Salvamento



Capítulo 9 – Salvamento


 


- Harry, você tem visita. – disse Petúnia depois de bater em sua porta.


O moreno ficou intrigado com isso, nenhum de seus amigos tinha seu endereço, apesar de acreditar que Tiago pudesse saber.


Mas para sua surpresa quem estava na porta de sua casa era a Sra Figg.


- Boa tarde, Harry. – disse a senhora. – Espero não estar atrapalhando.


- Não está. – disse ele. – Eu estava apenas fazendo um tratamento em umas fotos, coisa pessoal.


- Bem. Você não gostaria de vir até a minha casa. Tem alguém que quer conversar com você lá.


- Sem problemas. – disse ele. – Hoje estou de folga.


Eles atravessaram a rua, e Harry percebeu que havia um carro estacionado na porta da casa a que se dirigiam, este tinha um reboque com uma moto.


Na casa se encontrava Giselle Meadowes, que estava tomando uma xícara de chá.


- Harry, que bom que você pode vir. – disse Giselle.


- Sempre temos que ter tempo para uma boa conversa. – disse o menino.


- Quantos anos você tem? Isso é de gente da minha geração, menino. – disse ela.


- Eu passei pouco tempo conversando com pessoas da minha idade. Então sempre conversei com pessoas mais sabias.


- Fiz a escolha certa. - disse Giselle para Arabella, o que deixou Harry meio confuso. – Você deve ter visto a moto no reboque ai em frente.


- Sim, uma bela moto.


- Sim, uma Kawasaki ZX12 Ninja. – disse Giselle. – A última coisa que meu marido comprou antes de morrer. A não se preocupe, a dor já passou, só me restou a saudade.


Harry ia falar algo para consolar, mas ela foi mais rápida.


- Eu passei os últimos três anos olhando para aquela máquina, tentando decidir o que fazer com ela. Não podia simplesmente vender ela, sendo que é uma lembrança do meu marido. Mas também não posso deixá-la parada. Por isso tenho uma proposta para você.


- Qual seria? – perguntou ele com receio da resposta.


- Eu quero vende-la para você. – disse Giselle, o que chocou o menino. Arabella parecia já saber disso. – Sei que nos conhecemos pouco, por isso não posso simplesmente dá-la para você.


Bom foi exatamente isso que ele tinha pensado. Mas aquela moto era muito cara, e isso acabaria com sua reserva, o que dificultaria a sua fuga.


- Você não me entendeu.  – disse a senhora, ao ver que ele balançava a cabeça negando. – Não vou te vender pelo preço de mercado, meu objetivo não é o dinheiro, não preciso dele. Eu quero que essa moto esteja nas ruas honrando Phillip. Quero apenas uma quantia para configurar a compra.


Depois do susto eles acertaram o valor, e como Harry pagaria.


- Eu só não gostaria que ela ficasse na garagem do meu tio, ele provavelmente não vai gostar disso, e meu primo pode ficar com inveja e causar algum dano.


- Não seja por isso. – disse Arabella. – Ela pode ficar na minha garagem. Eu quase não a uso, e tem muito espaço para a moto lá.


 


Harry se despiu das duas e aproveitou o fim da tarde para experimentar sua moto. Foi por ruas que ele ainda não havia conhecido, nesse tempo que ele estava na cidade.


A sensação de liberdade que ele teve ao andar nela foi muito boa. Ele ficou pensando que devia ser por isso que Tiago decidiu ser um motoqueiro. Ainda mais em uma 2007 Harley-Davidson VRSCDX Night Rod Special.


Parou em uma lanchonete para comer algo. Do outro lado da rua, avistou uma loja de produtos fotográfico, e se lembrou que Marcus mencionou que as vezes eles usavam aquela loja para revelar fotos, quando estavam muito apertados para fazer isso no estúdio. Foi até lá.


