Jantar em Família.



Capítulo 19 – Jantar em Família.


 


Gina estava apreensiva, não pelo jantar em si, mas por seguir em um carro dirigido por alguém tão desastrosa como Tonks. Mas isso logo passou quando percebeu que ela podia dirigir bem. E o fato do carro estar em boas condições foi um fator determinante.


Harry não se preocupou com nada disso. Bem ele cresceu com o Tio Valter dirigindo, e a agressividade do homem era bem mais perigosa que alguma trapalhada da policial. E ele nem teve tempo de pensar sobre isso, Tonks o inundou de perguntas, mas teve tempo de pensar.


“Deve ser assim que ela interroga alguém. Deve ter mais efeito que perguntas feitas com raiva, como as dos filmes”. – pensou Harry.


Logo eles estavam entrando em uma casa bem grande. Ao contrario do que o moreno pensava não era uma mansão de cinema, era grande, mas não a esse ponto.


Harry esperava tudo, menos ser agarrado logo que passou pela porta. Ele podia ver Lene feliz do outro lado da sala, Sirius rindo, Remo balançando a cabeça e Gina entre a diversão e o ciúmes.


- Você cresceu. – disse a mulher que pulou nele, pelo menos agora ele percebeu o motivo dos ciúmes de Gina. – Claro que eu não esperava que você continuasse do tamanho de um bebê.


Algo nela era familiar, mas Harry não conseguia conectar os fatos.


- Você não está me reconhecendo, né? – perguntou a mulher. – Claro que não, eu também cresci. Eu sou Natascha Black, filha daqueles dois ali. Me surpreende eles não terem falado de mim para você.


- Eu não me lembro de quando eu morava com meus pais.  – disse Harry como se desculpasse.


- Não importa. Eu tinha cinco anos na época também. Só fiquei chateada de não poder mais brincar com meu priminho. Remo nunca quis me dar um. – disse ela, com um biquinho.


- Eu sou Gina Weasley. – disse a ruiva quando a morena o cumprimentou.


- E depois o papai fica falando que os Potter tem gosto duvidoso. – disse ela feliz. – Bem vinda a família.


- Eu não digo isso, ainda mais que a Lily e capaz de voltar do túmulo e me bater. – disse Sirius. – Eu digo que eles têm gosto pelo sofrimento. O Pontas pai ficou se humilhando pela ruiva dele por anos.


Todos olharam para Gina, menos Harry.


- Não faz meu estilo. – disse ela. – Prefiro agarrar o que é meu antes que alguma aventureira o faça.


- Não vai me dizer que foi ela quem te agarrou? – perguntou Sirius. – Já basta o Remo.


- Tem alguma coisa contra mulher de atitude, priminho? – perguntou Tonks demonstrando que apesar de ser um pouco desastrada tinha autoridade.


- Nenhuma, mas ele é filho do Pontas. – disse o moreno tentando se justificar.


- Vamos dizer que foi um empate. – disse Gina.


- Gostamos um do outro de cara. Começamos a conversar e rolou. – disse Harry. – Os dois juntos.


- São poucos casais que são assim. – disse Lene. – Mas o Sirius gosta de um pouco de drama nos relacionamentos.


- Devia perguntar para o Tiago sobre seu relacionamento com a Lílian. – disse Harry. – De preferência longe das mesas de sinuca.


- Mais um casal perfeito. – disse Lene.


- Sempre achei que era ele mesmo quem quebrava os tacos para ter uma desculpa para terminar o serviço em quem merecia. – disse Tonks. – Ainda bem que ninguém acredita que aquele menino adorável pode reduzir valentões a nada em poucos segundos.


- Nem mesmo os valentões. – disse Sirius. – Por isso ele consegue. Já vi três ou quatro chefes de gangues atrás dele por essa habilidade. Mas acho que o argumento de ser neutro ser melhor para todos os convence.


- Isso ou o fato dele conhecer policiais, juizes, promotores, e outras pessoas que iam adorar acabar com eles caso algo acontecesse com ele? – perguntou Natascha.


- Não sei o que você aprende do outro lado do país para pensar assim. – disse Sirius.


