Meu curto 7º ano



Meu curto sétimo ano



Andamos cinco quarteirões até chegarmos ao bar trouxa, tinha uma fila gigantesca para poder entrar, em néon o nome do bar brilhava em vermelho sobre nossas cabeças, com os dizeres “Tyger Tyger”. Fiquei um pouco assustada com o tamanho da fila, reparei que havia um segurança na porta, falando quem podia e quem não podia entrar.


Havia um menino, que estava próximo à porta de entrada, ele não pegara fila, assim como os outros faziam, parecia conhecer o segurança, por ser um freqüentador do lugar. Ele não parecia ser muito mais velho que nós, era alto, alto mesmo, tinha o corpo todo definido, o que era perceptível pela camisa agarrada, com o cabelo moreno e olhos castanhos, seu rosto era lindo e trazia confiança em suas feições. Estranhei quando ele nos encarou, ou melhor, me encarou. O modo como ele se aproximou de mim, de forma cautelosa, porém confiante, como se sempre fizesse esse tipo de coisa, apesar de parecer indeciso se deveria ou não falar comigo...


- Você vai entrar? – Ele me perguntou com um sorriso encantador.


- Assim que passar pela fila. – Respondi inocentemente.


- Você não precisa pegar fila... – Ele olhou com cautela para Alvo e Hugo que estavam ao meu lado.


- Acho que o segurança não vai pensar o mesmo. – Respondi devolvendo seu sorriso, Lílian e Richard absortos do mundo, não viam o que estava acontecendo, ao contrario dos outros dois marotos.


- Ei, você! – Ele falou para o segurança. – Eles estão comigo... – O homem não respondeu, apenas voltou a abrir a porta e nos indicou que podíamos entrar. Dentro daquele bar estranho, o garoto colocou as mãos dentro do bolso e mais uma vez veio falar comigo. – Phill. – Ele disse se apresentando para mim, esticando o braço em minha direção. – E você?


- Rose. – Devolvi o aperto de mão, ele se aproximou mais um pouco, colocou o braço com respeito sobre os meus ombros e seguimos para dentro daquele lugar louco.


Passava das duas horas da manha quando finalmente encontrei todos os outros e seguimos para a rua, meus primos e meu irmão andavam na frente, e pararam apenas quando escutaram um gritinho assustado sair dos meus lábios. Phill me puxara pela mão quando saia pela porta, deu risada do meu susto e roubou mais um beijo dos meus lábios, coisa que ele havia feito a noite inteira.


- Volta amanha? – Ele perguntou esperançoso, eu neguei com a cabeça, pois amanha tomaria meu caminho para Hogwarts. – Quando eu vou te ver de novo? – Parecia desesperado por uma resposta concreta, que eu não tinha como dar.


- Agente se encontra por ai. – Respondi sorrindo, dando mais um beijo nele antes de virar as costas e alcançar minha família, que me esperavam impacientes. Constrangida segui a todos em silencio, Lílian havia bebido um pouco alem da conta, e traçava as pernas enquanto Richard a ajudava a andar.


- Nunca mais, Rose, você vai dançar daquele jeito! – Hugo falava com um olhar reprovador e enciumado. – O cara parecia te comer com os olhos... E ainda por cima, você sumiu por mais de uma hora!


- Desculpe se eu aproveitei para ficar com o trouxa, Hugo, mas ele foi um ótimo passa tempo, alem de ser lindo e beijar muito bem! – Ri ainda mais, quando meu irmão ficou vermelho, da cor de seus cabelos e falou de um modo inaudível “Espero que tenha sido apenas beijos”. Preferi nem responder.


- Tio Rony vai te matar se descobrir sobre a dança e todos aqueles beijos Rose, isso é um fato! – Alvo colocou seu braço por cima de meus ombros.


- Ele não vai me matar se não descobrir, priminho... – Disse mostrando a língua, como uma criança mimada.


- Eu não disse que ia contar, e... – Alvo se justificou. – Acho... Acho melhor pararmos um pouco...