Ele preferiu não revelar suas fotos pessoais no estúdio, por questão de privacidade e para não abusar dos recursos do serviço.


Enquanto estava conversado com a atendente, Harry viu Gina passar pela loja, mas não o viu. Depois ele ia tentar encontrar com ela.


Não demorou muito, então ele ia procurar a ruiva, mas antes de sair da loja, ele viu seu primo na companhia de alguns meninos da vizinhança deles. Se ele não podia liderar a gangue da escola, Duda formou a sua própria no bairro.


Mas o que preocupou mais foi que ele seguia o mesmo caminho que Gina tinha passado a poucos minutos depois.


Sabia que a menina podia se defender sozinha, mas a desvantagem era grande, caso ela estivesse realmente sozinha.


Seguiu o seu primo, coisa que não foi muito difícil, já que o bando era barulhento e não prestava atenção nele. Provavelmente Duda acreditava que ele estava em casa.


Harry viu que sua suposição estava correta, quando Duda empurrou Gina para um beco, assim o bando saiu da rua principal e das vistas de todos.


- Eu não sou igual ao fracote do Malfoy. – disse Duda. – Você não vai conseguir se soltar sozinha.


- Não você é mais covarde que ele. – disse Gina.


- Não é covardia, tentar aquilo que deseja. – disse Duda. – Ainda mais se meu priminho também quer.


 Ele tentava beija-la, mas ela conseguia desviar. Duda não ousava usar a mão para segurar o rosto dela, pois assim facilitaria uma fuga. Seus amigos estavam rindo.


- Buscar o que quer não. – disse Harry com tanta raiva, que fez com que pelo menos dois companheiros do seu primo tremerem. – Mas alguns métodos, sim. Principalmente aqueles que seu pai ensinou. Não estamos mais na idade da pedra para ter que agarrar uma mulher.


 – Você está me chamando de macaco? – perguntou Duda com raiva.


- Não cometeria esse sacrilégio. – disse Harry se colocando entre Duda e Gina, infelizmente o grupo fechava a saída para rua. – Eu não quero ter problema com Sociedades protetoras dos animais por comparar essas criaturas com algo tão inferior quanto você.


Duda deixou que a raiva tomasse conta dele, e avançou contra o primo com os braços sobre a cabeça, pronto para dar um soco como se fosse uma martelada.


Mas Harry já conhecia os truques do primo e suas fraquezas. Apesar de estar muito fora do peso, ele tinha um ponto fraco que era a boca do estomago, foi onde Harry golpeou.


Quando o resto da gangue partiu para cima de Harry, ele empurrou Duda sobre eles, derrubando metade e atrasando o resto.


- CORRE! – berrou ele para Gina, puxando-a pela mão, em direção ao fundo do beco, na esperança de que houvesse uma saída.


Por falta de sorte depois de uma curva havia uma grade impedindo o caminho.


 - Vamos ter que passar por cima. – disse Harry, vendo a grossa corrente que fechada a grade.


- Tem certeza? Ela não me parece forte para segurar a gente. – disse Gina.


- Vai ter que ser. – disse ele. – Eu te ajudo a escalar.


Ele a ajudou a subir, usando as mãos e depois o ombro, ela escalou o menino antes de ter que segurar nos arames e com um empurrão dele, estava sobre a grade esperando por ele.


Harry voltou alguns metros derrubou algumas latas de lixo e colocou uma caçamba de forma a bloquear o caminho dos meninos que já se recuperaram e corriam atrás deles.


Harry então correu em direção a grade e usando a parede para dar impulsão, conseguiu agarrar ao topo. Sem demorar pulou direto no chão.


- Vem Gina.  – disse ele para a menina, que ainda estava dando graças por estar de calças. – Eu te seguro.


Ela pulou e caiu nos braços de Harry, que nem ao menos se moveu para suportar o impacto, aliás, ela mal tocava o chão com a ponta dos dedos. Eles ficaram se encarando, por um momento, mas se recuperaram, quando Duda gritou que ele tinha pulado para o outro lado.


