, porque de alguma forma, os marotos descobririam. Ou então, alguém descobriria sobre os marotos... Falando mais alto para ser ouvida eu interrompi o que meu primo dizia:


 


- Um mal entendido. Foi apenas isso! Sentimos muito.


 


Malfoy nos encarou de braços cruzados. E a partir desse momento eu soube, que ele não ia deixar nada quieto, e que ele acharia um modo de se vingar. A única coisa que interrompeu meus pensamentos foi um "UAU" que eu ouvi de quase cem bocas falando ao mesmo tempo. Foi quando eu avistei Hogwarts pela primeira vez. Meus olhos brilharam, nesse instante, e não me lembrava de mais nada enquanto íamos ao encontro do Castelo.


 


Os alunos do primeiro ano foram chamados um a um, conforme a ordem alfabética de nossos sobrenomes. Não estava prestando atenção a quem era chamado, e em que casa ficavam... Estava com medo na verdade, de não cair na casa que eu queria. Foi apenas quando vi o chapéu gritar, SONSERINA, antes mesmo do chapéu encostar em sua cabeça, que vi Malfoy se dirigir a sua mesa.


 


- Potter, Alvo Severo. – Disse um sorridente professor Longbotton.


 


Alvo se dirigiu ao banquinho, ele tremia dos pés a cabeça. O chapéu seletor nem ao menos encostou em sua cabeça e um grito pode ser ouvido. - GRIFINORIA! - Esperei impacientemente, enquanto a lista ia decorrendo, dizia River, Ruppert,... Slach,... Taubot,...


 


- Weasley, Rose Granger.


 


Sentei no banquinho, sem saber o que pensar... Eu deveria pensar em alguma coisa? Na casa que eu queria? Foi quando eu o ouvi... Soube que somente eu poderia escutar.

 


– Hum, agora eu vejo, difícil, uma pessoa difícil, mas tem uma casa certa para você, não se preocupe... Onde devo te colocar?
 


– Grifinoria, Grifinoria – Meus pensamentos berrando em minha mente.



– Grifinoria? É isso que você quer? Você poderia ser ótima na Corvinal, tem a mente sempre em alerta, sabe? Nada mal para uma Lufa-lufa também, você é justa e leal e não tem medo da dor ou então quem sabe uma Sonserina? Poderia ter bons amigos, você não mede conseqüência, para conseguir o que quer. Sua ousadia e coragem são o bastante, porém. E se é isso mesmo que você quer, então: GRIFINORIA!


 


Corri para a mesa do canto direito, com todos os outros grifinorianos, ao meio de aplausos. Acima de nossas cabeças, um leão rugia em silêncio em nossa bandeira. E então eu vi as estrelas, um feitiço é claro, para o teto ficar assim, igual o lado de fora do castelo.


 


Depois de um grande banquete, cada mesa andou em uma direção diferente, seguimos então atrás de Victorie, minha prima e monitora chefe. Ela nos levou até a Torre da Grifinoria, nos falou a senha para podermos entrar, atrás do quadro da Mulher Gorda. Parados em um canto próximo a lareira, estavam os marotos. Andei até eles e anunciei que dormiria.


 


- Dormir? Já? Nem pensar Rose, nós vamos para a floresta proibida agora, procurar uma aventura. – Disse Robert, todo pomposo.


 


- Sinto muito, mas estou cansada, foi um dia muito longo. Vocês deveriam ir dormir também, em vez de criar confusão.


 


- Rose, não acabe com a graça dos marotos. – Disse um Thiago mal humorado.


 


- Desculpem Marotos, mas eu realmente preciso subir e ainda preciso escrever duas cartas, sem falta. Tenham uma boa noite, e boa sorte em suas buscas!


 


Dizendo isso, eu dei as costas a eles, fui em direção às escadas, que davam para o quarto das meninas, e procurei pelo meu quarto. Era o quarto que dava de frente ao corredor, o ultimo no fundo. Vi meu malão e meus pertences na cama próxima a janela, a vista era maravilhosa, dava de frente a quadra de quadribol. Peguei um pergaminho, uma pena e um tinteiro, e sentada no peitoril da janela, comecei a escrever duas cartas...





***





- Lumus.


N/A: Concertei os erros gramaticais que encontrei no dia 21/02/2012. Caso encontre mais algum, me avisem!



COMENTÁRIOS?

 

- Nox. 

Ana CR 

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Comentários (5)

  • Mariana Berlese Rodrigues

    OWN SEMPRE IMAGINEI ASSIM A ENTRADA DELES EM HOGWARTS *.* #MORRI A-M-E-I <3 <3 <3 MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.*CHOREI AQUI :) 

    2013-01-29
  • Alice E.D.S.

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah tadinho so ScorpiusTadinho do Al querendo ser aceito, Scorpius já ameaçando, Tiago muito fofo com o irmao  

    2013-01-17
  • Lana Silva

    Tõ amando a fic é realmente perfeita *-----------------------------------------* Parabens!

    2011-09-11
  • Vitoria Weasley Malfoy

    to amando muito, eu e minha amiga usamos os apelidos dos marotos eu sou a almofadinhas e ela é a aluada, a gente quer achar um pontas, nada de rabicho...

    2011-07-26
  • barbara aguiar azevedo

    Nossa, que postagem rápida!!! =))Fiqueii feliz! Tô amando a fic!!! =D

    2011-07-18
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