- Só um pouco de historia, nunca pegue alguém com amizades influentes, eles podem te ferrar mais que os bobos sem amigos. Eu estudo Direito em Harvard. – disse ela para os dois novos amigos.


Pouco depois eles foram para a mesa. Durante o jantar, Sirius tentava envergonhar Harry perante Gina, mas como suas historias eram apenas de um bebê, acabava que a ruiva o achava fofo.


Até que o Sirius pegou uma foto onde Harry jogava água para todo lado dentro de uma banheirinha.


- Como você era fofo quando pequeno. – disse a ruiva.


- Era, por que não é mais? – perguntou Sirius.


- Não, agora é gostoso. – respondeu a ruiva.


- Você ainda não aprendeu que não deve mexer com ruivas? – perguntou Remo.


- Não. Ele perdeu a prática. – disse Lene.


- A namorado do Vampiro é ruiva também. – disse Tonks.


- E minha prima. – disse Harry, que explicou a historia para eles.


 


- A P&B foi fundada pelo meu pai, meu tio e o Sr Potter. – disse Sirius. – o Sr Potter por ter mais dinheiro investido e mais experiência, ficou com metade das ações da empresa mais uma. Meu pai e meu tio dividiram o resto igualmente. Claro que no acordo eles previram que as ações deviam ser passadas para seus filhos e sempre permanecer na família. Sendo que elas não entram em partilha de bens, nem podem ser vendidas sem o acordo da maioria dos outros acionistas.


- Isso quer dizer que eu sou o dono de metade de tudo? – perguntou Harry assustado, ele sabia que tinha uma parte da empresa, mas não tudo.


- Sim, e não. – disse Remo. – Você só vai ter direito a sua parte no seu aniversário de 18 anos. Até lá Sirius e o responsável pelas suas ações. Mesmo que Malfoy e Dursley tivessem tentado assumir o controle delas.


- Malfoy antes de saber do testamento do seu pai, tentou argumentar que como Advogado da empresa ele devia ser o responsável pelas ações. – disse Lene.


- Ainda não consigo ver como alguém pode confiar naquele cara. – disse Natascha. – Quando eu era pequena meus pesadelos eram com monstros que tinham a cara dele.


- Sabia que não devia ter te levado para as festas da família do seu pai. – disse Lene.


- Como assim? – perguntou Gina.


- Infelizmente, minha prima é casada com o Malfoy. – disse Sirius.


- Meus pêsames. – disseram Harry e Gina juntos.


- Pelo menos meu tio protegeu a empresa, e Malfoy só descobriu que não possuía nada depois do casamento. – disse Sirius.


- Eu lembro quando vocês me chamaram para tirar o Malfoy da reunião dos sócios. – disse Remo. – Malfoy ainda jura vingança por ter saído do prédio algemado.


- Ele nunca tentou uma procuração ou tentar a presidência? – perguntou Harry.


- Ele tem uma procuração, mas ela só e válida quando Narcisa, minha prima tem um motivo muito forte para faltar. E com ela presente ele não pode abrir a boca. – disse Sirius. – O Presidente é aquele que controla a maioria das ações. Conforme seu avô quis. Sendo ele o primeiro presidente, depois seu pai. E agora eu, por controlar a suas ações, como seu tutor.


- Então quando eu fizer 18 anos, eu serei o Presidente?


- Sim. – disse Natascha. – Esse é o contrato da empresa.


- Ela está se formando em direito empresarial para assumir o lugar do Malfoy. – disse Tonks para Gina.


- Mas claro que existe uma clausula, que permite a nomeação de outro presidente, quando aquele de direito não puder, pode nomear alguém. – disse Sirius. – Então caso você não queira ou não se sinta preparado para a função, pode nomear alguém.


- Por que Malfoy está tão interessado em manter o Harry longe? – perguntou Gina que sabia da historia do sequestro orquestrado pelo loiro pai.


- Se ele não assumir a suas ações na reunião mais próxima do seu aniversário, que deve acontecer em Março, ele perde seu direito e elas vão a venda. – disse Sirius.