Eles voltaram a correr e chegaram a rua principal novamente.


- Precisamos sair daqui. – disse ela. – Perdia a vontade de fazer compras.


- Minha moto está longe. – disse ele, recebendo um olhar interrogativo. – Depois eu explico. Vamos para a livraria.


- Livraria? – perguntou ela confusa. – como uma livraria pode nos ajudar.


- Duda nunca entraria em uma livraria por livre vontade. E Lá podemos nos esconder e ainda ficar de olho na rua.


Eles entraram e foram diretamente para as prateleiras dos fundos. Agora a sorte estava ao seu lado, e havia um espelho perto do teto, que auxiliava o dono a vigiar tudo e assim Harry podia ver a vitrine sem que alguém de fora conseguisse identifica-los.


Alguns minutos depois, eles viram o grupo todo passar pela livraria, e nem ao menos olharam para dentro. Harry sabia que o primo não era o primor de inteligência, mas andar com o grupo todo, ao invés de dividir para procura-los, mostrava que ele não enganara.


Mas eles só voltaram a respirar normalmente alguns minutos depois, quando perceberam que eles não voltariam.


- Obrigada. – disse Gina enfim. – Eu não sei o que poderia acontecer se você não tivesse aparecido.


- Você teria se livrado deles. Estava fazendo um belo trabalho. – disse ele para acalma-la, e também por vergonha, não gostava de ser o herói. – sem contar que eu também estava atrás de você.


- Estava, é. Pra que? Posso saber? – perguntou ela de forma bem maliciosa.


- Para muitas coisas. Conversar, chamar para um passeio na minha moto. E principalmente, algo que não vou deixar par depois.


- O que? – perguntou ela, percebendo que eles ainda estavam abraçados, da mesma forma que estavam desde que entraram na loja, e quase iguais ao jeito que estavam depois que ela pulou a grade.


- Isso. – disse ele se aproximando para beija-la.


Desta vez ela não se esquivou, pelo contrário se aproximou mais.


O Beijo começou calmo, mas foi esquentando, e quando ia parecer que poderia queimar tudo a sua volta, a porta abriu, fazendo com que os dois desgrudassem os lábios e olhassem em sua direção. Como eram apenas duas amigas que entraram e seguiram para a seção de revistas ele começaram a rir.


- Acho que podemos sair daqui. – disse Harry. – Já deve ser seguro.


- Sim, e melhor continuarmos em outro lugar. Costumo vir aqui com Mione e Luna e não quero ser proibida de entrar. – disse Gina. – Acho que vou aceitar seu pedido indireto, e dar um passeio em sua moto.


No caminho até o local onde o veículo estava estacionado, Harry contou como a comprou, e logo pensou que precisaria comprar outro capacete.


 


- Eu não estou gostando nada dessa aproximação do Harry da minha irmã. – disse Rony, enquanto eles estavam fazendo um trabalho em dupla com a namorada. – Esses abraços, sorrisos, e posso jurar que eu vi um selinho hoje quando eles se cumprimentaram.


- Deixa de ser antiquado, Rony. – disse Mione. – Eles só estão na fase da paquera, antes de assumir o namoro. Com a gente foi assim também.


- Mas, ela é minha irmã. Não deve ficar fazendo isso. – disse Rony. – Espera o Gui ficar sabendo.


- Acredito que ele já saiba. Não é ele quem dá carona para eles para a detenção. E no sábado passado não passou o dia com eles. Com certeza já percebeu.


- Eu vou ter uma conversinha com esse porco espinho.


- É melhor você deixar a Gina em paz. Você sabe bem que o apelido de gêmeos de fogo não é só pelo cabelo de vocês. Ambos têm um temperamento bem esquentadinho. Sem contar que Harry é o melhor partido disponível.


 - Como assim o melhor? – perguntou ele indignado, recebendo uma reprimenda.


