Futuro e passado.



Capitulo 20 – Futuro e passado.


 


Harry e Gina estavam namorando num dos jardins internos do castelo, em um horário que eles não tinham aula.


- E estranho ter as festas chegando e não ver a neve. – disse o moreno.


- Estranho, por quê?


- Toda cidade que moramos, nevava. Acho que me acostumei com o frio chegando. Mas aqui só está menos quente.


- Vai ser um Natal diferente, então. – disse a ruiva.


- Vai ser um Natal. – disse ele. – Acredito que vai ser meu segundo Natal. Meu tio não me deixava participar das festas da família dele. Por sorte minha tia pegava um pouco de comida pra mim. Fora isso passava quase todo o tempo trancado no meu quarto.


- Me diga que pelo menos você ganhava algum presente.


- Sim, ganhava. Tia Petúnia fazia questão de sempre me dar pelo menos um. Claro que não era tão bom quanto qualquer um que Duda recebesse, Tio Valter garantia isso, mas sabia que era dado com amor.


- Não sei como você não fugiu daquela casa. – disse a ruiva o abraçando como se pudesse tirar as más lembranças dele.


- E ir pra onde? Para as ruas? Não tinha amigos a quem recorrer. A primeira pessoa que estendeu a mão para mim foi uma professora, mesmo assim logo me mudaram de escola depois que o advogado que ela me arrumou deu uma dura no meu tio. Ela ainda me ajuda, com algumas coisas, mas não posso dizer que ela é uma amiga. Depois veio você.


- OH. – disse ela, um pouco enciumada.


- Eu realmente pensei em fugir. Tenho guardado algum dinheiro para sumir depois que fizesse dezoito anos. O suficiente para começar uma faculdade longe do meu passado.


- E agora? – perguntou a ruiva apreensiva.


- Não sei ainda. – disse ele pensativo. – Tem toda essa historia de ser rico, dono de empresa, com pessoas que gostam de mim. Agora tenho a quem questionar, expor minhas dúvidas. E o mais importante, tenho você. Não sei se vou conseguir ficar longe de você por muito tempo. Podemos ir pra mesma faculdade ou próximas.


- Isso seria perfeito. – disse ela. – Mas como você conseguiu dinheiro para começar uma faculdade?


- Trabalhos pequenos, como entregar jornal, garçom, esses que jovens fazem para ter algum dinheiro, eram o suficiente para me manter, digo, comer, me vestir decentemente, me deslocar. Mas depois que eu virei fotógrafo do meu colégio, passei a vender algumas fotografias. Até mesmo fiz uma exposição em Los Angeles, dois anos atrás, uma pena que não pude comparecer.


- Era para você ser famoso, então? – disse ela.


- Eu sou, mas como meu pseudônimo. PTH.


- Eu fui à sua exposição. – disse ela. – Mamãe adora arte. Eu quase fiz com que ela comprasse uma foto pra mim. Mas infelizmente alguém já tinha feito isso. Era um casal como nos dois vendo um pôr-do-sol.


- Eu me lembro dessa foto. Eu ainda guardo uma cópia em tamanho menor. Me faz lembrar meus pais. – disse ele. – Te mostro um dia. Mas me parece que ela foi vendida para alguém aqui de San Diego. Foi a que me rendeu mais dinheiro. O Cara cobriu a oferta do dono da exposição que queria também.


- Você está bem assediado. – disse ela dando um beijo nele. – Espero que isso continue apenas para as fotos. O fotógrafo já tem dona.


Eles continuaram a conversar sobre o futuro por um tempo.


Mas como nem tudo é perfeito. Malfoy apareceu para tentar estragar tudo.


- Esse namoro está rendendo mais que os outros, Weasley. – disse o loiro. – Ou será que ele ainda não descobriu como você é ruim de cama.


- Sai daqui, Malfoy. – disse a ruiva. – Vai encher a paciência de outro.


- A verdade dói. – disse o loiro rindo. – Você não deve ter contado para ele que fui o primeiro. Pelo menos isso. Metade do colégio já passou por ela, e todos têm a mesma opinião. Uma boneca inflável é melhor.


- Malfoy. – chamou Harry.


- Que foi Potter. – disse ele. – Quer agradecer?


- Não. Só te informar que você está sozinho agora. – disse Harry se levantando do banco que estava sentando e tirando a jaqueta.


- E o que tem isso? – disse Malfoy como um superior.


- Se quer manter os dentes na boca, corre. – disse o moreno.


Malfoy percebeu o perigo e saiu em disparada para longe dos dois. Batendo em tudo no caminho.


- Você não acreditou no que ele disse? – perguntou Gina, chorosa. Ela já tinha perdido um namorado assim, mas não sentia o mesmo que sentia por Harry.


- Claro que não. – disse ele. – E mesmo se algo que saiu da boca dele fosse verdade, eu te disse que não me importo com o que aconteceu antes de começarmos a namorar.


Ela soltou um suspiro aliviado.