- Vamos, primo, só faltam três quarteirões. – Hugo falou colocando o outro braço de Alvo por cima de seu ombro. – Estamos quase chegando.


Continuei andando distraidamente, a musica ainda fazia ecos dentro da minha cabeça, havia me divertido, mais do que achava possível, por ser uma “balada” trouxa. De certo modo, ficar com Phill na área vip daquele lugar fez com que eu me sentisse bem... Não posso dizer que me senti desejada e nem mesmo importante, mas por se tratar de uma noite, não me importei por ser descartável! Apenas sai de meus devaneios quando meu primo e meu irmão pararam de andar, Alvo havia vomitado tanto em nossos sapatos, como em sua roupa, franzi o nariz para o cheiro que se seguiu, enquanto limpava tudo o que era possível com a varinha.


- Se você falasse que queria parar para vomitar, Alvo, eu teria parado! – Hugo me ajudou a terminar de limpar nosso primo.


- Nunca me diverti tanto. – Lílian falou em meio a gargalhadas sem motivo. – Devíamos voltar lá nas próximas férias...


- Devíamos voltar mesmo. – Alvo falava tentando se manter em pé. – Uma mulher mais bonita que a outra, nunca me senti tão sortudo...


- Ah, vocês viram aquela morena que eu beijei? – Hugo deu um soco fraco no ombro do primo. – Acho que peguei a mais linda da festa...


- Vou ter que discordar Hugo. – Richard sorriu, dando um beijo nos lábios de Lílian. – EU peguei a mais linda...


- E você, Rose, aprovou? – Lílian me perguntou risonha.


- Se eu aprovei? SE EU APROVEI? EU AMEI! – Dei uma gargalhada exagerada e sincera. – Ninguém me reconheceu, não sabiam quem eu era, quem agente era!


- Não sei porque você se importa tanto com isso, eu já me acostumei com as pessoas falando “Weasley? Hugo Weasley? Filho de Ronald e Hermione Weasley?”, acho até engraçado para falar a verdade...


- É bem simples, Hugo. Eu não gosto que me comparem com a mamãe e com o papai... – Suspirei ao ver que ele não entendeu onde eu queria chegar. – Nada que eu faça surpreende as pessoas, já esperam que agente seja como eles. Ao invés de receber elogios, as pessoas dizem coisas como: “Só podia ser filha da Hermione” ou então “Típico de Rony...”.


- Você não se orgulha de ser filha de quem é? – Lílian me olhou assustada. – Tem vergonha de quem são seus pais?


- Não, Lílian, não é nada disso. – Respirei fundo, me odiei por dentro por ter colocado o assunto em pauta. – Eu me orgulho muito, só não queria ser comparada desse jeito, é só isso...


- Eu entendo a Rose. – Alvo falou depois de um tempo. – Por eu ser a cara do papai, o mundo bruxo espera que eu faça grandes feitos que nem ele. Isso sempre me deixa preocupado...


 - Tudo o que eu quero... – Ia dizendo Hugo


- “É levar uma vida sossegada” – Lílian completou a frase do primo. – Tudo bem, Rose. Eu também te entendo...


- Qual carreira está pensando em seguir Hugo? – Richard perguntou de repente.


- Estou pensando nisso ainda... Talvez, eu vou trabalhar com a minha mãe, pedir para fazer estágio lá no Ministério. – Hugo deu de ombros. – Cuidar do mundo bruxo, mas apenas nas papeladas entende?


- Eu estou tentando entrar em contato com o tio de vocês, o Carlinhos, e pedir um estágio lá, queria cuidar dos dragões... E você Alvo?


- Auror, é claro. – Alvo respondeu como se fosse óbvio.


- Rose? – Richard se virou para mim.


- Se tudo der certo, vou estagiar no St. Mungus. – Sorri só de pensar. – Trabalhar na parte de pesquisas de novas doenças, mas vai ser tão difícil conseguir, preciso de cinco excepcionais...


- Não vai ser difícil para você, irmãzinha. – Hugo postou-se ao meu lado. – Não com sua mente anormal.