- Eu disse disponível. – falou Mione chateada pela chamada de atenção. – Eu gosto de um que não está mais disponível.


- Quem é esse?


- Você, seu bobo. – disse ela dando um selinho. – Mas pelo que ouvi, tem várias meninas interessadas nele, mas tentam fazer o mesmo jogo que fazem com Tiago, fazer tudo às escondidas. Mas parece que Harry não liga para elas, tem olhos somente para sua irmã. As meninas estão frustradas com isso.


Assim eles voltaram a fazer o trabalho.


 


Demorou dois dias para os Durleys descobrirem sobre a nova aquisição de Harry. Foi Guida que o viu chegando com a moto e ai começou mais uma sessão infernal na casa.


- De quem você roubou aquela moto? – perguntou Valter assim que foi informado.


- Eu não sou o bandido da casa. – disse ele. – Eu comprei a moto, com o dinheiro que eu ganho trabalhando.


- Trabalhando, sei. – disse Guida. – Ninguém nunca viu você trabalhando, deve fazer algo ilegal.


- Já disse que não devo satisfação a você. Mas não se preocupe, - disse ele de forma irônica – Eu não serei preso com o que faço.


- Uma pena. – disse ela. – Acho que deveríamos vender essa coisa e usar o dinheiro.


- É uma boa ideia.  – disse Valter. – Como responsável por você eu tenho o direito disso.


- Não tem não. – disse Harry. – Você se lembra daquele advogado que minha professora arrumou quando fiz doze anos. Mas não se preocupe com isso, tomei medidas para que você não se sinta tentado a repetir isso. Ela não está no meu nome, é só passará pra mim quando fizer aniversário.


Duda nada disse, ele ainda estava com raiva do primo, pelo o que aconteceu no outro dia, e estava gostando de ver ele se ferrar, apesar de querer dar algumas voltas na moto, coisa que ele sabia que Harry nunca iria permitir, e ficou com mais raiva quando ele conseguiu se safar novamente.


 


Pelo que estava acontecendo em casa, Harry ficou muito satisfeito em ir para a escola para a detenção.


Novamente ele encontrou Tiago sentado na escada de entrada, quase dormindo. Ainda iria descobrir o que ele fazia para ficar com tanto sono.


Minerva estava esperando na porta com sempre.


Pouco depois chegou o carro com os ruivos. Gui foi o primeiro a saltar e chegar perto dos motoqueiros, parou em frente de Harry como se o medisse. Gina já ia intervir quando Tiago a segurou.


- Espere um minuto. – disse ele.


- Mas o Gui vai... vai... nem sei o que ele pode fazer. – disse Lilian.


- Confie nele. – disse Tiago.


Harry não desviou o olhar de Gui, e assim se passaram alguns minutos.


- Você tem coragem, Pontas. – disse Gui, voltando para o carro.


- Eu avisei. – disse Tiago, o seguindo.


Desta vez quem foi no banco do carona foi Lilian. Ele não podia fazer mais nada com relação a Gina, apesar de Rony achar o contrario, mas ele ainda podia evitar que alguém magoasse a cunhada.


 


O café da manhã no orfanato aconteceu normalmente. Agora as crianças os respeitavam um pouco mais.


Eles já haviam terminado de fazer a limpeza do refeitório, quando Suzy entra correndo, chorando e se agarrou ao Tiago.


- Não deixa. – disse ela. – Eles querem me separar de você. Não deixa.


Tiago a pegou no colo, enquanto a menina balbuciava coisas sem sentido. Acomodou-se sobre uma mesa e esperou a menina se acalmar para contar o que estava acontecendo. Lilian, sem saber por que, se aproximou e acariciou os cabelos da menina, enquanto Harry e Gina estavam afastados.


Quando os soluços do choro diminuíram, Tiago perguntou.


- Pequena, o que aconteceu?