- Eu nunca tive nada com Malfoy. – disse ela. – Ele já me convidou para sair algumas vezes, mas faz isso com todas as meninas. Claro que são poucas as que aceitam só as mais atiradas. E bem... você não vai ficar chateado se eu disser que sou virgem?


- Não, por que ficaria? Se for para acontecer, descobriremos as coisas juntos. – disse ele.


- Oh, Harry. – disse ela, dando um beijo. – Acho que devemos nos vingar do Malfoy.


- Não, melhor deixar isso para lá. Algo me diz que ele vai ter o que merece rapinho.


Harry estava certo. Alguém abriu uma porta de armário, enquanto ele corria desembestado pelos corredores o acertando. Ganhando um belo hematoma na cara, que não seria fácil esconder com ósculos escuros. Todos que viram a cena puderam jurar que uma sombra sumiu pela parede logo após.


 


Pouco depois, Rony e Mione apareceram.


- E ai, maninha. Já falou para o Harry da festa? – perguntou o ruivo.


- Festa? – disse Harry.


- Papai faz na empresa dele, uma festa para comemorar os feriados do fim do ano. – disse a ruiva. – Queria te convidar para ser meu par. Não é umas daquelas festas chatas como tem umas por ai.


- Aceito, sim. – disse ele. – Você não vai se livrar de mim tão cedo assim.


- Tiago disse que a carona é por conta dele. – disse Mione. – Se quiser pode se arrumar lá em casa.


- Melhor mesmo. – disse Harry. – Não quero ter que ficar ouvindo Tia Guida reclamando que não foi convidada para uma festa destas, sendo que até eu fui.


 


Harry preferiu se aprontar para a festa na casa da amiga. Valter o deixou em paz depois que ele descobriu sua ‘família’, mas Duda e Guida só pioraram o tratamento. Mas ele percebeu que quanto mais ignorava, mais os dois perdiam o controle.


Duda já tinha perdido seu celular e o tocador de mp3 quando arremessou os dois contar o primo. E Tia Guida teve que aumentar a dose dos medicamentos depois de crises.


Ele conheceu os pais de Mione, que eram dentistas renomados, com clientes que incluíam alguns artistas de Hollywood.


Contrariando a crença popular, a morena não demorou a se aprontar. Usava um vestido tomara que caia roxo. E seu cabelo estava em um coque no alto da cabeça.


- Com certeza Rony não conseguirá tirar os olhos de você, nem mesmo se a seleção americana de basquete aparecer por lá. – disse Harry.


- Deixa disso. – disse Mione.


- Ele está certo. – disse o pai dela. – Desde que os olhos sejam as únicas coisas dele em você.


- Pai. – reclamou ela.


- Eu sei que você não é aquela menininha que eu levava no ombro para tomar sorvete. – disse ele. – Mas ainda sou seu pai.


- Eu sei pai. Eu te amo também.


Harry viu a cena tentando imaginar como seria a cena se seus pais estivessem vivos.


- Acho que a carona de vocês chegou. – disse a mãe da menina.


Sem dúvidas era Tiago. O rapaz estava parado ao lado de uma limusine, trajando um terno escuro que aparentava ser couro, apesar de ser tecido. Com seus óculos escuros, cabelo com gel, em um rabo frouxo. Parecia não ser o motoqueiro que todos conheciam, mas ao se aproximar via que a gravata dele estava escrita uma letra de um rock famoso, as abotoadeiras eram espinhos e claro um anel de caveira próximo aos anéis que ele já envergava.


Dentro do carro, estava Lílian, em um vestido dourado, falando alguma coisa para ele.


- Eu não esperava por isso. – disse Mione.


- Temos que chegar à festa em grande estilo. – disse a ruiva. – Já que eles são os sogros dos dois.


- Onde está Fleur? – perguntou Harry depois que eles estavam a caminho da festa.


- Ela foi com o Gui. – disse Lílian. – Ele tinha que chegar acompanhado. E antes que perguntem Gina e Rony serão um casal até vocês chegarem da mesma forma. Gabrielle está com meus pais.


A festa seria em um salão de um hotel no centro da cidade. A limusine parou em frente à entrada do salão, que era diferente da normalmente usada pelos hospedes do hotel.


Harry e Mione desceram na frente, enquanto Tiago dava instruções para o motorista. O moreno notou que o cara que recepcionaria eles era um que já tinha trabalhado em uma festa com ele. Pela cara do sujeito, ele foi reconhecido.


- Funcionários pela porta lateral. – disse o cara.


- Nós somos convidados. – disse Harry.


- Você é um fotógrafo, que eu sei. – disse o recepcionista. – Já trabalhamos juntos.


- Isso é verdade, mas hoje não estou a serviço. – disse Harry.


- Somos convidados. – disse Mione.


- São penetras. – disse ele. – Saiam ou vou chamar a segurança.


- Chame. – disse Lílian.


- Srta Delacour. Não tinha te visto ai. – disse ele.


- Estava ocupado demais importunando convidados novamente. – disse a ruiva.


- Ele é um fotógrafo. – disse o cara.


- E eu sou dono de bar. – disse Tiago, que estava de braços dados com a ruiva. – Isso não impede de nossos nomes estarem na lista.