 


 


Chegamos em casa rindo, quando abrimos a porta, nossos pais nos esperavam sentados no sofá da sala. Mamãe estava tão calma como tio Harry, apenas papai e tia Gina pareciam à beira de um colapso nervoso.


- ISSO SÃO HORAS? – Tia Gina perguntou, fazendo drama. – Onde vocês estavam?


- Na balada mamãe. – Lílian respondeu baixando a cabeça. – Fomos os primeiros a ir embora.


- Amanha vocês vão pegar o trem de volta para Hogwarts, vão dormir crianças. – Mamãe falou, vindo em nosso auxilio. Quando começamos a subir as escadas pude ouvir tio Harry sussurrando para a esposa e o cunhado.


– É normal chegar tarde desses lugares, na verdade, achei que eles só iam chegar depois das cinco...


 


Quando chegamos na estação, nos despedimos de nossos pais e procuramos uma cabine vazia. Lílian e Alvo estavam de ressaca e não falavam ou cumprimentavam ninguém, apenas massageavam a cabeça, de um modo que dava a entender que se não o fizessem, suas cabeças iriam cair. Hugo sentou-se totalmente torto na cadeira, abraçando as pernas com os braços e apoiando a cabeça na janela ao seu lado, em poucos minutos podia escutá-lo roncar. Tive que me segurar para não rir da cena, embora eu mesma, não estivesse de bom humor, por ter dormido tão pouco. Um barulho as minhas costas fez com que eu derrubasse o malão no chão, olhei para trás e uma menina baixinha me encarava.


- Você é uma Weasley? – Ela me perguntou cruzando os braços. – Rose Weasley?


- Porque a pergunta?


- Estou procurando a monitora-chefe da grifinória, sabe me dizer onde encontrá-la? Disseram que ela é ruiva e está no sétimo e ultimo ano...


- Sou eu... – Falei interrompendo a menina. – Sou Rose Weasley, monitora-chefe e capitã do time de quadribol da Grifinória, o que você... – Quanto mais eu falava, mais ela me fitava dos pés a cabeça.


- Você está atrasada. – Ela disse de nariz empinado. – Pediram-me para chamá-la...


Olhei para o relógio automaticamente, enquanto corria para o vagão de monitoria, a menina vinha logo atrás de mim. Quando abri a porta, não havia ninguém lá dentro, olhei novamente para o numero acima da porta, confirmando que estava na cabine certa.


- A reunião já terminou. – A menina falou me olhando de braços cruzados. – Da próxima vez, deixe-me dar o recado inteiro, sim? A sua ronda é a ultima, falaram para não se atrasar da próxima vez e...


- Quem é você? – Perguntei, porque a autoridade da menina sobre mim estava me deixando irritada.


- Abigail Silver, monitora da Sonserina.


- Obrigada Abigail. Pode voltar ao seu serviço então, não irei me atrasar.


- Acontece, Weasley, que falta você me passar os procedimentos... Eu também cheguei atrasada...


- Entre, então, Silver. – Falei formalmente. – Temos muito que conversar... - Ela entrou na cabine, ainda com o nariz empinado, fechei a porta e me sentei a sua frente, detalhando e explicando cada procedimento que um monitor teria que tomar. Quando deu o horário, fiz a ultima ronda.


 


O banquete foi servido no Salão Principal assim que a Seleção das Casas dos alunos novos terminou. A ausência de Thiago, Richard, Robert e John chegavam a machucar, por vários motivos: Eles foram os meus primeiros amigos em Hogwarts, e poderia até dizer que foram os únicos, pelo menos, os únicos amigos verdadeiros e leais que eu conquistara, fora a minha família. Pensar em suas ausências era estranho, porque eu sabia que no ano seguinte, eu estaria formada também, e não voltaria para o castelo. Lílian, Alvo e Hugo sentaram ao meu lado, e era notável que eu não era a única a me sentir assim. Mas estávamos juntos, não é mesmo? Isso nos confortava.