- Eles... eles vão me adotar. – disse a menina parecendo que ia cair no choro, mas engoliu e continuou. – Os meninos falaram que eu fui má e que não vão deixar ver você mais.


- Isso é bobagem, você é um anjo. – disse Lilian.


- A Lily tem razão. Se vão te adotar é porque você é uma boa menina. – disse o moreno. – E onde quer que você vá, eu vou sempre te visitar.


- Jura, Titi? – perguntou a menina com um brilho esperançoso no olhar.


- Juro. Ninguém nesse mundo vai me separar de você. – disse ele.


- Você vai com ele? – Suzy perguntou para Lilian, o que pegou a ruiva de surpresa e a fez pensar.


- Claro, meu anjo. – disse ela, a felicidade da menina era mais importante que a desavença que ela tinha com o motoqueiro.


Suzy abriu um sorriso, apesar de ainda estar com os olhos úmidos de lágrimas.


- Pequena, você fica com a Lily um pouco que eu vou ver essa historia. – disse Tiago.


A menina nada falou, mas saiu do abraço dele e passou para o colo de Lilian, escondendo o rosto contra o peito dela.


Tiago então se preparou para sair, mas não conseguiu chegar até as portas do refeitório. A diretora do orfanato entrou seguida de um casal.


- Eu disse que ela correria para ele. – disse Penélope.


- Mãe? Pai?  O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou Tiago, então ele olhou para Suzy, que parecia tremer no colo de Lilian. – São vocês?


- Sim, somos nós que vai adotar a Suzana. – disse a mulher. – Ela será parte da nossa família agora.


- Você sempre falou dessa menina. – disse o homem. – Você sabe que sempre queríamos aumentar a família, mas o destino não deixou. E ter uma menina na casa vai alegrar tudo.


- Eles me pediram segredo, e agora que está tudo legalizado, vocês já podem levar a Suzy. – disse Penélope.


Os outros ouviram a conversa toda e analisaram as pessoas que entraram. Gina já conhecia Sofia e Cláudio, ela era amiga do Tiago há alguns anos. Lilian os conhecia também, apesar de sempre tentar ignorar o menino. Harry pode perceber algumas semelhanças, isoladamente não se podia afirmar que Tiago era filho do casal, mas vendo os dois juntos, não restavam dúvidas. Suzy se encaixaria bem na família e não pareceria que era adotada.


- Suzy. – chamou Tiago.


- Não, não, não. – disse ela, aparentemente ela não escutou a conversa, e ainda negava tudo.


- Pequena me escute. – disse ele fazendo com que a menina olhasse para ele, até mesmo abaixou os óculos para que os olhos azuis se encontrassem com os castanhos esverdeados. – Aquela é minha família. São eles quem vão adotar você. Você vai morar na minha casa e serei seu irmão.


- Meu irmão? – disse ela pulando para o colo dele.


-Sim. – disse ele percebendo que a menina estava feliz.


- Quantas pessoas vão dormir no meu quarto? – perguntou ela, se lembrando da história de um menino que tinha sido adotado e voltou, ele dividia o quarto com outros seis meninos.


- Você terá um quarto só seu. – disse ele, percebendo a utilidade que teria o quarto que os pais estavam reformando e não diziam o motivo.


Mais nada foi preciso falar, a menina o abraçou, mas agora era de felicidade.


Cláudio e Sofia se aproximaram e só agora todos perceberam que traziam pacotes nas mãos.  


- Temos presentes para você, filha. – disse Cláudio.


Sofia entregou o seu presente primeiro, era um bichinho de pelúcia. Um cavalo, como Tiago contou que era amava o animal.


O do homem era mais estranho, um capacete infantil.


- Para você poder andar com o Tiago.  Como ainda é pequena vai poder andar pouco, ainda é pequena. – disse ele.


Harry, Gina e Lilian saíram e foram cuidar das outras crianças deixando a nova família se conhecendo.