- Esses Black são cheios de tradições e frescura. – disse Lene.


- Por isso que eu fugi de casa. – disse Sirius. – Mesmo assim meu pai viu meu ponto e não me deserdou.


 


Os alunos passavam por Tiago e ficavam se perguntando por que ele estava segurando aquela caixa com um sorriso que dizia que ele ia aprontar algo. Seu sorriso aumentou mais quando viu Harry, Rony e Neville vinham na direção que ele estava.


- Os marotos tem uma tradição. – disse ele.


- Mais uma. – disse Rony. – Achei que era conhecer os segredos do castelo e usar esses anéis.


- Bom, essas são as que as pessoas normalmente conhecem. – disse Tiago de modo misterioso. – Não se preocupem, não há rituais malucos. Mas nosso amigo Plantaboy está atrapalhando.


- Co...como? – perguntou Neville, ele tinha certo medo quando via Tiago com aquele sorriso.


- Nós três temos algo que ele não tem, ainda. – disse ele.


Os três pensaram no que poderia ser, até que Harry percebeu um fio vermelho na gola do amigo.


- Uma namorada. – disse o moreno.


- Não sei do que vocês estão falando.  – disse Neville, mas o fato de não olhar para nenhum deles, ao contrário procurar por algo atrás deles.


- Podemos resolver isso. – disse Tiago. – Segurem ele.


Harry pescou rápido o que estava acontecendo, e o segurou. Rony, que já tinha sofrido com um plano do motoqueiro, também o fez, e bem feliz por ele não ser a vitima da vez.


Tiago sacou o celular e discou um número.


- Oi, Hannah. – disse ele. – Eu estou bem, mas o PlantaBoy está com um problema. Nada grave, mas ele está precisando de você. Estamos na frente do auditório. Venha rápido.


- O que você está aprontando? – perguntou Neville.


Tiago mostrou a caixa que estava em suas mãos.


- Aqui dentro tem quatro conjuntos de anéis. – disse ele. – Anéis de compromisso. Mas para que eles possam ser nossos definitivamente, ao contrário destes em nossos dedos, que serão escondidos para os próximos marotos, todos nós teremos que estar compromissados. A geração do pai do Pontas foi a que mais perto chegou disso, só Aluado não tinha namorada.


- Hannah vem ai. – disse Rony.


A multidão parecia querer ver o que estava acontecendo, mas tinha medo deles, então abriram para as meninas passarem.


- O que está acontecendo? – perguntou a menina.


- Sequestramos o Neville. – disse Rony.


- E estamos pedindo um resgate. – disse Harry.


- O que? – perguntou a menina com apreensão.


- Um beijo. – disse Tiago.


Uma onda de raiva passou por aquele corredor.


- Não em nós. – disse o motoqueiro. – Nele.


Ele apontava para o refém.


- Um só? – perguntou Gina.


- Hum. Acho que posso pagar.  – disse Hannah se aproximando de Neville e passando os braços pelo pescoço dele. – Podem solta-lo. Ele está preso.


Neville só registrou o fato, quando seus braços contornaram a cintura dela, meio minuto do beijo começado.


Quando o sinal tocou, eles se afastaram. E Neville ficou intrigado como uma caixinha com dois anéis parou no seu bolso.


Não foi surpresa para ninguém o namoro. Mas ainda queriam saber como todos os Marotos tinham um anel no bolso e deram para suas donas. Pois era isso que estava escrito no interior dos anéis que elas tinham orgulhosamente em seus dedos.


Donas dos Marotos.


 

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Comentários (3)

  • Lana Silva

    Nossaaaaaaaaaaaaa senhora que capitulo bom de maiiis *-*Amei o jantar E nossa kkkk que bom o Neville ficar com a Hannah  

    2012-02-27
  • Natascha

    adorei o capítulo! tinham q aprontar alguma com o Nevile..........

    2011-09-24
  • Kalyne Potter

    Nossa! Sua fanfic está ótima! Eu me apaixonei por ela! Queria que você postasse mais um pouco de Harry e Gina! Estou amando a sua fic! Continue assim, beijos!

    2011-09-24
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