- Richard falou que vai me mandar uma carta ainda hoje. – Lílian comentou tristonha. – Não faz nem vinte e quatro horas que o vi pela ultima vez e já sinto saudades. – Hugo que estava mais perto fez um cafuné nela. – E pensar que eu o verei apenas nas férias de Natal...


- Calma Lil. – Alvo tentou tranqüilizá-la. – O tempo vai passar tão rápido, que você nem vai perceber. – Ela sorriu como se concordasse.


- Desculpa não poder ficar, Lily. – Falei com sinceridade. – Preciso falar com Minerva, antes que acabe o jantar.


- Tudo bem, Rose. – Seu sorriso agora tinha um pouco mais de cor. – Descubra onde será seu quarto.


- Até mais tarde, então?


- Não, nós já vamos subir irmãzinha. – Hugo falou enquanto se levantava. – Precisamos de uma boa noite de sono, e para isso, precisamos chegar antes dos anãozinhos.


- Tudo bem. – Disse irritada, odiava quando ele falava isso dos alunos do primeiro ano, imitando a voz do papai. – Até amanha...


A diretora Minerva estava sentada no meio da mesa dos professores, conversando animadamente com o professor Longbottom, vendo que eu me aproximava lançou um sorriso bondoso como um sinal que eu podia me aproximar.


- Boa noite, senhorita Weasley. – Ela sorriu mais uma vez, Neville apenas acenou com a cabeça. – Espero que tenha apreciado o jantar?


- Sim, sim. – Minhas bochechas ficaram vermelhas. – Uma delicia. – Um pouco envergonhada, perguntei. – Estava imaginando que a senhora poderia me dizer, onde será meu quarto esse ano...


- Ah, sim, é claro, seus colegas devem ter esquecido de te avisar. – Abanou a mão próxima a cabeça, como se espantasse uma mosca. – É no corredor do segundo andar, querida. Ao lado da estátua da menina...


- E a cesta. – Completei automaticamente sua frase, minhas bochechas voltaram a ficar vermelha. – Desculpe, professora, a senhora dizia?


- Está tudo bem, senhorita Weasley, é isso mesmo. – Minerva começou a rir, agradeci e sai de fininho, sem antes é claro, ouvi-la comentar com Neville, o fato de eu ser tão parecida com minha mãe.


 


 


Segui ao segundo andar, tentando me lembrar exatamente em qual parte do corredor, a estátua da menina e a cesta, encontrava-se. Não havia uma movimentação muito grande no corredor naquele momento, e a falta de luz estava pregando peças em minha mente. Odiava andar sozinha no escuro, então acendi minha varinha para poder enxergar melhor, o que foi uma ótima escolha, se não, esbarraria no menino a minha frente.


- Cuidado Weasley. – O menino falou, rispidamente. – McGonnagal te disse a senha? – Ele perguntou por fim, curiosa para saber quem era o menino; apontei minha varinha em seu rosto, fazendo-o não apenas fechar seus olhos, como cobri-lo com o braço. Daniel Ogden, sétimo ano, monitor-chefe da Lufa-Lufa.


- Desculpe-me Ogden. E não, ela não me falou. – Vi uma luz de varinha se aproximar de onde estávamos, apontei a luz em direção à menina que se aproximava, Tammy Jobs, sétimo ano, monitora-chefe da Corvinal.


- Vocês já estão aqui? – Ela nos perguntou sorrindo. – Ia procurá-los no Salão Principal...


- Já sabe a senha, Jobs? – Daniel perguntou mal humorado. – Ou teremos que esperar pelo monitor da Sonserina?


- Ah, Malfoy já está lá dentro. – Ela sorriu maravilhada, enquanto falava seu nome. – Ele disse que tem uma surpresa para gente... A senha é: “coração de dragão”. - A estátua se moveu sem objeção, sem que eu tivesse tempo de perguntar a Tammy, que tipo de surpresa Scorpius havia preparado, vindo dele, não devia ser nada bom.