 


O dia depois disso passou normalmente. Ficou decidido que Tiago levaria Suzy para casa, era melhor para a menina entrar na casa com o moreno. Ele e Lilian ajudaram a menina a guardar suas coisas.


Uma coisa quase estragou o dia.


O filho da diretora apareceu. Era um rapaz de vinte anos, que algumas vezes trabalhava no orfanato quando tinha alguma folga na faculdade, ou pelo menos era a desculpa que ele usava para não ir àquele lugar.


- Você por aqui. – disse ele ao ver o Tiago.


- Alguém tem ajudar sua mãe. – respondeu o motoqueiro.


- Vejo que tem carne fresca. – disse o rapaz ao perceber a presença de Lilian e Gina.


- Sua educação conseguiu piorar com o tempo.


- Acho que vou ficar com aquela ali. – disse ele apontando para Lilian. – A outra está muito envolvida com aquele moleque.


- Quando ela te quebrar todo, faço o favor de não se esparramar pelo pátio todo. Vai dar muito trabalho em limpar tudo.


- Não tem nenhuma mulher que resista a mim.


- Cuidado para não cair da cama.


O rapaz botou um sorriso sexy no rosto e seguiu para perto de Lilian.


- Oi, querida. – disse ele passando a mão no cabelo dela.


Ela deu um tapa na mão dele, e olhou com nojo.


- Quem deu essa intimidade.


- Ah, meu amor. Não fale assim. – disse ele. – Uma moça tão bonita não deve falar assim.


- Aprenda o que é respeito antes, e quem sabe eu posso te dar um fora mais condizente com ela.


- Você é daquela que gostam de riquinhos metidos a besta. – disse ele olhando para Tiago.


- De quem eu gosto ou deixo de gostar é problema meu. – disse ela com raiva. – Não seria o fato de gostar do Tiago que me impede de ficar com você. Eu não gosto de ninguém metido, seja ele rico ou não. E você é um desses.


Ele levantou a mão para bater nela, mas ela não se encolheu.


- Bate. – disse ela. – Dê um motivo para o Tiago arrebentar a sua cara. Quem sabe assim você aprende.


Ele se virou para ver onde Tiago estava, e o viu exatamente atrás dele, e pela cara, o acertaria antes de encostar nela.


- Você vai me pagAIIIIIII. – berrou ele quando Penélope o arrastou pela orelha.


- Você não vai mais entrar em contato com as voluntárias, nem parece que eu te dei educação. – dizia ela enquanto o arrastava para dentro do prédio.


- Obrigada. – disse Lilian para Harry. – Achei mesmo que ele ia me bater.


- Você me ajudou com a Suzy, isso foi pouco para recompensar. – disse ele se afastando.


 


Gui parou o carro na frente de Hogwarts, onde Harry e Tiago deixaram suas motos.


- Você tem que ir lá em casa. – disse Suzy para Lilian. – Você prometeu.


- Quem sabe semana que vem. – disse a ruiva, ajeitando o capacete na menina. – Você ainda tem que arrumar seu quarto ao seu gosto. Cuide do Tiago.


- Pode deixar. – disse a menina dando um beijo nela e indo na direção de Tiago que a colocou na sua garupa.


- Até mais. – disse ele arrancando, e todos podiam ver que ele devagar por causa da menina.


- Sempre os que têm mais cara de mal têm os maiores corações. – disse Gui. – A namorada dele tem sorte.


- Ele não tem namorada. – disse Lilian corando.


- Azar o dele. – disse o ruivo.


 

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Comentários (2)

  • ANGELA VANESSA DE LIMA

    muito bom

    2012-07-03
  • Lana Silva

    Awwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww *-*Como eu possso ver é um dos capitulos mais divos da ficPoxa tô apaixonada aqui, ahhh muiiiiiiiiiito bom mesmo *-*Lily já tá se interessando mais *-* 

    2012-02-25
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