- Eu olhei a lista, e não há nenhum Harry Potter na lista. – disse o cara.


- Não nesta. Procure na C.E. – disse Lílian.


- Convidados Especiais? – perguntou o cara incrédulo.


- Sim. – disse a ruiva.


O cara olhou para a lista e realmente Harry Potter estava ali, assim como o nome de Lílian, Hermione e Tiago.


- Mil desculpas. – disse o cara.


- Meu pai ficará sabendo disso. – disse a ruiva fazendo o cara tremer.


- Eu preferiria que você tivesse deixado que ele chamasse a segurança. – disse Tiago.


- Claro eles são seus amigos. – disse a ruiva. – Meu pai é o dono da empresa que presta serviços para festas. E esse é um dos encrenqueiros.


 - Ainda acho que seria melhor os seguranças. – disse Tiago.


Eles acabaram se separando, Harry e Mione iam atrás dos anfitriões, mais precisamente de seus respectivos namorados, enquanto Tiago e Lilian procuravam suas famílias.


Não foi difícil encontrar os Weasley. Estavam na mesa de honra, cercado de gente. O complicado foi chegar até eles. Até que Mione teve uma ideia.


- Aqueles não são Angelina Jolie e o Brad Pitt entrando? – disse ela num tom curioso.


Metade do pessoal se deslocou para poder ver o casal famoso. Os dois aproveitaram e seguiram em frente.


- Você anda passando muito tempo com o Tiago. – disse Harry para a morena.


- Na verdade foi a Gina quem me ensinou essa. – disse Mione. – Tiago simplesmente se faria notar e todos sairiam da frente.


- Verdade. – disse ele chegando perto da mesa. – Uma bela festa, Sr Weasley.


- Me chame de Arthur. – disse ele. – Às vezes o simples é melhor.


O salão estava decorado com balões prateados e acobreados. As mesas com toalhas brancas, sem enfeites. Muitos poderiam pensar que saiu da mente de um homem sem muita imaginação para decoração, o que não deixa de ser verdade, mas acabava ficando elegante, sem exageros.


- Isso porque ele só se lembrou da decoração anteontem. – disse Molly.


- A comida era mais importante. – disse Arthur. – Mas creio que não éramos nós dois que eles procuravam.


- Pai. – disse Gina, que usava um vestido frente-única branco, e usava um penteado que a fazia parecer uma princesa medieval.


- Vão se divertir meninos. – disse o ruivo mais velho. – E coloquei o Gui de olho em vocês.


- Arthur. – disse Molly.


Gina puxou Harry para longe dos pais, não queria envergonhar mais o menino. Mione e Rony foram para outro lado.


Conversaram um com Luna, que tinha ido com o pai, dono de uma revista, que tinha o patrocínio dos Weasley.


Depois encontraram com Sirius, Lene e Natascha. Harry acabou sendo arrastado pela prima para a pista de dança.


- Eu devolvo ele ainda vivo. – disse ela. – Tenho que recuperar o tempo perdido.


- Espero que ele dance melhor que o Pontas. – disse Sirius.


- Ele dança bem. – disse Gina. – Tomara que não tenha que afastar meninas dele depois disso.


- Era por isso que o Pontas dançava mal. – disse Lene. – Ele preferia se guardar para a Lily.


- Era por isso que ele não ligava quando zoavamos com a cara dele. – disse Sirius. – E eu achando que era por que ele queria que eu calasse a boca.


- Ele queria que você calasse a boca, Almofadinhas. – disse Remo, que se aproximava com Tonks. – Te ignorar era mais fácil e menos doloroso que te dar um soco.


Gina deixou os dois marotos discutindo e observou a pista de dança. Confiava em Harry, e sabia que aquele era o jeito de Natascha. Eles bailavam como se fizessem isso sempre, sorte que eram poucas as pessoas que estavam prestando atenção aos dois, ou por preferirem conversar no começo da festa, ou por olharem para Tiago, que ensinava Suzy a dançar.


A menina ria, e pouco se importava com as pessoas a sua volta. Provavelmente por estar perto do motoqueiro e da namorada dele.


Gina aproveitou o momento e trocou de lugar com Natascha. Era ali naqueles braços que ela queria passar o resto da vida.

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Comentários (4)

  • Lana Silva

    Ri muiiiiiiiiiiiiiiiiiiitoQue recepcionista idiotaNossa, tô precisando de mais momentos R/HApesar de que tá tudo lindo *-* 

    2012-02-27
  • Natascha

    ficou ótimo! q recepcionista inconveniente..........mto fofo o Tiago com a Suzy. o Malfoy com medo foi o melhor...........

    2011-10-09
  • Bárbara JR.

    Meninos como o Harry que falta no mundo, OH DEUS! Malfoy enjoado até no modo trouxa, impressionante O.O' - O Tiago e a Suzy, que fofo. momento irmãos. ^.^'

    2011-10-08
  • Ana Slytherin

    Malfoy sempre atrapalhando!!Recepcionista chatoo os momentos HG estão cada vez mais fofos 

    2011-10-08
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