Passamos pelo buraco que surgiu na parede, havia uma grande mesa de centro, redonda, com quatro cadeiras altas e de pano escuro. Uma lareira estava acesa ao lado de quatro confortáveis poltronas, cada uma de uma cor, era bem subjetivo que as poltronas estavam divididas assim como a cor da casa correspondente. A poltrona vermelha seria minha, a verde que estava logo ao lado de Malfoy, a azul de Tammy Jobs e a amarela de Daniel Ogden. Um sofá solitário encostado ao lado da janela, que trazia a noite para dentro. Uma única escada nos levaria para nossos dormitórios, era possível ver um pano de casa em cima de cada uma das quatro portas, um leão rugia em silencio na bandeira da ultima porta da direita.


Meus olhos estavam maravilhados com todos os detalhes, aquele era um cômodo do castelo, que não existia antes da guerra, e por isso, não podia ser encontrado em Hogwarts: Uma historia. O lustre que pendia no meio do Salão Comunal era uma única vela, pendurada de ponta cabeça, e que iluminava todo o local. Abaixo da maravilhosa vela, estava o motivo do meu corpo estar tão eletrizante, daí que vinha a sensação de perda de ar, e estomago apertado, era por isso que minhas mãos suavam e tremiam assustadas, era Scorpius Malfoy que eu encarava agora, sem conseguir desviar os olhos, e era ele que me encarava de volta.


Por um curto espaço de tempo, perdi a voz. Muito tempo havia se passado desde a ultima vez que eu me permiti olhá-lo desse jeito, eu que sempre evitava seu olhar acinzentado, estava preso a ele, sem nem ao menos poder piscar. A voz de Daniel me chamou atenção, fazendo com que eu saísse do transe que me prendia ao olhar de Scorpius.


- E ai Malfoy? – Daniel parecia estar sem palavras pela decoração da sala, assim como eu e Tammy. – Qual a surpresa?


Scorpius sorriu feliz com a pergunta de Daniel, seu sorriso era branco e brilhante, senti uma facada em meu coração, fui traída por mim mesma, e meus sentimentos estúpidos pelo sonserino lindo a minha frente. Não, isso não podia estar acontecendo... Não de novo... Não ainda. Fiz de tudo para esconder o meu encanto pelo seu sorriso, pelo seu rosto, pelo seu corpo, mas uma energia desconhecida fazia meus olhos pararem nos seus.


- Vai ficar encarando a Weasley, ou vai nos contar a surpresa? – Daniel estava irritado mais uma vez. Na verdade, nunca o vi calmo.


- Ah, sim. – Malfoy falou sem desgrudar nossos olhos, abriu a mochila que estava em suas costas, colocando três garrafas em cima da mesa. – E então, o que acharam?


- Isso é...? – Tammy perguntou chegando mais perto, para ver melhor.


- Bebida dos Elfos. – Malfoy completou radiante, ao ver a satisfação nos olhos dos outros monitores. – Vamos beber? – Fez a pergunta tirando quatro copos de dentro da mochila, e enchendo-os até transbordar. – Brindar por sermos os escolhidos?


Ele sentou-se em uma das cadeiras envolta da mesa, fazendo um gesto com as mãos para que fizéssemos o mesmo. Tammy foi a primeira a se sentar, logo depois Daniel foi convencido pela curiosidade e se sentou em frente a Malfoy recebendo um copo tão cheio quanto o de Tammy.


E eu? Bem, não sabia o que fazer. Verdade que estava morrendo de curiosidade, mas ao mesmo tempo, imaginava o que Scorpius poderia estar aprontando. Aprontar era de sua natureza de sonserino, mas a curiosidade era típica de uma grifinória. Tudo bem, vocês não estão entendendo o porque da minha curiosidade? A Bebida dos Elfos; é uma bebida alcoólica, que não tem gosto de álcool. Na verdade, cada pessoa que a toma, sente um gosto diferente, qualquer que seja. E só pode ser preparada de dez em dez anos, por isso era caríssima, e no meu caso, uma oportunidade única, sem contar, que quem a bebia, dizia como ela era prazerosa.


Não havia percebido que os três me encaravam, esperando que eu me sentasse. Olhei em seus rostos um pouco confusa, e quando olhei para Scorpius ele falou com uma voz calma e melodiosa “Uma noite de trégua não vai te matar, Weasley”. Ao escutar isso, sentei ao seu lado, sem nem ao menos lembrar o porque estava tão nervosa, ele me passou o quarto copo.


- Um brinde a esse ano que nos aguarda. – Ele disse segurando seu copo em cima da cabeça. – Que ele nos traga surpresas maravilhosas. – Todos brindaram após seu discurso bebendo o conteúdo em seguida.


- Mérlin, tem gosto de café com leite. – Daniel olhava para a bebida transparente. – É maravilhoso.


- Não, tem gosto de mel. – Tammy olhou para Daniel confusa. – É mel!


- Cada um vai sentir um gosto. – Malfoy falou explicando. – Não vai beber Weasley? - Tomei um gole da bebida tentando conter meu sorriso. – Que gosto tem para você?


- Amoras, e para você, Malfoy?


- Chocolate derretido... – Ele falou rindo e bebendo mais um pouco. – Sempre teve esse gosto...


 


Algum tempo depois, Tammy e Daniel se retiraram, dizendo que precisavam dormir. Ia me levantar da mesa e segui-los para as escadarias quando Malfoy falou:


- Quer beber mais um pouco, Rose? – Eu escutei direito? Rose? – Ainda tem duas garrafas fechadas...


- Eu acho melhor não. – Falei sem graça. – Já estou um pouco zonza. – A cara que ele fez, ao som de minha resposta, me desconcertou, fazendo-me voltar a trás. – Só mais um copo não vai fazer mal, não é? – Estendi meu copo em sua frente e ele nos serviu sorrindo. Bebemos mais um copo cada um, e quando nos olhamos, rimos sem motivo. Ou Scorpius se mexia demais, ou minha cabeça estava girando.


- Ansiosa pelo ano que nos aguarda? – Ele perguntou de uma forma tão natural, que me desconcertou.


- Acho melhor eu ir agora. – Falei sem graça, após alguns minutos de um silencio constrangedor. – Boa noite, Scorpius. - Ele segurou minha mão, antes que eu me levantasse, e olhou para elas como se debatesse um assunto interno. Sem saber o que fazer, não fiz nada. Fiquei parada a meio caminho de levantar, e a meio caminho de me sentar de novo.







*****



N/A: 



-Lumus!


Era pra isso ser dividido em dois capitulos, mas não aguentei.... huahauahuhua 

E tbm ficaria muito curto, então resolvi postar tudo de uma vez!


O proximo capitulo vai demorar um pouco...

Espero que gostem...

Criticas são bem-vindas!


Comentem!!!!


-Nox!


 

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Comentários (6)

  • Mariana Berlese Rodrigues

    #MORRI A-M-E-I <3 <3 <3 MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.*CHOREI E RI MUITO AQUI :)TADINHA DA ROSE SEMPRE COMO O MALFOY kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk'

    2013-01-30
  • Lana Silva

    AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH Que capitulo Divo tô amando *------------*

    2011-10-08
  • Leticia Franciele Borghi

    Ain... que lindo...   Será que ele vai fala aquela palavra que começa com A e terminacom MOR ??

    2011-08-27
  • Keriane

    Perfeitooooooooo!Quero mais^^ O que vai acontecer com a Rose e o Scorpius?Quero muito veeeeeeeer,continua! Não demora pra postar não,esse capítulo tá muito lindo.Pessoa morta de curiosidade aqui.Bjos*-*

    2011-08-25
  • Babs Malfoy

    aaaaaaaaaaaaa posta mais nhac *-*

    2011-08-24
  • Vitoria Weasley Malfoy

    Amei, valeu por não maltratar agente, e obrigado pelos conselhos, eu sei que preciso detalhar mais minha fic, mas é importante ouvir estes conselhos... Qual será o gosto para mim? kkkk  bj bjs

    2011-08-24
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